Afinal, como as criptomoedas vão mudar a sua vida? Aqui vão 5 coisas que você pode fazer hoje com moedas digitais — e algumas previsões para o futuro
Algumas promessas do mundo cripto estão em um futuro mais distante, mas nós selecionamos algumas coisas que você já pode fazer
Uma das frases mais famosas de Vitalik Buterin, co-fundador da segunda maior moeda digital do mundo, o ethereum (ETH) é: talvez as maiores aplicações em criptomoedas ainda nem tenham sido criadas.
Aliás, quando falamos no universo cripto, geralmente pensamos em um futuro muito distante, uma tecnologia mais sofisticada do que a que temos hoje. Até mesmo a finalidade do bitcoin (BTC) — reserva de valor ou meio de pagamento — ainda não foi consolidada.
Entretanto, não é difícil encontrar hoje usos práticos para moedas digitais em coisas simples que fazemos no dia a dia.
E você não precisa esperar por um futuro longínquo para desfrutar de algumas dessas novidades.
Confira algumas práticas no uso das criptomoedas que, se já não são realidade hoje, podem se tornar corriqueiras no seu dia a dia.
Primeiros passos: o que ter em mãos para começar
Antes de mais nada, você precisará de acesso a internet e uma carteira digital (wallet) para começar a negociar em criptomoedas. Elas podem ser carteiras quentes (hot wallets), conectadas à internet, ou frias (cold wallets), geralmente em formato parecido com o de um pen drive grande.
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Esses hardwares — ou seja, dispositivos físicos — são mais indicados pela segurança que proporcionam, apesar de serem menos práticos.
As carteiras quentes estão mais suscetíveis a ataques externos e sequestros de dados. Por isso, é importante manter mais de um fator de autenticação para acessá-las.
Criando sua wallet
Algumas wallets como a Metamask não precisam de identificação, enquanto outras como a Jaxx Liberty exigem a confirmação de identidade por meio de algum documento.
Por fim, vale destacar que alguns aplicativos usam carteiras exclusivas ou conectadas com apenas uma corretora de cripto (exchange), portanto vale checar antes de criar a sua primeira.
Agora que você está pronto, aqui vão cinco utilizações práticas das criptomoedas:
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1 — Criptomoeda como meio de pagamento
O primeiro é sem dúvidas utilizar criptomoedas para realizar pagamentos no dia a dia. Esse vem sendo um desafio que a tecnologia ainda procura resolver, mas hoje já é possível em alguns lugares pagar com a conta com bitcoin.
O que impede o avanço da criptomoeda como meio de transação é o problema de escalabilidade da rede (blockchain) do bitcoin, o que torna as transações simples mais lentas — ninguém quer esperar dez minutos depois de pagar um cafézinho no restaurante.
Lightning network: uma luz para o bitcoin
Sendo assim, desenvolvedores criaram a Lightning Network, que facilita o uso do bitcoin como meio de pagamento. Essa rede torna as transações mais rápidas e mantém a segurança da blockchain ao mesmo tempo.
Um levantamento da Blockstream mostrou a capacidade de processamento de pagamentos da Lightning Network. O resultado é que essa rede pode processar quase duas vezes mais do que a própria Visa.
É o que permite, por exemplo, El Salvador utilizar o BTC como moeda corrente. Em contrapartida, Fabricio Tota, diretor do Mercado Bitcoin e da 2TM, comentou que o uso de bitcoin no país centroamericano ainda é limitado pela tecnologia.
Ainda de acordo com o Mercado Bitcoin, atualmente cerca de 28 estabelecimentos aceitam a criptomoeda como meio de pagamento no Brasil. Os pagamentos podem ser feitos tanto por aproximação de celulares com NFC quanto pela leitura de um QR code.
A maioria dos serviços encaminha o usuário para um intermediário (gateway) que recebe as criptomoedas e envia o dinheiro ao vendedor. Plataformas como Bitrefill, Dundle, Bitpay e Bitfy permitem compras nas seguintes lojas:
- Carrefour;
- McDonald’s;
- iFood;
- Hotels.com;
- Americanas;
- Google Play;
- Uber;
- Shell;
- Centauro;
- Renner;
- XBox;
- Playstation Store;
- TIM;
- C&A;
- Vivo;
- Netflix;
- Outback;
- Petz;
- Cacau Show;
- Free Fire;
- PUBG Mobile;
- Pizza Hut;
- Netcarros.
- iTunes Store
- Amazon
- Spotify
- Google Play
Além disso, é possível fazer cartões presente ou pré-pagos em criptomoedas como acontece com a Astropay, Mastercard, e CASHU. Eles ainda podem ser usados em grandes lojas de games: PSN, Steam, Xbox, Blizzard, Playstation, e Riot Points.
2 — Navegador que paga pela visualização dos anúncios
O número de anúncios que aparecem para nós todos os dias pode ajudar a rechear os cofres de algumas empresas — mas o preço pela sua atenção e seu tempo pode começar a valer alguma coisa para você.
Desde 2017, o navegador de internet Brave viu o número de downloads anuais quadruplicar e atingir os 50,2 milhões. Esse browser tem uma peculiaridade: ele é um bloqueador de propagandas que te paga para mostrá-las.
O método é simples. Com um interruptor digital, é possível “desligar” as propagandas que aparecem — chega de banners e popups inconvenientes. Mas se você não se importa em ver publicidade, o Brave ainda te paga para assisti-las.
Como receber em criptomoedas
Basta baixar o navegador na página do Brave e conectar-se com a wallet Uphold ou com a corretora Gemini para começar a receber.
Os pagamentos ocorrem de tempos em tempos — até mesmo para não gerar volatilidade na criptomoeda — e dentro da mesma plataforma é possível ser recompensado em BAT (basic attention token, ou token de atenção básica) e trocá-las por ethereum.
O preço do BAT gira em torno dos US$ 1 e a recompensa ainda é pequena, mas é uma alternativa para quem quer fazer uso prático das criptomoedas.
3 — Jogos play-to-earn
Até mesmo na hora de relaxar é possível ganhar dinheiro com criptomoedas. Os jogos do tipo play-to-earn são uma novidade promissora do mercado cripto, que animam os analistas.
O mais popular deles é sem dúvidas o Axie Infinity (AXS), mas existem outros jogos com características diferentes. Justamente por sua pluralidade de gráficos, estilos e dinâmicas de jogo, essa categoria cresceu no último ano.
De acordo com o CryptoRank, criptomoedas relacionadas a jogos somam mais de US$ 22,50 bilhões em valor de mercado e representam cerca de 1% do total de moedas digitais.
Joga e ganha: a dinâmica dessas criptomoedas
No caso do AXS, o usuário precisa comprar os monstrinhos antes de começar a jogar. O preço pode ser salgado para um jogador iniciante — cerca de R$ 1 mil até R$ 5 mil para começar.
Mas, como foi dito, esse segmento das criptomoedas é extremamente plural e existem novos projetos mais baratos para apostar, como Plant vs. Undead (PVU), Cryptoblades (SKILL) e Gods Unchained (GODS).
A partir desse ponto, a dinâmica desses jogos é mais ou menos a mesma: conforme o jogador avança e enfrenta desafios, acumula criptomoedas que, mais tarde, podem ser negociadas tanto dentro quanto fora da plataforma.
4 — Redes sociais que nos pagam em criptomoedas pela nossa interação social
Um brasileiro médio passa cerca de 5,4 horas por dia em aplicativos de rede social, segundo um estudo da App Annie, agência especializada no tema.
São cerca de 1.976 horas (ou 22% das horas disponíveis em um ano, se preferir) gastos sem receber nada. Mas redes sociais focadas em Web 3.0, a nova geração da internet, prometem inverter a “pirâmide do dinheiro”.
Como funciona e como será
Atualmente, a empresa por trás da rede social — seja o YouTube, Facebook ou Whatsapp — fica com boa parte dos lucros, enquanto criadores de conteúdo recebem um pouco menos, e os usuários, nada.
Na lógica da Web 3.0, o usuário engajado irá receber pela sua popularidade em rede. Dessa maneira, o criador de conteúdo pode ficar com a maior parte dos ganhos da rede, por meio de doações ou venda de itens.
É o caso prático da BitClout, a rede social que paga os usuários em criptomoedas. Quanto mais conhecida uma pessoa é, mais a sua “criptomoeda particular” se valoriza. Você pode entender um pouco mais da dinâmica dessa rede aqui.
5 — Ingressos e documentos em NFT
Falsificar um ingresso de show vai ser uma atividade cada vez mais difícil. Os NFTs, os certificados digitais, devem deixar o mundo das artes e passar a fazer parte do universo dos jogos.
Por seu caráter único, esse tipo de ativo criptográfico pode ser usado para representar itens específicos — como o ingresso de um jogo.
Quem dá esse exemplo é Rodrigo Caldas de Carvalho Borges, sócio no escritório Carvalho Borges Araujo e especialista em blockchain pelo MIT.
Eu ganho e você ganha em criptomoedas
Borges vai além e comenta que, com a utilização da blockchain, seria possível até mesmo o clube ganhar um pedacinho a mais com a negociação de ingressos.
O público norte-americano costuma comprar ingressos para toda a temporada, seja de beisebol, basquete ou futebol americano. No caso de o time ir para a final, o ingresso passa a valer mais do que quando foi comprado meses antes.
Assim, utilizando a tecnologia da blockchain e dos NFTs, o clube atrelado àquele ingresso pode receber com a negociação daquele ticket caso o torcedor queira vendê-lo no mercado secundário.
RG, CPF e carteira de motorista — em cripto
Ainda nessa categoria, a blockchain também pode ser usada para armazenar informações pessoais, garantidas pela segurança desse tipo de rede.
Essa utilização ainda não ocorreu, mas foi sinalizada como possível por especialistas ouvidos pelo Seu Dinheiro no início do ano.
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