Bitcoin (BTC) na mira: Europa fecha cerco a US$ 130 bilhões em criptomoedas da Rússia
A ideia não só dos europeus, assim como de países que estão adotando sanções contra os russos, é secar a fonte de dinheiro que pode manter as tropas de Vladimir Putin avançando sobre a Ucrânia; será que adianta?
A rota de fuga da Rússia para escapar das sanções está cada vez mais restrita. Petróleo, gás, carvão e até as filhas do presidente Vladimir Putin já foram alvo de proibições na tentativa do Ocidente de frear as tropas russas sem pegar em armas. Mais uma vez, a Europa voltou a sua mira para criptomoedas como o bitcoin (BTC).
A União Europeia (UE) vem adotando sanções contra Moscou desde a invasão da Ucrânia, em 24 de fevereiro. Na semana passada, o bloco lançou o quinto pacote de medidas punitivas e, dessa vez, incluiu restrições aos ativos digitais.
Segundo o bloco, a ideia é impedir o fornecimento de serviços de ativos criptográficos de alto valor para a Rússia, “fechando as possíveis brechas”.
O quinto pacote de sanções da UE também contempla a proibição da prestação de consultoria financeira a russos ricos para dificultar o armazenamento de sua riqueza na UE.
Vai adiantar barrar o bitcoin (BTC)?
A primeira vice-governadora do Banco da Rússia, Ksenia Yudaeva, afirmou na semana passada que a evasão de sanções com criptomoedas na Rússia é “praticamente impossível”, principalmente para grandes transações.
Ao invés disso, o banco central acredita que criptomoedas como o bitcoin (BTC) são “na verdade um esquema de pirâmide financeira”.
Leia Também
Alguns grandes executivos do setor também acreditam que a criptomoeda não é útil para os russos como instrumento para evitar sanções.
Changpeng Zhao, fundador e CEO da Binance, a maior exchange de criptomoedas do mundo em volumes de negociação, declarou na quarta-feira (06) que os russos não podem realmente usar criptomoedas para escapar das sanções porque as transações de criptomoedas não são anônimas.
- MUDANÇAS NO IR 2022: baixe o guia gratuito sobre o Imposto de Renda deste ano e evite problemas com a Receita Federal; basta clicar aqui
Segundo ele, a maioria das transações — principalmente as de grande valor — precisa passar por uma corretora de criptomoedas (exchange) centralizada, que por lá são tratadas como “bolsas de valores”. Isso acontece porque seus equivalentes descentralizados (decentralized exchanges ou apenas Dex) ainda não têm liquidez suficiente.
Uma alternativa para a evasão das sanções por meio das corretoras seria o saque dos fundos das exchanges para carteiras digitais privadas (wallets). No entanto, é preciso certo conhecimento de tecnologia para não deixar rastros na rede — além disso, é improvável que grandes quantias nessas carteiras não levantem suspeitas.
Quanto a Rússia tem em criptomoedas?
Os russos detêm coletivamente mais de 10 trilhões de rublos (US$ 130 bilhões) em criptomoedas como bitcoin (BTC), afirmou o primeiro-ministro do país, Mikhail Mishustin, durante a apresentação do relatório anual do governo na quinta-feira (07).
Mishustin não mencionou a fonte, referindo-se que o valor se baseia em “várias estimativas”. Segundo ele, a Rússia tem mais de 10 milhões de jovens que abriram carteiras de criptomoedas até agora nas quais transferiram quantias significativas de dinheiro.
Se for verdade, as últimas estimativas das participações de criptomoedas russas citadas por Mishustin estão bem próximas do estoque de ouro do país — que supostamente totalizou US$ 140 bilhões no final de março de 2022.
De acordo com estimativas da Casa Branca, as participações de ouro da Rússia representam cerca de 20% das reservas globais do banco central.
Já os dados do banco central russo estimam que as transações anuais de criptomoedas do país valem apenas US$ 5 bilhões. No início deste ano, algumas fontes estimaram que o total de criptoativos da Rússia era de US$ 214 bilhões.
Banco central está de olho no bitcoin (BTC)
Não é só a União Europeia que está de olho nas criptomoedas russas. O Banco da Rússia também — embora venha adotando normas a passos lentos diante da falta de consenso sobre como regular o setor.
Na sexta-feira (08), o Ministério das Finanças da Rússia apresentou outra versão da lei de criptomoedas russa ao governo depois de alterar o documento de acordo com comentários de outros ministérios e reguladores.
O banco central da Rússia tem sido um dos maiores céticos em relação às criptomoedas. No início do ano, sua presidente Elvira Nabiullina pediu ao estado que proíba o bitcoin (BTC) no país.
*Com informações do Decrypt e Cointelegraph
Nova York naufragou: ações que navegavam na vitória de Trump afundam e bolsas terminam com fortes perdas — Tesla (TSLA34) se salva
Europa também fechou a sexta-feira (15) com perdas, enquanto as bolsas na Ásia terminaram a última sessão da semana sem uma direção comum, com dados da China e do Japão no radar dos investidores
Azeite a peso de ouro: maior produtora do mundo diz que preços vão cair; saiba quando isso vai acontecer e quanto pode custar
A escassez de azeite de oliva, um alimento básico da dieta mediterrânea, empurrou o setor para o modo de crise, alimentou temores de insegurança alimentar e até mesmo provocou um aumento da criminalidade em supermercados na Europa
Zuckerberg levou a pior? Meta é ‘forçada’ a mudar estratégia de negócios do Facebook e do Instagram na Europa; entenda o que aconteceu por lá
Serviço de assinaturas das plataformas, lançado no ano passado, tem redução de preços; além disso, nova versão gratuita também é anunciada
Criptomoeda ‘desconhecida’ dispara mais de 700% em 5 dias; fundamentos e eleição de Trump devem impulsionar o ativo ainda mais, diz especialista
“Trata-se de um ativo pequeno, novo, embrionário, com alto nível de risco, mas que tem muito fundamento”, disse o especialista sobre a criptomoeda
Jogando nas onze: Depois da vitória de Trump, Ibovespa reage a Copom, Fed e balanços, com destaque para a Petrobras
Investidores estão de olho não apenas no resultado trimestral da Petrobras, mas também em informações sobre os dividendos da empresa
Recado de Lula para Trump, Europa de cabelo em pé e China de poucas palavras: a reação internacional à vitória do republicano nos EUA
Embora a maioria dos líderes estejam preocupados com o segundo mandato de Trump, há quem tenha comemorado a vitória do republicano
Além do Ozempic: Novo Nordisk tem lucro acima do esperado no 3T24 graças às vendas de outra ‘injeção de emagrecimento’
Novo Nordisk deu um respiro para o mercado de drogas de emagrecimento, que é encarado com certo ceticismo após altas expressivas
Começa a semana mais importante do ano: Investidores se preparam para eleições nos EUA com Fed e Copom no radar
Eleitores norte-americanos irão às urnas na terça-feira para escolher entre Kamala Harris e Donald Trump, mas resultado pode demorar
Dívida impagável: Rússia multa o Google em US$ 20 decilhões, valor mais alto que o PIB global e maior que todo o dinheiro existente no mundo
Desde 2021, o Kremlin vem aplicando multas ao Google por restringir o acesso de canais russos no YouTube e hospedar conteúdo crítico ao Kremlin
BRICS vai crescer: 13 países são convidados para integrar o bloco — e, após negativa do Brasil, Venezuela recorre a amigo para ser chamada
Em 1º de janeiro deste ano, países como Arábia Saudita, Argentina, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia e Irã passaram a fazer parte do grupo
A história não acaba: Ibovespa repercute balanço da Vale e sinalizações de Haddad e RCN em dia de agenda fraca
Investidores também seguem monitorando a indústria farmacêutica depois de a Hypera ter recusado oferta de fusão apresentada pela EMS
O banco é da Dilma? A oferta que Putin fez ao Brasil e que dá à ex-presidente US$ 33 bilhões para administrar
Dilma Rousseff virou “banqueira” pela primeira vez quando assumiu a chefia do Novo Banco de Desenvolvimento, em março de 2023
‘Nova fase de crescimento’: HSBC anuncia reestruturação e nomeia primeira CFO mulher; veja o que vai mudar no banco inglês
Mudanças vêm em um contexto de queda de juros na Europa e maior foco nos negócios na Ásia
Agenda econômica: Prévia da inflação do Brasil, temporada de balanços e Livro Bege são destaques da semana
A temporada de balanços do 3T24 no Brasil ganha suas primeiras publicações nesta semana; agenda econômica também conta com reuniões do BRICS
Os seres humanos não vão competir com a Inteligência Artificial, Rússia quer se livrar do dólar e guerra de chips entre EUA e China: Os destaques do Seu Dinheiro na semana
O debate sobre a inteligência artificial no mundo corporativo foi destaque no Seu Dinheiro; veja as matérias mais lidas da última semana
Randoncorp (RAPT4) mira internacionalização, vai ao Reino Unido e compra o grupo de autopeças EBS por R$ 410 milhões
Companhia é uma das maiores distribuidoras independentes de autopeças de sistemas de freio para veículos comerciais na Europa
O que divide o brasileiro de verdade: Ibovespa reage a decisão de juros do BCE e dados dos EUA em dia de agenda fraca por aqui
Expectativa com o PIB da China e novas medidas contra crise imobiliária na segunda maior economia do mundo também mexem com mercados
Depois de empate com sabor de vitória, Ibovespa reage à Vale em meio a aversão ao risco no exterior
Investidores repercutem relatório de produção da Vale em dia de vencimento de futuro de Ibovespa, o que tende a provocar volatilidade na bolsa
Rússia quer se livrar do dólar e lança documento para criar criptomoeda comum aos BRICS — e critica forma como FMI trata emergentes
Alguns problemas impedem o lançamento de uma CBDC que englobe todo o bloco e os detalhes você confere a seguir
Sinais de mais estímulos à economia animam bolsas da China, mas índices internacionais oscilam de olho nos balanços
Enquanto isso, os investidores aguardam o relatório de produção da Vale (VALE3) enquanto a sede da B3, a cidade de São Paulo, segue no escuro