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Renan Sousa
Renan Sousa
É repórter do Seu Dinheiro. Formado em jornalismo na Universidade de São Paulo (ECA-USP) e já passou pela Editora Globo e SpaceMoney.
CASACOS A POSTOS

Primavera chegou para o Brasil, mas bitcoin (BTC) e as criptomoedas seguem no longo inverno; entenda

Taxas mais altas por lá devem manter o preço do BTC pressionado e o mercado de criptomoedas não deve buscar cotações mais altas tão cedo

Renan Sousa
Renan Sousa
22 de setembro de 2022
10:06
Enquanto a primavera acontece no Brasil, o inverno cripto acontece no mercado o bitcoin segue pressionado e as criptomoedas não devem ver as cotações subirem tão cedo
Confira o que movimenta o bitcoin (BTC) e as criptomoedas hoje. Imagem: Montagem / Freepik

O hemisfério sul entrou no seu equinócio de primavera nesta quinta-feira (22), mas os investidores em criptomoedas ainda estão de olho no longo inverno: o bitcoin (BTC) permanece pressionado na faixa dos US$ 19 mil e não deve voltar a florescer tão cedo. 

A metáfora das estações realmente cai como uma luva aqui. O Banco Central brasileiro manteve os juros inalterados em sua mais recente reunião de política monetária, dando sinais de um possível fim do ciclo de altas da Selic.

Já no norte geográfico, o Federal Reserve (Fed, o BC dos EUA) decidiu pela terceira elevação de 0,75 ponto porcentual consecutiva da taxa básica, colocando-a na faixa entre 3,00% a 3,25% ao ano.

Traduzindo esses eventos para o mercado de criptomoedas: os investidores brasileiros podem se beneficiar de uma queda de juros locais, mas quem acaba exercendo mais influência sobre o preço do bitcoin é o Fed.

Ou seja, taxas mais altas por lá devem manter o preço do BTC pressionado e o mercado de criptomoedas não deve buscar cotações mais altas tão cedo.

Confira o desempenho das dez maiores criptomoedas do mundo hoje:

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#NomePreço24h %7d %
1Bitcoin (BTC)US$ 19.252,08-0,04%-4,64%
2Ethereum (ETH)US$ 1.309,16-3,45%-17,69%
3Tether (USDT)US$ 1,00-0,01%0,00%
4USD Coin (USDC)US$ 1,000,01%0,00%
5BNB (BNB)US$ 270,740,24%-2,11%
6XRP (XRP)US$ 0,44229,77%32,23%
7Binance USD (BUSD)US$ 0,99990,07%-0,04%
8Cardano (ADA)US$ 0,45710,84%-3,93%
9Solana (SOL)US$ 32,310,32%-4,40%
10Dogecoin (DOGE)US$ 0,59350,48%-2,38%
Fonte: Coin Market Cap

Bitcoin X Federal Reserve

O efeito imediato do aumento de juros no preço do bitcoin foi a liquidação de mais de US$ 334 milhões em criptomoedas. O token BTC chegou a despencar para os US$ 18.100, mas conseguiu recuperar patamares mais elevados de preço ao longo da madrugada no Brasil. 

Entretanto, esse efeito rebote já era esperado — o problema é o que vem a seguir. 

Alguns analistas já enxergam que as métricas on-chain indicam uma fraqueza das cotações, que podem despencar até os US$ 17.500. 

Perspectiva de juros

O longo inverno cripto não deve acabar tão cedo. Quem praticamente deu isso como certo foi o comunicado após a decisão de juros.

Isso porque a expectativa é de que a taxa de juros termine o ano acima dos 4%, em 4,4%, uma revisão para cima de 1 ponto percentual em relação à estimativa de junho. O comitê norte-americano então vê o juro subindo para 4,6% em 2023.

Só a partir de 2024, a tendência é de que o juro nos EUA diminua e encerre o ano em 3,9% e depois em 2,9% em 2025.

Juros por todos os lados

O efeito dos juros nos EUA sobre as cotações das criptomoedas é potencializado pelo cenário de aperto monetário geral nas principais economias do planeta.

Não apenas o Federal Reserve, mas também o Banco da Inglaterra (BoE, em inglês), elevou os juros em 50 pontos base, a sétima elevação consecutiva, para 2,25% ao ano; o Banco Central Europeu (BCE) também já deu sinais de que deve apertar ainda mais a política monetária por lá, ao passo entre 50 e 75 pontos base.

E como isso afeta as criptomoedas e o bitcoin?

Um juro mais alto por mais tempo deve impedir que ativos de risco — como ações e criptomoedas — busquem uma valorização durante esse período.

Ativos mais seguros — como títulos do Tesouro de grandes economias — tendem a atrair os investidores durante períodos de incerteza. Isso gera uma fuga de investimentos mais voláteis e, consequentemente, a queda nas cotações.

Uma luz no fim do túnel?

Analistas do mercado de criptomoedas entendem que uma tese pode retirar as criptomoedas do atoleiro.

Ela se chama decoupling (dissociação, na tradução do inglês) e diz que as moedas digitais podem se distanciar das dinâmicas dos mercados tradicionais, o que pode beneficiar o setor.

Atualmente, o BTC não serve como proteção contra inflação ou reserva de valor porque está muito associado ao mercado acionário norte-americano.

Em outros termos, qualquer coisa que afete as bolsas de Nova York também influencia o desempenho das criptomoedas, apesar de serem mercados diferentes.

A partir do decoupling o preço das criptomoedas começará a reagir de outra maneira aos anúncios de juros, inflação, PIB e outros dados que afetam o mercado tradicional.O problema é que essa dissociação não tem prazo para acontecer.

Além disso, o mercado é altamente volátil e o investidor não deve esperar uma tese quase milagrosa para investir em criptomoedas. Sempre lembrando que o recomendado por especialistas é uma parcela de até 5% do seu portfólio exposto a ativos digitais.

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