Quer uma ação sólida na defesa e eficiente no ataque? Conheça o papel que é titular absoluto no meio-campo
Assim como Casemiro, jogador da nossa seleção, essa ação carrega características defensivas, mas conta com gatilhos para ir ao ataque e entregar boas valorizações
Recentemente conversamos sobre as semelhanças de uma carteira de investimentos com um time de futebol.
Não adianta ter apenas nomes ofensivos, pois sua carteira ficará vulnerável quando o mercado estiver desfavorável.
Da mesma maneira, ter somente nomes defensivos vai fazer com que você perca grandes oportunidades quando a situação de mercado melhorar.
Na ocasião, falamos da Hypera para o setor defensivo, enquanto a Cyrela era a nossa atacante.
Mas faltou um meio-campista nesse time, alguém como o Casemiro da nossa seleção. Uma ação que carrega características defensivas, mas que conta com gatilhos para ir ao ataque e entregar boas valorizações.
Se no meio-campo do Brasil o camisa 5 da seleção é crucial para o bom desempenho do time, no nosso meio-campo, a ação da Vale (VALE3) é titular absoluta.
Leia Também
- Leia também: Por que apostar no favorito raramente vale a pena na Copa do Mundo ou na bolsa — e como encontrar as ‘zebras’ da B3
Começando pela defesa
O que torna uma companhia defensiva? A resposta simples e objetiva é: geração de caixa previsível e dividendos.
Por mais que a situação econômica esteja ruim e que a taxa de juros não ajude, poucos investidores estarão dispostos a vender ações de companhias que apresentam boa geração de caixa e que paguem bons dividendos no fim do ano. E isso, a Vale tem de sobra.
Aliás, mesmo em um ano muito difícil para a renda variável, por conta dos juros, preocupações fiscais, eleições, entre muitas outras coisas, a ação VALE3 ainda apresenta +20% de valorização em 2022, bem acima do Ibovespa.
Mas o que importa é entender como será a geração de caixa futura, que pareceu promissora de acordo com o Vale Day, realizado na última quarta-feira (7).
Segundo a gestão da Vale, a inflação setorial subiu a régua dos custos para as mineradoras, o que quer dizer que poucas conseguem ser rentáveis com o minério de ferro em US$ 70 por tonelada.
Isso quer dizer que, mesmo que os preços da commodity cheguem perto desse nível, as mineradoras menos eficientes teriam de interromper a produção, o que reduziria a oferta e elevaria os preços para mais próximo dos US$ 100 — um nível que é bastante interessante para a Vale, que está entre as mais eficientes do mundo, com custos já considerando a entrega (all-in) na casa de US$ 50 por tonelada.
Tudo isso significa mais segurança com relação à capacidade de geração de caixa e ao pagamento de dividendos pela frente, o que também se traduz em menor risco de forte desvalorização da ação, mesmo em ambientes adversos à renda variável, exatamente como foi em 2022.
Mas a Vale tem potencial para entregar ainda mais do que isso.
- ESTÁ GOSTANDO DESTE CONTEÚDO? Tenha acesso a ideias de investimento para sair do lugar comum, multiplicar e proteger o patrimônio.
Poder ofensivo da ação
A Vale não é só uma das maiores mineradoras do mundo, ela produz minério de excelente qualidade e que terá um papel fundamental nos próximos anos.
Você já sabe que as preocupações ambientais não param de crescer. As siderúrgicas terão que começar a se adequar às novas diretrizes ESG, o que vai aumentar a demanda por minério de ferro menos poluente, exatamente o que a Vale produz. No Vale Day, a companhia apresentou um estudo bastante interessante, mostrado na figura abaixo.
Os aglomerados e finos premium, mercado de atuação da Vale, vão merecer prêmios cada vez maiores sobre o minério de baixa qualidade. Ou seja, a tendência é de que a Vale receba cada vez mais pelos seus produtos premium. Como podemos ver no gráfico abaixo, a parcela de produtos de alta qualidade no portfólio da Vale vai aumentar nos próximos anos, o que também significa prêmios bem maiores – até US$ 25 por tonelada em 2030.
Essa é uma importante avenida de criação de valor, mas não é a única. Você já deve ter ouvido falar que o Níquel (Ni) e o Cobre (Cu) são cruciais no processo de transição energética, especialmente na produção de baterias para veículos elétricos. Espera-se um crescimento relevante na demanda por esses metais básicos nos próximos dez anos, como mostra o gráfico abaixo.
A Vale está investindo pesado para acompanhar essa demanda, com ativos importantes no Brasil, Canadá e Indonésia que proporcionarão bom crescimento de produção.
O problema é que atualmente 85% da receita da Vale é proveniente do minério de ferro, um negócio que realmente merece múltiplos mais baixos do que o segmento de Metais Básicos, mas que acaba influenciando negativamente o valuation desse outro segmento.
Apenas para exemplificar o raciocínio, o segmento de metais básicos tem contribuído com cerca de US$ 3 bilhões de Ebitda anual, e seguindo o valuation de outros players que atuam nesse segmento, deveria negociar com um múltiplo próximo de 7x EV/Ebitda.
Ou seja, estamos falando de um braço que parece negociar pelas mesmas 4x EV/Ebitda do segmento "minério de ferro", mas que mereceria ter um prêmio – cerca de US$ 9 bilhões a mais, ou 10% do valor da empresa.
No Vale Day, a companhia deu sinais importantes de que essa "destrava de valor" está próxima de acontecer, já que há interessados em uma fatia minoritária do segmento de metais básicos, que inclusive deve passar a ser uma entidade com governança e gestão própria.
Tudo isso com um preço bastante interessante. Hoje a Vale negocia por 4 vezes EV/Ebitda, o que embute uma ótima margem de segurança (defesa) e abre bom espaço para re-ratings que podem ajudar a trazer valorizações para a ação num futuro próximo (ataque).
Por esses motivos, a Vale é titular absoluta no meio-campo do Vacas Leiteiras. Se quiser conferir o resto do time, deixo aqui o convite.
Um grande abraço e até a semana que vem!
Ruy
Nvidia (NVDC34) vê lucro mais que dobrar no ano — então, por que as ações caem 5% hoje? Entenda o que investidores viram de ruim no balanço
Ainda que as receitas tenham chegado perto dos 100% de crescimento, este foi o primeiro trimestre com ganhos percentuais abaixo de três dígitos na comparação anual
Que crise? Weg (WEGE3) quer investir US$ 62 milhões na China para aumentar capacidade de fábrica
O investimento será realizado nos próximos anos e envolve um plano que inclui a construção de um prédio de 30 mil m², com capacidade para fabricação de motores de alta tensão
Como a Embraer (EMBR3) passou de ameaçada pela Boeing a rival de peso — e o que esperar das ações daqui para frente
Mesmo com a disparada dos papéis em 2024, a perspectiva majoritária do mercado ainda é positiva para a Embraer, diante das avenidas potenciais de crescimento de margens e rentabilidade
É hora de colocar na carteira um novo papel: Irani (RANI3) pode saltar 45% na B3 — e aqui estão os 3 motivos para comprar a ação, segundo o Itaú BBA
O banco iniciou a cobertura das ações RANI3 com recomendação “outperform”, equivalente a compra, e com preço-alvo de R$ 10,00 para o fim de 2025
Em busca de dividendos? Curadoria seleciona os melhores FIIs e ações da bolsa para os ‘amantes’ de proventos (PETR4, BBAS3 e MXRF11 estão fora)
Money Times, portal parceiro do Seu Dinheiro, liberou acesso gratuito à carteira Double Income, que reúne os melhores FIIs, ações e títulos de renda fixa para quem busca “viver de renda”
R$ 4,1 bilhões em concessões renovadas: Copel (CPLE6) garante energia para o Paraná até 2054 — e esse banco explica por que você deve comprar as ações
Companhia paranaense fechou o contrato de 30 anos referente a concessão de geração das usinas hidrelétricas Foz do Areia, Segredo e Salto Caxias
Ações da Embraer (EMBR3) chegam a cair mais de 4% e lideram perdas do Ibovespa. UBS BB diz que é hora de desembarcar e Santander segue no voo
O banco suíço rebaixou a recomendação para os papéis da Embraer de neutro para venda, enquanto o banco de origem espanhola seguiu com a indicação de compra; entenda por que cada um pegou uma rota diferente
Equatorial (EQTL3) tem retorno de inflação +20% ao ano desde 2010 – a gigante de energia pode gerar mais frutos após o 3T24?
Ações da Equatorial saltaram na bolsa após resultados fortes do 3º tri; analistas do BTG calculam se papel pode subir mais após disparada nos últimos anos
‘Mãe de todos os ralis’ vem aí para a bolsa brasileira? Veja 3 razões para acreditar na disparada das ações, segundo analista
Analista vê três fatores que podem “mudar o jogo” para o Ibovespa e a bolsa como um todo após um ano negativo até aqui; saiba mais
Grupo Mateus: Santander estabelece novo preço-alvo para GMAT3 e prevê valorização de 33% para as ações em 2025; saiba se é hora de comprar
O banco reduziu o preço-alvo para os papéis da varejista de alimentos em relação à 2024, mas mantém otimismo com crescimento e parceria estratégica
Localiza: após balanço mais forte que o esperado no 3T24, BTG Pactual eleva preço-alvo para RENT3 e agora vê potencial de alta de 52% para a ação
Além dos resultados trimestrais, o banco considerou as tendências recentes do mercado automotivo e novas projeções macroeconômicas; veja a nova estimativa
Ações da Oi (OIBR3) saltam mais de 100% e Americanas (AMER3) dispara 41% na bolsa; veja o que impulsiona os papéis das companhias em recuperação judicial
O desempenho robusto da Americanas vem na esteira de um balanço melhor que o esperado, enquanto a Oi recupera fortes perdas registradas na semana passada
Cemig (CMIG4) e Copasa (CSMG3) voltam a ficar no radar das privatizações e analistas dizem qual das duas tem mais chance de brilhar
Ambas as empresas já possuem capital aberto na bolsa, mas o governo mineiro é quem detém o controle das empresas como acionista majoritário
Lucro dos bancos avança no 3T24, mas Selic alta traz desafios para os próximos resultados; veja quem brilhou e decepcionou na temporada de balanços
Itaú mais uma vez foi o destaque entre os resultados; Bradesco avança em reestruturação e Nubank ameaça desacelerar, segundo analistas
Warren Buffett não quer o Nubank? Megainvestidor corta aposta no banco digital em quase 20% — ação cai 8% em Wall Street
O desempenho negativo do banco digital nesta sexta-feira pode ser explicado por três fatores principais — e um deles está diretamente ligado ao bilionário
Banco do Brasil (BBAS3) de volta ao ataque: banco prevê virada de chave com cartão de crédito em 2025
Após fase ‘pé no chão’ depois da pandemia da covid-19, a instituição financeira quer expandir a carteira de cartão de crédito, que tem crescido pouco nos últimos dois anos
CEO da AgroGalaxy (AGXY3) entra para o conselho após debandada do alto escalão; empresa chama acionistas para assembleia no mês que vem
Além do diretor-presidente, outros dois conselheiros foram nomeados; o trio terá mandato até a AGE marcada para meados de dezembro
Ações do Alibaba caem 2% em Nova York após melhora dos resultados trimestrais. Por que o mercado torce o nariz para a gigante chinesa?
Embora o resultado do grupo tenha crescido em algumas métricas no trimestre encerrado em setembro, ficaram abaixo das projeções do mercado — mas não é só isso que explica a baixa dos ativos
Ação da Americanas (AMER3) dispara 200% e lidera altas fora do Ibovespa na semana, enquanto Oi (OIBR3) desaba 75%. O que está por trás das oscilações?
A varejista e a empresa de telecomunicações foram destaque na B3 na semana mais curto por conta do feriado de 15 de novembro, mas por motivos exatamente opostos
Oi (OIBR3) dá o passo final para desligar telefones fixos. Como ficam os seis milhões de clientes da operadora?
Como a maior parte dos usuários da Oi também possui a banda larga da operadora, a empresa deve oferecer a migração da linha fixa para essa estrutura*