Primeira alta do Ibovespa no ano, possível compra do Carrefour e os medos do bitcoin

Parecia até alguma espécie de maldição. A bolsa brasileira começou 2022 com os dois pés esquerdos enfiados na jaca, e já acumulava uma queda de mais de 3% na primeira semana do ano. Mas hoje, finalmente, o Ibovespa desencantou, fechando o dia em alta e na contramão das principais bolsas internacionais.
Os ganhos, porém, ainda foram modestos, mais motivados pelo fato de que o índice já havia caído demais nos primeiros pregões do ano do que qualquer outra coisa. Depois de ter chegado a avançar mais de 1% na máxima do dia, superando os 102 mil pontos, o Ibovespa fechou em alta de 0,55%, aos 101.561 pontos.
Durante boa parte do pregão, as commodities contribuíram para o dia positivo. O petróleo passou o dia em alta, em reação aos conflitos no Cazaquistão e à invasão a campos de petróleo por milícias na Líbia.
Com isso, as ações da Petrobras passaram boa parte do dia em alta de mais de 1%, mas perderam totalmente o fôlego até o fim do pregão, fechando perto da estabilidade.
Já a Vale (VALE3) conseguiu fechar com ganhos de pouco mais de 2%, após a alta de 2,15% do minério de ferro no porto de Qingdao, na China, a US$ 127,58 a tonelada.
No exterior, porém, o dia foi totalmente diferente. As bolsas asiáticas e europeias fecharam amplamente negativas, em reação à ata mais dura da última reunião do comitê de política monetária do Federal Reserve (Fomc, na sigla em inglês), divulgada ontem, quando já estavam fechadas.
Leia Também
Que telefone vai tocar primeiro: de Xi ou de Trump? Expectativa mexe com os mercados globais; veja o que esperar desta quinta
Até tu, Nvidia? “Queridinha” do mercado tomba sob Trump; o que esperar do mercado nesta quarta
As bolsas americanas, por sua vez, começaram o dia em alta, com a divulgação de um número acima do esperado de pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos, mostrando que, talvez, o Fed precise maneirar na dureza do aperto monetário.
Porém, logo passaram a oscilar entre altas e baixas, perto da estabilidade, até finalmente fecharem em queda. O Dow Jones recuou 0,47%, o S&P 500 caiu 0,10% e o Nasdaq fechou em baixa de 0,13%.
No câmbio e nos juros hoje também foi dia de alívio nos mercados domésticos. Após três pregões seguidos de alta, o dólar à vista passou boa parte do dia alternando entre perdas e ganhos modestos, mas fechou com uma queda mais acentuada, de 0,56%, a R$ 5,68.
Já os juros futuros, que dispararam ontem, passaram o dia em baixa, mas fecharam em queda na ponta curta e estáveis nas pontas mais longas.
Veja tudo o que movimentou os mercados nesta quinta-feira, incluindo os principais destaques do noticiário corporativo e as ações com o melhor e o pior desempenho do Ibovespa.
CRIPTOMOEDAS HOJE
Ata agressiva do Fed faz bitcoin cair mais de 8% e encostar nos US$ 42 mil, menor patamar em três meses. Maior criptomoeda do mundo vê dois dos três maiores medos do ano se concretizarem — mas o próximo pode não acontecer; entenda.
INTERESSE FRANCÊS
Carrefour (CRFB3) pode receber nova proposta de compra por rival francesa, e ações sobem na B3. Trata-se da segunda tentativa da Auchan de comprar a rede de supermercados. Em 2021, a rival fez uma proposta em torno de 16,6 bilhões de euros.
CORRIDA POR EXPANSÃO
Rede D’Or (RDOR3) compra Hospital Santa Marina e aumenta presença no Mato Grosso do Sul. Rede de hospitais já havia iniciado a expansão geográfica no estado através da aquisição do Hospital Proncor em julho de 2021.
ERA UMA VEZ UM SUPER APP
Governo chinês junta-se ao WeChat para popularizar sua criptomoeda; saiba os detalhes. País dá novo passo para que cidadãos possam usar amplamente o yuan digital como forma de pagamento no dia a dia.
EXILE ON WALL STREET
Sobre a arte de escalar montanhas: como conquistar lucros de longo prazo através da paciência e (muita) humildade. O estágio temporário de confiança excessiva é perigoso para o investidor, uma vez que ofusca seu senso crítico; assim, é necessário superar a montanha da estupidez. Confira a coluna do Rodolfo Amstalden, sócio-fundador da Empiricus.
Dia de ressaca na bolsa: Depois do rali com o recuo de Trump, Wall Street e Ibovespa se preparam para a inflação nos EUA
Passo atrás de Trump na guerra comercial animou os mercados na quarta-feira, mas investidores já começam a colocar os pés no chão
Prazo de validade: Ibovespa tenta acompanhar correção das bolsas internacionais, mas ainda há um Trump no meio do caminho
Bolsas recuperam-se parcialmente das perdas dos últimos dias, mas ameaça de Trump à China coloca em risco a continuidade desse movimento
Um café e um pão na chapa na bolsa: Ibovespa tenta continuar escapando de Trump em dia de payroll e Powell
Mercados internacionais continuam reagindo negativamente a Trump; Ibovespa passou incólume ontem
Trump Day: Mesmo com Brasil ‘poupado’ na guerra comercial, Ibovespa fica a reboque em sangria das bolsas internacionais
Mercados internacionais reagem em forte queda ao tarifaço amplo, geral e irrestrito imposto por Trump aos parceiros comerciais dos EUA
Trump-palooza: Alta tensão com tarifaço dos EUA força cautela nas bolsas internacionais e afeta Ibovespa
Donald Trump vai detalhar no fim da tarde de hoje o que chama de tarifas “recíprocas” contra países que “maltratam” os EUA
Em busca de proteção: Ibovespa tenta aproveitar melhora das bolsas internacionais na véspera do ‘Dia D’ de Donald Trump
Depois de terminar março entre os melhores investimentos do mês, Ibovespa se prepara para nova rodada da guerra comercial de Trump
Vale tudo na bolsa? Ibovespa chega ao último pregão de março com forte valorização no mês, mas de olho na guerra comercial de Trump
O presidente dos Estados Unidos pretende anunciar na quarta-feira a imposição do que chama de tarifas “recíprocas”
Nem tudo é verdade: Ibovespa reage a balanços e dados de emprego em dia de PCE nos EUA
O PCE, como é conhecido o índice de gastos com consumo pessoal nos EUA, é o dado de inflação preferido do Fed para pautar sua política monetária
Esporte radical na bolsa: Ibovespa sobe em dia de IPCA-15, relatório do Banco Central e coletiva de Galípolo
Galípolo concederá entrevista coletiva no fim da manhã, depois da apresentação do Relatório de Política Monetária do BC
Ato falho relevante: Ibovespa tenta manter tom positivo em meio a incertezas com tarifas ‘recíprocas’ de Trump
Na véspera, teor da ata do Copom animou os investidores brasileiros, que fizeram a bolsa subir e o dólar cair
Cuidado com a cabeça: Ibovespa tenta recuperação enquanto investidores repercutem ata do Copom
Ibovespa caiu 0,77% na segunda-feira, mas acumula alta de quase 7% no que vai de março diante das perspectivas para os juros
Eles perderam a fofura? Ibovespa luta contra agenda movimentada para continuar renovando as máximas do ano
Ata do Copom, balanços e prévia da inflação disputam espaço com números sobre a economia dos EUA nos próximos dias
Bolão fatura sozinho a Mega-Sena, a resposta da XP às acusações de esquema de pirâmide e renda fixa mais rentável: as mais lidas da semana no Seu Dinheiro
Loterias da Caixa Econômica foram destaque no Seu Dinheiro, mas outros assuntos dividiram a atenção dos leitores; veja as matérias mais lidas dos últimos dias
Não fique aí esperando: Agenda fraca deixa Ibovespa a reboque do exterior e da temporada de balanços
Ibovespa interrompeu na quinta-feira uma sequência de seis pregões em alta; movimento é visto como correção
Ainda sobe antes de cair: Ibovespa tenta emplacar mais uma alta após decisões do Fed e do Copom
Copom elevou os juros por aqui e Fed manteve a taxa básica inalterada nos EUA durante a Super Quarta dos bancos centrais
De volta à Terra: Ibovespa tenta manter boa sequência na Super Quarta dos bancos centrais
Em momentos diferentes, Copom e Fed decidem hoje os rumos das taxas de juros no Brasil e nos Estados Unidos
Não é um pássaro (nem um avião): Ibovespa tenta manter bom momento enquanto investidores se preparam para a Super Quarta
Investidores tentam antecipar os próximos passos dos bancos centrais enquanto Lula assina projeto sobre isenção de imposto de renda
O rugido do leão: Ibovespa se prepara para Super Semana dos bancos centrais e mais balanços
Além das decisões de juros, os investidores seguem repercutindo as medidas de estímulo ao consumo na China
Frenetic trading days: Com guerra comercial no radar, Ibovespa tenta manter bom momento em dia de vendas no varejo e resultado fiscal
Bolsa vem de alta de mais de 1% na esteira da recuperação da Petrobras, da Vale, da B3 e dos bancos
Contradições na bolsa: Ibovespa busca reação em dia de indicadores de atividade no Brasil e nos EUA
Investidores também reagem ao andamento da temporada de balanços, com destaque para o resultado da Casas Bahia