Decisão do BC limita perdas do Ibovespa, Facebook afunda o Nasdaq e Vale pode subir ainda mais em 2022; confira os principais destaques do dia

Mark Zuckerberg pode até acreditar que o futuro está no metaverso e nas oportunidades ilimitadas que o mundo virtual traz, mas o banho de água fria que a Meta (ex-Facebook) deu no mercado financeiro na noite de ontem foi bem real e empurrou o Nasdaq para uma queda de mais de 3% nesta quinta-feira.
O império de Zuckerberg pode até ter começado com 500 milhões de amigos, mas o Facebook perdeu em média 500 mil usuários por dia no último trimestre de 2021, impactando diretamente no alcance da publicidade e na receita da companhia.
Com a redução dos estímulos monetários por parte do Federal Reserve, o banco central americano, no radar, 2022 tem sido um ano de realização de lucros e correção na bolsa americana, mas essa tendência havia dado uma trégua após performances surpreendentes de outras duas big techs – Apple e Amazon.
Para Eduardo Grübler, gestor de renda variável da Warren Asset, o resultado da Meta veio para lembrar o mercado que as grandes empresas de tecnologia não são infalíveis, o que deve trazer de volta a tendência de queda mais pronunciada.
No pregão de hoje, o índice Nasdaq, que reúne as principais empresas do setor tech, recuou 3,74% – só a Meta tombou 27%, perdendo US$ 250 bilhões em valor de mercado. O S&P 500 caiu 2,44% e o Dow Jones teve queda de 1,45%. Na Europa, o dia também fechou no vermelho, após o Banco Central Europeu manter a taxa básica de juros inalterada, mesmo diante da inflação elevada.
Com o cenário internacional marcado pela aversão ao risco, o Ibovespa se apoiou na boa recepção do mercado local à decisão do Banco Central de elevar a taxa Selic a 10,75% ao ano e à redução do ritmo de ajuste da taxa de juros.
Leia Também
Após o Copom confirmar quais serão seus próximos passos, a curva de juros passou por um forte ajuste de queda, principalmente na ponta mais curta, o que ajudou o Ibovespa a tentar seguir na contramão da aversão ao risco global.
O setor bancário, pressionado ontem pela reação ao balanço do Santander, também ajudou, mas as commodities foram pressionadas e levaram o índice a fechar em leve queda de 0,18%, aos 111.696 pontos, após um dia de oscilação próximo da estabilidade. O dólar à vista fechou em alta de 0,36%, a R$ 5,2954, longe das máximas do dia.
Veja tudo o que movimentou os mercados nesta quarta-feira, incluindo os principais destaques do noticiário corporativo e as ações com o melhor e o pior desempenho do Ibovespa.
MINÉRIO NAS ALTURAS
A Vale (VALE3) já subiu 10% em 2022. Para o Itaú BBA, há espaço para mais — e dividendos extraordinários estão no radar. A alta no minério de ferro, combinada ao baixo endividamento da mineradora, tende a fortalecer as ações e abre caminhos para novos proventos.
GOVERNANÇA CORPORATIVA
Braskem (BRKM5) dá mais um (pequeno) passo rumo ao Novo Mercado da B3. A petroquímica controlada por Novonor (ex-Odebrecht) e Petrobras aprovou a conversão das ações preferenciais classe B (PNB) da companhia em classe A (PNA).
MENOS LIQUIDEZ
Brisanet (BRIT3) está barata? Empresa vai recomprar até 9,5 milhões de papéis na bolsa. Em menos de um ano desde a sua estreia na B3, ações da provedora de internet acumulam queda de quase 68%, cotadas a R$ 4,48 no último pregão.
HORA DE COMPRAR
Quem tem medo das eleições? Para o JP Morgan, bolsa brasileira deve subir mais que mercados emergentes durante o ciclo eleitoral. O banco norte-americano tem recomendação overweight — peso acima da média, equivalente a compra — para o mercado nacional e vê pouca influência das eleições presidenciais sobre o desempenho das ações.
PREÇO DOS COMBUSTÍVEIS
Por que os combustíveis precisam seguir os preços de mercado? Com a palavra, o presidente da Petrobras. De acordo com Silva e Luna, os recursos que a estatal paga em tributos e dividendos são capazes de gerar empregos, e essa é a melhor forma de dar retorno à sociedade.
Smartphones e chips na berlinda de Trump: o que esperar dos mercados para hoje
Com indefinição sobre tarifas para smartphones, chips e eletrônicos, bolsas esboçam reação positiva nesta segunda-feira; veja outros destaques
Senta que lá vem mais tarifa: China retalia (de novo) e mercados reagem, em meio ao fogo cruzado
Por aqui, os investidores devem ficar com um olho no peixe e outro no gato, acompanhando os dados do IPCA e do IBC-Br, considerado a prévia do PIB nacional
Dia de ressaca na bolsa: Depois do rali com o recuo de Trump, Wall Street e Ibovespa se preparam para a inflação nos EUA
Passo atrás de Trump na guerra comercial animou os mercados na quarta-feira, mas investidores já começam a colocar os pés no chão
Prazo de validade: Ibovespa tenta acompanhar correção das bolsas internacionais, mas ainda há um Trump no meio do caminho
Bolsas recuperam-se parcialmente das perdas dos últimos dias, mas ameaça de Trump à China coloca em risco a continuidade desse movimento
Um café e um pão na chapa na bolsa: Ibovespa tenta continuar escapando de Trump em dia de payroll e Powell
Mercados internacionais continuam reagindo negativamente a Trump; Ibovespa passou incólume ontem
Trump Day: Mesmo com Brasil ‘poupado’ na guerra comercial, Ibovespa fica a reboque em sangria das bolsas internacionais
Mercados internacionais reagem em forte queda ao tarifaço amplo, geral e irrestrito imposto por Trump aos parceiros comerciais dos EUA
Trump-palooza: Alta tensão com tarifaço dos EUA força cautela nas bolsas internacionais e afeta Ibovespa
Donald Trump vai detalhar no fim da tarde de hoje o que chama de tarifas “recíprocas” contra países que “maltratam” os EUA
Em busca de proteção: Ibovespa tenta aproveitar melhora das bolsas internacionais na véspera do ‘Dia D’ de Donald Trump
Depois de terminar março entre os melhores investimentos do mês, Ibovespa se prepara para nova rodada da guerra comercial de Trump
Vale tudo na bolsa? Ibovespa chega ao último pregão de março com forte valorização no mês, mas de olho na guerra comercial de Trump
O presidente dos Estados Unidos pretende anunciar na quarta-feira a imposição do que chama de tarifas “recíprocas”
Nem tudo é verdade: Ibovespa reage a balanços e dados de emprego em dia de PCE nos EUA
O PCE, como é conhecido o índice de gastos com consumo pessoal nos EUA, é o dado de inflação preferido do Fed para pautar sua política monetária
Esporte radical na bolsa: Ibovespa sobe em dia de IPCA-15, relatório do Banco Central e coletiva de Galípolo
Galípolo concederá entrevista coletiva no fim da manhã, depois da apresentação do Relatório de Política Monetária do BC
Ato falho relevante: Ibovespa tenta manter tom positivo em meio a incertezas com tarifas ‘recíprocas’ de Trump
Na véspera, teor da ata do Copom animou os investidores brasileiros, que fizeram a bolsa subir e o dólar cair
Cuidado com a cabeça: Ibovespa tenta recuperação enquanto investidores repercutem ata do Copom
Ibovespa caiu 0,77% na segunda-feira, mas acumula alta de quase 7% no que vai de março diante das perspectivas para os juros
Eles perderam a fofura? Ibovespa luta contra agenda movimentada para continuar renovando as máximas do ano
Ata do Copom, balanços e prévia da inflação disputam espaço com números sobre a economia dos EUA nos próximos dias
Bolão fatura sozinho a Mega-Sena, a resposta da XP às acusações de esquema de pirâmide e renda fixa mais rentável: as mais lidas da semana no Seu Dinheiro
Loterias da Caixa Econômica foram destaque no Seu Dinheiro, mas outros assuntos dividiram a atenção dos leitores; veja as matérias mais lidas dos últimos dias
Não fique aí esperando: Agenda fraca deixa Ibovespa a reboque do exterior e da temporada de balanços
Ibovespa interrompeu na quinta-feira uma sequência de seis pregões em alta; movimento é visto como correção
Ainda sobe antes de cair: Ibovespa tenta emplacar mais uma alta após decisões do Fed e do Copom
Copom elevou os juros por aqui e Fed manteve a taxa básica inalterada nos EUA durante a Super Quarta dos bancos centrais
De volta à Terra: Ibovespa tenta manter boa sequência na Super Quarta dos bancos centrais
Em momentos diferentes, Copom e Fed decidem hoje os rumos das taxas de juros no Brasil e nos Estados Unidos
Não é um pássaro (nem um avião): Ibovespa tenta manter bom momento enquanto investidores se preparam para a Super Quarta
Investidores tentam antecipar os próximos passos dos bancos centrais enquanto Lula assina projeto sobre isenção de imposto de renda
O rugido do leão: Ibovespa se prepara para Super Semana dos bancos centrais e mais balanços
Além das decisões de juros, os investidores seguem repercutindo as medidas de estímulo ao consumo na China