Político pesa no Ibovespa, projeções melhores para VIIA3 e outros destaques do dia

A inflação global elevada e as apostas cada vez maiores de que o mundo deve enfrentar um cenário de recessão econômica continuam alimentando os ursos do mercado financeiro nos quatro cantos do mundo, monopolizando a atenção dos investidores. 

Mesmo com um cenário marcado por uma forte aversão ao risco, os principais índices de Wall Street deram uma pausa na sangria e viram em dados mais fracos da economia americana um fio de esperança: as bolsas interromperam uma sequência de três semanas consecutivas de perdas. 

A B3, no entanto, ainda não vê razões para sonhar com dias melhores — as notícias que chegam de Brasília, na verdade, tornam as coisas ainda mais difíceis. 

Se a discussão em torno de uma interferência mais significativa na Petrobras (PETR4) ficou mais amena, o presidente Jair Bolsonaro voltou a causar incômodo nesta manhã ao defender publicamente um aumento de R$ 200 no Auxílio Brasil.  

Nos últimos dias, essa e outras promessas de gastos públicos circularam por aí e, apesar de nenhum outro detalhe ter sido divulgado pela União, já é o suficiente para resgatar os temores de um país altamente endividado e sem equilíbrio fiscal. 

Apesar do Ibovespa ter acompanhado os ganhos de Wall Street nesta sexta-feira (24), o fôlego foi mais curto e a aversão ao risco, mais alta — a inflação segue mostrando uma força que pode obrigar o nosso Banco Central a estender o aperto monetário. 

Enquanto as bolsas em NY deram um salto de cerca de 3%, o principal índice da B3 subiu 0,60%, aos 98.672 pontos e recuou 1,15% na semana. O dólar à vista avançou 0,44%, a R$ 5,2527, um ganho de 2,11% nas últimas cinco sessões. 

Veja tudo o que movimentou os mercados nesta sexta-feira, incluindo os principais destaques do noticiário corporativo e as ações com o melhor e o pior desempenho do Ibovespa.

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NOVO ASSOCIADO, VELHOS PROBLEMAS
Binance anuncia Latam Gateway como novo parceiro de pagamentos, mas conseguirá escapar das regras do Banco Central? A maior corretora de criptomoedas do mundo está de olho no Brasil, mas a autoridade monetária daqui não dará trégua.

VAI E VOLTA
Uma Via de mão dupla: entenda por que o Citi melhorou a avaliação da varejista, mas cortou o preço-alvo de VIIA3 para R$ 2,80. Potencial de valorização dos papéis é de 23%, segundo o banco, que manteve a recomendação neutra para a empresa.

CAPTANDO DINHEIRO
CVC (CVCB3) levanta R$ 402,8 milhões em oferta de ações, mas precisa aceitar um desconto pesado.O preço por papel na operação foi de R$ 7,70, valor 13,3% mais baixo na comparação com o fechamento de quinta-feira (23).

EFEITO SELIC
PicPay corta rendimento da conta, mas retorno absoluto continua em alta. Em e-mail enviado a clientes, a plataforma informou que desde o dia 23 de junho, as carteiras deixaram de remunerar 105% do CDI.

E A ESTATÍSTICA AUMENTA
A onda de demissões não tem hora para acabar: fintech Hash faz novo corte no quadro de funcionários. Esse é o terceiro desligamento em massa em três meses na startup, que ainda não informou quantos colaboradores foram afetados.

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Jasmine Olga

jolga@seudinheiro.com

É repórter do Seu Dinheiro. Formada em jornalismo pela Universidade de São Paulo (ECA-USP), já passou pelo Centro de Cidadania Fiscal (CCiF) e o setor de comunicação da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo