Mercado em 5 Minutos: Vai dar para descansar? Entenda como os investidores devem se comportar à véspera do feriado
O Brasil acompanha a cautela internacional, digerindo hoje os dados de inflação de setembro, que podem gerar movimento de aversão ao risco
Bom dia, pessoal. Lá fora, a maioria dos mercados asiáticos caiu ainda mais nesta terça-feira (11), com as principais empresas de tecnologia sob pressão das novas restrições às exportações dos EUA, embora os índices chineses tenham sido apoiados por algumas fortes estimativas de resultados corporativos.
Um vetor negativo, entretanto, foi o ressurgimento dos casos de Covid-19, que fez com que os investidores temessem mais medidas de lockdown antes do 20º Congresso do Partido Comunista da China no final desta semana.
Os mercados europeus e os futuros americanos também amanhecem em queda, na expectativa do início da temporada de resultados do terceiro trimestre nos EUA, que conta hoje com os números de Procter & Gamble (P&G) antes da abertura do mercado.
Adicionalmente, ainda há cautela no aguardo dos dados de inflação ao produtor e ao consumidor, ambos nos EUA.
Na véspera do feriado, o Brasil acompanha essa cautela, digerindo hoje também os dados de inflação de setembro. A ver...
00:46 — A cautela está presente em dia de dados de inflação
Por aqui, na véspera do feriado de Nossa Senhora Aparecida, que pode gerar movimento de aversão ao risco (ninguém quer dormir comprado com um mundo tão incerto), os investidores acompanham a inflação oficial para o mês de setembro pelo IPCA do IBGE.
Leia Também
Segundo a mediana das estimativas, devemos caminhar para o terceiro mês seguido de deflação, caindo 0,34% no mês e registrando alta de 7,10% na comparação com o ano passado, uma desaceleração frente aos 8,73% de agosto.
Caso o dado seja confirmado, seria a maior deflação no acumulado de três meses desde o Plano Real, com queda de cerca de 1,35% nos preços.
O movimento, como sabemos, deriva em grande parte da queda dos preços dos combustíveis, mas até os alimentos podem apresentar normalização significativa desta vez.
Contudo, enquanto o mercado de trabalho local permanecer aquecido (a taxa de desemprego natural brasileira deve rodar por volta dos 8%), ainda haverá margem para atenção do BC.
Caso a inflação caia, no entanto, de maneira mais sustentada, sem depender do governo, como foi o caso dos combustíveis nos últimos meses, poderemos vislumbrar queda da taxa de juros em um segundo momento, provavelmente na segunda metade de 2023, o que seria benéfico para as ações locais, apesar dos desafios internacionais e do dilema fiscal encomendado para os próximos anos, a depender de quem ganhar as eleições de 2022.
Lula, hoje favorito na disputa, ainda não apresentou nome para a economia, nem um plano formal completo sobre a condução fiscal.
01:58 — Repercutindo palavras otimistas
Nos EUA, as ações caíram pelo quarto pregão seguido ontem, caminhando para a quinta queda hoje, a depender da continuidade da má performance verificada nos futuros americanos nesta manhã, com os investidores se preparando para as entregas da semana, com vetores como a temporada de resultados, a ata do Fed e os dados de inflação – sobre o segundo, que vem na quarta-feira, pode até ser considerado um fator mais ultrapassado, mas ainda é relevante para entender os próximos passos do Fed.
Há um movimento de se buscar posições defensivas em meio à incerteza global.
Destaque especial para os bancos nesta semana, que divulgam seu resultado trimestral e dão um parecer sobre os próximos meses da economia (podemos entrar em recessão lá fora muito em breve).
Por enquanto, nenhuma autoridade monetária de economia central deu uma explicação clara de como eles acham que os aumentos das taxas irão agir sobre a inflação, principalmente originada por fatores pouco controláveis.
Por outro lado, para dar um certo otimismo ao mercado, a vice-presidente do Fed, Lael Brainard, argumentou que a inflação logo responderia ao rápido aumento das taxas de juros do Fed.
A sinalização foi no sentido de estar ciente dos outros riscos que preenchiam o mercado, potencialmente sugerindo que o Fed seria cauteloso em continuar seus aumentos de taxas.
02:27 — Mais ruídos britânicos
No Reino Unido, vemos que mais estresse voltou aos mercados de títulos públicos, que viram seus rendimentos (yields) subirem novamente à medida que os mercados expressam suas opiniões sobre os planos fiscais do governo Truss.
Apesar do recuo recente do governo, a falta de governabilidade e a desconfiança na recém-empossada premiê são fatores muito relevantes para os investidores.
Dessa forma, o Banco da Inglaterra está preocupado que mais intervenções sejam necessárias.
Ao mesmo tempo, os dados do mercado de trabalho britânico, assim como o americano, não parecem dar trégua à inflação.
A taxa de desemprego caiu para 3,5%, enquanto a média salarial continuou acelerando. Ao mesmo tempo, os consumidores continuam cautelosos com a medida de vendas no varejo caindo em termos reais.
A questão inflacionária parece muito mais profunda e duradoura do que se pressupunha, o que indica mais juros por mais tempo, machucando o mercado de ações.
03:12 — O encontro do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional
Enquanto aguardamos mais falas de autoridades monetárias nos EUA e na Europa, há quem esteja prestando atenção no encontro anual do Fundo Monetário Internacional e do Banco Mundial, em Washington (presenciais este ano pela primeira vez desde o surto da pandemia em 2020).
Hoje, no evento, teremos a divulgação do Relatório de Perspectiva Global, importante para consolidarmos a visão de geral de para onde caminha a economia e as perspectivas dos agentes econômicos.
Desde ontem, funcionários de governos e legisladores do mundo inteiro têm espaço de fala, onde deverão criticar os recentes cortes na produção de petróleo pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo.
Paralelamente, considerando o contexto atual, a diretora-geral do FMI, Kristalina Georgieva, alertou que os riscos de recessão estão aumentando.
Na semana, o FMI deve cortar sua perspectiva de crescimento global pela quarta vez desde outubro passado (o mundo corre o risco de perder US$ 4 trilhões em produção até 2026).
04:27 — Preparado para o congresso chinês?
No gigante asiático, o mercado espera ansiosamente pelo congresso do Partido Comunista da China, no sábado.
Durante o evento, o presidente Xi Jinping deve receber um terceiro mandato de cinco anos em seu cargo, a primeira vez que acontece desde Mao Tsé-Tung.
O problema, porém, é que o país passa por dificuldades econômicas graves, impulsionadas pela crise no setor imobiliário, entre outras coisas.
Com isso, o homem mais poderoso da China em muitas décadas tem um grande desafio à sua frente.
Ao mesmo tempo, a autoridade de Xi Jinping em constante expansão veio às custas de uma vasta gama de mudanças sociais e econômicas.
A China é algo diferente do que já foi no passado e a maneira como será norteada nos próximos anos poderá definir o modelo de crescimento global da década.
A arma mais poderosa de Putin (até agora): Rússia cruza linha vermelha contra a Ucrânia e lança míssil com capacidade nuclear
No início da semana, Kiev recebeu autorização dos EUA para o uso de mísseis supersônicos; agora foi a vez de Moscou dar uma resposta
Do pouso forçado às piruetas: Ibovespa volta do feriado com bolsas internacionais em modo de aversão ao risco e expectativa com pacote
Investidores locais aguardam mais detalhes do pacote fiscal agora que a contribuição do Ministério da Defesa para o ajuste é dada como certa
Como a Embraer (EMBR3) passou de ameaçada pela Boeing a rival de peso — e o que esperar das ações daqui para frente
Mesmo com a disparada dos papéis em 2024, a perspectiva majoritária do mercado ainda é positiva para a Embraer, diante das avenidas potenciais de crescimento de margens e rentabilidade
É hora de colocar na carteira um novo papel: Irani (RANI3) pode saltar 45% na B3 — e aqui estão os 3 motivos para comprar a ação, segundo o Itaú BBA
O banco iniciou a cobertura das ações RANI3 com recomendação “outperform”, equivalente a compra, e com preço-alvo de R$ 10,00 para o fim de 2025
Ações da Embraer (EMBR3) chegam a cair mais de 4% e lideram perdas do Ibovespa. UBS BB diz que é hora de desembarcar e Santander segue no voo
O banco suíço rebaixou a recomendação para os papéis da Embraer de neutro para venda, enquanto o banco de origem espanhola seguiu com a indicação de compra; entenda por que cada um pegou uma rota diferente
A B3 vai abrir no dia da Consciência Negra? Confira o funcionamento da bolsa, bancos e Correios na estreia do novo feriado nacional
É a primeira vez que o Dia da Consciência Negra consta no calendário dos feriados nacionais. Como de costume, as comemorações devem alterar o funcionamento dos principais serviços públicos
Rali do Trump Trade acabou? Bitcoin (BTC) se estabiliza, mas analistas apontam eventos-chave para maior criptomoeda do mundo chegar aos US$ 200 mil
Mercado de criptomoedas se aproxima de uma encruzilhada: rumo ao topo ou a resultados medianos? Governo Trump pode ter a chave para o desfecho.
Localiza: após balanço mais forte que o esperado no 3T24, BTG Pactual eleva preço-alvo para RENT3 e agora vê potencial de alta de 52% para a ação
Além dos resultados trimestrais, o banco considerou as tendências recentes do mercado automotivo e novas projeções macroeconômicas; veja a nova estimativa
Ações da Oi (OIBR3) saltam mais de 100% e Americanas (AMER3) dispara 41% na bolsa; veja o que impulsiona os papéis das companhias em recuperação judicial
O desempenho robusto da Americanas vem na esteira de um balanço melhor que o esperado, enquanto a Oi recupera fortes perdas registradas na semana passada
O fim da temporada — ou quase: balanço da Nvidia ainda movimenta semana, que conta com novo feriado no Brasil
Enquanto isso, as bolsas internacionais operam sem um sinal único, sofrendo ajustes após o rali do Trump Trade dos últimos dias
Agenda econômica: balanço da Nvidia (NVDC34) e reunião do CMN são destaques em semana com feriado no Brasil
A agenda econômica também conta com divulgação da balança comercial na Zona do Euro e no Japão; confira o que mexe com os mercados nos próximos dias
No G20 Social, Lula defende que governos rompam “dissonância” entre as vozes do mercado e das ruas e pede a países ricos que financiem preservação ambiental
Comentários de Lula foram feitos no encerramento do G20 Social, derivação do evento criada pelo governo brasileiro e que antecede reunião de cúpula
Nova York naufragou: ações que navegavam na vitória de Trump afundam e bolsas terminam com fortes perdas — Tesla (TSLA34) se salva
Europa também fechou a sexta-feira (15) com perdas, enquanto as bolsas na Ásia terminaram a última sessão da semana sem uma direção comum, com dados da China e do Japão no radar dos investidores
Warren Buffett não quer o Nubank? Megainvestidor corta aposta no banco digital em quase 20% — ação cai 8% em Wall Street
O desempenho negativo do banco digital nesta sexta-feira pode ser explicado por três fatores principais — e um deles está diretamente ligado ao bilionário
Azeite a peso de ouro: maior produtora do mundo diz que preços vão cair; saiba quando isso vai acontecer e quanto pode custar
A escassez de azeite de oliva, um alimento básico da dieta mediterrânea, empurrou o setor para o modo de crise, alimentou temores de insegurança alimentar e até mesmo provocou um aumento da criminalidade em supermercados na Europa
Banco do Brasil (BBAS3) de volta ao ataque: banco prevê virada de chave com cartão de crédito em 2025
Após fase ‘pé no chão’ depois da pandemia da covid-19, a instituição financeira quer expandir a carteira de cartão de crédito, que tem crescido pouco nos últimos dois anos
CEO da AgroGalaxy (AGXY3) entra para o conselho após debandada do alto escalão; empresa chama acionistas para assembleia no mês que vem
Além do diretor-presidente, outros dois conselheiros foram nomeados; o trio terá mandato até a AGE marcada para meados de dezembro
Ação da Americanas (AMER3) dispara 200% e lidera altas fora do Ibovespa na semana, enquanto Oi (OIBR3) desaba 75%. O que está por trás das oscilações?
A varejista e a empresa de telecomunicações foram destaque na B3 na semana mais curto por conta do feriado de 15 de novembro, mas por motivos exatamente opostos
Oi (OIBR3) dá o passo final para desligar telefones fixos. Como ficam os seis milhões de clientes da operadora?
Como a maior parte dos usuários da Oi também possui a banda larga da operadora, a empresa deve oferecer a migração da linha fixa para essa estrutura*
A arte de negociar: Ação desta microcap pode subir na B3 após balanço forte no 3T24 — e a maior parte dos investidores não tem ela na mira
Há uma empresa fora do radar do mercado com potencial de proporcionar uma boa valorização para as ações