🔴 QUER INVESTIR NAS MELHORES CRIPTOMOEDAS DO MOMENTO? SAIBA COMO CLICANDO AQUI

Mercado em 5 Minutos: O terror sem fim das bolsas internacionais

Bolsas globais caem para o patamar mais baixo em dois anos, refletindo as taxas de juros mais elevadas, que intensificaram os temores de uma recessão global

28 de setembro de 2022
9:32
Investidores, medo, assustado, terror, mercados, queda
Imagem: Pixabay

Bom dia, pessoal. Lá fora, os mercados globais estão caindo nesta manhã para o patamar mais baixo em dois anos, refletindo as taxas de juros mais elevadas, que intensificaram os temores de uma recessão global e enviaram os investidores para os braços da moeda americana (o dólar está sendo usado como um porto-seguro mais do que nunca). 

Ao mesmo tempo, nos EUA, os rendimentos dos títulos de 10 anos chegaram a 4,0% pela primeira vez desde 2010, com os mercados apostando que o Federal Reserve poderia ter que levar as taxas para cima de 4,5% em sua batalha contra a inflação. 

O movimento tem efeito sobre os mercados europeus e futuros americanos, que caem. 

Na Ásia, as ações também caíram nesta quarta-feira, acompanhando o contexto turbulento no Ocidente. 

Consequentemente, o Brasil, que até então vinha conseguindo se desvencilhar dessa realidade mais pessimista global, agora embarca junto aos pares internacionais em sucessivos movimentos de correção.  A ver... 

00:45 — Digerindo a ata do Copom e o IPCA-15

Por aqui, no Brasil, os investidores não conseguem fugir do pessimismo generalizado também verificado no panorama internacional, apesar de certo otimismo com o processo de desinflação que vivemos, como pudemos verificar pelo IPCA-15 de ontem, que registrou queda de 0,37% na comparação mensal, uma deflação maior que a antecipada pelo mercado — o movimento alivia a pressão na curva de juros. 

Leia Também

Ao mesmo tempo, ainda que os dados possam confirmar a tese de final de ciclo de aperto, a ata do Comitê de Política Monetária (Copom) se mostrou cautelosa, como deveria ser. 

Se o pico da inflação ficou para trás, basta regularmos a atuação vocal da autoridade monetária nos próximos meses, de modo a podermos reduzir a Selic já no ano que vem, mais provavelmente na segunda metade de 2023. 

Na agenda, contamos com falas de autoridades monetárias locais, entre elas o próprio Roberto Campos Neto, presidente do BC. 

Fora isso, acompanhamos as novidades dos dados brasileiros de crédito e o relatório mensal da dívida pública, sobre o mês de agosto, a ser comentado ainda hoje, na sequência de sua divulgação (o panorama fiscal nacional é tão importante quanto o monetário para o bom desempenho dos ativos locais). 

01:43 — As falas do Fed

Ao longo do pregão de hoje, nos EUA, vários membros do Federal Reserve terão espaço para falar com o mercado, como aconteceu nos dois primeiros dias desta semana, trazendo mais volatilidade para os ativos. 

Desta vez, o próprio Jerome Powell tem agenda marcada para alguns comentários, devendo manter o tom duro verificado nos discursos de pares, o que continua reforçando a tendência de queda dos ativos de risco por lá, pelo menos enquanto o ciclo de aperto continuar avançando. 

Ontem, o índice Dow Jones e o S&P 500 caíram 0,4% e 0,2%, respectivamente, cada um em seus níveis mais baixos desde novembro de 2020. Ambos os índices acumulam seis dias de perdas e caíram mais de 6% nesse período. 

Basicamente, o mercado de ações segue bastante assustado com o mercado de títulos, que continua subindo e pressionando os valuations das empresas, movimento que deverá se fazer presente hoje e ao longo dos próximos meses (o bear market ainda não acabou). 

02:31 — O problema russo

Ao que tudo indica, o presidente russo, Vladimir Putin, está se movendo para mudar a narrativa de sua guerra na Ucrânia, já que os referendos de anexação de territórios terminaram e devem dar margem para que as quatro regiões ocupadas pela Rússia sejam incorporadas. 

O resultado? Putin poderá reformular sua estratégia, uma vez que passará a argumentar a defesa de seu país em regiões que antes faziam parte da Ucrânia. 

Ao mesmo tempo, a temperatura mais quente volta a apontar para a utilização de armas táticas nucleares, como o próprio Putin já se disse inclinado a utilizar. 

Como se não bastasse, ainda se suspeita de sabotagem no gasoduto Nord Stream, impedindo totalmente o fornecimento de gás aos europeus pela rota (muito estranho o duto de 15 centímetros de espessura ter tido três vazamentos na costa dinamarquesa sozinho em menos de 24 horas). 

Consequentemente os preços energéticos voltam a disparar, pressionando ainda mais a inflação europeia, já em patamares assustadores. 

03:19 — A crise energética europeia se aprofunda 

Em meio à crise energética europeia, o mercado começa a enxergar evidências crescentes de paralisações industriais e racionamento de energia. 

O índice Ifo de sentimento das empresas na Alemanha em setembro sugere que o ritmo de paralisações industriais causadas por custos de energia está acelerando (o indicador está em seu menor patamar histórico).  

Essa evidência crescente de paralisações industriais sustenta uma visão de que os riscos para uma queda de 1% no PIB da área do euro durante o inverno devem se materializar. 

Em outras palavras, há espaço para mais queda na Europa, assim como acontece nos EUA — inclusive, chamou a atenção o FMI e a secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, criticarem os planos fiscais britânicos (foi tão ruim que órgãos internacionais sugerem revisão do documento). 

04:00 — Comprando uma casa na China 

O mercado imobiliário da China está, ao que tudo indica, cada vez mais em pânico. 

As previsões de crescimento chinês estão sendo cortadas à medida que seu mercado imobiliário oscila; afinal, até 3/4 da riqueza das famílias da China está em imóveis — centenas de milhares de compradores chineses de casas estão se recusando a pagar suas hipotecas por causa de atrasos na construção e queda dos preços dos imóveis. 

Para ilustrar a situação, as vendas de imóveis caíram por 11 meses seguidos (a maior queda já registrada na China), enquanto os preços dos imóveis despencaram. 

Como falamos ontem, os EUA até podem estar em recessão imobiliária, mas a China está em plena depressão imobiliária. É muito preocupante, uma vez que o setor responde por até 30% do PIB chinês – cerca de 2 vezes mais do que nos EUA.  

Entre as empresas, a Country Garden, a maior desenvolvedora da China, viu seus lucros caírem mais de 90% no primeiro semestre do ano. 

Enquanto isso, a Evergrande, a segunda maior incorporadora da China, com US$ 300 bilhões em dívidas, deixou de pagar seus títulos dos EUA já em dezembro do ano passado. 

Nas últimas semanas, como uma resposta, para estimular o investimento, o banco central da China reduziu a taxa de hipoteca de cinco anos em 15 pontos-base, igualando seu maior corte já registrado. 

Embora se entenda que uma crise financeira no estilo de 2008 não seja provável, os problemas da China se estendem além de suas fronteiras, tendo em vista que cada 1% de declínio no PIB da China causa uma queda de 0,3% no PIB global. Sentiremos na pele esta crise no gigante asiático. 

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Que telefone vai tocar primeiro: de Xi ou de Trump? Expectativa mexe com os mercados globais; veja o que esperar desta quinta

17 de abril de 2025 - 8:36

Depois do toma lá dá cá tarifário entre EUA e China, começam a crescer as expectativas de que Xi Jinping e Donald Trump possam iniciar negociações. Resta saber qual telefone irá tocar primeiro.

IR 2025

Como declarar ETF no imposto de renda 2025, seja de ações, criptomoedas ou renda fixa

17 de abril de 2025 - 7:03

Os fundos de índice, conhecidos como ETFs, têm cotas negociadas em bolsa, e podem ser de renda fixa ou renda variável. Veja como informá-los na declaração em cada caso

DRAGÃO À ESPREITA

É hora de aproveitar a sangria dos mercados para investir na China? Guerra tarifária contra os EUA é um risco, mas torneira de estímulos de Xi pode ir longe 

17 de abril de 2025 - 6:12

Parceria entre a B3 e bolsas da China pode estreitar o laço entre os investidores do dois países e permitir uma exposição direta às empresas chinesas que nem os EUA conseguem oferecer; veja quais são as opções para os investidores brasileiros investirem hoje no Gigante Asiático

BATEU TETO

Fim da linha para a Vale (VALE3)? Por que o BB BI deixou de recomendar a compra das ações e cortou o preço-alvo

16 de abril de 2025 - 20:31

O braço de investimentos do Banco do Brasil vai na contramão da maioria das indicações para o papel da mineradora

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: Escute as feras

16 de abril de 2025 - 20:00

As arbitrariedades tarifárias de Peter “Sack of Bricks” Navarro jogaram a Bolsa americana em um dos drawdowns mais bizarros de sua longa e virtuosa história

GATO ESCALDADO?

Nas entrelinhas: por que a tarifa de 245% dos EUA sobre a China não assustou o mercado dessa vez

16 de abril de 2025 - 14:10

Ainda assim, as bolsas tanto em Nova York como por aqui operaram em baixa — com destaque para o Nasdaq, que recuou mais de 3% pressionado pela Nvidia

MOMENTO DESAFIADOR

EUA aprovam bolsa de valores focada em sustentabilidade, que pode começar a operar em 2026

16 de abril de 2025 - 13:14

A Green Impact Exchange pretende operar em um mercado estimado em US$ 35 trilhões

DESTAQUES DA BOLSA

Ações da Brava Energia (BRAV3) sobem forte e lideram altas do Ibovespa — desta vez, o petróleo não é o único “culpado”

16 de abril de 2025 - 12:40

O desempenho forte acontece em uma sessão positiva para o setor de petróleo, mas a valorização da commodity no exterior não é o principal catalisador das ações BRAV3 hoje

COMPRAR OU VENDER

Correr da Vale ou para a Vale? VALE3 surge entre as maiores baixas do Ibovespa após dado de produção do 1T25; saiba o que fazer com a ação agora

16 de abril de 2025 - 12:24

A mineradora divulgou queda na produção de minério de ferro entre janeiro e março deste ano e o mercado reage mal nesta quarta-feira (16); bancos e corretoras reavaliam recomendação para o papel antes do balanço

HORA DE BATER O MARTELO

Acionistas da Petrobras (PETR4) votam hoje a eleição de novos conselheiros e pagamento de dividendos bilionários. Saiba o que está em jogo

16 de abril de 2025 - 11:44

No centro da disputa pelas oito cadeiras disponíveis no conselho de administração está o governo federal, que tenta manter as posições do chairman Pietro Mendes e da CEO, Magda Chambriard

MEXENDO

Deu ruim para Automob (AMOB3) e LWSA (LWSA3), e bom para SmartFit (SMFT3) e Direcional (DIRR3): quem entra e quem sai do Ibovespa na 2ª prévia

16 de abril de 2025 - 11:05

Antes da carteira definitiva entrar em vigor, a B3 divulga ainda mais uma prévia, em 1º de maio. A nova composição entra em vigor em 5 de maio e permanece até o fim de agosto

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Até tu, Nvidia? “Queridinha” do mercado tomba sob Trump; o que esperar do mercado nesta quarta

16 de abril de 2025 - 8:37

Bolsas continuam de olho nas tarifas dos EUA e avaliam dados do PIB da China; por aqui, investidores reagem a relatório da Vale

IR 2025

Como declarar ações no imposto de renda 2025

16 de abril de 2025 - 7:37

Declarar ações no imposto de renda não é trivial, e não é na hora de declarar que você deve recolher o imposto sobre o investimento. Felizmente a pessoa física conta com um limite de isenção. Saiba todos os detalhes sobre como declarar a posse, compra, venda, lucros e prejuízos com ações no IR 2025

O PAÍS DA RENDA FIXA

As empresas não querem mais saber da bolsa? Puxada por debêntures, renda fixa domina o mercado com apetite por títulos isentos de IR

15 de abril de 2025 - 14:32

Com Selic elevada e incertezas no horizonte, emissões de ações vão de mal a pior, e companhias preferem captar recursos via dívida — no Brasil e no exterior; CRIs e CRAs, no entanto, veem emissões caírem

ENTREVISTA EXCLUSIVA

Depois de derreter mais de 90% na bolsa, Espaçolaser (ESPA3) diz que virada chegou e aposta em mudança de fornecedor em nova estratégia

15 de abril de 2025 - 13:40

Em seu primeiro Investor Day no cargo, o CFO e diretor de RI Fabio Itikawa reforça resultados do 4T24 como ponto de virada e divulga plano de troca de fornecedor para reduzir custos

ANTES DA OPA

Península de saída do Atacadão: Família Diniz deixa quadro de acionistas do Carrefour (CRFB3) dias antes de votação sobre OPA

15 de abril de 2025 - 9:29

Após reduzir a fatia que detinha na varejista alimentar ao longo dos últimos meses, a Península decidiu vender de vez toda a participação restante no Atacadão

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Respira, mas não larga o salva-vidas: Trump continua mexendo com os humores do mercado nesta terça

15 de abril de 2025 - 8:14

Além da guerra comercial, investidores também acompanham balanços nos EUA, PIB da China e, por aqui, relatório de produção da Vale (VALE3) no 1T25

AGENDA DE RESULTADOS

Temporada de balanços 1T25: Confira as datas e horários das divulgações e das teleconferências

15 de abril de 2025 - 6:47

De volta ao seu ritmo acelerado, a temporada de balanços do 1T25 começa em abril e revela como as empresas brasileiras têm desempenhado na nova era de Donald Trump

DIA 83 E 84

Bolsas perdem US$ 4 trilhões com Trump — e ninguém está a salvo

14 de abril de 2025 - 11:42

Presidente norte-americano insiste em dizer que não concedeu exceções na sexta-feira (11), quando “colocou em um balde diferente” as tarifas sobre produtos tecnológicos

MERCADOS HOJE

Alívio na guerra comercial injeta ânimo em Wall Street e ações da Apple disparam; Ibovespa acompanha a alta

14 de abril de 2025 - 11:27

Bolsas globais reagem ao anúncio de isenção de tarifas recíprocas para smartphones, computadores e outros eletrônicos

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar