Medo de recessão derruba o Ibovespa, o que deu errado no The Merge e as chances de Lula no primeiro turno; confira os destaques do dia

Não é de hoje que o mercado financeiro pesa o risco de que a economia global enfrente uma grave recessão como efeito colateral das medidas para o controle inflacionário, mas nos últimos dias os investidores aumentaram as apostas de que esse é, de fato, um caminho inevitável.
A preocupação que antes estava quase que restrita à resposta da economia americana, agora também ganha força na Europa.
Enquanto o bloco europeu enfrenta uma guerra sem fim na Ucrânia e corre o risco de sofrer uma grave escassez de energia durante o inverno, o que leva o mercado a revisar para baixo o crescimento dos países da União Europeia, o Reino Unido apresentou um novo pacote de estímulos fiscais que deixou um frio na espinha dos investidores.
Para muitos economistas, o corte de impostos proposto pelo governo da recém-empossada Liz Truss pode colocar o país em uma situação fiscal complicada — o que fez com que a curva de juros britânica embutisse um risco-país mais elevado do que o visto na Itália ou na Grécia, consideradas economias mais precárias dentro do Velho Continente.
A reação negativa não termina por aí. A libra esterlina se aproxima da sua mínima histórica, próxima de perder a paridade com o dólar, e as projeções para a economia britânica são cada vez piores.
Alguns dirigentes do Federal Reserve também contribuíram para a cautela generalizada ao afirmarem que a inflação segue sendo um problema e que é preciso monitorar de perto a situação do Reino Unido.
A fuga de capital e a busca por ativos de proteção fizeram com que o dólar à vista fechasse o dia em alta de 2,53%, a R$ 5,3814. A valorização da moeda americana pressionou o petróleo e levou o Ibovespa a registrar um recuo de 2,33%, aos 109.114 pontos.
Veja tudo o que movimentou os mercados nesta segunda-feira, incluindo os principais destaques do noticiário corporativo e as ações com o melhor e o pior desempenho do Ibovespa.
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CENTRAL DAS ELEIÇÕES
Lula tem 52% dos votos válidos e pode liquidar a fatura no primeiro turno, segundo pesquisa Ipec. De acordo com o levantamento do antigo Ibope, o petista tem 48% das intenções de voto, contra 31% do presidente Jair Bolsonaro (PL), que tenta a reeleição.
NÃO EMPOLGOU
O The Merge do ethereum foi um fiasco? 3 fatos para entender por que a criptomoeda despencou após a atualização mais esperada da história. Analistas entendem que os benefícios apenas começaram, e a disparada das cotações só deve acontecer entre três e cinco anos.
SEGURO MORREU DE VELHO…
Ação do IRB (IRBR3) pode subir mais de 50%, mas o Safra diz que não é hora de comprar; saiba por quê. O banco tem recomendação neutra para os papéis da resseguradora, e cortou o preço-alvo de R$ 2,40 para R$ 1,70 em reflexo da oferta primária que captou R$ 1,2 bilhão no início do mês.
MAIS OFERTA, DEMANDA FRACA
Sinais da crise: JP Morgan corta projeção para o minério de ferro e reduz preço-alvo da Vale (VALE3). Desaceleração do crescimento global, e principalmente da China, deve manter demanda pela commodity fraca, impactando a mineradora.
UMA FATIA NÃO BASTA…
Ela quer o bolo todo: PetroRio (PRIO3) abocanha o restante do campo de Itaipu e torna-se a única operadora do ativo. Petroleira comprou a participação de 40% no campo por US$ 75 mil, que devem ser pagos após a conclusão do negócio; outros US$ 26,9 milhões serão quitados depois da definição do destino da unidade.
AMEAÇA ÀS FINTECHS
Banco Central impõe limite de tarifa para transações feitas com cartões de débito e pré-pagos; veja o que muda. Nova regra passa a vigorar em abril de 2023 e pode encarecer os custos repassados ao consumidor final.
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