🔴 AÇÕES, CRIPTOMOEDAS E MAIS: CONFIRA DE GRAÇA 30 RECOMENDAÇÕES

O dólar pode ser imprevisível, mas é essencial para proteger sua carteira. Entenda os riscos e conheça as melhores estratégias

Os movimentos do dólar no mercado de câmbio são incertos, mas há estratégias eficazes para investir na moeda norte-americana e diversificar seu portfólio

28 de junho de 2022
6:28 - atualizado às 17:50
Espiral de nota de dólar levando ao centro da tela, onde há uma moeda com a Estátua da Liberdade gravada
Entenda por que é tão difícil prever os movimentos do dólar. - Imagem: Pixabay

Poucos ativos são tão incertos quanto o dólar.

Já conversamos algumas vezes neste espaço sobre as variações cambiais do dia a dia e sobre como é difícil antecipar as movimentações da moeda.

Faça o seguinte exercício: avalie o relatório Focus (compêndio do Banco Central com as estimativas do mercado) do começo de cada ano até 2021 com as projeções para o dólar ao final de 12 meses.

É uma verdadeira competição de quem erra mais.

Costuma-se brincar que o câmbio foi a invenção dos economistas para que os meteorologistas passassem menos vergonha.

Há um ponto interessante aqui, no entanto.

Leia Também

Por que é tão difícil prever os movimentos do dólar

A dificuldade de se prever tais variações deriva da composição de tais flutuações. A moeda está longe de possuir uma fórmula mágica para prever seu valor.

Afinal, são muitos os fatores responsáveis por mexer com a sua cotação.

Ainda assim, consigo estipular ao menos 5 pontos relevantes que costumam explicar, ao menos historicamente, algo como 80% das variações cambiais:

  • i) o câmbio de equilíbrio é o ponto estimado pelo que se chama na academia de Fundamental Equilibrium Exchange Rate (FEER), ou taxa de câmbio fundamental de equilíbrio, em português, sendo esta a taxa de câmbio real que é consistente com o equilíbrio macroeconômico, identificada como a taxa que traz a conta corrente em igualdade com a conta de capital subjacente ou sustentável;
  • ii) o risco país fala do famoso “Risco Brasil”, um fator que costuma pesar muito em grandes saltos e quedas da moeda, sendo definido pelo Credit Default Swap (CDS) de 5 anos (quanto maior o risco país, menos vale o real);
  • iii) a força do dólar é a questão da ‘potência’ do país — isto é, quanto mais robusta for a economia americana ou mais atraente forem os investimentos nos EUA, mais valor teria o dólar no mundo;
  • iv) a força das commodities basicamente varia de acordo com o ciclo destas mercadorias importantes para todos os players do globo — quanto mais forte a época for para as commodities, mais se valorizam moedas relacionadas com as matérias-primas, como o real; e
  • v) o diferencial de juros é a necessidade de um país pagar uma determinada taxa mais um seguro para ser interessante a ponto de segurar a moeda em seu território — quanto de juros real o Brasil paga acima dos EUA define esta função.

ESTÁ GOSTANDO DESTE CONTEÚDO? Tenha acesso a ideias de investimento para sair do lugar comum, multiplicar e proteger o patrimônio.

Veja que cada uma dessas variáveis possui sua própria dinâmica interna.

Abaixo, um pouco do comportamento da moeda americana contra o real nos últimos 12 meses. 

Fonte: TradingView

Cotado a R$ 5,25 hoje, o dólar se comportou como uma verdadeira montanha-russa desde meados do ano passado. De 28 de junho de 2021 até meados de dezembro, a divisa valorizou mais de 16% contra o real brasileiro.

O grande culpado desse movimento foi o risco país, que se deteriorou consideravelmente por conta do rompimento do teto de gastos no ano passado.

Em 2022, entretanto, a lógica se inverte.

No ano até o início de abril, o dólar chegou a cair 20% contra a nossa moeda, tendo voltado a ganhar força internacionalmente nas últimas semanas — dólar forte no mundo (mais juros nos EUA), fraqueza das commodities e elevação do risco país.

Ainda assim, o dólar ainda cai cerca de 7% no ano.

Diante disso, vale a pena ter dólar hoje na carteira?

A resposta é sim, vale a pena ter dólar na carteira, principalmente para proteção.

Lembre-se que há duas abordagens para os investimentos em dólar ou outras moedas:

  • i) a de casamento, que considera a posição estrutural de longo prazo; e
  • ii) a de namoro de verão, que guarda consigo um cunho mais tático.

Pensando no longo prazo, entendemos que seja importante manter pelo menos algo como 15% a 30% de posições estruturais em moeda estrangeira nas carteiras (hoje, vale a pena ter mais caixa em dólar lá fora, para quando o bear market acabar).

No final do dia, sempre será benéfico ao investidor diversificar seu portfólio em outras divisas e geografias.

Para quem já tem esse percentual devidamente alocado lá fora, porém, talvez seja a hora de esperar um pouco para novos movimentos.

Tudo isso, claro, feito sob o devido dimensionamento das posições, conforme seu perfil de risco, e a devida diversificação de carteira, com as respectivas proteções associadas.

O que pode gerar volatilidade no dólar nos próximos meses

Adicionalmente, vejo pressões que podem gerar volatilidade nos próximos meses.

A primeira delas, de cunho internacional, se relaciona com as novas sanções do G7 sobre a Rússia, que voltou a engrossar o tom em sua invasão na Ucrânia.

Desde o início do conflito, a Europa e os Estados Unidos proibiram a importação de petróleo russo para cortar uma fonte de receita crucial para o Kremlin.

Contudo, o plano de causar dor econômica ao presidente Vladimir Putin, forçando-o a reconsiderar sua guerra, não funcionou como esperado.

O governo da Rússia está ganhando tanto dinheiro com as exportações de energia quanto antes da invasão (um aumento nas exportações para a Ásia ajudou a compensar grande parte dessas perdas).

Enquanto isso, a inflação está aumentando globalmente, aumentando a pressão política sobre chefes de Estado ocidentais. Isso forçou os líderes das principais economias do G7 a considerar uma nova rota: colocar tetos de preços no petróleo russo.

Com preços máximos, os barris de petróleo russo teoricamente ainda poderiam chegar ao mercado global, evitando assim uma nova crise de oferta – mas Moscou não seria capaz de obter grandes lucros.

O movimento vai gerar volatilidade nos preços internacionais das commodities, assim como vimos nas últimas semanas, o que terá impacto sobre a taxa cambial brasileira, como expliquei anteriormente (petróleo mais fraco é ruim para o Brasil).

Risco fiscal no Brasil adiciona imprevisibilidade

O segundo ponto, no âmbito doméstico, se relaciona com o fiscal brasileiro. As medidas recentes para conter a explosão de preços dos combustíveis terão um impacto fiscal de cerca de R$ 35 bilhões.

Ainda, somadas à redução do PIS e Cofins sobre combustíveis prevista na Lei complementar 194, que deve ter impacto da ordem de R$ 15 bilhões, as medidas somam em torno de R$ 50 bilhões.

Um fiscal ainda mais deteriorado seria ruim para a percepção de risco doméstico, prejudicando o patamar de risco-país e depreciando nossa moeda.

Ou seja, há espaço para bastante imprevisibilidade no câmbio.

Por isso, vale a pena ter dólar na carteira como proteção, da maneira tradicional de hedge cambial.

Gosto de fundos cambiais de taxa reduzida, hoje abundantes nas corretoras brasileiras.

Alternativamente, você também pode internacionalizar tais recursos, deixando-os no caixa em corretoras no exterior.

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
"Efeito Rashomon"

Existe espaço para o real se fortalecer mesmo que o Banco Central não suba a Selic — e aqui estão os motivos, segundo a Kinea Investimentos

3 de setembro de 2024 - 16:05

Apesar do “efeito Rashomon” nos mercados, gestora se mantém comprada na moeda brasileira e no dólar norte-americano

RELUZ COMO NUNCA

Aumento das tensões internacionais faz Goldman Sachs recomendar ouro, mesmo com o metal perto das máximas históricas

3 de setembro de 2024 - 14:46

Há, contudo, um novo elemento que coloca ainda mais lenha na fogueira do rali do ouro, e ele vem da demanda — ou, melhor dizendo, a falta dela — da China

INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

O Ibovespa experimentou novos recordes em agosto — e uma combinação de acontecimentos pode ajudar a bolsa a subir ainda mais

3 de setembro de 2024 - 7:01

Enquanto o ambiente externo segue favorável aos ativos de risco, a economia brasileira tem se mostrado mais resistente que o esperado

NÃO VEM MAIS

Primavera Sound é cancelado no Brasil e na América Latina em 2024; T4F (SHOW3) diz o motivo

2 de setembro de 2024 - 8:57

Segundo o documento, a decisão foi tomada após “muitos meses de trabalho e tentativas para garantir a realização do festival”

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Setembro finalmente chegou: Feriado nos EUA drena liquidez em início de semana com promessa de fortes emoções no Ibovespa

2 de setembro de 2024 - 8:04

Agenda da semana tem PIB e balança comercial no Brasil; nos EUA, relatório mensal de emprego é o destaque, mas só sai na sexta

ANOTE NO CALENDÁRIO

Agenda econômica: PIB do Brasil e o dado mais importante da economia dos EUA são os destaques da semana; veja o calendário completo

2 de setembro de 2024 - 6:02

Investidores aguardam início de corte de juros nos EUA e dados do payroll vão indicar a magnitude da tesourada do Federal Reserve

REBRANDING

A 3R Petroleum vai trocar de nome — e também de ticker; veja quando ela deixará de negociar como RRRP3

31 de agosto de 2024 - 15:04

Novo nome da 3R Petroleum “reforça a brasilidade, a bravura da equipe e parceiros na entrega de melhores resultados”, diz CEO.

BALANÇO DO MÊS

Ibovespa salta mais de 6% e é o melhor investimento de agosto; bitcoin (BTC) despenca 11% e fica na lanterna – veja ranking completo

30 de agosto de 2024 - 18:52

Impulsionado principalmente pela perspectiva de cortes de juros nos Estados Unidos, o índice registrou o melhor desempenho mensal deste ano

DEDO NO GATILHO

Vem mais intervenção aí? Dólar dispara pelo quinto dia seguido, Banco Central entra com leilões e Campos Neto diz o que pode acontecer agora

30 de agosto de 2024 - 15:34

Além de fatores técnicos e da valorização da moeda norte-americana no exterior, um conjunto de questões locais colabora com a escalada da divisa em relação ao real

FECHAMENTO DOS MERCADOS

Em dia de caos na bolsa, Ibovespa consegue sustentar os 136 mil pontos e garante ganhos na semana; dólar sobe a R$ 5,6350

30 de agosto de 2024 - 13:49

A queda do principal índice da bolsa brasileira acontece mesmo após dado crucial de inflação nos Estados Unidos vir em linha com as expectativas dos economistas; os percalços do mercado brasileiro são locais

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Um provérbio para a bolsa: Depois de realizar lucros, Ibovespa aguarda PCE, desemprego e falas de Haddad e Campos Neto

30 de agosto de 2024 - 8:09

Para além da bolsa, o Banco Central promove hoje seu primeiro leilão de venda de dólares desde abril de 2022

SEXTOU COM O RUY

A Vale (VALE3) vai subir mais? O que a valorização das ações diz sobre a troca no comando da mineradora

30 de agosto de 2024 - 6:11

A sucessão no comando da Vale era uma nuvem pesada que pairava sobre a tese de investimentos na companhia, e o fato de ela ter ido embora ajudou VALE3 nesta semana — a tendência veio para ficar?

BOLSA E CÂMBIO

Dólar belisca a casa dos R$ 5,66, mas encerra o dia a R$ 5,6231; na contramão, Ibovespa cai 0,95%. O que mexeu com os mercados aqui e lá fora?

29 de agosto de 2024 - 12:49

As bolsas em Nova York operaram em alta na maior parte do dia, mas tiveram que lidar com perdas da Nvidia — que também pressionou os mercados na Ásia; Europa celebrou dados de inflação na região

MERCADOS

É recorde atrás de recorde na bolsa: Ibovespa fecha aos 137.343,96 pontos com indicação de Galípolo para a chefia do BC; dólar sobe a R$ 5,5555

28 de agosto de 2024 - 17:40

O principal índice da bolsa brasileira foi na contramão de Wall Street, que operou praticamente o dia todo guiada pela cautela antes do balanço da Nvidia e de dados de inflação previstos para o final da semana

SOBE OU NÃO SOBE

“O Banco Central está com o dedo no gatilho”: a declaração da última hora de Campos Neto sobre o que pode acontecer com os juros e o dólar

28 de agosto de 2024 - 13:58

O presidente do BC brasileiro contou, durante participação em evento nesta quarta-feira (28), que esteve perto de intervir no câmbio e diz que segue pronto para ajustar a política monetária se for necessário

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Foi por pouco: Ibovespa mira em Campos Neto, revisão de gastos e Caged na busca por novos recordes

28 de agosto de 2024 - 7:56

Mercados financeiros internacionais amanhecem em compasso de espera pelo balanço da Nvidia, que será divulgado apenas depois do fechamento

RECORDES DA BOLSA

O Ibovespa bateu recorde, mas ainda precisa subir mais de 40% para alcançar uma marca que não atinge desde 2008 — e isso pode abrir uma oportunidade para a bolsa

28 de agosto de 2024 - 6:19

Apesar dos recordes nominais recentes, Ibovespa em dólar ainda está mais de 40% abaixo de seu pico histórico na moeda norte-americana, registrado meses antes da quebra do Lehman Brothers

MERCADOS HOJE

Vale (VALE3) e IPCA-15 dão uma mãozinha para o Ibovespa alcançar a máxima no dia, mas índice perde força e fecha em queda; dólar escala a R$ 5,5027

27 de agosto de 2024 - 14:26

O principal índice da bolsa brasileira chegou a passar os 137 mil no pico da sessão, mas voltou a operar perto da estabilidade no início da tarde, acompanhando a tendência de Nova York

TEVE QUE ENTRAR EM LEILÃO

Ação da Americanas (AMER3) dá salto de 35% em menos de 1 hora de negociação após grupamento

27 de agosto de 2024 - 12:52

O papel já chegou a subir 50% no pregão de hoje, quando AMER3 começou a ser negociada na proporção de 100 para 1 como previa o grupamento de ações aprovado em maio

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Um olhar para dentro da bolsa: Depois de bater novo recorde com Petrobras (PETR4), Ibovespa repercute novo CEO da Vale (VALE3)

27 de agosto de 2024 - 7:59

Além da Petrobras e da Vale, os investidores repercutem hoje a prévia da inflação de agosto e seu possível impacto nos juros

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar