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Flavia Alemi
Flavia Alemi
Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e com MBA em Informações Econômico-Financeiras e Mercado de Capitais pela FIA. Trabalhou na Agência Estado/Broadcast e na S&P Global Platts.
Please come to Brazil

Alta da bolsa não é só especulação de gringo. Por que esses gestores acham que você deve comprar ações agora

Werner Roger, da Trígono, Henrique Bredda, da Alaska, e João Braga, da Encore, explicam motivos pelos quais a bolsa brasileira voltou a chamar a atenção dos gringos e deles mesmos

Flavia Alemi
Flavia Alemi
28 de março de 2022
14:59 - atualizado às 15:37
Da esquerda para a direita, Werner Roger (Trígono), Henrique Bredda (Alaska) e João Braga (Encore), gestores de fundos de ações
Da esquerda para a direita, Werner Roger, da Trígono, Henrique Bredda, da Alaska, e João Braga, da Encore. Imagem: Reprodução

Não é só o investidor estrangeiro que está colocando seu dinheiro na bolsa brasileira. Gestores de fundos locais estão animados com a perspectiva para as ações, ainda que o cenário macroeconômico de inflação e juros em alta pareça desfavorável.

Durante a live de abertura da Semana de Fundos da Vitreo, os gestores Werner Roger, da Trígono, Henrique Bredda, da Alaska, e João Braga, da Encore, conversaram com Rodolfo Amstalden, sócio-fundador da Empiricus, sobre o que está por trás do investimento gringo no Brasil.

Para Werner, a entrada de capital do exterior neste primeiro trimestre de 2022 não é meramente especulativa. Até o dia 24 de março, o fluxo estrangeiro na bolsa acumulava R$ 86,473 bilhões no ano.

“O que aprendi é que gringo gosta de PIB. A economia aqui cresce e é o que vai gerar lucro. As empresas vão investir e isso traz mais dinheiro. É o que está acontecendo agora”, diz o CIO da Trígono. 

A gestora de Werner é conhecida por investir em small caps, ou seja, as ações de empresas de pequeno porte. Em 12 meses, o fundo Trígono Flagship 60 Small Caps acumula alta de 25,14%. Para comparação, o Ibovespa subiu 3,75% no mesmo período.

“No longo prazo, o que importa é a viabilidade de um país. O Brasil tem um mercado grande de 220 milhões de pessoas e acredito que os estrangeiros estão olhando como uma oportunidade que os brasileiros não estão vendo", ressalta.

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De acordo com Bredda, da Alaska, apesar das diversas crises que frequentemente aparecem no Brasil, é melhor “uma democracia um pouquinho bagunçadinha” do que um governo autocrata.

“Se você fosse um suíço, um belga ou um americano querendo investir em mercados emergentes, você iria onde tem garantia de propriedade. Onde você coloca dinheiro e tira? Em que lugar você compra uma empresa e recebe dividendos? Onde o contrato é respeitado? É aqui”, exemplifica o gestor.

A família de fundos Alaska Black passou por maus bocados desde o início da pandemia, com as perdas incentivando os investidores a resgatar o dinheiro. 

Neste ano, no entanto, os fundos estão com desempenho de fazer inveja. Tanto o Alaska Black BDR Nível I quanto o Nível II estão com rentabilidade acima de 30% até agora. O Ibovespa avança 14,59% no ano. Veja na tabela abaixo:

Fundo% mês% ano% 12 meses%24 meses% 36 meses
Alaska Black Institucional5,93%8,67%12%105,28%33,68%
Alaska Black BDR Nível I12,74%32,40%21,22%109,36%-24,20%
Alaska Black BDR Nível II12,80%32,51%21,73%111,21%-21,55%
Ibovespa5,25%14,59%3,75%53,24%24,95%
Dados atualizados até 24/03/2022.

Sorriso do dólar (e do Ibovespa)

João Braga, da Encore, gosta da teoria do Dollar Smile, ou sorriso do dólar, para explicar o fenômeno que estamos vendo na bolsa hoje. Essa teoria diz que a moeda americana tende a se valorizar em relação a outras moedas quando a economia dos EUA está ou muito forte ou muito fraca.

Ilustrando esses movimentos num gráfico, o desenho se assemelha a um sorriso - daí o nome da teoria. Mas, então, quando o dólar se enfraquece? Quando a economia americana está “morna”.

Duas semanas atrás, o Federal Reserve, o banco central dos EUA, elevou a taxa de juros e deu início a um processo de desestímulo à economia americana. 

“Essa configuração de economia americana mais morna com ambiente inflacionário bom para commodities é potencialmente muito boa para investimentos aqui. E não estou falando de um trade, estou falando de um ciclo”, afirmou Braga. 

Como escolher ações, segundo a Encore

O gestor da Encore dividiu o passo a passo da sua filosofia de investimentos na hora de escolher uma empresa para investir na bolsa. 

Passo 1: Não fazer juízo de valor

Braga cita um exemplo comum de gestores que não investem em empresas estatais, um preconceito que ele não tem.

Passo 2: Calcular diferença entre valor e preço

Análise comum à maior parte das gestoras que calcula quanto uma empresa vale e compara com o preço da ação, tentando identificar assimetrias.

Passo 3: Identificar gatilhos que destravem diferença entre valor e preço

Uma vez que a empresa passe pelos primeiros passos, torna-se necessário identificar o que poderia fazer com que investidores comprassem aquela ação, desencadeando uma alta nos preços na bolsa. 

“Uma ação que já me deu muita alegria na vida foi Banco do Brasil. Mas hoje, não compraria. Por mais que eu não tenha preconceito com ela ser estatal e que ela esteja extremamente barata, não vejo um gatilho hoje que faria os investidores comprarem”, aponta Braga.

Além dos três passos, Braga afirma que o segredo para fazer bons investimentos é ficar com a cabeça aberta para mudar de opinião.

“Errar é muito ruim, custa dinheiro, mas é a coisa mais normal. Nosso negócio não é um negócio de acertar, é de acertar um pouco mais que errar”, diz.

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