Yduqs (YDUQ3) tem queda firme pelo segundia dia consecutivo e cai mais de 7%, mas analistas ainda apontam potencial para o papel
Embora tenha mostrado melhorias operacionais e crescimento do segmento de cursos premium, o lucro ficou abaixo do estimado pelos analistas

Pelo segundo dia consecutivo, as ações da Yduqs (YDUQ3) são o principal destaque negativo do Ibovespa. Após cair mais de 9% na sessão de ontem, os papéis recuam mais 7% nesta quinta-feira.
Por volta das 14h, o ativo era cotado a R$ 15,24, mais uma vez repercutindo o fraco balanço apresentado pela companhia no quarto trimestre de 2022, e com uma pressão extra da nova elevação da taxa de juros.
Cerca de dois anos após o início da pandemia, é seguro dizer que o quarto trimestre de 2022 foi o menos impactado pelo efeito coronavírus no setor de Educação, mas isso não foi o suficiente para segurar a decepção do mercado com o balanço da Yduqs.
No documento divulgado na noite de terça-feira (15), a Yduqs trouxe um lucro líquido de R$ 2 milhões, 96% abaixo da estimativa dos analistas da XP Investimentos. As receitas tiveram alta de 9% com o crescimento do cruso de medicina e a redução de descontos obrigatórios, o Ebitda (lucro antes de lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) teve uma queda de 3,5%. No ano, o recuo foi de 13,5%.
Diante de um cenário de elevação de juros e um retorno gradativo das aulas universitárias presenciais, o setor de Educação acaba menos atrativo. Bruno Madruga, head de renda variável da Monte Bravo Investimentos, explica que os juros mais elevados levam a uma dificuldade de acesso ao crédito até mesmo dentro da classe A, o que não é boa notícia para a Yduqs e sua aposta nos cursos de medicina
Com a disparada do petróleo e do minério de ferro, o movimento que vemos hoje é mais uma vez de desmonte de posições em direção às companhias tradicionalmente ligadas à “velha economia”, como bancos e empresas exportadoras de commodities. “Além disso, o setor de educação tem uma liquidez diária baixa, o que leva a movimentos mais amplos com a saída de investidores institucionais”.
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Para a XP Investimentos, a companhia mostrou controle em questões primordiais para a melhora do seu balanço como a redução dos descontos obrigatórios apoiado pelo setor Premium (cursos de medicina) e o aumento do ticket médio, maturação de pólos de crescimento e despesas sob controle.
Os analistas do Credit Suisse apontam que a empresa se mostrou um fluxo de caixa resiliente ao longo da pandemia e uma tendência a apostar mais no ensino misto (presencial e digital) e nos segmentos com maior ticket médio, como os cursos de medicina. O ensino à distância e os cursos premiums já representam cerca de 70% do Ebitda da companhia.
Para o banco suíço, o primeiro semestre de 2022 deve trazer números melhores, apostando na consolidação do crescimento dos setores com maior ticket médio, levando a uma eventual recuperação da base de estudantes, ainda que essa seja uma tarefa difícil, e elevando a lucratividade, já que as despesas e custos seguem em ordem.
O CS acredita que o preço atual não reflete as perspectivas favoráveis para o fluxo de caixa. O preço-alvo da instituição é de R$35, contra R$18,32 do fechamento de ontem, um potencial de alta de 90%.
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