XP (XPBR31) na berlinda: JP Morgan corta recomendação para neutro e diz que o mercado quer ver lucro
O JP Morgan mostrou-se preocupado com o salto nos custos e despesas da XP (XPBR31) no trimestre, o que pressionou as margens da empresa
"A XP (XPBR31) não é mais um player pequeno para se apoiar num crescimento elevado", escreve a equipe de análise do JP Morgan, liderada por Domingos Falavina. É apenas uma das frases de impacto contidas num relatório divulgado há pouco — o banco americano cortou a recomendação para as ações e BDRs da corretora, de compra para neutro.
A mudança de postura vem logo após a divulgação do balanço da XP no segundo trimestre: a corretora mostrou um salto de 14% na receita líquida em um ano, a R$ 3,4 bilhões, mas o lucro líquido recuou 2% na mesma base de comparação, a R$ 913 milhões. E não foi só o JP Morgan que viu com maus olhos essa dicotomia.
No pregão de quarta (10), o primeiro após a publicação do resultado, as ações da XP desabaram 13,23% em Wall Street, fechando a US$ 20,53; por aqui, os BDRs XPBR31 tiveram desempenho semelhante, com baixa de 13,79%, a R$ 103,44 — uma perda de US$ 1,7 bilhão em valor de mercado em apenas um dia.
"Não há indicação formal de retorno do capital investido aos acionistas", escreve Falavina, cortando também o preço-alvo dos ativos: para as ações da XP na Nasdaq, o JP Morgan agora trabalha com um valor de US$ 23,00 (uma alta implícita de 12%); para os BDRs XPBR31, a cotação foi fixada em R$ 123 (+18,9% em relação ao fechamento passado).
XP (XPBR31): o que diz o JP Morgan?
A postura mais cautelosa do JP Morgan em relação à XP (XPBR31) é baseada em três pilares:
- O espaço menor para crescimento, dado que a empresa já tem cerca de 12% de participação de mercado;
- A compressão 'substancial' nas margens, dada a elevação nas despesas gerais, com vendas e administrativas — e sem indício de um maior controle nos custos no futuro; e
- A falta de uma sinalização mais robusta de retorno aos acionistas, no curto ou no médio prazo, o que aumenta os questionamentos quanto à alocação de capital.
"Reter os dividendos provavelmente vai gerar um menor retorno sobre o patrimônio, e as comparações com os bancos devem aumentar, dada a falta de perspectiva de aumento na remuneração aos acionistas", escreve o JP Morgan, destacando que o múltiplo de preço/lucro de 15,4 vezes para 2023 parece "justo".
Leia Também
Em termos de ambiente de competição, a estimativa de que a XP detém cerca de 12% de participação de mercado a coloca em pé de igualdade com os grandes bancos, em termos de ativos sob custódia. O JP Morgan projeta que o BB tenha de 15% a 20% do mercado, enquanto o Itaú fica com 10% a 15%; o Bradesco responde por cerca de 10%.
Por fim, no lado dos resultados financeiros em si, o JP Morgan destaca o descompasso entre receita e despesas: enquanto a primeira linha do balanço cresceu 14%, os custos saltaram 40% em um ano. "Fomos negativamente surpreendidos pela falta de preocupação da administração com a compressão de 2,2 pontos na margem em apenas um trimestre".
Isso, no entanto, não quer dizer que o banco americano tenha apenas críticas à XP: o bom desempenho da divisão de produtos bancários foi elogiado, com a criação de uma nova frente de receitas que deve gerar mais de R$ 1 bilhão em 2022.
"Mas o copo meio vazio é que as receitas cresceram apenas 8% na base anual se as iniciativas bancárias forem desconsideradas, indicando que as operações centrais estão mais perto da maturidade", diz Falavina.
“Minha promessa foi de transformar o banco, mas não disse quando”, diz CEO do Bradesco (BBDC4) — e revela o desafio que tem nas mãos daqui para frente
Na agenda de Marcelo Noronha está um objetivo principal: fazer o ROE do bancão voltar a ultrapassar o custo de capital
A arma mais poderosa de Putin (até agora): Rússia cruza linha vermelha contra a Ucrânia e lança míssil com capacidade nuclear
No início da semana, Kiev recebeu autorização dos EUA para o uso de mísseis supersônicos; agora foi a vez de Moscou dar uma resposta
O Google vai ser obrigado a vender o Chrome? Itaú BBA explica por que medida seria difícil — mas ações caem 5% na bolsa mesmo assim
Essa seria a segunda investida contra monopólios ilegais nos EUA, desde a tentativa fracassada de desmembrar a Microsoft, há 20 anos
Nvidia (NVDC34) vê lucro mais que dobrar no ano — então, por que as ações caem 5% hoje? Entenda o que investidores viram de ruim no balanço
Ainda que as receitas tenham chegado perto dos 100% de crescimento, este foi o primeiro trimestre com ganhos percentuais abaixo de três dígitos na comparação anual
Com dólar acima de R$ 5,80, Banco Central se diz preparado para atuar no câmbio, mas defende políticas para o equilíbrio fiscal
Ainda segundo o Relatório de Estabilidade Financeira do primeiro semestre, entidades do sistema podem ter de elevar provisões para perdas em 2025
Do pouso forçado às piruetas: Ibovespa volta do feriado com bolsas internacionais em modo de aversão ao risco e expectativa com pacote
Investidores locais aguardam mais detalhes do pacote fiscal agora que a contribuição do Ministério da Defesa para o ajuste é dada como certa
Que crise? Weg (WEGE3) quer investir US$ 62 milhões na China para aumentar capacidade de fábrica
O investimento será realizado nos próximos anos e envolve um plano que inclui a construção de um prédio de 30 mil m², com capacidade para fabricação de motores de alta tensão
Como a Embraer (EMBR3) passou de ameaçada pela Boeing a rival de peso — e o que esperar das ações daqui para frente
Mesmo com a disparada dos papéis em 2024, a perspectiva majoritária do mercado ainda é positiva para a Embraer, diante das avenidas potenciais de crescimento de margens e rentabilidade
É hora de colocar na carteira um novo papel: Irani (RANI3) pode saltar 45% na B3 — e aqui estão os 3 motivos para comprar a ação, segundo o Itaú BBA
O banco iniciou a cobertura das ações RANI3 com recomendação “outperform”, equivalente a compra, e com preço-alvo de R$ 10,00 para o fim de 2025
Em busca de dividendos? Curadoria seleciona os melhores FIIs e ações da bolsa para os ‘amantes’ de proventos (PETR4, BBAS3 e MXRF11 estão fora)
Money Times, portal parceiro do Seu Dinheiro, liberou acesso gratuito à carteira Double Income, que reúne os melhores FIIs, ações e títulos de renda fixa para quem busca “viver de renda”
R$ 4,1 bilhões em concessões renovadas: Copel (CPLE6) garante energia para o Paraná até 2054 — e esse banco explica por que você deve comprar as ações
Companhia paranaense fechou o contrato de 30 anos referente a concessão de geração das usinas hidrelétricas Foz do Areia, Segredo e Salto Caxias
Ações da Embraer (EMBR3) chegam a cair mais de 4% e lideram perdas do Ibovespa. UBS BB diz que é hora de desembarcar e Santander segue no voo
O banco suíço rebaixou a recomendação para os papéis da Embraer de neutro para venda, enquanto o banco de origem espanhola seguiu com a indicação de compra; entenda por que cada um pegou uma rota diferente
Equatorial (EQTL3) tem retorno de inflação +20% ao ano desde 2010 – a gigante de energia pode gerar mais frutos após o 3T24?
Ações da Equatorial saltaram na bolsa após resultados fortes do 3º tri; analistas do BTG calculam se papel pode subir mais após disparada nos últimos anos
‘Mãe de todos os ralis’ vem aí para a bolsa brasileira? Veja 3 razões para acreditar na disparada das ações, segundo analista
Analista vê três fatores que podem “mudar o jogo” para o Ibovespa e a bolsa como um todo após um ano negativo até aqui; saiba mais
A B3 vai abrir no dia da Consciência Negra? Confira o funcionamento da bolsa, bancos e Correios na estreia do novo feriado nacional
É a primeira vez que o Dia da Consciência Negra consta no calendário dos feriados nacionais. Como de costume, as comemorações devem alterar o funcionamento dos principais serviços públicos
Grupo Mateus: Santander estabelece novo preço-alvo para GMAT3 e prevê valorização de 33% para as ações em 2025; saiba se é hora de comprar
O banco reduziu o preço-alvo para os papéis da varejista de alimentos em relação à 2024, mas mantém otimismo com crescimento e parceria estratégica
Localiza: após balanço mais forte que o esperado no 3T24, BTG Pactual eleva preço-alvo para RENT3 e agora vê potencial de alta de 52% para a ação
Além dos resultados trimestrais, o banco considerou as tendências recentes do mercado automotivo e novas projeções macroeconômicas; veja a nova estimativa
Ações da Oi (OIBR3) saltam mais de 100% e Americanas (AMER3) dispara 41% na bolsa; veja o que impulsiona os papéis das companhias em recuperação judicial
O desempenho robusto da Americanas vem na esteira de um balanço melhor que o esperado, enquanto a Oi recupera fortes perdas registradas na semana passada
Cemig (CMIG4) e Copasa (CSMG3) voltam a ficar no radar das privatizações e analistas dizem qual das duas tem mais chance de brilhar
Ambas as empresas já possuem capital aberto na bolsa, mas o governo mineiro é quem detém o controle das empresas como acionista majoritário
O fim da temporada — ou quase: balanço da Nvidia ainda movimenta semana, que conta com novo feriado no Brasil
Enquanto isso, as bolsas internacionais operam sem um sinal único, sofrendo ajustes após o rali do Trump Trade dos últimos dias