Rali recente da bolsa brasileira limita potencial de ganhos do Bradesco (BBDC4), e JP Morgan rebaixa ações
Com a alta recente e a perspectiva mais conservadora para os resultados do terceiro trimestre, os analistas do JP Morgan rebaixaram as ações do Bradesco (BBDC4)

Passado o primeiro turno das eleições, o Ibovespa está longe de uma ressaca eleitoral — muito pelo contrário. Nos últimos dias, o principal índice da bolsa brasileira engatou um ritmo acelerado de alta e já acumula ganhos na casa dos 6%.
O avanço recente, no entanto, acabou reduzindo o ganho potencial de diversas teses de investimento, o que fez com que os analistas do JP Morgan revisitassem as suas estimativas para o setor bancário.
Em relatório divulgado nesta sexta-feira (07), os analistas do banco mostraram-se menos otimistas com as perspectivas de alta e resultados para o Bradesco (BBDC4) e apontaram que o Itaú Unibanco (ITUB4) pode ser uma melhor opção.
Com base nas novas estimativas, o JP Morgan alterou a recomendação para os papéis de compra para neutro, mas não alterou o preço-alvo, que segue em R$ 22 — 5% maior do que o valor de fechamento da quinta-feira (06).
Para os analistas, a maior exposição do Bradesco a clientes de baixa renda — seja pessoa física ou jurídica — reduz a qualidade dos ativos do banco e aumenta os riscos para os próximos trimestres.
Com o cenário de crédito em deterioração, o banco também deve sofrer com a redução da inflação (o que impacta no retorno de investimentos feitos pela instituição), a redução na reversão de provisões e uma expectativa menor de receita.
Leia Também
Fazendo as contas
Os analistas do banco americano já estão de olho na temporada de balanços e estimam uma receita para o Bradesco 9% menor do que o consenso de mercado coletado pela Bloomberg.
Os analistas esperam ganhos de R$ 28,6 bilhões e um retorno ao patrimônio líquido de aproximadamente 17,2% — uma leitura mais conservadora que projeta a expectativa de deterioração da qualidade dos ativos.
O banco lembra que o balanço do segundo trimestre de 2022 foi positivamente impactado por itens não recorrentes, que não estarão disponíveis no terceiro trimestre.
Para as próximas temporadas de resultados, os números devem continuar menos positivos, já que o JP Morgan vê a exposição do Bradesco ao público de baixa renda no varejo muito maior do que os seus principais concorrentes — o que eleva a perspectiva de inadimplência no crédito.
De acordo com o relatório, as estimativas mais conservadoras e as menores projeções de crescimento deixam as ações do rival Itaú mais atrativas, já que ainda há um prêmio maior a ser capturado pelos papéis.
Prazo de validade: Ibovespa tenta acompanhar correção das bolsas internacionais, mas ainda há um Trump no meio do caminho
Bolsas recuperam-se parcialmente das perdas dos últimos dias, mas ameaça de Trump à China coloca em risco a continuidade desse movimento
Sem medo do efeito Trump: Warren Buffett é o único entre os 10 maiores bilionários do mundo a ganhar dinheiro em 2025
O bilionário engordou seu patrimônio em US$ 12,7 bilhões neste ano, na contramão do desempenho das fortunas dos homens mais ricos do planeta
Sem aversão ao risco? Luiz Barsi aumenta aposta em ação de companhia em recuperação judicial — e papéis sobem forte na B3
Desde o início do ano, essa empresa praticamente dobrou de valor na bolsa, com uma valorização acumulada de 97% no período. Veja qual é o papel
Equatorial (EQTL3): Por que a venda da divisão de transmissão pode representar uma virada de jogo em termos de dividendos — e o que fazer com as ações
Bancões enxergam a redução do endividamento como principal ponto positivo da venda; veja o que fazer com as ações EQTL3
Ibovespa chega a tombar 2% com pressão de Petrobras (PETR4), enquanto dólar sobe a R$ 5,91, seguindo tendência global
O principal motivo da queda generalizada das bolsas de valores mundiais é a retaliação da China ao tarifaço imposto por Donald Trump na semana passada
Banco Master: Reunião do Banco Central indica soluções para a compra pelo BRB — propostas envolvem o BTG
Apesar do Banco Central ter afirmado que a reunião tratou de “temas atuais”, fontes afirmam que o encontro foi realizado para discutir soluções para o Banco Master
Brasil x Argentina na bolsa: rivalidade dos gramados vira ‘parceria campeã’ na carteira de 10 ações do BTG Pactual em abril; entenda
BTG Pactual faz “reformulação no elenco” na carteira de ações recomendadas em abril e tira papéis que já marcaram gol para apostar em quem pode virar o placar
Disputa aquecida na Mobly (MBLY3): Fundadores da Tok&Stok propõem injetar R$ 100 milhões se OPA avançar, mas empresa não está lá animada
Os acionistas Régis, Ghislaine e Paul Dubrule, fundadores da Tok&Stok, se comprometeram a injetar R$ 100 milhões na Mobly, caso a OPA seja bem-sucedida
Mark Zuckerberg e Elon Musk no vermelho: Os bilionários que mais perdem com as novas tarifas de Trump
Só no último pregão, os 10 homens mais ricos do mundo perderam, juntos, em torno de US$ 74,1 bilhões em patrimônio, de acordo com a Bloomberg
China não deixa barato: Xi Jinping interrompe feriado para anunciar retaliação a tarifas de Trump — e mercados derretem em resposta
O Ministério das Finanças da China disse nesta sexta-feira (4) que irá impor uma tarifa de 34% sobre todos os produtos importados dos EUA
Um café e um pão na chapa na bolsa: Ibovespa tenta continuar escapando de Trump em dia de payroll e Powell
Mercados internacionais continuam reagindo negativamente a Trump; Ibovespa passou incólume ontem
Cardápio das tarifas de Trump: Ibovespa leva vantagem e ações brasileiras se tornam boas opções no menu da bolsa
O mais importante é que, se você ainda não tem ações brasileiras na carteira, esse me parece um momento oportuno para começar a fazer isso
Ações para se proteger da inflação: XP monta carteira de baixo risco para navegar no momento de preços e juros altos
A chamada “cesta defensiva” tem dez empresas, entre bancos, seguradoras, companhias de energia e outros setores classificados pela qualidade e baixo risco
Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3) perdem juntas R$ 26 bilhões em valor de mercado e a culpa é de Trump
Enquanto a petroleira sofreu com a forte desvalorização do petróleo no mercado internacional, a mineradora sentiu os efeitos da queda dos preços do minério de ferro
Brava (BRAV3) despenca 10% em meio à guerra comercial de Trump e Goldman Sachs rebaixa as ações — mas não é a única a perder o brilho na visão do bancão
Ações das petroleiras caem em bloco nesta quinta-feira (3) com impacto do tarifaço de Donald Trump. Goldman Sachs também muda recomendação de outra empresa do segmento e indica que é hora de proteção
Embraer (EMBR3) tem começo de ano lento, mas analistas seguem animados com a ação em 2025 — mesmo com as tarifas de Trump
A fabricante de aeronaves entregou 30 aviões no primeiro trimestre de 2025. O resultado foi 20% superior ao registrado no mesmo período do ano passado
Oportunidades em meio ao caos: XP revela 6 ações brasileiras para lucrar com as novas tarifas de Trump
A recomendação para a carteira é aumentar o foco em empresas com produção nos EUA, com proteção contra a inflação e exportadoras; veja os papéis escolhidos pelos analistas
Trump Day: Mesmo com Brasil ‘poupado’ na guerra comercial, Ibovespa fica a reboque em sangria das bolsas internacionais
Mercados internacionais reagem em forte queda ao tarifaço amplo, geral e irrestrito imposto por Trump aos parceiros comerciais dos EUA
Itaú (ITUB4), de novo: ação é a mais recomendada para abril — e leva a Itaúsa (ITSA4) junto; veja outras queridinhas dos analistas
Ação do Itaú levou quatro recomendações entre as 12 corretoras consultadas pelo Seu Dinheiro; veja o ranking completo
Rodolfo Amstalden: Nos tempos modernos, existe ERP (prêmio de risco) de qualidade no Brasil?
As ações domésticas pagam um prêmio suficiente para remunerar o risco adicional em relação à renda fixa?