Bolsas estrangeiras ignoram iminência de calote russo e sobem com expectativa de um Fed menos agressivo
Otimismo dos investidores é sustentado por expectativa de que aperto monetário do Fed chegará ao fim antes do que se esperava
A iminência de um calote russo é acompanhada com atenção nos mercados financeiros, mas é amplamente mantida em segundo plano na manhã desta segunda-feira e as bolsas sobem.
Isto porque os investidores começaram o dia preferindo colocar suas fichas na expectativa de que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) será comedido no aperto monetário iniciado este ano.
Os índices futuros de Nova sinalizam abertura em alta em Wall Street, ampliando os ganhos da semana passada.
Por aqui, o mercado monitora a votação, pelo conselho de administração da Petrobras, da indicação de Caio Paes de Andrade para a presidência da petroleira.
Na sexta-feira, Paes de Andrade teve a indicação aprovada pelo Comitê de Elegibilidade da Petrobras, mas não por unanimidade.
Confira o que movimenta a bolsa, o dólar e o Ibovespa nesta semana:
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Investidores apostam no fim antecipado do aperto monetário nos EUA
No decorrer dos últimos meses, a perspectiva de que o Fed se veja obrigado a um aperto monetário mais agressivo depois de uma reação tardia à escalada da inflação levou a uma queda expressiva dos ativos de risco. A recuperação no preço dos ativos no exterior teve o suporte de dados econômicos moderados.
“Os investidores continuam considerando que o pior já passou para os mercados de títulos da dívida norte-americana e que o fim dos aumentos das taxas do Fed ocorrerá mais cedo, pois a economia deve desacelerar acentuadamente nos Estados Unidos e em outros países no segundo semestre de 2022”, disse Jeffrey Halley, analista da corretora Oanda.
“Sem que ocorra algo grandioso ao longo desta semana, há muita coisa para nos manter ocupados nesse momento de grande incerteza”, disse Jim Reid, estrategista do Deutsche Bank.
E o calote russo?
Um evento com potencial para causar turbulência nos mercado é o calote da Rússia.
A Rússia afirma dispor do dinheiro, mas não consegue fazer o pagamento em dólares por causa das sanções impostas a Moscou por causa da invasão da Ucrânia.
O governo dos Estados Unidos chegou a informar que parte do pagamento foi realmente feita pela Rússia, mas em rublos. O problema é que o pagamento não é considerado válido se não for feito em dólar.
A se confirmar que a Rússia realmente não conseguiu pagar os cupons devidos aos detentores dos títulos, este será o primeiro calote por parte de Moscou em mais de 100 anos. A última vez que isso aconteceu foi durante a revolução bolchevique, em 1917.
As possíveis consequências de um calote da Rússia
Apesar da gravidade da situação, especialistas consideram que um eventual calote russo não deve desencadear um efeito dominó. As perdas, segundo eles, devem ficar limitadas aos detentores dos títulos em default.
Na visão de Kristalina Georgieva, a atual diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional, embora a guerra traga consequências devastadoras em termos de sofrimento humano e alta dos preços dos alimentos e da energia em todo o mundo, um possível calote russo “não seria sistemicamente relevante”.
Confira o que mais pode influenciar as bolsas estrangeiras esta semana
Diante disso, a agenda da semana que se inicia será importante para os rumos do mercado.
Na quarta-feira, Powell deve se reunir com os presidentes do Banco Central Europeu (BCE), Chirstine Lagarde, e do Banco da Inglaterra (BoE), Andrew Bailey.
Na quinta-feira deve vir à tona o índice de gastos com consumo pessoal nos EUA. O indicador é o dado preferido do Fed para observar os caminhos da inflação no país.
Demais bolsas pelo mundo
Com Nova York em alta, as bolsas da Europa também aproveitam o otimismo para avançar nesta segunda-feira. O rali em Wall Street sustenta o otimismo no velho continente e os dados sobre covid-19 na China também animam os investidores.
Por falar na China, as bolsas da Ásia e do Pacífico encerraram o pregão ampliando os ganhos da semana passada em Nova York. O anúncio de relaxamento das restrições contra a covid-19 em Xangai favorece uma perspectiva econômica mais otimista.
Na cadeira do MEC
A mais recente crise política do governo envolve a prisão do ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro. A operação, que investiga a responsabilidade do ex-ministro no caso do gabinete paralelo do MEC, também tinha como alvos os pastores Gilmar dos Santos e Arilton Moura.
Com o noticiário político em foco, também permanece no radar do investidor a agenda dos candidatos nesta segunda-feira.
Crise na Petrobras (PETR4)
A entrada de Caio Paes de Andrade na presidência da Petrobras não deve ser um caminho tão suave. A Federação Única dos Petroleiros (FUP) convocou para hoje, às 10h, um protesto contra a indicação de Andrade para a chefia da estatal.
O ato vai acontecer na porta do Edifício Senado, atual prédio da estatal.
Ainda hoje, o Conselho de Administração da Petrobras deve votar para confirmar ou não Paes de Andrade no cargo.
Campos Neto, é com você
Por último, mas não menos importante, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, pariticpa do fórum jurídico de Lisboa hoje. Ainda nesta semana, será divulgado o relatório trimestral da inflação (RTI), que teve sua publicação adiada em virtude da greve dos servidores do BC.
Agenda da semana
Segunda-feira (27)
- Banco Central: Presidente do BC, Roberto Campos Neto, palestra no 10º fórum jurídico de Lisboa (6h)
- Estados Unidos: Encomendas de bens duráveis em maio (9h30)
- Estados Unidos: Vendas pendentes de imóveis em maio (11h)
- Alemanha: G7 realiza reunião da cúpula (o dia inteiro)
- Portugal: Fórum do BCE (o dia inteiro)
Terça-feira (28)
- Estados Unidos: Presidente do Fed de Richmond, Thomas Barkin, fala sobre perspectiva econômica na Câmara de Comércio do Condado de Halifax (9h)
- Estados Unidos: Índice de confiança do consumidor em junho (11h)
- Estados Unidos: Presidente do Fed de São Francisco, Mary Daly, fala sobre inflação em evento do LinkedIn News (13h30)
- Estados Unidos: Estoques de petróleo (17h30)
- Alemanha: Último dia da reunião do G7 (o dia inteiro)
- Espanha: Cúpula da Otan (o dia todo)
- Portugal: Fórum do BCE (o dia todo)
Quarta-feira (29)
- FGV: IGP-M de junho (8h)
- Estados Unidos: Leitura final do PIB do 1º trimestre (9h30)
- Estados Unidos: PCE do trimestre (9h30)
- Estados Unidos: Presidente do Fed de St. Louis, James Bullard, abre evento (14h05)
- Espanha: Cúpula da Otan (o dia todo)
- Portugal: Fórum do BCE (o dia todo)
Quinta-feira (30)
- Banco Central: Divulgação do Relatório Trimestral de Inflação (8h)
- IBGE: Pnad Contínua divulga a taxa de desemprego até maio (9h30)
- Estados Unidos: Pedidos de auxílio-desemprego (9h30)
- Estados Unidos: PCE e núcleo do PCE anual e em maio (9h30)
- Estados Unidos: PMI industrial de junho (10h45)
- Caged: Geração de emprego formal em maio (15h)
- Espanha: Cúpula da Otan (o dia todo)
Sexta-feira (1º)
- FGV: Índice de confiança empresarial em junho (8h)
- Brasil: PMI industrial de junho (10h)
- Estados Unidos: PMI industrial de junho (10h45)
- Brasil: Balança comercial de junho (15h)
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