Esquenta dos Mercados: Petróleo atinge o preço mais alto em quase uma década e bolsas europeias abrem em queda com a guerra em seu oitavo dia
Enquanto o número de refugiados da guerra ultrapassa a marca de 1 milhão de pessoas, Kherson tornou-se hoje a primeira grande cidade ucraniana a ser capturada pelos russos

A invasão da Ucrânia pela Rússia entrou hoje em seu oitavo dia, mantendo a pressão sobre as bolsas internacionais e levando o petróleo ao preço mais alto em quase uma década.
Enquanto o número de refugiados da guerra ultrapassa a marca de 1 milhão de pessoas, segundo a Organização das Nações Unidas, Kherson tornou-se hoje a primeira grande cidade ucraniana a ser capturada pelos russos. A cidade situa-se a poucos quilômetros da península da Crimeia.
Ao longo da madrugada, o barril do Brent chegou a subir 4,5%, atingindo a marca de US$ 118,04. Trata-se do preço mais alto desde fevereiro de 2013.
Os investidores temem que a continuidade do conflito acabe por prejudicar a oferta da commodity nos mercados internacionais.
Mercados de ações
Durante a madrugada, os mercados de ações da Ásia recuperaram um pouco de terreno na esteira da alta do petróleo e com o otimismo do fechamento em Nova York.
Na Europa, porém, as bolsas de valores abriram no vermelho em meio à falta de entendimento entre russos e ucranianos com vistas a uma nova rodada de negociações. Os investidores do Velho Continente ainda digerem as falas da presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, de mais cedo.
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Por fim, em Wall Street, os índices futuros apontam para abertura em queda em Nova York, em um movimento de ajuste depois que Jerome Powell, presidente do Fed, afirmou que deve subir os juros em 25 pontos-base, e não 50, como gostariam os integrantes com um tom mais agressivo contra a inflação.
Foco em cripto
No mercado de criptomoedas, o bitcoin (BTC) e o ethereum (ETH) interrompem no momento a robusta recuperação observada nos últimos dias. Por volta das 6h45, o BTC caía 1,5%, cotado na faixa de US$ 43.300, enquanto o ETH recuava 2,3%, encontrando resistência na faixa de US$ 2.900.
De olho no Federal Reserve
Além de acompanhar os desdobramentos do conflito na Europa, os investidores esperam mais falas de representantes do Banco Central americano nesta quinta-feira (03).
Permanece no radar a participação de Jerome Powell, presidente do Fed, e Jant Yellen, em eventos separados ainda hoje.
Brasil contra a covid-19
O país ultrapassou a marca das 650 mil mortes por covid-19 na última quarta-feira (02), segundo dados do Ministério da Saúde. A média móvel de vítimas, que contorna as distorções causadas pela baixa notificação do final de semana, ficou em 509, em queda pelo 10º dia seguido.
O indicador de mortes do Our World in Data, que contabiliza as mortes por milhão de habitantes, ficou cerca de 40% abaixo do mesmo período do ano passado, o que indica o início de um arrefecimento da pandemia.
Dessa forma, os especialistas em saúde devem acompanhar a alta dos casos nos próximos 14 dias, após o Carnaval. Em algumas alas do governo, já se discute a suspensão da máscara em locais públicos se os números forem positivos.
Agenda do dia
- Banco Central Europeu: Presidente do BCE, Christine Lagarde, discursa em comitê do Parlamento Europeu (5h)
- França: Inflação (CPI) da OCDE em janeiro (8h)
- Brasil: PMI industrial de fevereiro, medido pelo IHS Markit (10h)
- Estados Unidos: Pedidos de auxílio-desemprego (10h30)
- Estados Unidos: PMI composto e de serviços em fevereiro (11h45)
- Estados Unidos: Presidente do Fed, Jerome Powell, apresenta relatório de política monetária ao Senado (12h)
- Estados Unidos: Secretaria do Tesouro, Janet Yellen, participa de evento virtual do Tesouro (12h)
- Economia: Balança comercial de fevereiro (15h)
Balanços do dia
Após o fechamento:
- AES Brasil (Brasil)
Sem horário:
- Lufthansa (Alemanha)
- Telecom Italia (Itália)
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