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Victor Aguiar
Victor Aguiar
Jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e com MBA em Informações Econômico-Financeiras e Mercado de Capitais pelo Instituto Educacional BM&FBovespa. Trabalhou nas principais redações de economia do país, como Bloomberg, Agência Estado/Broadcast e Valor Econômico. Em 2020, foi eleito pela Jornalistas & Cia como um dos 10 profissionais de imprensa mais admirados no segmento de economia, negócios e finanças.
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Agro é pop, agro é bolsa: SLC (SLCE3) é confirmada na nova carteira do Ibovespa; índice terá 92 ações

A empresa já tinha sido incluída nas duas primeiras prévias do novo Ibovespa; confira as mudanças na carteira

Logo da SLC Agrícola (SLCE3) em branco, no primeiro plano. Ao fundo, desfocado, aparece um broto de soja
Imagem: YouTube/SLC Agrícola

A carteira do Ibovespa terá uma novidade a partir de maio: a SLC Agrícola (SLCE3), uma das grandes produtoras de soja, milho e algodão do país, foi incluída na terceira — e derradeira — prévia do novo portfólio do principal índice acionário brasileiro. Nenhum papel foi excluído, segundo dados divulgados nesta manhã pela B3.

Com isso, o Ibovespa passará a contar com 92 ações de 89 empresas diferentes. A entrada da SLC não é exatamente uma surpresa, já que a companhia já integrava as duas prévias anteriores; a nova carteira do índice será válida entre maio e agosto deste ano — a mudança entra em vigor na próxima segunda-feira (2).

Independente da entrada no Ibovespa, a SLC vive um bom momento na bolsa: as ações SLCE3 acumulam valorização de mais de 30% desde o começo de 2022; em abril, mês particularmente ruim para o mercado brasileiro, os papéis avançam 15%.

Essa alta tem alguns catalisadores: no começo da semana, o Bank of America elevou a recomendação para os papéis, de neutro para compra, fixando preço-alvo de R$ 63,00 — um ganho implícito de 15% em relação às cotações atuais, de R$ 54,68, mesmo após toda a alta vista neste ano.

Os bons resultados apresentados no quarto trimestre, somados às perspectivas otimistas para o ano — apesar da crise dos fertilizantes gerada pela guerra entre Rússia e Ucrânia, a SLC sinalizou ao mercado que seus estoques são suficientes para garantir boa parte das safras no curto prazo — são apontados como as fundações para a tese de investimento na empresa.

Vale lembrar que a B3 não leva em conta o desempenho das ações para incluir ou excluir ações na carteira do Ibovespa e em outros índices setoriais; critérios como o volume de negociação, o status da empresa e a cotação dos papéis em si (companhias em recuperação judicial ou cujo preço dos ativos é inferior a R$ 1,00 não são elegíveis, por exemplo).

SLC (SLCE3) e o novo Ibovespa

As ações da SLC (SLCE3) chegam ao Ibovespa com um peso relativo de 0,256% — uma participação pequena, mas que não está entre as menores do índice. Empresas mais tradicionais como Yduqs (0,246%), Via (0,240%), Gol (0,119%) e Fleury (0,229%) têm fatias menos relevantes, apenas para citar algumas.

Na ponta oposta, não há grandes novidades: as chamadas blue chips, ações de empresas de grande porte e alta liquidez, continuam com as participações mais relevantes no Ibovespa. É o caso das gigantes do setor de commodities, como Vale e Petrobras, e dos bancões, como Itaú e Bradesco.

Veja como ficou o top 10 em participação na nova carteira — esses dez ativos, somados, respondem por 50% do Ibovespa:

  1. Vale ON (VALE3): 15,117%
  2. Petrobras PN (PETR4): 6,700%
  3. Itaú Unibanco PN (ITUB4): 5,718%;
  4. Bradesco PN (BBDC4): 4,633%
  5. Petrobras ON (PETR3): 4,385%
  6. B3 ON (B3SA3): 3,949%
  7. Ambev ON (ABEV3): 3,139%
  8. JBS ON (JBSS3): 2,459%
  9. Banco do Brasil ON (BBAS3): 2,363%
  10. Weg ON (WEGE3): 2,293%

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