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MERCADOS AGORA

Bolsa agora: Ibovespa volta a recuar com pressão da cautela internacional e encerra o dia em queda; dólar recua

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28 de novembro de 2022
7:12 - atualizado às 18:25

RESUMO DO DIA: Os mercados financeiros internacionais reagem negativamente aos protestos registrados hoje em algumas cidades da China contra a política governamental de covid zero. As bolsas da região registraram perdas, enquanto a abertura na Europa também segue negativa. Diferentemente da última semana, os próximos dias serão recheados de importantes indicadores. Por aqui, os investidores acompanham a transição de governo.

Petrobras (PETR4) evita queda maior, mas Ibovespa recua antes de apresentação da PEC da Transição; dólar e juros também caem

Sem grandes divulgações econômicas marcadas para esta segunda-feira (28) e com um jogo da seleção brasileira no início da tarde, o dia foi morno para a B3. 

Assim como no jogo de estreia do time do técnico Tite, as negociações não foram interrompidas enquanto a bola rolava, mas a falta de novidades no cenário político não deram a confiança necessária para que os investidores fizessem grandes mudanças em suas posições. 

Isso porque o dia transcorreu no aguardo de que mais detalhes sobre a PEC da Transição fossem apresentados — o que só ocorreu no fim do dia, com a bolsa já em leilão de fechamento. A perspectiva é de que a repercussão fique para amanhã. 

Apesar de o texto protocolado trazer um gasto extra-teto de quase R$ 200 bilhões por pelo menos quatro anos, as negociações entre governo eleito e Congresso apontam que a cifra final deve ser menor do que a inicialmente pretendida. 

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FECHAMENTO

Ibovespa encerrou o dia em queda de 0,18%, aos 108.872 pontos.

FECHAMENTO EM NOVA YORK
  • Dow Jones: - 1,45%
  • S&P 500: -1,54%
  • Nasdaq: -1,58%
FECHAMENTO

O dólar à vista encerrou a sessão em queda de 0,82%, a R$ 5,3661.

O Brent encerrou o dia em alta de 0,21%, a US$ 83,89

VALE, GERDAU, CSN OU USIMINAS? A AÇÃO QUE VALE OURO PARA O SANTANDER

A expectativa da suspensão da política de covid zero na China e aportes de Pequim em setores chave da economia, como o imobiliário, trouxeram fôlego para o minério de ferro em novembro, mês no qual a commodity acumula valorização de cerca de 25%. Mas esse quadro foi ficando incerto diante dos protestos da população chinesa contra restrições ao coronavírus. Nesse cenário, quem se dá melhor: Vale (VALE3), Gerdau (GGBR4), CSN (CSNA3) ou Usiminas (USIM5)

Para o Santander, a Vale é a melhor escolha para quem quer ter exposição ao setor: ainda que as ações VALE3 acumulem alta de 19% desde agosto, em dólares, e ganho médio de 12% em relação a outras empresas globais do setor, o banco ainda vê um ponto de entrada atraente e uma relação entre risco e recompensa que vale a pena.

A visão positiva do Santander para a Vale é baseada em três pilares:

  • Potencial de alta dos preços do minério de ferro, com riscos direcionados para cima, uma vez que a cotação da commodity permanece próxima aos custos marginais; 
  • Valuation atrativo, com valor da firma x Ebitda (EV/EBITDA) para 2023 de 3,9x e fluxo de caixa livre (FCF) de 15% para o mesmo ano; 
  • Potencial de agregar valor à divisão de metais básicos.

Além disso, na disputa entre minério de ferro e aço, o banco prefere o primeiro, com expectativa de que os preços da commodity fiquem acima de US$ 100 por tonelada no primeiro semestre do próximo ano. 

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NOVA YORK AMPLIA QUEDA

As bolsas em Nova York operam em queda desde o início do dia, mas o desempenho dos índices piorou na última hora.

Enquanto o Brasil acompanhava o jogo da seleção brasileira, James Bullard, dirigente do Federal Reserve de St. Louis voltou a afirmar que os juros devem se manter elevados em 2023 e 2024, e defendeu um ajuste monetário rápido, indicando que ainda há espaço para a alta da taxa básica.

AMERICANAS (AMER3) DESPENCA

Apesar da segunda-feira (28) pós-Black Friday ser conhecida como "Cyber Monday" e marcada por promoções no setor de informática, a percepção do mercado é a que a data celebrada na última sexta-feira (28) teve um desempenho pior do que o esperado. Assim, o setor de varejo é pressionado e opera em forte queda, mesmo com o alívio visto nos juros futuros.

CÓDIGONOMEULTVAR
AMER3Americanas S.AR$ 9,92-9,41%
MRFG3Marfrig ONR$ 8,98-6,65%
VIIA3Via ONR$ 2,12-5,36%
IRBR3IRB ONR$ 0,74-5,13%
CVCB3CVC ONR$ 4,82-4,17%

RENOVANDO MÍNIMAS

O dólar à vista segue renovando mínimas nesta tarde. Os investidores repercutem as perspectivas de complicações na aprovação da PEC da Transição em seu valor acheio, assim como uma melhor recepção do nome de Fernando Haddad para o cargo de ministro da Fazenda.

FECHAMENTO NA EUROPA
  • Frankfurt: -1,06%
  • Londres: -0,16%
  • Paris: -0,70%
  • Stoxx-600: -0,54%
BB diz que tem mecanismo para mitigar interferência na gestão

Com resultados de fazer inveja aos bancos privados neste ano, o Banco do Brasil (BBAS3) desperta apenas uma grande preocupação nos analistas: a troca de governo.

Isto porque o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, disse durante a sua campanha eleitoral que iria “enquadrar” o Banco do Brasil. O petista defende que os bancos públicos reduzam a margem de lucro.

A equipe de relações com investidores do banco, no entanto, tenta tranquilizar os acionistas. Os analistas do Goldman Sachs fizeram um roadshow com o time do BB na Europa e ouviram dos gerentes Ronal Mascarello e Marcelo Alexandre que o banco conta com mecanismos para mitigar possíveis interferências na gestão.

“A companhia destacou que seus estatutos e plano estratégico são desenhados para suportar quaisquer potenciais mudanças nas posições da diretoria, que ainda são incertas para 2023”, disse o Goldman Sachs em relatório.

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EXPECTATIVA POR DEFINIÇÃO

Depois de uma sequência de forte alta, os principais vencimentos dos contratos de DI operam em queda. A expectativa do mercado é pela desidratação da PEC da Transição durante as tratativas no Congresso e um detalhamento de quem fará parte da equipe econômica já nos próximos dias. Confira:

CÓDIGONOME ULT  FEC 
DI1F23DI Jan/2313,70%13,70%
DI1F24DI Jan/2414,24%14,44%
DI1F25DI Jan/2513,63%13,88%
DI1F26DI Jan/2613,43%13,69%
DI1F27DI Jan/2713,34%13,58%
GANHANDO FÔLEGO

Apesar da instabilidade gerada pelo cenário negativo no exterior, o Ibovespa vem ganhando fôlego na última hora de pregão. A bolsa brasileira acompanha o bom resultado de empresas de peso, como Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4). Além disso, a proximidade do jogo do Brasil, marcado para às 13h, reduz o volume de operações na B3.

COMO ANDAM OS MERCADOS

O Ibovespa opera em leve alta de 0,22%, aos 109.214 pontos, após cair quase 1% na primeira hora do pregão. A melhora se deve à recuperação de Petrobras (PETR4;PETR3) com expectativas sobre a estatal.

Com a agenda esvaziada de dados econômicos, a bolsa brasileira repercute o desempenho do exterior, mais cauteloso com China e, no cenário doméstico, as movimentações do governo eleito sobre a PEC de Transição. O presidente eleito Lula (PT) chegou à Brasília neste domingo para auxiliar nas negociações da proposta.

Os destaques do Ibovespa são alta superior a 3% de Rumo (RAIL3) após elevação do preço-alvo das ações pelo banco Credit Suisse; e a queda acima de 7% de Americanas (AMER3), com maior aversão ao risco dos investidores ao setor de varejo.

No exterior, os protestos na China contra a política de Covid-zero no final de semana pesam sobre os ativos. Nos EUA, as bolsas iniciaram as negociações em queda e seguem operando no campo negativo. Confira:

  • Dow Jones: -0,42%;
  • S&P 500: -0,54%;
  • Nasdaq: -0,38%.

No setor de commodities, as operações desta segunda-feira seguem sem direção única. Apesar da cautela internacional, o minério de ferro encerrou o dia em alta de de 2,37% em Dalian, na China, com a tonelada cotada a US$ 105,07. O petróleo tipo Brent opera em queda de 1,23%, com o barril a US$ 82,71.

Por fim, o dólar à vista recua 0,57% ante o real, a R$ 5,3807.

INFLAÇÃO NA ZONA DO EURO DEVE SEGUIR ALTA

A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, afirmou que a economia global deve continuar enfraquecendo no último trimestre de 2022 e no primeiro trimestre de 2023, mas isso não deve ser suficiente para desacelerar a inflação na Zona do Euro.

"Não vemos sinais ou uma direção que nos leve a crer que atingimos o pico da inflação ou que ela vá diminuir em breve", destacou Lagarde.

A presidente do BCE acrescentou que, no momento, as taxas de juros "são e devem continuar sendo a principal ferramenta de combate à inflação".

Com informações de Broadcast.

SOBE E DESCE DO IBOVESPA

Confira as maiores altas:

CÓDIGONOMEULTVAR
QUAL3Qualicorp ONR$ 5,893,70%
RAIL3Rumo ONR$ 19,452,86%
ASAI3Assaí ONR$ 19,662,34%
CCRO3CCR ONR$ 11,612,11%
LWSA3Locaweb ONR$ 7,501,90%

E as maiores quedas do dia:

CÓDIGONOMEULTVAR
AMER3Americanas S.AR$ 10,20-6,85%
MRFG3Marfrig ONR$ 9,18-4,57%
USIM5Usiminas PNAR$ 7,31-3,94%
CSNA3CSN ONR$ 13,30-3,70%
VIIA3Via ONR$ 2,17-3,13%
PETROBRAS (PETR4) OPERA INSTÁVEL

Com o petróleo em queda acima de 2%, as ações da Petrobras (PETR4;PETR3) vivenciam um dia de forte oscilação no Ibovespa.

Há pouco, os papéis da petroleira ensaiaram leve alta de 0,02%, mas não sustentaram o tom positivo. A companhia também repercute a cautela com o cenário fiscal e de governança da estatal durante o governo eleito.

Nesta segunda-feira, o grupo de transição de Minas e Energia deve se reunir com a presidência da Petrobras.

Confira o desempenho das ações:

CÓDIGONOMEULTVAR
PETR3Petrobras ONR$ 27,57+0,29%
PETR4Petrobras PNR$ 23,79-0,21%
ABERTURA EM NOVA YORK

As bolsas americanas abriram em tom negativo, com China no radar. Confira:

  • Dow Jones: -0,43%;
  • S&P 500: -0,70%;
  • Nasdaq: -0,64%.

Em questão de dados econômicos, essa semana agitada nos EUA. Os investidores aguardam a publicação do Livro Bege, discurso de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, relatório de emprego (payroll) e índice de gastos de consumo pessoal (PCE, na sigla em inglês). Os dados devem ser divulgados entre quarta-feira (30) e sexta-feira (2).

AMERICANAS (AMER3) DESPENCA

As Lojas Americanas (AMER3) lideram as perdas do Ibovespa neste pregão. As ações caem 6,30%, a R$ 10,22, em razão da maior cautela dos investidores, ainda que os juros futuros estejam em trajetória de alívio.

MINÉRIO DE FERRO FECHA EM ALTA

Ainda que os protestos na China, em razão da política de Covid-zero, tenham imprimido mais cautela no mercado internacional, o minério de ferro encerrou as negociações em alta de 2,37% em Dalian, com a tonelada cotada a US$ 105,07.

O Ibovespa opera em leve queda de 0,05%, aos 108.918 pontos.

No mesmo horário, o dólar à vista cai 0,02%, a R$ 5,3842.

RUMO (RAIL3) SOBE APÓS RECOMENDAÇÃO DE CREDIT SUISSE

As ações da Rumo (RAIL3) lideram os ganhos do dia, com alta de 3,49%, a R$ 19,55. O desempenho positivo é uma reação do mercado após a elevação do preço-alvo da companhia pelo Credit Suisse de R$ 21,00 para R$ 24,00.

Além disso, o banco reiterou a recomendação de compra para o papel. Segundo o relatório, as tarifas mais altas a partir de 2023, com ambiente competitivo melhor devido a custos gerais de frete mais elevados e a visão atualizada da Malha Norte a Lucas do Rio Verde, com maiores investimentos e tarifas, são alguns dos fatores que beneficiam a Rumo em 2023.

CASINO FAZ OFERTA SECUNDÁRIA DE AÇÕES PARA VENDER FATIA NO ASSAÍ (ASAI3)

A tão comentada venda de parte da fatia do Grupo Casino dentro do Assaí (ASAI3) finalmente vai acontecer e foi confirmada nesta segunda-feira (28). O movimento já era aguardado pelo mercado, uma vez que os problemas financeiros da rede francesa pressionavam as subsidiárias brasileiras há algum tempo.

A solução encontrada foi vender 140,8 milhões de ações do Assaí em uma oferta secundária de ações, algo próximo de 10,4% do capital social da empresa brasileira. Além disso, ainda há a possibilidade de alienação de mais 3,7%.

Conforme o fechamento de sexta-feira (25), seria possível levantar até R$ 2,7 bilhões com essa venda parcial para usar o dinheiro na redução das dívidas do grupo.

Segundo o documento arquivado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Itaú BBA, BTG Pactual, JPMorgan, Bradesco BBI, Banco Safra e Santander são os coordenadores da oferta.

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SOBE E DESCE DO IBOVESPA

O Ibovespa opera em queda de 0,35%, aos 108.601 pontos.

Confira as maiores altas:

CÓDIGONOMEULTVAR
IRBR3IRB ONR$ 0,802,56%
RAIL3Rumo ONR$ 19,372,43%
AZUL4Azul PNR$ 12,570,88%
FLRY3Fleury ONR$ 17,300,82%
QUAL3Qualicorp ONR$ 5,720,70%

E as maiores quedas do dia:

CÓDIGONOMEULTVAR
AMER3Americanas S.AR$ 10,43-4,75%
CSNA3CSN ONR$ 13,26-3,99%
VIIA3Via ONR$ 2,16-3,57%
USIM5Usiminas PNAR$ 7,34-3,55%
MGLU3Magazine Luiza ONR$ 3,30-3,51%
USIMINAS (USIM5) CAI 4%

Nos primeiros minutos do pregão, a Usiminas (USIM5) cai 4,99%, a R$ 7,23. Os papéis da companhia repercutem o rebaixamento da recomendação de compra para neutro pelo Santander. O preço-alvo é de R$ 9,00.

Em relatório, o banco destaca que a demanda de minério de ferro e cobre mais fraca do que o esperado, principalmente da China, e as mudanças nos regulamentos de mineração, royalties e impostos são os principais fatores de risco para as mineradoras da América Latina.

Com isso, segundo os analistas do Santander, Usiminas (USIM5) deve ter uma dinâmica de ganhos mais fraca nos próximos trimestres.

DANÇA DAS CADEIRAS

A manhã desta segunda-feira começou com grandes emoções na Braskem (BRKM5). Após três anos no comando da petroquímica, Roberto Simões deixará o cargo de CEO a partir de 1º de janeiro de 2023.

O executivo também sairá da cadeira de membro do Conselho de Administração da companhia na virada do ano, exercendo então as funções até 31 de dezembro para apoiar a transição de comando.

A Novonor, acionista controladora da empresa, indicou Roberto Bischoff como substituto de Simões. Porém, a nomeação do executivo para a posição ainda deverá ser formalmente submetida à aprovação do Conselho da Braskem. 

As ações da Braskem abriram em forte queda nesta segunda-feira. Por volta das 10h15, os papéis BRKM5 recuavam 2% na bolsa brasileira, negociados a R$ 28,38.

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O Ibovespa intensificou a queda da abertura e recua 0,49%, aos 108.446 pontos.

A desvalorização das commodities em razão da cautela sobre a China e o cenário fiscal são os principais fatores que derrubam a bolsa brasileira nesta segunda-feira (28).

ABERTURA DO IBOVESPA

O Ibovespa abriu em leve queda, próximo da estabilidade, de 0,03%, aos 108.942 pontos e acompanha os índices futuros de Nova York e bolsas da Europa. Os investidores operam mais cautelosos com os protestos dos chineses contra a política de "Covid-zero".

Soma-se a isso, o cenário doméstico, com as atenções voltadas à Brasília com a chegada do presidente eleito Lula (PT) na capital brasileira. O mercado acompanha as movimentações da PEC de Transição e o primeiro relatório do governo de transição com um diagnóstico prévio e esboço de propostas para cada pasta.

No mesmo horário, o dólar à vista opera em leve queda de 0,02%, a R$ 5,3839.

FUTUROS EM NOVA YORK

Os índices futuros em Nova York operam em trajetória de queda. Acompanhe:

  • Dow Jones futuro: -0,52%;
  • S&P 500 futuro: -0,69%;
  • Nasdaq futuro: -0,67%.
DÓLAR SOBE

O dólar à vista opera em forte alta, com maior cautela do exterior sobre os protestos e atividade econômica na China. A moeda americana sobe 1,67% frente ao real, a R$ 5,4098.

MATHEUS SPIESS: MERCADO EM 5 MINUTOS

PODE PROTESTAR NA CHINA?

Lá fora, as ações estão tendo um início de semana difícil. Os mercados asiáticos fecharam em baixa nesta segunda-feira (28), seguindo as movimentações mistas de Wall Street na última sexta-feira e com os investidores reagindo à crescente agitação na China em meio aos protestos contrários à política de zero-COVID em várias cidades chinesas (na proporção atual, não há precedentes) — os protestos exacerbam o sentimento de que o gigante asiático passa por uma fase bem turbulenta.

Os mercados europeus e o preço do barril de petróleo também caem nesta manhã, acompanhando cautelosamente o movimento na Ásia e na expectativa para a grande quantidade de dados econômicos nos EUA, a maior e mais importante economia do mundo — por lá, futuros americanos não têm manhã diferente e caem igualmente aos demais mercados. O Brasil deve ver o contexto internacional como impeditivo para um bom dia, até mesmo porque o ambiente doméstico não ajuda no humor local.

A ver…

00:46 — O que custa indicar um nome razoável?

Por aqui, depois da recuperação de sua cirurgia, o presidente-eleito Lula chegou em Brasília para assumir as negociações da PEC da Transição, que deve ser apresentada formalmente amanhã. Ainda hoje, Lula deve conversar com os presidentes das casas legislativas e os líderes partidários. Conforme Alckmin antecipou no final da semana passada, o anúncio de quem ocupará a Fazenda deverá ser feito em breve.

O problema é que o nome tem se distanciado de uma ideia mais pragmática, menos ideológica e mais ortodoxa. Para piorar, Pérsio Arida parece ter descartado ocupar, pelo menos neste primeiro momento, a pasta do Planejamento, conforme aquela possível dobradinha com Haddad na Fazenda sugeria — aliás, o nome do ex-prefeito de São Paulo foi testado na sexta-feira em almoço da Febrabran (ele não se saiu bem).

A falta de perspectiva e o pouco tempo inviabilizam uma aprovação robusta de uma PEC de Transição, o que propicia o surgimento de PECs alternativas, como é o caso da mais recente proposta de Tasso Jereissati, com um gasto esperado de R$ 80 bilhões (se for por aí, será mais tranquilo). O problema é que já passou da hora de dar sinalizações mais claras e as falas sobre responsabilidade fiscal de Alckmin, ainda que positivas, não são mais o suficiente para tranquilizar o mercado, bastante ansioso.

01:50 — Uma semana de muitas emoções

Depois da redução de liquidez por conta do feriado do Dia de Ações de Graças e da Black Friday, os investidores americanos voltam para o trabalho com calendário econômico pesado que inclui atualizações sobre a confiança do consumidor em 29 de novembro, a segunda estimativa do PIB do terceiro trimestre em 30 de novembro, um relatório sobre gastos com construção em 1º de dezembro e o tão esperado relatório de emprego em 2 de dezembro — temos também o Livro Bege do Fed na quarta-feira.

Sobre os dados de emprego, o mercado espera um acréscimo de 200 mil na folha de pagamento em novembro e que a taxa de desemprego se mantenha estável em 3,7%. O relatório de empregos será crucial para definir as expectativas de aumento de taxa e as previsões de taxa terminal logo antes da próxima reunião do Fed.

A linha geral de pensamento é que, se o relatório de emprego for mais forte do que o previsto, o mercado pode cair devido às preocupações de que o Federal Reserve será mais agressivo com os aumentos das taxas, enquanto uma apresentação fraca pode aumentar as esperanças de que o ciclo da taxa de juros seja mais favorável.

02:45 — Black Friday e Cyber Monday

Os últimos dias marcaram o início não oficial da temporada de compras natalinas, com os investidores avaliando a Black Friday para determinar o humor atual do consumidor dos EUA. Com um cenário inflacionário ofuscando a bonança de compras, os consumidores estão procurando pechinchas para aproveitar o preço.

As tendências de compras de fim de ano também estão dando sinais mistos este ano, com 166,3 milhões de pessoas (quase 8 milhões a mais do que no ano passado) que devem sair às compras. Estima-se que os consumidores estejam desembolsando em média pouco mais de US$ 830 em presentes e itens de férias, abaixo dos cerca de US$ 1.000 vistos no ano passado (menos poder de compra por causa da inflação).

As frustrações, claro, devem afetar o mercado, em especial se as vendas no e-commerce forem fracas demais, como se espera. Além da Black Friday, contamos também com sua irmã, Cyber Monday (hoje) — espera-se que quase 64 milhões de consumidores encham seus carrinhos virtuais nesta segunda-feira — a receita com vendas deve alcançar US$ 11,2 bilhões (+5,1% em relação a 2021).

03:54 — As falas das autoridades monetárias

Em semana na qual avaliamos a inflação da Zona do Euro, que deve permanecer em dois dígitos, contamos também com algumas falas de autoridades monetárias. Por exemplo, a presidente do BCE, Christine Lagarde, fala com o mercado. Além dela, o economista-chefe do BCE, Philip Lane, também virá ao mercado na sexta-feira. A fala dos dois será relevante para avaliarmos a opinião do mercado sobre a Inflação.

Nos EUA também temos sentido o impacto de algumas falas de membros do Fed. O presidente do Federal Reserve de Nova York, John Williams, fala hoje no Economics Club e pode trazer certa volatilidade para um mercado já em queda. Além dele, o presidente do Fed, Jerome Powell, vem ao mercado na quarta-feira. Qualquer novidade sobre os próximos passos da política monetária será acompanhada de perto.

04:23 — Os estranhos protestos na China

As ações asiáticas caíram após um fim de semana de protestos na China contra as políticas de Covid zero. Como não poderia deixar de ser, os mercados não gostam da incerteza que os protestos apresentam. Agora, também há dúvidas sobre a direção futura das políticas de controle da pandemia e se danos econômicos serão causados.

Ontem, os protestos se espalharam por todo o país, quando os cidadãos foram às ruas e às universidades, descarregando sua raiva e frustração nas autoridades locais e no Partido Comunista. Manifestações pedindo a queda de Xi Jinping e a saída do PCC foram registradas em vários pontos. Nesta proporção, o evento chama muita a atenção. Até agora, houve forte presença policial para conter as manifestações.

Aliás, até a maior fábrica de iPhone do mundo em Zhengzhou, na China, registrou protestos, quando parte dos 200 mil funcionários entraram em confronto com o pessoal de segurança. O incidente destacou tanto os riscos econômicos das políticas de Covid-19 da China quanto a dependência da Apple do país.

Hoje, o melhor cenário é mais flexibilização e reabertura, mas a velocidade com que as coisas se deterioraram no fim de semana sugere que o governo precisa agir rápido. O risco de a situação piorar a partir daqui e da volatilidade de curto prazo permanece alto.

Os ADRs recibos de ações em bolsas estrangeiros da Petrobras e da Vale, empresas com maior peso no Ibovespa, operam em forte queda no pré-mercado em Nova York.

O ADR da Petrobras cai 1,46%, a US$ 10,15. Já o recibo de ações da Vale recua também 1,46%, a US$ 14,90.

IBOVESPA FUTURO RECUPERA PERDAS

O índice futuro da bolsa brasileira inverteu o sinal há pouco e opera em leve alta de 0,11%, aos 109.545 pontos.

CHUVA DE PROVENTOS

O Banco do Brasil (BBAS3) anunciou nesta segunda-feira (28) que vai antecipar os proventos do quarto trimestre e distribuirá R$ 985,98 milhões em juros sobre o capital próprio (JCP) a seus acionistas já no próximo mês.

O montante corresponde ao valor de R$ 0,34552 por ação BBAS3, mas vale relembrar que o JCP está sujeito à retenção de Imposto de Renda (IR) na fonte.

Terão direito a receber o pagamento os investidores que estiverem na base acionária da companhia em 12 de dezembro.

Depois da data de corte, os papéis passarão a ser negociados "ex-direitos" e sofrerão por um ajuste na cotação.

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ABERTURA DOS JUROS FUTUROS

Apesar da cautela com o exterior e o cenário doméstico, aos juros futuros (DIs) iniciaram as negociações em trajetória de queda. Acompanhe:

NOME ULT  FEC 
DI Jan/2313,70%13,70%
DI Jan/2414,42%14,44%
DI Jan/2513,83%13,88%
DI Jan/2613,66%13,69%
DI Jan/2713,57%13,58%

O Ibovespa futuro, que abriu em queda de quase 1%, reduziu o recuo e cai 0,31%, aos 109.085 pontos.

ABERTURA DO IBOVESPA FUTURO E DO DÓLAR

O Ibovespa futuro abriu em queda de 0,94%, aos 108.390 pontos.

No mesmo horário, o dólar à vista abriu em leve alta de 0,17%, a R$ 5,4196.

MERCADOS HOJE

O Ibovespa deve operar com menor liquidez nesta segunda-feira (28), com o jogo do Brasil na Copa do Mundo às 13h. Os investidores seguem cautelosos com as movimentações na China e, no cenário doméstico, com às negociações da PEC da Transição após a chegada do presidente eleito Lula (PT) à Brasília.

Por conta da China, as commodities operam em tom negativo hoje.

O EWZ, principal ETF (Exchange Traded Fund) brasileiro negociado no mercado americano, acumula queda de 1,99%, negociado a US$ 28,99 no pré-mercado de Nova York.

BOLETIM FOCUS

Confira o Boletim Focus desta segunda-feira (28) com as projeções do mercado para indicadores da economia local:

Inflação

  • IPCA para 2022: de 5,88% para 5,91% (↑)
  • IPCA para 2023: de 5,01% para 5,02% (↑)

Atividade econômica 

  • PIB para 2022: de 2,80% para 2,81% (↑)
  • PIB para 2023: permanece em 0,70% (=)

Dólar

  • Câmbio para 2022: de R$ 5,25 para R$ 5,27 (↑)
  • Câmbio para 2023: de R$ 5,24 para R$ 5,25 (↑)

Juros 

  • Selic/22: permanece em 13,75% (=)
  • Selic/23: de 11,25% para 11,50% (↑)
DAY TRADE NA B3

Após o fechamento do último pregão, identifiquei uma oportunidade de swing trade baseada na análise quant - venda dos papéis da Vale (VALE3).

VALE3: [Entrada] R$ 80.67; [Alvo parcial] R$ 79.10; [Alvo] R$ 76.73; [Stop] R$ 83.30

Recomendo a entrada na operação em R$ 80.67, um alvo parcial em R$ 79.10 e o alvo principal em R$ 76.73, objetivando ganhos de 4.9%.

O stop deve ser colocado em R$ 83.30, evitando perdas maiores caso o modelo não se confirme.

Leia mais.

AGENDA SEMANAL

Segunda-feira (28)

  • FGV: Confiança da indústria (8h)
  • Banco Central: Boletim Focus semanal (8h25)
  • Bélgica: Presidente do BCE, Christine Lagarde, comparece à Comissão de Assuntos Econômicos e Monetários do Parlamento Europeu (11h)

Terça-feira (29)

  • FGV: IGP-M de novembro (8h)
  • Caged: Geração líquida de postos em outubro (9h30)
  • Receita Federal: Arrecadação de outubro (10h30)
  • Tesouro Nacional: Resultado primário do governo central em outubro (14h30)

Quarta-feuira (30)

  • IBGE: Pnad Contínua divulga taxa de desemprego do trimestre até outubro (9h)
  • Estados Unidos: Relatório de empregos privados ADP em novembro (10h15)
  • Estados Unidos: PIB do terceiro trimestre (segunda leitura) (10h30)
  • Estados Unidos: Relatório Jolts de empregos em outubro (12h)
  • Estados Unidos: Presidente do Fed, Jerome Powell, fala em evento (15h30)
  • Estados Unidos: Fed divulga Livro Bege (16h)

Quinta-feira (1º)

  • IBGE: PIB do terceiro trimestre (9h)
  • Estados Unidos: Gastos com consumo pessoal (PCE, em inglês) e Núcleo do PCE em outubro (10h30)
  • Estados Unidos: Pedidos de auxílio-desemprego (10h30)
  • Estados Unidos: Joe Biden recebe Emmanuel Macron para visita ao país (o dia todo)

Sexta-feira (02)

  • IBGE: Produção industrial de outubro (9h)
  • Estados Unidos: Payroll de novembro (10h30)
LULA CHEGA A BRASÍLIA PARA CONDUZIR TRANSIÇÃO; HADDAD ACOMPANHA PRESIDENTE ELEITO

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva embarcou para Brasília na noite de domingo (27) diante da expectativa de que tome as rédeas do processo de transição.

A chegada de Lula à capital federal ocorre cerca de uma semana depois do originalmente previsto.

O presidente eleito passou os últimos dias em São Paulo recuperando-se da retirada de uma leucoplasia que afetava suas cordas vocais.

Cotado para a posição de ministro da Fazenda, o ex-prefeito paulistano Fernando Haddad embarcou para Brasília junto com Lula, segundo o Valor Econômico.

A expectativa é de que Lula bata o martelo nos próximos dias sobre o formato da PEC da Transição, apresentada ao Congresso para abrir espaço no Orçamento para o aumento do salário-mínimo e para o Bolsa Família, além de outros projetos desidratados na proposta original, entregue por Jair Bolsonaro.

Ao mesmo tempo, Lula é cobrado para que divulgue os nomes de integrantes de seu futuro governo.

FUTUROS DE NOVA YORK CAEM COM SEMANA DE EMPREGO PELA FRENTE

Os índices futuros de Nova York operam em queda na manhã desta segunda-feira (28).

Assim como na Ásia e na Europa, os investidores mostram-se cautelosos diante dos protestos registrados na China contra a política governamental de covid zero.

A cautela estende-se aos contratos futuros de petróleo, cujas cotações recuam diante dos temores de diminuição da demanda pela commodity na China. A cereja do bolo vai para o payroll de sexta-feira (02), o que injeta ainda mais aversão ao risco nos investidores.

Veja os futuros de Nova York:

  • Dow Jones futuro: -0,59%;
  • S&P 500 futuro: -0,88%;
  • Nasdaq futuro: -1,07%.
BOLSAS DA EUROPA ABREM EM QUEDA DE OLHO NA CHINA

As bolsas de valores da Europa também começaram a semana em queda. Os principais índices de ações da região abriram em baixa em reação aos protestos contra a política de covid zero do governo da China.

Os investidores ainda aguardam a divulgação dos números de emprego dos Estados Unidos. Os dados do payroll, o relatório da folha de pagamento, será divulgado na sexta-feira (02).

Veja como estavam as principais bolsas da Europa:

  • Euro Stoxx 50: -0,76%
  • DAX (Alemanha): -0,95%
  • CAC 40 (França): -0,87%
  • FTSE 100 (Reino Unido): -0,51%
BOLSAS DA ÁSIA FECHAM EM QUEDA COM PROTESTOS NA CHINA

As bolsas de valores da Ásia iniciaram a semana em queda. Os principais índices de ações do continente fecharam em baixa diante de notícias dando conta de protestos contra a política de covid zero do governo da China.

Grupos de manifestantes aglomeraram-se em alguns bairros de Pequim, Xangai, Wuhan e Lanzhou e também em algumas universidades do país.

Os investidores optaram pela cautela em meio à ausência de informações claras sobre a extensão dos protestos — bem como sobre a repercussão dos atos entre os chineses.

É verdade que os investidores também estão preocupados com a dureza das medidas contra a covid-19. Nas últimas leituras da economia do Gigante Asiário, a política de "covid zero" foi um dos fatores que minou o desempenho chinês.

Veja como fecharam as principais bolsas da Ásia hoje:

  • Xangai (China): -0,75%
  • Nikkei (Japão): -0,42%
  • Kospi (Coreia do Sul): -1,21%
CHINESES PROTESTAM CONTRA DURAS MEDIDAS DE COMBATE AO CORONAVÍRUS

Chineses cansados das duras medidas restritivas impostas pelo governo para deter o avanço da covid-19 pelo país saíram às ruas nesta segunda-feira para protestar.

Manifestações foram confirmadas em alguns bairros de Pequim, Xangai, Wuhan e Lanzhou e também em algumas universidades do país.

Não foi possível verificar o tamanho dos protestos. Também não há informações confirmadas sobre repressão ou prisões.

Depois de apenas alguns dias de afrouxamento, o governo chinês restabeleceu recentemente as duras medidas de restrição de sua política de covid zero. Isso depois de uma disparada no número de casos da doença.

Desde o início da pandemia, a China continental registrou 1,5 milhão de casos de covid-19, com 5.232 óbitos. Com mais de 1,4 bilhão de habitantes, a China tem um dos mais baixos índices de infecção por coronavírus no mundo.

Para efeito de comparação, com 214 milhões de habitantes, o Brasil registrou mais de 35 milhões de casos, com 689 mil óbitos.

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