O Ibovespa encerrou o dia em queda de 1,95%, aos 112.072 pontos.
Bolsa hoje: Ibovespa volta a afundar com petróleo em queda e fortes perdas em NY; dólar sobe a R$ 5,30
RESUMO DO DIA: As bolsas internacionais operam em tom positivo nesta sexta-feira (14). Com a agenda cheia, os investidores reagem aos resultados trimestrais dos bancos americanos, além de dados sobre serviços. No cenário doméstico, o Ibovespa deve acompanhar o exterior.
Acompanhe por aqui o que mexe com a bolsa, o dólar e os demais mercados hoje, além das principais notícias do dia.
O dólar à vista encerrou o dia em alta de 0,94%, a R$ 5,3227
Na reta final do pregão, as empresas do setor de varejo ampliaram as perdas do dia. Além da pressão vista no mercado de juros, principalmente na ponta mais longa, perspectivas mais conservadoras para o varejo também pressionaram nomes como Magazine Luiza e Americanas.
CÓDIGO | NOME | ULT | VAR |
MGLU3 | Magazine Luiza ON | R$ 4,34 | -11,79% |
AMER3 | Americanas S.A | R$ 17,34 | -8,98% |
YDUQ3 | Yduqs ON | R$ 13,14 | -7,85% |
VIIA3 | Via ON | R$ 3,39 | -7,12% |
BEEF3 | Minerva ON | R$ 13,26 | -6,16% |
A recuperação vista mais cedo no Ibovespa não se sustenta na etapa final do pregão. Com as bolsas americanas apresentando cada de mais de 2%, o principal índice da bolsa brasileira acompanha o movimento, com um recuo superior a 1%.
A cautela é puxada pelo desempenho ruim das empresas produtoras de commodities.
O Brent fechou o dia em queda de mais de 3%, a US$ 91,63 por barril
A B3 parece ter dado a volta por cima. O Santander melhorou a avaliação da operadora da bolsa brasileira, com nova recomendação e aumento do preço-alvo para as ações B3SA3.
A indicação do banco passou de neutra para compra com preço-alvo de R$ 18 para os papéis da B3 — o que representa um potencial de valorização de 30% em relação ao fechamento de quinta-feira (13).
Apesar da forte cautela persistir nas bolsas americanas, o Ibovespa engatou um movimentação de contenção de danos na última hora e se afasta das mínimas. Ainda assim, a preocupação com a inflação norte-americana e a queda das commodities seguem pressionando o índice.
No mercado de juros, os principais contratos de DI devolvem os ganhos exibidos ontem, também repercutindo uma melhora na situação fiscal do Reino Unido. A crise no país vinha pressionando os ativos globais nas últimas semanas. Confira:
CÓDIGO | NOME | ULT | FEC |
DI1F23 | DI jan/23 | 13,68% | 13,68% |
DI1F24 | DI jan/24 | 12,84% | 12,83% |
DI1F25 | DI Jan/25 | 11,70% | 11,73% |
DI1F26 | DI Jan/26 | 11,55% | 11,57% |
DI1F27 | DI Jan/27 | 11,55% | 11,55% |
Apesar da maior aversão ao risco, alta dos juros americanos e dólar forte nesta sexta-feira, a curva de juros futuros segue estável e com tendência à queda:
NOME | ULT | FEC |
DI Jan/23 | 13,68% | 13,68% |
DI Jan/24 | 12,83% | 12,83% |
DI Jan/25 | 11,70% | 11,73% |
DI Jan/26 | 11,54% | 11,57% |
DI Jan/27 | 11,53% | 11,55% |
As bolsas europeias reagiram positivamente à mudança no Ministério das Finanças no Reino Unido e fecharam as negociações da semana em alta. Confira:
- Frankfurt: +0,69%;
- Londres: +0,12%;
- Paris: +0,90%;
- Stoxx 600: +0,69%.
Faz pouco mais de um mês que Liz Truss assumiu o governo do Reino Unido. De marasmo, entretanto, ela não pode reclamar.
Truss foi empossada pela rainha Elizabeth II em 6 de setembro. Nos 39 dias que se seguiram, ela viveu o luto nacional pela morte da monarca mais longeva de seu tempo, apresentou um plano fiscal que desagradou ao mesmo tempo a sociedade e os mercados financeiros e viu a libra visitar os menores níveis da história ante o dólar. Hoje, ela recebeu a carta de demissão de Kwasi Kwarteng, seu ministro das Finanças.
A saída de Kwarteng diz muito sobre a turbulência vivida pelo Reino Unido, seja no campo político ou no econômico.
O agora ex-ministro britânico estava em Washington para um evento anual do Fundo Monetário Internacional (FMI). Na noite de ontem, Kwarteng interrompeu prematuramente a viagem aos Estados Unidos para voltar a Londres. O motivo? Uma reunião emergencial de gabinete.
Por livre e espontânea pressão, o ministro entregou o cargo. Em sua carta de demissão, Kwarteng aceita polidamente o sacrifício e se compromete a seguir colaborando com a primeira-ministra e seu sucessor, mas agora de sua cadeira no Parlamento.
Em um movimento contínuo de otimizar sua estrutura e negócios, a Petrobras (PETR4) informou que irá vender toda sua participação na Petrobras Operaciones (Posa), sua subsidiária na Argentina. Antes, a estatal já havia vendido suas operações de distribuição no país vizinho.
Os interessados em comprar a operação devem se manifestar até o dia 4 de novembro.
As outras duas sócias da Petrobras no negócio devem ter preferência na compra. Hoje, a YPF é operadora do campo e possui 33,3% de participação, enquanto a Pampa Energia detém 33,1%.
Apesar dos desempenhos no pré-mercado indicarem um dia de ganhos nas bolsas internacionais, os dados dos EUA, falas de dirigentes do Federal Reserve (Fed) e movimentações no Reino Unidos trouxeram instabilidade aos mercados.
Nos EUA, o dia começou com a divulgação dos resultados do terceiro trimestre dos bancos americanos, que registram lucros menores que as expectativas.
Além disso, as vendas do varejos nos EUA permaneceram estáveis em setembro ante agosto, o que frustrou o mercado, que previa um leve avanço de 0,3% no mês.
Para completar, a Universidade de Michigan divulgou a pesquisa de sentimento do consumidor, que apontou avanço de 59,8 em outubro. O consenso do mercado era de alta de 59 pontos.
O levantamento também mostrou que as expectativas de inflação em 1 ano sobem a 5,1% em outubro.
Sendo assim, Nova York elevou a cautela e as bolsas operam em tom negativo:
- Dow Jones: -0,33%;
- S&P 500: -0,99%;
- Nasdaq: -1,32%.
Além dos dados, o mau humor em Wall Street tem reflexos de mudanças no Reino Unido. A premiê Liz Truss anunciou a demissão do Ministro de Finanças, em meio à tentativa de alterações no plano econômico.
Entre uma das mudanças está o aumento do imposto corporativo, que havia sido planejado no governo anterior. A proposta prevê que a tributação suba de 19% para 25%.
Com todas essas movimentações no exterior, o Ibovespa opera instável. A bolsa brasileira, que abriu o pregão em leve alta, cai quase 1% e ignora o avanço de 0,7% no setor de serviços em setembro.
As commodities também pesam nas ações do Ibovespa. O minério de ferro, negociado em Dalian (China), encerrou o dia em queda de 0,57%, a US% 97,60 com o novo surto de covid-19 no radar.
A cautela internacional derruba a cotação do petróleo, com queda de 2,80%. O barril é negociado a US$ 91,92.
Por fim, o dólar à vista tem forte valorização e sobe 0,94%. A moeda americana opera a R$ 5,3094.
Os papéis da varejista Magazine Luiza (MGLU3) lideram as perdas do dia, acompanhando o desempenho negativo do Ibovespa no pregão desta sexta-feira.
A ações MGLU3 caem 5,28%, negociadas a R$ 4,66.
Além da maior cautela, os papéis sofrem com a valorização do dólar, que impulsionam a queda do setor:
CÓDIGO | NOME | ULT | VAR |
MGLU3 | Magazine Luiza ON | R$ 4,66 | -5,28% |
AMER3 | Americanas ON | R$ 18,37 | -3,57% |
VIIA3 | Via ON | R$ 3,53 | -3,29% |
As ações da B3 (B3SA3) sobem 2,09%, negociadas a R$ 14,19 nesta sexta-feira, e lideram as altas em dia de volatilidade.
O bom desempenho resulta da compra da empresa de gestão de estoques de lojas de veículos, a Datastock Tecnologia e Serviços. A operação foi anunciada na noite desta quinta-feira (13) após o fechamento dos mercados.
O valor do negócio é de até R$ 80 milhões, sendo R$ 50 milhões à vista na data do fechamento da transação e até R$ 30 milhões em até 5 anos a depender do cumprimento das metas de desempenho.
Com a aquisição, o Santander elevou a recomendação dos papéis da B3 de neutra para compra e subiu o preço-alvo de R$ 13,00 para R$ 18,00 — o que representa uma valorização de 38% em relação ao fechamento do pregão de ontem.
Com maior cautela do exterior, o Ibovespa cai 0,53%, aos 113.700 pontos.
No mesmo horário, o dólar à vista opera em alta de 0,73%, cotado a R$ 5,2994
Jamie Dimon, CEO do JP Morgan, provocou um verdadeiro alvoroço nos mercados quando alertou para o risco de um “furacão econômico” se formando nos Estados Unidos. Pois os balanços dos grandes bancos norte-americanos sinalizam que a previsão está correta.
Mas a boa notícia é que, de modo geral, as instituições parecem bem preparadas para o tempo ruim logo à frente. Além do JP Morgan, Citi, Wells Fargo e Morgan Stanley divulgaram os resultados do terceiro trimestre nesta sexta-feira.
As bolsas americanas aceleraram as perdas, com dados de expectativa do consumidor e após o discurso de dirigentes do Federal Reserve (Fed).
A presidente regional do Fed de São Francisco, Mary Daly, afirmou há pouco que o “último CPI foi realmente muito desapontador”.
Vale lembrar que o dado, divulgado ontem, mostrou um avanço de 0,4% na inflação em setembro ante agosto, acima da expectativa do mercado.
Além disso, Daly reiterou que a autarquia monetária segue atenta aos “vários sinais da economia”, muitos deles “de perda de fôlego em segmentos”.
Por fim, ela afirmou que não há dúvidas de que o Fed deve “aperta mais a política monetária”, ao acrescentar que o atual momento não permite falar sobre pausa no aperto ou mudança na estratégia.
Com isso, as bolsas passaram a operar com mais cautela nesta sexta-feira:
- Dow Jones: -0,64%;
- S&P 500: -1,29%;
- Nasdaq: -1,63%
Com a perda dos ganhos em Nova York, o Ibovespa fica instável e opera em queda de 0,06%, aos 114.229 pontos
O sentimento do consumidor nos EUA subiu 58,6 em setembro para 59,8 em outubro, segundo pesquisa da Universidade de Michigan. O consenso do mercado era de alta de 59 pontos.
O levantamento também mostrou que as expectativas de inflação em 1 ano sobem a 5,1% em outubro. A longo prazo, os consumidores americanos esperam o avanço de 2,9% na inflação em 5 anos.
Os dados derrubaram as bolsas americanas, que operavam em alta desde a abertura. Veja:
- Dow Jones: +0,18;
- S&P 500: -0,41%
- Nasdaq: -0,85%.
Ibovespa recupera fôlego e volta a subir. A bolsa tem alta de 0,07%, aos 114.414 pontos
Os bons resultados do varejo e o desempenho positivo do exterior não são suficiente, Ibovespa inverte o sinal e opera em queda.
A bolsa brasileira cai 0,15%, aos 114.124 pontos com a desvalorização das commodities no mercado internacional.
O minério de ferro, negociado em Dalian (China), encerrou o dia em queda de 0,57%, cotado a US$ 97,60 e o petróleo opera em forte queda de 2%, com o barril cotado a US$ 92,73.
Após a abertura das bolsas de Nova York, o dólar à vista recuperou as perdas e sobe 0,44%.
A moeda americana é negociada a R$ 5,2834.
As bolsas americanas abriram em alta e mantêm o desempenho positivo de quinta-feira (13).
Além disso, o balanço trimestral dos bancos divulgados no pré-mercado influenciam o tom positivo de Wall Street. As movimentações no Reino Unido também seguem no radar.
Confira a abertura:
- Dow Jones: +0,50%;
- S&P 500: +0,65%;
- Nasdaq: +0,98%.
As bolsas europeias aceleraram alta nesta manhã após o anúncio de demissão do Ministro de Finanças do Reino Unido, Kwasi Kwarteng, em meio à mudanças na política fiscal.
A primeira-ministra Liz Truss deve dar entrevista coletiva às 14h30 (horário de Brasília).
Os investidores aguardam as próximas movimentações e reagem positivamente à saída de Kwarteng.
Confira o desempenho das bolsas:
- Frankfurt: +2,14%;
- Londres: +1,67%;
- Paris: +2,53%;
- Euro Stoxx 50: +2,22%.
Confira as maiores altas:
CÓDIGO | NOME | ULT | VAR |
VIIA3 | Via ON | R$ 3,72 | 1,92% |
NTCO3 | Natura ON | R$ 13,57 | 2,42% |
BRKM5 | Braskem PNA | R$ 38,68 | 2,87% |
MRVE3 | MRV ON | R$ 10,81 | 2,46% |
AZUL4 | Azul PN | R$ 16,47 | 2,23% |
E as maiores quedas do dia:
CÓDIGO | NOME | ULT | VAR |
SBSP3 | Sabesp ON | R$ 55,30 | -1,58% |
CIEL3 | Cielo ON | R$ 5,76 | -1,37% |
RADL3 | Raia Drogasil ON | R$ 22,90 | -1,08% |
CPFE3 | CPFL Energia ON | R$ 33,84 | -1,05% |
FLRY3 | Fleury ON | R$ 18,93 | -1,05% |
O Ibovespa abriu o pregão desta sexta-feira em alta após os dados acima do esperado no volume de serviços prestados em setembro.
O volume de serviços prestados em setembro avançou 0,7% ante agosto, segundo o IBGE, enquanto o mercado previa alta de 0,1%.
Além disso, o bom desempenho do exterior e a redução na curva dos juros futuros impulsionam os ganhos da bolsa brasileira.
A queda do dólar à vista também, em primeiro momento, influencia positivamente nas ações das companhia aéreas.
O Ibovespa inicia o pregão em alta de 0,29%, aos 114.636 pontos e acompanha o desempenho do exterior.
No mesmo horário, o dólar à vista cai 0,36%, a R$ 5,2446
As vendas do varejo nos EUA ficaram estáveis em setembro ante agosto.
O dado divulgado há pouco ficou abaixo das expectativas do mercado, que esperavam alta de 0,3% no mês.
Contudo, as vendas no varejo, excluindo os automóveis, avançaram 0,1% em setembro na comparação com agosto.
A inflação na China avançou 0,3% em setembro ante agosto.
Na comparação anual, o índice acumula alta de 2,8%. O dado, divulgado na noite de quinta-feira (13), veio um pouco abaixo do esperado. O mercado projetava avanço de 2,9% em setembro na comparação com agosto.
Já o índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) do país subiu 0,9% na comparação anual de setembro. O dado também ficou abaixo da projeção do mercado, que era de elevação de 1,0%.
O volume de serviços prestados em setembro avançou 0,7% ante agosto, segundo o IBGE.
O dado ficou acima do esperado pelo mercado, que previa alta de 0,1%.
É o quarto resultado positivo consecutivo, com ganho acumulado de 3,3% nos últimos quatro meses.
Na comparação anual, o volume de serviços cresceu 8,0%, melhor do que as expectativas dos analistas que projetavam avanço de 6,8%.
Em 12 meses, os serviços acumulam alta de 8,9%.
O Ibovespa futuro abre em alta de 0,19%, aos 116.215 pontos e acompanha o desempenho positivo das bolsas internacionais.
No mesmo horário, o dólar à vista abre em alta de 0,07%, cotado a R$ 5,2765
O nosso colunista, Nilson Marcelo, identificou uma oportunidade na bolsa hoje: lucro de mais de 7% com ações da Klabin (KLBN11).
- Dow Jones futuro: +0,36%;
- S&P 500 futuro: +0,21%;
- Nasdaq futuro: +0,02%;
- Euro Stoxx 50: +1,15%;
- Xangai (China): +1,84% (fechado)
- Nikkei (Japão): +3,25% (fechado);
- Petróleo Brent: US$ 92,89 (-1,78%);
- Minério de ferro (Dalian, China): US$ 97,68 (-0,57%)
Bom dia! Imagine um jogo de futebol no qual seu time terminou o primeiro tempo perdendo por 0 x 3.
Mas, numa reação heroica, não apenas virou o jogo como aplicou uma goleada. 5 x 3, 6 x 3, tanto faz. Foi mais ou menos isso o que aconteceu ontem com as bolsas em Wall Street.
Rick Rieder qualificou a quinta-feira como “um dos dias mais malucos” de sua carreira.
O comentário do CIO da BlackRock foi feito em entrevista ao MarketWatch depois de as bolsas de Nova York terem protagonizado a maior virada no mercado em anos.
Depois de ter renovado os piores níveis em mais de dois anos com os dados de inflação pela manhã, o Dow Jones mudou de direção no meio do dia para registrar a sessão mais volátil desde abril de 2020 e fechar em alta de 2,83%. No índice S&P 500, a virada foi a maior desde dezembro de 2008.
Essa guinada repentina foi atribuída à expectativa do mercado com os balanços de alguns dos maiores bancos dos Estados Unidos.
O JP Morgan, o Citigroup, o Morgan Stanley e o Wells Fargo divulgam hoje seus resultados trimestrais.
Por aqui, o Ibovespa até tentou acompanhar a virada observada em Wall Street, mas o mau desempenho das empresas do setor de varejo, mineração e siderurgia não deixou e a bolsa brasileira fechou no vermelho pelo quarto pregão seguido.
O índice caiu 0,46%, aos 114.300 pontos, enquanto o dólar à vista teve leve alta de 0,02%, a R$ 5,2730.