Sem pregão no Ibovespa devido ao feriado de Nossa Senhora Aparecida, as movimentações dos mercados se concentraram no cenário internacional.
No exterior, a quarta-feira foi recheada de indicadores econômicos na Europa e nos EUA.
A produção industrial na Zona do Euro subiu 1,5% em agosto ante julho, segundo a agência oficial de estatísticas da União Europeia Eurostat. Na base anual, a produção industrial avançou 2,5%.
O dado veio acima das expectativas dos analistas, ouvidos pelo Wall Street Journal, que projetavam alta de 0,5% no período.
Apesar disso, a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, afirmou que a inflação deve continuar elevada na Zona do Euro e, segundo ela, a energia é a principal responsável. Contudo, Lagarde descartou que a Europa já esteja em recessão.
Por fim, a Alemanha cortou a projeção de crescimento da economia para este ano — de 2,2% para 1,4%, além de prever recessão em 2023.
As bolsas europeias fecharam as negociações em tom negativo. Veja:
- Frankfurt: -0,39%;
- Londres: -0,86%;
- Paris: -0,25%;
- Euro Stoxx 600: -0,53%.
Nos EUA, a quarta-feira começou com a divulgação da inflação ao produtor. O PPI avançou 0,4% em setembro ante julho e ficou acima do esperado. Como reação, as bolsas americanas abriram o pregão em queda, mas recuperaram as perdas ao longo do dia.
Já no período da tarde, o Federal Reserve (Fed) divulgou a ata da última reunião do Comitê. O documento, esperado pelos analistas, trouxe poucas novidades.
A autoridade monetária comentou que os dados recentes apontam para crescimento modesto no gasto e na produção do país e a inflação segue elevada “por desequilíbrios na oferta e demanda, energia e outras pressões”.
Em linhas gerais, a ata deu certo alívio ao mercado ao afirmar que “vários dirigentes veem importância de calibrar ritmo de aperto para mitigar riscos”.
As bolsas americanas encerram a quarta-feira em leve queda. Confira:
- Dow Jones: -0,10%;
- S&P 500: -0,33%;
- Nasdaq: -0,09%.
Em relação às commodities, o relatório da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) confirmou o corte de produção na demanda global para 2,6 milhões de barril por dia. Mas, o que derrubou as cotações da commodity foi o avanço da inflação ao produtor (PPI) nos EUA.
O petróleo encerrou as negociações em queda de 1,95%, com o barril cotado a US$ 92,45.
O minério de ferro, negociado em Dalian (China), teve alta de 2,12%, com a tonelada a US$ 99,65.
Para concluir, vale lembrar que a quinta-feira (13) também será recheada de indicadores econômicos no exterior, com inflação de setembro (CPI, na sigla em inglês) nos EUA, Alemanha e China, além da reação do mercado brasileiro às movimentações de hoje.
Boa noite!