- Nasdaq: 1,28%
S&P 500: 1,36%
Dow Jones: 1,26%
Bolsa hoje: Ibovespa é puxado por commodities e dólar cai a R$ 5,06; Alpargatas (ALPA3) tomba após balanço, mas Vale (VALE3) dispara
RESUMO DO DIA: As bolsas internacionais operam em tom positivo nesta sexta-feira (4), ainda com rumores de que o governo chinês deve abandonar, em breve, a política de Covid zero. No exterior, a atenção se volta à divulgação de dados sobre empregos dos EUA, o payroll. No cenário doméstico, os investidores seguem acompanhando a temporada de balanços e as movimentações do governo de transição.
Acompanhe por aqui o que mexe com a bolsa, o dólar e os demais mercados hoje, além das principais notícias do dia.
O Ibovespa encerrou o dia em alta de 1,08%, aos 118.155 pontos.
O dólar à vista encerrou o dia em queda de 1,24%, a R$ 5,0622
Amparado pelo forte fluxo de investimento estrangeiro no país e no enfraquecimento da moeda no exterior, o dólar à vista vem renovando mínimas e vai a R$ 5,02
A Oi (OIBR3/OIBR4) voltou às manchetes com uma notícia de rebaixamento, agora da agência de classificação de risco Fitch. A venda de ativos não foi suficiente para animar os analistas, que enxergam perigos relacionados à reestruturação da dívida e à alta alavancagem da empresa.
Com isso, a agência rebaixou a avaliação de inadimplência do emissor (IDRs, Issuer Default Ratings, em inglês) de “CCC+” para “CC” — em outras palavras, isso quer dizer que a Fitch entende que o risco subiu de “substancial” para “muito alto”.
As ações da Alpargatas (ALPA4), fabricante das Havaianas, desabam cerca de 15% nesta sexta-feira (04), após a empresa reportar resultados fracos e abaixo do esperado pelo mercado na noite de ontem. Acompanhe nossa cobertura completa de mercados.
A empresa ainda mostrou dificuldade nas suas operações no exterior e viu uma queda no volume de vendas no Brasil no terceiro trimestre, além de ter sofrido com aumento nas suas despesas de produção.
As ações da Petrobras (PETR4) aceleraram o ritmo de queda e recuam mais de 3%. Os papéis repercutem a notícia de que o Ministério Público pedou ao Tribunal de Contas da União (TCU) para avaliar a legalidade da distribuição de dividendos da estatal, anunciada ontem, com base no risco à sustentabilidade financeira da companhia.
Durante a coletiva para comentário sobre os resultados do terceiro trimestre, a gestão da Petrobras disse não ter tido acesso à representação, mas que está sempre à disposição do TCU.
“A companhia só atuou dentro do que prevê apolítica de remuneração dos acionistas, estamos praticando essa política há vários trimestres. Fizemos o que sempre fizemos, é uma política que já previa pagamento”.
A combinação de dados negativos do terceiro trimestre abalaram as estruturas da Tenda. Resultado: as ações TEND3 caíram quase 10% na primeira hora das negociações desta sexta-feira (04).
Por volta de 13h40, os papéis reduziram bem as perdas iniciais e caíam 1,12%, a R$ 6,20. No ano, as ações acumulam baixa de 66% e de 13,5% no mês.
Uma das maiores operadoras do Casa Verde e Amarela (CVA) encerrou o terceiro trimestre com prejuízo líquido consolidado de R$ 210,4 milhões ante lucro de R$ 6,4 milhões no mesmo período de 2021.
- Frankfurt: +2,53%
- Londres: +2,28%
- Paris: +2,77%
- Stoxx-600: +1,90%
Com as bolsas perdendo fôlego no exterior, puxadas pelo desempenho ruim de gigantes de tecnologia, o Ibovespa aparou os ganhos. O índice brasileiro é puxado pelo bom desempenho dos setores de mineração e siderurgia.
O mercado segue acompanhando atentamente os primeiros passos da equipe de transição em Brasília.
Nesta manhã, a presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffmann, voltou a falar sobre a PEC de transição pretendida pelo governo eleito para abarcar as prioridades defendidas durante a campanha.
Segundo a deputada, o texto será feito pelo Senado. Além disso, a equipe de transição deve contar com voluntários além dos 50 indicados.
Depois de dois dias do mercado internacional cauteloso, a curva de juros brasileira volta a cair. Os investidores repercutem o relatório de emprego dos Estados Unidos, que mostrou um crescimento menor do que o esperado, podando as apostas para uma sequência de altas mais dura do Federal Reserve. Confira:
CÓDIGO | NOME | ULT | FEC |
DI1F23 | DI Jan/23 | 13,66% | 13,67% |
DI1F24 | DI Jan/24 | 12,95% | 12,98% |
DI1F25 | DI Jan/25 | 11,71% | 11,77% |
DI1F26 | DI Jan/26 | 11,50% | 11,57% |
DI1F27 | DI Jan/27 | 11,46% | 11,53% |
O maior apetite ao risco impulsiona as bolsas internacionais, inclusive o Ibovespa com a forte valorização das commodities.
Isso porque a China anunciou estudos para abandonar a política de “Covid zero”, como uma sinalização positiva ao mercado de retomada da produção em larga escala.
Com isso, o minério de ferro, negociado em Dalian (China), encerrou o dia com alta de 4,19% e tonelada cotada a US$ 91,30.
O petróleo acompanhou a redução da cautela e também opera em alta. A commodity sobe 3,63%, com o barril negociado a US$ 98,11.
A bolsa brasileira sobe 2,40%, aos 119.706 pontos.
O destaque do dia é a Vale (VALE3), que se beneficia com a valorização do minério de ferro, principalmente. Na ponta negativa, Alpargatas (ALPA4) lidera as perdas e cerca de 15% após os resultados trimestrais, que não agradou os investidores.
Em Nova York, as bolsas americanas também avançam com as notícias da China e o término da temporada de balanços trimestrais das companhias listadas nos EUA.
Mais cedo, o Departamento do Comércio americano divulgou o payroll de outubro. O relatório indicou que o país criou 261 mil empregos em outubro, um pouco acima da projeção do mercado de abertura de 2oo mil postos de trabalho.
A taxa de desemprego sobe a 3,7% em outubro, mais que o previsto. O consenso era de alta para 3,6% ante setembro.
Por sua vez, apesar do indicativo de que o aperto monetário não tem arrefecido a economia, as bolsas mantiveram os ganhos desde as negociações do pré-mercado.
Confira o desempenho de Wall Street:
- Dow Jones: +1,56%;
- S&P 500: +1,65%;
- Nasdaq: +1,43%.
Por fim, o dólar à vista perdeu o fôlego ante o real e opera em queda de 1,73%, a R$ 5,0278.
A presidente do Federal Reserve (Fed) regional de Boston, Susan Collins, defendeu a desaceleração do aumento dos juros americanos durante evento do Brookings Institution.
Para ela, o aperto monetário promovido pelo Fed, que elevou a taxa em 75 pontos-base pela quarta vez consecutiva na última quarta-feira (2), atingiu uma fase de riscos por “excesso”, a ponto de causar, segundo ela, uma desaceleração muito forte na economia americana.
“Na minha visão, incrementos menores geralmente serão apropriados à medida que trabalhamos para determinar quanto aperto [monetário] é necessário para atingir um nível de juros que seja suficientemente restritivo”, afirmou a dirigente.
Contudo, com o avanço da abertura de empregos em outubro, divulgado mais cedo no relatório payroll (veja nota 09h30), os investidores mantém a expectativa de nova alta entre 50 e 75 pontos-base na próxima reunião do Fed, em 14 de dezembro.
A venda da fatia da Novonor (ex-Odebrecht) na Braskem já se arrasta por tanto tempo e teve tantas reviravoltas que já deixou de ser uma novela e está mais para um romance épico.
Muita água rolou desde 7 de agosto de 2020, a primeira vez que a companhia informou a Braskem (BRKM5) sobre o início da preparação para a saída do capital da companhia — mas pouco avançou nas negociações.
Rumores não faltaram, mas agora a Novonor parece pronta para dar o próximo passo.
O Ibovespa, que iniciou o pregão em alta acima de 2%, reduziu os ganhos, mais ainda opera em tom positivo.
O recuo tem como motivo a queda expressiva das ações da Petrobras (PETR3; PETR4) após os bancos Goldman Sachs e Inter rebaixarem a recomendação dos papéis de compra para neutro.
Em comum, as financeiras afirmam que, apesar dos resultados do terceiro trimestre acima do esperado, a estatal está sujeita à políticas adotadas nos próximos anos pelo novo governo de Lula (PT).
As ações ordinárias da petroleira caem 3,05% e as preferenciais recuam 2,67%.
O minério de ferro negociado em Dalian (China) encerrou as operações nesta sexta-feira em forte alta.
A commodity subiu 4,19%, com a tonelada a US$ 91,30 após rumores de que o governo chinês iniciou estudos para abandonar a política de ‘Covid zero’ no país e retomar a produção em nível pré-pandemia.
Ainda que o payroll de outubro tenha ficado acima do esperado, as bolsas americanas abriram em forte alta.
Confira:
- Dow Jones: +1,08%;
- S&P 500: +1,59%;
- Nasdaq: +1,97%.
A bolsa brasileira opera em alta acima de 2%, com a valorização das commodities no cenário externo e os investidores digerem os resultados dos balanços trimestrais.
Confira as maiores altas:
CÓDIGO | NOME | ULT | VAR |
CSNA3 | CSN ON | R$ 13,59 | 6,34% |
VALE3 | Vale ON | R$ 70,85 | 5,51% |
BRKM5 | Braskem PNA | R$ 34,01 | 5,49% |
CMIN3 | CSN Mineração ON | R$ 3,69 | 5,13% |
BRAP4 | Bradespar PN | R$ 25,11 | 3,98% |
E as maiores quedas do dia:
CÓDIGO | NOME | ULT | VAR |
ALPA4 | Alpargatas PN | R$ 20,80 | -6,81% |
PCAR3 | GPA ON | R$ 21,60 | -4,09% |
LREN3 | Lojas Renner ON | R$ 29,77 | -2,30% |
RAIL3 | Rumo ON | R$ 21,42 | -1,83% |
GETT11 | Getnet units | R$ 4,74 | 0,00% |
O Ibovespa abriu o pregão em forte alta de 2,23%, aos 119.507 pontos e acompanha o maior apetite ao risco do exterior, somado ao início das movimentações do governo de transição.
Além disso, os investidores repercutem o balanço positivo de Petrobras (PETR4; PETR3) e a forte valorização das commodities, que beneficia principalmente a Vale (VALE3).
No mesmo horário, o dólar à vista opera em queda de 1,59%, a R$ 5,0349
O Índice de gerente de compras (PMI, na sigla em inglês) sobe a 54, o pontos em setembro ante 51,9 em setembro, segundo a consultoria S&P Global.
Apesar do dado econômico ser importante, em linhas gerais, não faz tanto preço para os investidores no Brasil. Por aqui, o IGP-M e o IPCA são os índices mais robustos para medir a inflação.
Após a divulgação do payroll, com abertura de empregos acima do esperado e a taxa de desemprego a 3,7%, os índices futuros de Nova York reagiram levemente e mantêm-se no campo positivo.
Confira:
- Dow Jones futuro: +0,30%;
- S&P 500 futuro: +0,57%;
- Nasdaq futuro: +0,56%.
O dólar à vista perdeu fôlego ante ao real e segue em queda de 0,86%, a R$ 5,0711.
Com os dados mais sólidos e que demonstram, de certa forma, que a economia segue aquecida, a expectativa é de que o Fed promova uma nova alta em dezembro.
Os EUA criaram 261 mil empregos em outubro, um pouco acima da projeção do mercado de abertura de 215 mil postos de trabalho.
O dado, mais conhecido como payroll, foi divulgado há pouco pelo Departamento de Comércio americano.
A taxa de desemprego sobe a 3,7% em outubro, mais que o previsto. O consenso era de alta para 3,6% ante setembro.
O salário médio por hora avançou 0,37% em outubro, também acima do esperado de 0,3%.
Por fim, a geração de empregos de agosto foi revisada de 315 mil a 292 mil; e a de setembro de 263 mil a 315 mil postos de trabalho abertos.
Durante a pior fase da pandemia, a China sufocou os focos de covid ainda durante o período de crescimento dos casos, fechando estabelecimentos e limitando a circulação de pessoas.
Dessa forma, a chamada política de “covid zero” também afetou o desempenho econômico da segunda maior economia do planeta nos últimos trimestres.
Assim, a suspensão dessas medidas pode ser considerada positiva para o desempenho econômico do país. A perspectiva de aumento da demanda por essas matérias-primas também impulsiona os preços.
Com a valorização das commodities e a forte queda do dólar à vista ante o real, os juros futuros (DIs) abriram as negociações, nesta sexta-feira, estáveis e com tendência de queda. Confira:
NOME | ULT | FEC |
DI Jan/23 | 13,67% | 13,67% |
DI Jan/24 | 12,97% | 12,98% |
DI Jan/25 | 11,77% | 11,77% |
DI Jan/26 | 11,52% | 11,57% |
DI Jan/27 | 11,48% | 11,53% |
Nesta sexta-feira (4), o Ibovespa futuro abriu em alta de 1,50%, aos 120.225 pontos e acompanha maior apetite por risco do exterior.
No mesmo horário, o dólar à vista abriu em queda de 1,17%, a R$ 5,0657.
O nosso colunista, Nilson Marcelo, identificou uma oportunidade na bolsa hoje: lucro de mais de 4% com ações do Iochpe-Maxion (MYPK3).
- Dow Jones futuro: +0,52%;
- S&P 500 futuro: +0,68%;
- Nasdaq futuro: +0,69%;
- Euro Stoxx 50: +2,15%;
- Xangai (China): +2,43% (fechado)
- Nikkei (Japão): -1,68% (fechado);
- Petróleo Brent: US$ 97,93 (+3,43%);
- Minério de ferro (Dalian, China): US$ 86,95 (+4,26%).
Bom dia! O Ibovespa chega ao fim da primeira semana pós-eleição bem posicionado para dar continuidade à alta proporcionada pela forte retomada da presença de investidores estrangeiros na bolsa brasileira nos dias que se seguiram à confirmação da vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Ontem, o Ibovespa voltou do feriado de Finados com uma baixa de 0,03%. Quase nada em comparação com o que vem sendo observado em Wall Street.
Enquanto os principais índices de Nova York emplacaram na véspera a quarta sessão seguida em queda, o mercado brasileiro acumula alta de 2% no que vai da semana.
Além do fluxo de estrangeiros, os ativos locais são beneficiados por um início de transição de governo muito mais suave do que se poderia prever.
Os contatos entre o governo eleito e a administração em fim de mandato começaram formalmente na quinta-feira (03).
O fato mais marcante do dia nesse sentido talvez tenha sido o inesperado convite feito pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) a Geraldo Alckmin, vice-presidente eleito e coordenador da transição pelo lado de Lula, para uma breve reunião no Palácio do Planalto.
O encontro foi rápido e pode não ter gerado imagens para abastecer a imprensa, mas Alckmin saiu de lá com um compromisso de Bolsonaro de colaborar com a equipe de transição.
Para o dia de hoje, as bolsas de valores na Europa e em Nova York operam em alta.
A principal sustentação dos negócios pela manhã é o alívio das políticas de “covid zero” na China — com perspectiva de melhora no desempenho da segunda maior economia do planeta.
Confira os destaques para as bolsas, o dólar e o Ibovespa nesta sexta-feira (04).