Ibovespa pega carona com o petróleo mais uma vez e vai na contramão de NY; dólar também avança
Embora o dólar tenha acompanhado a tensão internacional, o Ibovespa voltou a ir na contramão de Nova York com a ajuda do petróleo
Ao longo desta semana, o Ibovespa e os principais índices de Wall Street estão seguindo caminhos distintos.
Enquanto na B3 a alta do petróleo e uma repercussão positiva do primeiro turno das eleições seguem levando a bolsa a patamares cada vez mais próximos dos 120 mil pontos, Nova York segue de olho na inflação e em como o Federal Reserve deve reagir aos últimos números do mercado de trabalho.
Nos últimos dias, dados mostraram que o setor privado segue criando mais vagas do que o esperado — dando espaço para que o Fed siga em um ritmo acelerado de aperto monetário e aumentando as expectativas para o relatório de emprego, o payroll, que será divulgado amanhã.
As falas de dirigentes do BC americano não acalmaram o mercado. O discurso de que a inflação segue persistentemente alta e que os juros devem ser elevados até um patamar restritivo contaminaram mais uma vez os negócios O Nasdaq recuou 0,68%, enquanto o S&P 500 e o Dow Jones caíram cerca de 1%.
No Brasil, o dólar à vista repercutiu a cautela internacional e terminou o dia em alta de 0,50%, a R$ 5,2099. O Ibovespa também teve o seu movimento limitado, mas emplacou o quinto pregão de alta com a ajuda de mais um avanço do petróleo — com ganhos de 0,31%, aos 117.560 pontos.
| CÓDIGO | NOME | ULT | FEC |
| DI1F23 | DI jan/23 | 13,67% | 13,67% |
| DI1F24 | DI jan/24 | 12,78% | 12,76% |
| DI1F25 | DI Jan/25 | 11,61% | 11,54% |
| DI1F26 | DI Jan/26 | 11,42% | 11,36% |
| DI1F27 | DI Jan/27 | 11,39% | 11,35% |
Reinando livre
O petróleo teve mais um dia de alta expressiva e o barril do Brent, utilizado como referência global para o preço dos combustíveis, subiu 1,12%, a US$ 94,42.
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Ontem, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) anunciou um corte de dois milhões de barris por dia, em uma tentativa de conter a queda do preço da commodity — uma medida criticada pelos Estados Unidos.
O novo movimento de alta permitiu que as petroleiras tivessem mais um dia de alta, patrocinando a alta do Ibovespa.
Sobe e desce do Ibovespa
Com o ambiente doméstico mais tranquilo, as empresas do setor de consumo aproveitaram para ter um dia de recuperação. As companhias que atuam no segmento educacional também voltaram a subir, mais uma vez refletindo otimismo com a possibilidade de vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no segundo turno das eleições presidenciais. Confira as maiores altas do Ibovespa:
| CÓDIGO | NOME | ULT | VAR |
| VIIA3 | Via ON | R$ 3,89 | 7,76% |
| IRBR3 | IRB ON | R$ 1,12 | 6,67% |
| COGN3 | Cogna ON | R$ 3,11 | 6,51% |
| CASH3 | Meliuz ON | R$ 1,33 | 4,72% |
| MGLU3 | Magazine Luiza ON | R$ 5,35 | 4,49% |
Confira também as maiores quedas:
| CÓDIGO | NOME | ULT | VAR |
| BBDC4 | Bradesco PN | R$ 20,88 | -2,48% |
| EQTL3 | Equatorial ON | R$ 28,05 | -2,20% |
| ITUB4 | Itaú Unibanco PN | R$ 29,18 | -2,08% |
| VALE3 | Vale ON | R$ 75,40 | -2,03% |
| SBSP3 | Sabesp ON | R$ 56,85 | -1,81% |
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Felipe Miranda: Dedo no gatilho
Não dá pra saber exatamente quando vai se dar o movimento. O que temos de informação neste momento é que há uma enorme demanda reprimida por Brasil. E essa talvez seja uma informação suficiente.
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