Petrobras (PETR4) tomba após plano estratégico e leva junto o Ibovespa; dólar cai abaixo dos R$ 5,20

Estamos oficialmente no último mês do ano. O clima natalino se confunde com a energia caótica da Copa do Mundo, mas o mercado financeiro sabe bem o que quer ver sob a árvore de Natal antes de o Ano Novo chegar — mas boa parte desses presentes depende da disposição do presidente eleito em distribuir.
Até agora, nada dos nomes da equipe econômica do próximo governo e nem sinais de uma data concreta para a divulgação de quem será o novo ministro da Fazenda. Também não há muitos sinais de que a equipe da transição irá ceder em muitos pontos da PEC que busca abrir espaço no orçamento para gastos sociais — e nem de qual será a nova âncora fiscal.
Se em algum momento de dezembro esses presentes adornarem a árvore de Natal da B3, talvez o mercado caminhe para um fim de ano mais tranquilo. Mas essa não é a realidade no momento.
Hoje, pesaram sobre os investidores os números piores do que o esperado do Produto Interno Bruto Brasileiro (PIB) e a percepção de que o plano estratégico apresentado pela Petrobras (PETR4) na noite de ontem deve passar por muitas alterações.
Ignorando o clima mais ameno no exterior, o Ibovespa recuou 1,39%, aos 110.925 pontos. O dólar à vista encerrou o dia em queda de 0,09%, a R$ 5,1971.
Desaquecimento surpresa
O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 0,4% entre julho e setembro, depois de uma expansão bem mais forte, de 1,2%, nos três meses anteriores, segundo dados divulgados hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O desempenho foi aquém do avanço de 0,6% que o mercado esperava.
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A tendência é de que o processo de desaceleração continue. Segundo o Itaú, o enfraquecimento do PIB no terceiro trimestre é reflexo da redução da renda disponível e do efeito defasado da política monetária contracionista no segundo trimestre.
Apesar da decepção, o número não pesou sobre o mercado de juros. Nos DIs, falaram mais alto as preocupações com a PEC da Transição.
CÓDIGO | NOME | ULT | FEC |
DI1F23 | DI Jan/23 | 13,67% | 13,68% |
DI1F24 | DI Jan/24 | 13,98% | 13,91% |
DI1F25 | DI Jan/25 | 13,12% | 13,04% |
DI1F26 | DI Jan/26 | 12,86% | 12,77% |
DI1F27 | DI Jan/27 | 12,73% | 12,66% |
Boletim Nova York
O dia foi de bateria de divulgação de números nos Estados Unidos, mas os investidores estão mesmo é no aguardo do resultado do payroll, relatório do mercado de trabalho americano.
O rali visto ontem nas bolsas americanas, após o presidente do Fed, Jerome Powell, ter flertado com uma redução do ritmo de aperto monetário já na próxima reunião, não teve uma continuidade hoje.
Os investidores preferiram adotar um tom mais cauteloso, principalmente após mais dirigentes do Banco Central americano terem se pronunciado e exibido opiniões diversas sobre o ritmo da elevação dos juros. Com isso, as bolsas encerraram a sessão com sinais mistos:
- Nasdaq: +0,13%
- S&P 500: -0,08%
- Dow Jones: -0,56%
Sobe e desce do Ibovespa
Confira as maiores altas da sessão:
CÓDIGO | NOME | ULT | VAR |
BBSE3 | BB Seguridade ON | R$ 32,05 | 2,33% |
EMBR3 | Embraer ON | R$ 13,86 | 2,29% |
PRIO3 | PetroRio ON | R$ 36,70 | 1,80% |
EGIE3 | Engie ON | R$ 40,21 | 1,80% |
TAEE11 | Taesa units | R$ 35,15 | 1,77% |
Uma das notícias que pressionaram os papéis da BRF (BRFS3) nesta quinta-feira (01) foi a de que a empresa segue com uma dívida multimilionária com a Ipiranga, segundo notícia publicada ontem na Veja. Segundo a revista, o imbróglio é proveniente de uma joint venture entre as marcas Perdigão e Texaco na década de 1990. Com o valor atualizado, a dívida ultrapassa a marca de US$ 800 milhões.
O setor de varejo foi mais uma vez penalizado pela alta dos juros futuros e o PIB abaixo do esperado, mostrando um desaquecimento maior da economia. Confira também as maiores quedas:
CÓDIGO | NOME | ULT | VAR |
MGLU3 | Magazine Luiza ON | R$ 3,10 | -9,09% |
BRFS3 | BRF ON | R$ 8,57 | -9,02% |
ALPA4 | Alpargatas PN | R$ 15,58 | -6,99% |
MRFG3 | Marfrig ON | R$ 8,14 | -6,97% |
AMER3 | Americanas S.A | R$ 9,83 | -6,91% |
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