Ibovespa e dólar têm leve alta após dia volátil; ressaca pós-Fed perseguiu o mercado
O Ibovespa conseguiu ampliar a sua sequência de ganhos, mas foi por um triz. O dia foi marcado por forte volatilidade

Passado o grande evento da semana — a divulgação da ata da última reunião do Federal Reserve, feita ontem (17) — os investidores tiveram pouco com o que trabalhar nesta quinta-feira (18), levando as bolsas globais a mais um dia de alta volatilidade.
A cautela inicial em Nova York e a alta dos juros futuros ameaçaram, mas o Ibovespa chegou ao fim do dia com o dever de casa bem feito e registrou mais um dia de alta neste que tem sido um bom mês para a bolsa brasileira.
Foi por um triz, mas o principal índice da bolsa brasileira avançou 0,09%, aos 113.813 pontos. O avanço de mais de 3% do barril de petróleo no mercado internacional foi uma ajuda essencial para o resultado. O dólar à vista fechou longe das máximas, mas subiu 0,08%, a R$ 5,1720.
Em Wall Street, o apetite por risco também foi bem limitado, principalmente após diversos dirigentes do Federal Reserve mostrarem posicionamentos diversos sobre qual deve ser o futuro da política monetária do país.
O Dow Jones subiu apenas 0,06%, enquanto o S&P 500 e o Nasdaq tiveram ganhos na casa dos 0,20%.
Fed ainda mexe com a cabeça
Parte da cautela que perdurou ao longo do dia veio da digestão da ata da última reunião do Federal Reserve, divulgada ontem (18).
Leia Também
Os membros do Banco Central americano seguiram mostrando preocupação com a escalada da inflação e acreditam que será preciso manter a taxa de juros em patamar restritivo por mais algum tempo, mas não descartaram reduzir o ritmo das altas em breve.
Assim, as apostas em uma elevação de 50 pontos-base seguem sendo majoritárias para a próxima reunião.
Hoje, novos dados econômicos repercutiram entre os investidores. O mercado de trabalho americano seguiu mostrando solidez, enquanto a venda de imóveis seguiu recuando.
Petróleo foi destaque
Durante a maior parte do dia, as petroleiras da bolsa garantiram o sinal positivo do Ibovespa. Ainda de olho na incerteza com relação à oferta, o barril do Brent, utilizado como referência global, fechou a sessão em alta de 3,14%, a US$ 96,59 por barril.
Além disso, o dia coincidiu com a retomada de cobertura do Itaú BBA para a 3R Petroleum, PetroReconcavo e PetroRio, com uma classificação superior a anterior. O banco reajustou os preços-alvo das empresas:
- 3R Petroleum (RRRP3), com preço-alvo de R$ 105,00
- PetroReconcavo (RECV3), a R$ 39,00
- PetroRio (PRIO3), a R$ 45,00
Sobe e desce do Ibovespa
Confira as maiores altas do dia:
CÓDIGO | NOME | VALOR | VAR |
NTCO3 | Natura ON | R$ 15,07 | 5,31% |
RRRP3 | 3R Petroleum ON | R$ 35,13 | 4,43% |
HAPV3 | Hapvida ON | R$ 7,94 | 4,34% |
TOTS3 | Totvs ON | R$ 31,08 | 3,36% |
POSI3 | Positivo Tecnologia ON | R$ 10,75 | 3,17% |
Na ponta contrária, o avanço da curva de juros influenciou a queda de setores mais sensíveis ao movimento, como varejo e tecnologia. Confira as maiores quedas do dia:
CÓDIGO | NOME | ULT | VAR |
YDUQ3 | Yduqs ON | R$ 12,55 | -5,28% |
AMER3 | Americanas S.A | R$ 13,63 | -4,28% |
MRVE3 | MRV ON | R$ 10,57 | -4,17% |
DXCO3 | Dexco ON | R$ 10,71 | -3,95% |
CVCB3 | CVC ON | R$ 7,51 | -3,84% |
Carrefour Brasil (CRFB3): controladora oferece prêmio mais alto em tentativa de emplacar o fechamento de capital; ações disparam 10%
Depois de pressão dos minoritários e movimentações importantes nos bastidores, a matriz francesa elevou a oferta. Ações disparam na bolsa
Um café e um pão na chapa na bolsa: Ibovespa tenta continuar escapando de Trump em dia de payroll e Powell
Mercados internacionais continuam reagindo negativamente a Trump; Ibovespa passou incólume ontem
Cardápio das tarifas de Trump: Ibovespa leva vantagem e ações brasileiras se tornam boas opções no menu da bolsa
O mais importante é que, se você ainda não tem ações brasileiras na carteira, esse me parece um momento oportuno para começar a fazer isso
Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3) perdem juntas R$ 26 bilhões em valor de mercado e a culpa é de Trump
Enquanto a petroleira sofreu com a forte desvalorização do petróleo no mercado internacional, a mineradora sentiu os efeitos da queda dos preços do minério de ferro
Bitcoin (BTC) em queda — como as tarifas de Trump sacudiram o mercado cripto e o que fazer agora
Após as tarifas do Dia da Liberdade de Donald Trump, o mercado de criptomoedas registrou forte queda, com o bitcoin (BTC) recuando 5,85%, mas grande parte dos ativos digitais conseguiu sustentar valores em suportes relativamente elevados
Obrigado, Trump! Dólar vai à mínima e cai a R$ 5,59 após tarifaço e com recessão dos EUA no horizonte
A moeda norte-americana perdeu força no mundo inteiro nesta quinta-feira (3) à medida que os investidores recalculam rotas após Dia da Libertação
O Dia depois da Libertação: bolsas globais reagem em queda generalizada às tarifas de Trump; nos EUA, Apple tomba mais de 9%
O Dia depois da Libertação não parece estar indo como Trump imaginou: Wall Street reage em queda forte e Ibovespa tem leve alta
Trump Day: Mesmo com Brasil ‘poupado’ na guerra comercial, Ibovespa fica a reboque em sangria das bolsas internacionais
Mercados internacionais reagem em forte queda ao tarifaço amplo, geral e irrestrito imposto por Trump aos parceiros comerciais dos EUA
Tarifas de Trump levam caos a Nova York: no mercado futuro, Dow Jones perde mais de 1 mil pontos, S&P 500 cai mais de 3% e Nasdaq recua 4,5%; ouro dispara
Nas negociações regulares, as principais índices de Wall Street terminaram o dia com ganhos na expectativa de que o presidente norte-americano anunciasse um plano mais brando de tarifas
Rodolfo Amstalden: Nos tempos modernos, existe ERP (prêmio de risco) de qualidade no Brasil?
As ações domésticas pagam um prêmio suficiente para remunerar o risco adicional em relação à renda fixa?
Efeito Trump? Dólar fica em segundo plano e investidores buscam outras moedas para investir; euro e libra são preferência
Pessimismo em relação à moeda norte-americana toma conta do mercado à medida que as tarifas de Trump se tornam realidade
Brasil não aguarda tarifas de Trump de braços cruzados: o último passo do Congresso antes do Dia da Libertação dos EUA
Enquanto o Ibovespa andou com as próprias pernas, o Congresso preparava um projeto de lei para se defender de tarifas recíprocas
Natura &Co é avaliada em mais de R$ 15 bilhões, em mais um passo no processo de reestruturação — ações caem 27% no ano
No processo de simplificação corporativa após massacre na bolsa, Natura &Co divulgou a avaliação do patrimônio líquido da empresa
Dólar dispara com novas ameaças comerciais de Trump: veja como buscar lucros de até dólar +10% ao ano nesse cenário
O tarifaço promovido por Donald Trump, presidente dos EUA, levou o dólar a R$ 5,76 na última semana – mas há como buscar lucros nesse cenário; veja como
Em busca de proteção: Ibovespa tenta aproveitar melhora das bolsas internacionais na véspera do ‘Dia D’ de Donald Trump
Depois de terminar março entre os melhores investimentos do mês, Ibovespa se prepara para nova rodada da guerra comercial de Trump
Tarifaço de Trump aciona modo cautela e faz do ouro um dos melhores investimentos de março; IFIX e Ibovespa fecham o pódio
Mudanças nos Estados Unidos também impulsionam a renda variável brasileira, com estrangeiros voltando a olhar para os mercados emergentes em meio às incertezas na terra do Tio Sam
Trump Media estreia na NYSE Texas, mas nova bolsa ainda deve enfrentar desafios para se consolidar no estado
Analistas da Bloomberg veem o movimento da empresa de mídia de Donald Trump mais como simbólico do que prático, já que ela vai seguir com sua listagem primária na Nasdaq
Vale tudo na bolsa? Ibovespa chega ao último pregão de março com forte valorização no mês, mas de olho na guerra comercial de Trump
O presidente dos Estados Unidos pretende anunciar na quarta-feira a imposição do que chama de tarifas “recíprocas”
Nova York em queda livre: o dado que provoca estrago nas bolsas e faz o dólar valer mais antes das temidas tarifas de Trump
Por aqui, o Ibovespa operou com queda superior a 1% no início da tarde desta sexta-feira (28), enquanto o dólar teve valorização moderada em relação ao real
Nem tudo é verdade: Ibovespa reage a balanços e dados de emprego em dia de PCE nos EUA
O PCE, como é conhecido o índice de gastos com consumo pessoal nos EUA, é o dado de inflação preferido do Fed para pautar sua política monetária