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Ricardo Gozzi

É jornalista e escritor. Passou quase 20 anos na editoria internacional da Agência Estado antes de se aventurar por outras paragens. Escreveu junto com Sócrates o livro 'Democracia Corintiana: a utopia em jogo'. Também é coautor da biografia de Kid Vinil.

Renan Sousa

Renan Sousa

É repórter do Seu Dinheiro. Formado em jornalismo na Universidade de São Paulo (ECA-USP) e já passou pela Editora Globo e SpaceMoney.

SEGREDOS DA BOLSA

Esquenta dos mercados: Bolsas internacionais caem com crise energética no radar; Ibovespa acompanha calendário eleitoral hoje

Com o feriado nos EUA e sem a operação das bolsas por lá, a cautela deve prevalecer e a volatilidade aumentar no pregão de hoje

Gasoduto: bolsas internacionais estão de olho na crise energética na Europa
Confira o que movimenta a bolsa, o dólar e o Ibovespa esta semana. - Imagem: Shutterstock

A semana dos mercados financeiros começa com uma dose inesperada de adrenalina. O feriado do Dia do Trabalho nos Estados Unidos mantém as bolsas norte-americanas fechadas e deixa o Ibovespa sem sua mais importante referência externa. Em dias assim, a liquidez por aqui costuma ser menor e a volatilidade aumenta.

Não bastasse isso, a baliza externa proporcionada pela Europa na ausência de Wall Street não ajuda. Por lá, os principais índices de ações abriram em queda acentuada nesta segunda-feira (05).

O índice Dax, da bolsa de valores de Frankfurt, é o mais impactado. Simultaneamente, o euro opera no nível mais baixo em duas décadas em relação ao dólar e as cotações do gás natural disparam mais de 30% hoje.

Tudo porque o fluxo do gasoduto operado pela Gazprom Nord Stream 1 — que conduz o gás russo até a Alemanha — foi interrompido por tempo indeterminado.

A empresa alega que a interrupção deriva de um problema técnico ocorrido durante obras de manutenção realizadas no Nord Stream 1 durante a semana passada.

Na avaliação dos europeus, entretanto, trata-se de uma ação com fins políticos ordenada por Moscou. O motivo, segundo eles, seria a adesão de diversos países da Europa a uma iniciativa para impor um teto ao preço do petróleo russo em reação à invasão da Ucrânia.

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Ainda na Europa, o Partido Conservador do Reino Unido deve anunciar o nome de sucessão de Boris Johnson para o cargo de primeiro-ministro, o que injeta ainda mais cautela no exterior.

Por aqui, os investidores aguardam a pausa no meio da semana com o tenso feriado do dia da Independência. Manifestações políticas estão marcadas para o dia — que, vale lembrar, não terá negociações em bolsa — e prometem agitar ainda mais o cenário eleitoral.

Falando no pleito, a mais recente pesquisa de intenções de voto mostrou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a abrir vantagem sobre o candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL)

Os investidores devem digerir as pesquisas, encarar a falta de liquidez do dia e adotar uma postura mais defensiva antes do feriado. O cenário perfeito para volatilidade, incerteza e possível queda da bolsa local. 

Na semana passada, o Ibovespa registrou queda de 1,28%. O dólar à vista também caiu 1,02%, a R$ 5,1848, mas acumulou valorização de 2,10% no período.

Confira o que movimenta a bolsa, o dólar e o Ibovespa hoje

Sucessão na terra da rainha e as bolsas por lá

Acredita-se que a indicada para o lugar de Johnson será Liz Truss, atual secretária de Relações Exteriores. Ela é mais conhecida por sua admiração pela ex-primeira-ministra Margaret Thatcher — a Dama de Ferro, conhecida por sua postura extremamente conservadora e que divide opiniões no Reino Unido.

Caso ocorra alguma surpresa, outro nome cotado para o cargo é de Rishi Sunak, que recentemente chefiou o Tesouro britânico. O fato é que o processo de sucessão no Reino Unido mantém a libra esterlina nos níveis mais baixos em relação ao dólar desde 1985.

Com isso, os investidores locais devem encontrar dificuldade para descolar o Ibovespa do clima azedo que prevalece nas bolsas internacionais na manhã de hoje.

Livro Bege, inflação e BCE: o que chacoalha as bolsas

Nos próximos dias, os investidores ainda acompanham a decisão de juros do Banco Central Europeu (BCE), que deve confirmar as expectativas de uma postura mais agressiva (hawkish) por parte da autoridade monetária do Velho Continente. 

Além disso, o Livro Bege, com as expectativas do Federal Reserve para a economia dos Estados Unidos também deve movimentar os próximos dias das bolsas. Por fim, os números de inflação da OCDE e da China formam uma tempestade de cautela perfeita para manter os índices no campo negativo. 

À espera da inflação

Enquanto isso, a agenda de indicadores econômicos locais está bastante esvaziada nesta semana. Com exceção dos dados oficiais da inflação de agosto, previstos para a sexta-feira, nenhum outro indicador relevante é esperado para os próximos dias no Brasil.

Desse modo, as atenções se voltam para o andamento da campanha eleitoral. Mais especificamente, os investidores estão de olho nas celebrações do 7 de Setembro, que manterão o Ibovespa fechado na quarta-feira.

O presidente Jair Bolsonaro tem conclamado seus apoiadores a saírem às ruas “pela última vez”. São esperados desfiles e protestos para acompanhar os 200 anos da independência do Brasil. 

Corrida eleitoral e as bolsas

Depois de ver sua vantagem sobre Jair Bolsonaro (PL) diminuir na semana passada, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) respira um pouco na pesquisa BTG/FSB divulgada hoje.

O petista registrou 42% de intenções de voto, enquanto o atual presidente tem 34% no primeiro turno.

No mesmo levantamento, Simone Tebet (MDB) voltou a crescer e se aproximou de Ciro Gomes (PDT) na disputa pelo terceiro lugar. O pedetista teve 8% das intenções de voto, enquanto a senadora registrou 6%, empatando na margem de erro com o ex-ministro.

Agenda da semana

Segunda-feira (05)

  • Dia do trabalho mantém as bolsas fechadas nos Estados Unidos
  • Brasil: PMI da indústria de transformação medido pelo S&P Global (10h)
  • Áustria: Reunião ministerial da Opep+ (o dia todo)

Terça-feira (06)

  • OCDE: CPI do grupo em julho (7h)
  • Estados Unidos: PMI de serviços da S&P Global (10h45)
  • Estados Unidos: PMI de serviços da ISM (11h)
  • Estados Unidos: PMI global de serviços da S&P Global com o JP Morgan (12h)

Quarta-feira (07)

  • Feriado da independência mantém os mercados fechados no Brasil
  • Estados Unidos: Balança comercial de julho (9h30)
  • Estados Unidos: Fed divulga o Livro Bege (15h)

Quinta-feira (08)

  • OCDE: Taxa de desemprego do grupo (7h)
  • Alemanha: Banco Central Europeu (BCE) divulga decisão de política monetária (9h15)
  • Estados Unidos: Pedidos de auxílio-desemprego (9h30)
  • Estados Unidos: Presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, participa de debate na Conferência Anual Monetária do Cato Institute (10h10)
  • China: CPI e PPI de agosto e julho, respectivamente (22h30)
  • Estados Unidos: Secretária do Tesouro, Janet Yellen, discursa sobre a agenda econômica de Biden (sem horário específico)

Sexta-feira (09)

  • IBGE: Pesquisa industrial mensal regional de julho (9h)
  • IBGE: IPCA de agosto (9h30)
  • Estados Unidos: Estoques no atacado em julho (11h)

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