Parece replay, mas não é: Elon Musk ameaça suspender aquisição do Twitter (TWTR34); saiba o motivo
O CEO da Tesla afirma que o Twitter está se recusando a fornecer o número de usuários “spam”, em carta enviada à rede e registrada na SEC

O passarinho azul tentou colocar o futuro dono na gaiola, mas foi contragolpeado. Elon Musk enviou uma carta ao Twitter (TWTR34), nesta segunda-feira (6), ameaçando suspender a aquisição da rede social. O motivo: as contas falsas ou spam.
Na última sexta-feira (2), o Twitter anunciou o fim do período de espera da operação. Em contrapartida, a rede foi pega de surpresa com a “nova” solicitação do CEO da Tesla.
Musk, além de notificar a rede via carta, registrou a solicitação na SEC — semelhante à CVM brasileira — com a possível desistência do acordo de compra.
“Como possível proprietário do Twitter, Musk tem claramente o direito aos dados solicitados para permitir que ele se prepare para a transição dos negócios do Twitter para sua propriedade e para facilitar o financiamento de suas transações”, afirma a carta.
Para o bilionário, o Twitter resiste fornecer as informações sobre o número de usuários “spam” e que isso constitui uma “clara ruptura substancial” das obrigações da empresa.
“Neste momento, Musk acredita que o Twitter está se recusando de forma transparente a cumprir suas obrigações sob o acordo de fusão, o que está causando mais suspeitas de que a empresa está retendo dados solicitados devido à preocupação com o que própria análise de Musk desses dados irá descobrir.”
Leia Também
Nova York em queda livre: o dado que provoca estrago nas bolsas e faz o dólar valer mais antes das temidas tarifas de Trump
Nem tudo é verdade: Ibovespa reage a balanços e dados de emprego em dia de PCE nos EUA
Além disso, o documento garante que o CEO da Tesla “não usará quaisquer informações competitivamente sensíveis se a transação não for consumada”.
O que diz o Twitter
Um porta-voz do Twitter afirmou hoje que a companhia “continuará a compartilhar de modo cooperativo com o sr. Musk, a fim de consumar a transação de acordo com os termos do acordo de compra”.
Além disso, a rede social disse que “pretende fechar a transação e fazer valer o acordo no preço e nos termos combinados”.
Entenda as idas e vindas
A história de Elon Musk e o Twitter começou, efetivamente, em 1º de abril quando o CEO da Tesla comprou uma fatia de 9% da rede social. 25 dias depois, o bilionário propôs a compra total da plataforma a US$ 54,20 por ação — cerca de 38% acima dos valor dos papéis da aquisição inicial.
No dia do anúncio, as ações do Twitter em Nova York valorizaram 6% e as BDRs subiram mais de 10% na B3.
Na mesma semana, o bilionário vendeu o equivalente a US$ 4 bilhões em ações da Tesla (TSLA34) para a aquisição da rede social.
O valor foi somado a sua fortuna, da qual US$ 21 bilhões seriam destinados ao Twitter. O restante seria captado em instituições financeiras — Musk contou com a “ajuda” de US$ 1,9 bilhão do príncipe saudita Alwaleed bin Talal.
Mas, os bons momentos entre Musk e o conselho do Twitter duraram pouco.
No mês passado, o bilionário suspendeu o acordo de aquisição, segundo ele, por falta de informações sobre o número de contas falsas ou spams na plataforma. Em resposta, as ações caíram mais de 20% no pré-mercado em Nova York e a suspensão durou menos de 24 horas.
Em contrapartida, os acionistas da rede social entraram com ação contra Musk por conta das oscilações dos preços dos papéis à medida que as manifestações do bilionário envolviam a plataforma.
Os acionistas, então, acusaram o CEO da Tesla de se beneficiar financeiramente com a polêmica da suspensão do acordo, além de violar leis corporativas da Califórnia.
Por fim, na semana passada, Musk se comprometeu a investir mais de sua fortuna para financiar o acordo avaliado em US$$ 44 bilhões.
Ele decidiu incluir US$ 33,5 bilhões em ações no plano e desistiu de utilizar um empréstimo de margem garantida por papéis da Tesla.
Ações do Twitter hoje
Depois da divulgação da carta por meio da SEC, as ações do Twitter na bolsa de Nova York caíram cerca de 5,0% no pré-mercado. Por lá, os papéis seguem em queda de 1,89%, no pregão de hoje.
Por aqui, as ações BDRs listadas na B3 também seguem em queda de 1,93%. Os papéis TWTR34 eram negociados a US$ 94,32, por volta das 15h30 (horário de Brasília).
*Com informações de Estadão Conteúdo, CNBC e MarketWatch
Rodolfo Amstalden: Buy the dip, e leve um hedge de brinde
Para o investidor brasileiro, o “buy the dip” não só sustenta uma razão própria como pode funcionar também como instrumento de diversificação, especialmente quando associado às tecnologias de ponta
Ato falho relevante: Ibovespa tenta manter tom positivo em meio a incertezas com tarifas ‘recíprocas’ de Trump
Na véspera, teor da ata do Copom animou os investidores brasileiros, que fizeram a bolsa subir e o dólar cair
Dólar atinge o menor patamar desde novembro de 2024: veja como buscar lucros com a oscilação da moeda
A recente queda do dólar pode abrir oportunidades estratégicas para investidores atentos; descubra uma forma inteligente de expor seu capital neste momento
É hora de comprar a líder do Ibovespa hoje: Vamos (VAMO3) dispara mais de 17% após dados do 4T24 e banco diz que ação está barata
A companhia apresentou os primeiros resultados trimestrais após a cisão dos negócios de locação e concessionária e apresenta lucro acima das projeções
Sem sinal de leniência: Copom de Galípolo mantém tom duro na ata, anima a bolsa e enfraquece o dólar
Copom reitera compromisso com a convergência da inflação para a meta e adverte que os juros podem ficar mais altos por mais tempo
Felipe Miranda: Dedo no gatilho
Não dá pra saber exatamente quando vai se dar o movimento. O que temos de informação neste momento é que há uma enorme demanda reprimida por Brasil. E essa talvez seja uma informação suficiente.
Eles perderam a fofura? Ibovespa luta contra agenda movimentada para continuar renovando as máximas do ano
Ata do Copom, balanços e prévia da inflação disputam espaço com números sobre a economia dos EUA nos próximos dias
Sem OPA na Oncoclínicas (ONCO3): Empresa descarta necessidade de oferta pelas ações dos minoritários após reestruturação societária
Minoritários pediram esclarecimentos sobre a falta de convocação de uma OPA após o Fundo Centaurus passar a deter uma fatia de 16,05% na empresa em novembro de 2024
Juros nas alturas têm data para acabar, prevê economista-chefe do BMG. O que esperar do fim do ciclo de alta da Selic?
Para Flávio Serrano, o Banco Central deve absorver informações que gerarão confiança em relação à desaceleração da atividade, que deve resultar em um arrefecimento da inflação nos próximos meses
Ação da Petz (PETZ3) acumula queda de mais de 7% na semana e prejuízo do 4T24 não ajuda. Vender o papel é a solução?
De acordo com analistas, o grande foco agora é a fusão com a Cobasi, anunciada no ano passado e que pode ser um gatilho para as ações
Hora de comprar: o que faz a ação da Brava Energia (BRAV3) liderar os ganhos do Ibovespa mesmo após prejuízo no 4T24
A empresa resultante da fusão entre a 3R Petroleum e a Enauta reverteu um lucro de R$ 498,3 milhões em perda de R$ 1,028 bilhão entre outubro e dezembro de 2024, mas bancos dizem que o melhor pode estar por vir este ano
Não fique aí esperando: Agenda fraca deixa Ibovespa a reboque do exterior e da temporada de balanços
Ibovespa interrompeu na quinta-feira uma sequência de seis pregões em alta; movimento é visto como correção
Deixou no chinelo: Selic está perto de 15%, mas essa carteira já rendeu mais em três meses
Isso não quer dizer que você deveria vender todos os seus títulos de renda fixa para comprar bolsa neste momento, não se trata de tudo ou nada — é até saudável que você tenha as duas classes na carteira
Nova York vai às máximas, Ibovespa acompanha e dólar cai: previsão do Fed dá força para a bolsa lá fora e aqui
O banco central norte-americano manteve os juros inalterados, como amplamente esperado, mas bancou a projeção para o ciclo de afrouxamento monetário mesmo com as tarifas de Trump à espreita
A bolsa da China vai engolir Wall Street? Como a pausa do excepcionalismo dos EUA abre portas para Pequim
Enquanto o S&P 500 entrou em território de correção pela primeira vez desde 2023, o MSCI já avançou 19%, marcando o melhor começo de ano na história do índice chinês
Vivara (VIVA3) brilha na B3 após praticamente dobrar lucro no 4T24 e anunciar expansão de lojas em 2025. É hora de comprar as ações?
Junto ao balanço forte, a Vivara também anunciou a expansão da rede de lojas em 2025, com a previsão de 40 a 50 aberturas de unidades das marcas Vivara e Life
Mercado Livre (MELI34) recebe o selo de compra da XP: anúncios e Mercado Pago são as alavancas de valor
Analistas esperam valorização da ação e indicam que o valuation no curto prazo aponta para um preço 40% abaixo da média histórica de 3 anos
Yduqs nas alturas: YDUQ3 sobe forte e surge entre as maiores altas do Ibovespa. O que fazer com a ação agora?
A empresa do setor de educação conseguiu reverter o prejuízo em lucro no quarto trimestre de 2024, mas existem pontos de alerta nas linhas do balanço
Felipe Miranda: Vale a pena investir em ações no Brasil?
Dado que a renda variável carrega, ao menos a princípio, mais risco do que a renda fixa, para se justificar o investimento em ações, elas precisariam pagar mais nessa comparação
Ibovespa acima de 130 mil pela primeira vez em 3 meses: o que dá fôlego para a bolsa subir — e não é Nova York
Além de dados locais, o principal índice da bolsa brasileira recebeu uma forcinha externa; o dólar operou em queda no mercado à vista