‘Efeito Rial’ faz Americanas (AMER3) disparar 22%; analistas acreditam que mudança no comando pode ser a virada de chave que faltava
Ainda faltam alguns meses para que Rial assuma permanentemente a cadeira de presidente, mas o “efeito Rial” já pode ser sentido nas ações da companhia, que operam em forte alta
Não é fácil transformar uma empresa clássica e com forte DNA do varejo físico em uma potência moderna e digital — principalmente em um nicho em que a concorrência não para de crescer, como no e-commerce.
A Americanas (AMER3), no entanto, está disposta a continuar buscando uma virada de chave eficiente para os seus negócios.
Depois da fusão com a antiga B2W e uma reestruturação societária bem-sucedida em 2021, a companhia anunciou na última sexta-feira a saída de Miguel Gutierrez do cargo de CEO, após mais de 20 anos na posição — o que pegou os analistas e investidores de surpresa.
O novo escolhido não é nenhum desconhecido do mercado. A partir de 1° de janeiro de 2023, o novo comandante da varejista será Sergio Rial — ex-CEO e atual presidente do conselho de administração do Santander.
Ainda faltam alguns meses para que Rial assuma permanentemente a cadeira de presidente, mas o “efeito Rial” já pode ser sentido nas ações da companhia.
Nesta manhã (22), no primeiro pregão após o anúncio da última sexta-feira (19), as ações AMER3 saltaram quase 20% e acabaram encerrando o dia com fôlego ainda maior: avanço de 22,49%, a R$ 15,96. Vale lembrar que os papéis acumulam queda de mais de 60% no ano, refletindo a preocupação com a inflação alta e o aumento dos juros em escala global.
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Com 30 anos de Americanas e 20 no cargo de diretor presidente, Miguel Gutierrez foi o responsável por liderar a expansão das operações da companhia de 100 para mais de 3.500 lojas físicas e o desenvolvimento digital da operação.
O que o mercado espera?
Com quase três décadas de casa, a saída de Gutierrez parece ser um importante sinal da transição e reformulação pretendida pela Americanas, além de reforçar um nome que pode ser fundamental para que a companhia siga crescendo com rentabilidade nos próximos anos — para o BTG Pactual, a falta de consistência continua sendo o principal desafio da empresa.
Rial não possui experiência no varejo, mas, para os analistas do Santander, o histórico do executivo em setores complexos como o bancário pode trazer novas perspectivas necessárias para a transformação da companhia.
O Itaú BBA é outro banco a ver a mudança no comando como positiva e um passo certo em direção à renovação.
Na opinião dos analistas da casa, as ações haviam sido deixadas de lado por investidores e analistas nos últimos trimestres, o que explica, em parte, a queda de 60% no ano.
"Volatilidade e problemas de comunicação deixaram os papéis de AMER3 abaixo do seu potencial. Com essa mudança na gestão, acreditamos que os investidores deverão preferir o benefício da dúvida e assumir que mais valor pode ser extraído desse ativo no curto prazo."
Apesar de acreditar que a companhia está sendo negociada a múltiplos baixos, o banco colocou sua recomendação e preço-alvo sob revisão. Das 17 recomendações compiladas pela plataforma TradeMap, 9 casas possuem indicação de compra para AMER3, enquanto o restante são análises neutras.
Quem é Sergio Rial
Nome conhecido e bem visto pelo mercado, Sergio Rial foi CEO do Santander Brasil (SANB11). Anteriormente, esteve no comando da Seara e do frigorífico Marfrig (MRFG3).
Hoje, Rial é presidente dos Conselhos de Administração do Santander Brasil e da Vibra Energia (VBBR3), antiga BR Distribuidora, além de vice-presidente do conselho da BRF (BRFS3). Ainda não se sabe se o executivo deixará algum desses cargos antes de assumir o comando das Americanas.
Segundo o comunicado da varejista que anunciou a troca na presidência, são elementos conhecidos de sua gestão a determinação por crescimento rentável, transformação digital com foco no cliente e desenvolvimento de equipes e negócios de alta performance.
"O Sr. Sergio Rial traz vasta experiência em diversos setores, incluindo relevante vivência internacional por mais de 15 anos, na Ásia, Europa e nos Estados Unidos", destaca o comunicado.
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