Dólar acumula desvalorização de 7% frente ao real no ano — veja o que mexe com o mercado de câmbio
Após três sessões consecutivas de alta, em que acumulou valorização de 4,07%, o dólar à vista recuou mais de 1% no pregão desta sexta-feira (02)
A pandemia de covid-19 já não é mais um empecilho para as viagens para a Disney. Mas a abordagem agressiva do Federal Reserve (Fed) para conter a inflação nos EUA tem atrapalhado o plano de muita gente que pretende visitar o Mickey. O aperto monetário por lá tem ajudado no fortalecimento do dólar, que segue firme acima dos R$ 5,00.
Embora tenha encerrado a sexta-feira (02) em queda de 1,02%, a R$ 5,1848, a moeda norte-americana acumula valorização de 2,10% na semana.
No ano, no entanto, a notícia é um pouco mais animadora: o dólar acumula desvalorização de 7,01%.
Como foi a semana para o dólar
O dólar começou a semana com um recuo de 0,88% na última segunda-feira (29), chegando a atingir mínimas no patamar dos R$ 5,01.
Boa parte desse movimento de queda pode ser atribuído ao fluxo de capital estrangeiro para empresas produtoras, como Petrobras (PETR4) e PetroRio (PRIO3).
Na terça-feira (30), o dólar voltou a superar o teto de R$ 5,10 em um dia marcado pela baixa dos preços das commodities, em especial do petróleo.
Leia Também
A moeda norte-americana emendou o segundo pregão de alta na quarta-feira (31) e fechou acima da linha de R$ 5,20.
Nesse dia, a sessão foi marcada pela disputa em torno da formação da última taxa Ptax de agosto, que serviria para liquidação de contratos derivativos, e pela rolagem de posições no mercado futuro.
Já na quinta-feira (01), apesar de o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro no segundo trimestre ter vindo acima do esperado, o real não escapou da onda global de valorização do dólar — marcada pelo tombo das commodities e pelo aumento das apostas em ajuste mais agressivo da política monetária dos EUA.
A quinta-feira (01) marcou o terceiro pregão seguido de alta do dólar, período em que saiu do patamar de R$ 5,03 para superar R$ 5,23, acumulando uma valorização de 4,07%.
Na sexta-feira (02), o dólar à vista recuou mais de 1% e voltou a fechar abaixo de R$ 5,20, refletindo, em parte, o tombo das taxas dos Treasuries, depois que o relatório de emprego dos EUA (payroll) em agosto abriu a porta para uma moderação da alta de juros pelo Fed.
Federal Reserve, um caso à parte
Um dos elementos centrais para o comportamento do dólar neste momento é o Federal Reserve.
Desde março, o banco central norte-americano vem elevando a taxa de juro nos EUA — que até então estava próxima de zero — para tentar colocar um freio na inflação.
Depois que os preços chegaram ao maior nível em mais de 40 anos, o Fed pisou no acelerador do aperto monetário, promovendo duas elevações consecutivas de 0,75 ponto percentual (pp) da taxa de juro (em junho e julho).
Com a taxa básica na faixa atual de 2,25% a 2,50% ao ano, os investidores migraram para o mercado norte-americano, um movimento que fortaleceu o dólar em relação ao real e a outras divisas no mundo.
Os investidores passaram, então, a acompanhar com muito mais atenção dados de inflação e emprego nos EUA — que compõem o mandato duplo do Fed na hora de determinar a política monetária — na tentativa de ler os próximos passos da autoridade monetária.
Na sexta-feira, por exemplo, o relatório de emprego dos EUA, o chamado payroll, mostrou criação de 315 mil vagas de trabalho em agosto, bem abaixo das 528 mil de julho. Houve aumento da taxa de desemprego, de 3,5% para 3,7%, e arrefecimento do ritmo de alta do salário médio (0,31% ante expectativa de 0,40%).
Esses dois últimos indicadores podem sugerir menos pressões inflacionárias à frente. Em resposta, o mercado tratou de aparar um pouco as apostas em alta de 0,75 pp da taxa básica na reunião de política monetária dos dias 20 e 21 deste mês.
Ações da Embraer (EMBR3) chegam a cair mais de 4% e lideram perdas do Ibovespa. UBS BB diz que é hora de desembarcar e Santander segue no voo
O banco suíço rebaixou a recomendação para os papéis da Embraer de neutro para venda, enquanto o banco de origem espanhola seguiu com a indicação de compra; entenda por que cada um pegou uma rota diferente
A B3 vai abrir no dia da Consciência Negra? Confira o funcionamento da bolsa, bancos e Correios na estreia do novo feriado nacional
É a primeira vez que o Dia da Consciência Negra consta no calendário dos feriados nacionais. Como de costume, as comemorações devem alterar o funcionamento dos principais serviços públicos
O fim da temporada — ou quase: balanço da Nvidia ainda movimenta semana, que conta com novo feriado no Brasil
Enquanto isso, as bolsas internacionais operam sem um sinal único, sofrendo ajustes após o rali do Trump Trade dos últimos dias
Nova York naufragou: ações que navegavam na vitória de Trump afundam e bolsas terminam com fortes perdas — Tesla (TSLA34) se salva
Europa também fechou a sexta-feira (15) com perdas, enquanto as bolsas na Ásia terminaram a última sessão da semana sem uma direção comum, com dados da China e do Japão no radar dos investidores
A arte de negociar: Ação desta microcap pode subir na B3 após balanço forte no 3T24 — e a maior parte dos investidores não tem ela na mira
Há uma empresa fora do radar do mercado com potencial de proporcionar uma boa valorização para as ações
Na lista dos melhores ativos: a estratégia ganha-ganha desta empresa fora do radar que pode trazer boa valorização para as ações
Neste momento, o papel negocia por apenas 4x valor da firma/Ebitda esperado para 2025, o que abre um bom espaço para reprecificação quando o humor voltar a melhorar
“A bandeira amarela ficou laranja”: Balanço do Banco do Brasil (BBAS3) faz ações caírem mais de 2% na bolsa hoje; entenda o motivo
Os analistas destacaram que o aumento das provisões chamou a atenção, ainda que os resultados tenham sido majoritariamente positivos
A surpresa de um dividendo bilionário: ações da Marfrig (MRFG3) chegam a saltar 8% após lucro acompanhado de distribuição farta ao acionista. Vale a compra?
Os papéis lideram a ponta positiva do Ibovespa nesta quinta-feira (14), mas tem bancão cauteloso com o desempenho financeiro da companhia; entenda os motivos
Menin diz que resultado do grupo MRV no 3T24 deve ser comemorado, mas ações liberam baixas do Ibovespa. Por que MRVE3 cai após o balanço?
Os ativos já chegaram a recuar mais de 7% na manhã desta quinta-feira (14); entenda os motivos e saiba o que fazer com os papéis agora
Um passeio no Hotel California: Ibovespa tenta escapar do pesadelo após notícia sobre tamanho do pacote fiscal de Haddad
Mercado repercute pacote fiscal maior que o esperado enquanto mundo político reage a atentado suicida em Brasília
A B3 vai abrir nos dias da Proclamação da República e da Consciência Negra? Confira o funcionamento da bolsa, bancos e Correios durante os feriados
Os feriados nacionais de novembro são as primeiras folgas em cinco meses que caem em dias úteis. O Seu Dinheiro foi atrás do que abre e fecha durante as comemorações
A China presa no “Hotel California”: o que Xi Jinping precisa fazer para tirar o país da armadilha — e como fica a bolsa até lá
Em carta aos investidores, à qual o Seu Dinheiro teve acesso em primeira mão, a gestora Kinea diz o que esperar da segunda maior economia do mundo
Rodolfo Amstalden: Abrindo a janela de Druckenmiller para deixar o sol entrar
Neste exato momento, enxergo a fresta de sol nascente para o próximo grande bull market no Brasil, intimamente correlacionado com os ciclos eleitorais
O IRB Re ainda vale a pena? Ações IRBR3 surgem entre as maiores quedas do Ibovespa após balanço, mas tem bancão dizendo que o melhor está por vir
Apesar do desempenho acima do esperado entre julho e setembro, os papéis da resseguradora inverteram o sinal positivo da abertura e passaram a operar no vermelho
Você precisa fazer alguma coisa? Ibovespa acumula queda de 1,5% em novembro enquanto mercado aguarda números da inflação nos EUA
Enquanto Ibovespa tenta sair do vermelho, Banco Central programa leilão de linha para segurar a alta do dólar
Arte de milionária: primeira pintura feita por robô humanoide é vendida por mais de US$ 1 milhão
A obra em homenagem ao matemático Alan Turing tem valor próximo ao do quadro “Navio Negreiro”, de Cândido Portinari, que foi leiloado em 2012 por US$ 1,14 milhão e é considerado um dos mais caros entre artistas brasileiros até então
Pacote fiscal do governo vira novela mexicana e ameaça provocar um efeito colateral indesejado
Uma alta ainda maior dos juros seria um efeito colateral da demora para a divulgação dos detalhes do pacote fiscal pelo governo
Por que o governo precisa escutar os ‘gritos’ da Faria Lima e cortar gastos, segundo este gestor
Gestores da Faria que cuidam do pouco que sobrou da poupança da população brasileira, segundo André Bannwart, do UBS
Compre China na baixa: a recomendação controversa de um dos principais especialistas na segunda maior economia do mundo
A frustração do mercado com o pacote trilionário da semana passada abre uma janela e oportunidade para o investidor que sabe esperar, segundo a Gavekal Research
Em ritmo de festa: Ibovespa começa semana à espera da prévia do PIB; Wall Street amanhece em alta
Bolsas internacionais operam em alta e dão o tom dos mercados nesta segunda-feira; investidores nacionais calibram expectativas sobre um possível rali do Ibovespa