Dividendos da Petrobras (PETR4) podem ser taxados após as eleições: saiba o que cada candidato à presidência propõe sobre o tema
Todos querem cobrar Imposto de Renda sobre seus dividendos, mas Lula, Bolsonaro, Ciro e Simone Tebet têm propostas diferentes sobre o tema
É só ouvir a palavra “dividendo” que os olhos de muitos investidores começam a brilhar. E não é à toa, pois essa pequena fração do lucro de empresas, como a Petrobras (PETR4), pode fazer bastante diferença no bolso de quem a recebe. No entanto, está muito perto de acabar algo que chama muito a atenção nesse tipo de investimento: a isenção do Imposto de Renda sobre dividendos.
E não sou eu que estou “inventando” essa possibilidade, não. Quem vem defendendo a taxação dos dividendos ao longo dos últimos meses de campanha eleitoral são os quatro principais candidatos à presidência, que aparecem no topo das pesquisas: Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Jair Bolsonaro (PL), Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB).
Mas, afinal, o que essa taxação significa para o seu bolso? Todos os investidores terão seus dividendos taxados, ou isso vale apenas para alguns? De quanto deve ser essa cobrança de imposto?
Você pode entender melhor o que esperar e como se preparar (e preparar a sua carteira) para essa mudança clicando aqui.
QUERO SABER COMO ME PREPARAR PARA UMA POSSÍVEL TAXAÇÃO DE DIVIDENDOS
A Petrobras deve continuar pagando bons dividendos em 2023?
As ações da Petrobras ganharam bastante destaque em 2022 por conta da robusta remuneração de dividendos realizada a seus acionistas ao longo do ano. Só no relativo ao segundo trimestre, foram R$ 87,8 bilhões distribuídos, o equivalente a R$ 6,73 por ação preferencial e ordinária em circulação.
Para se ter uma ideia, de janeiro até o fim de setembro, o dividend yield médio dos papéis foi de cerca de 43% para PETR3 e 47% para PETR4. Números que fizeram muita gente, que ainda não investia na petroleira, passar a considerá-la para a carteira.
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Mas agora, com as eleições mais perto do que nunca e propostas que tanto se diferem com relação à economia, os investidores também têm receio de que a maior produtora de petróleo no Brasil veja seus números caírem ao longo do ano que vem.
Essa preocupação está relacionada, principalmente, ao caráter estatal da petroleira e ao risco de intervenção política que isso traz ao papel. Afinal, é preciso estar atento à possibilidade de que a nova gestão presidencial interfira nas atividades da empresa, a ponto de causar efeito em seu valor e até mesmo na sua distribuição de dividendos.
Em material divulgado recentemente pelo Money Times, e cedido ao portal Seu Dinheiro, alguns dos maiores especialistas do mercado financeiro afirmaram que, com os preços negociados atualmente, as ações da estatal têm capacidade de aguentar bastante “desaforo”, e por isso podem ser mantidas na carteira – ainda que em posições inferiores.
“Vimos o governo atual tentar interferir na política de preços da Petrobras e falhando diversas vezes. Então, não enxergamos grande necessidade de proteção ao risco associada a essas empresas”, disse Gustavo Pazos, analista da Warren corretora e gestora de investimentos, em material exclusivo do Money Times e do Seu Dinheiro que você pode conferir na íntegra aqui.
Mas, e com relação aos dividendos, especificamente? Em relatório divulgado recentemente, a Genial Investimentos considera que a Petrobras deve continuar pagando bons dividendos no próximo ano. A corretora estima R$ 5,2 bilhões em dividendos em 2023 e R$ 6 bilhões em proventos extraordinários, com rendimento em 16,6% para os dividendos regulares.
TAXAÇÃO DOS DIVIDENDOS: ENTENDA O QUE AS ELEIÇÕES PODEM CAUSAR NOS SEUS RENDIMENTOS
O que a taxação muda nos meus dividendos?
Ao falarmos sobre esse assunto, é preciso ressaltar que a cobrança de imposto de renda sobre dividendos foi aprovada na Câmara no ano passado, dentro da reforma tributária, mas está paralisada no Senado, onde a matéria ainda não foi votada.
A previsão é de que a reforma do imposto de renda – e a taxação de lucros e dividendos – seja apreciada na Casa em 2023. E, no que depender de quem estiver na presidência da República, a tributação deve passar.
A taxação de dividendos, hoje isentos de IR, é defendida pelos quatro candidatos mais bem colocados nas pesquisas na corrida eleitoral pelo cargo Executivo mais alto do país.
Tanto o atual presidente Jair Bolsonaro, que defendeu a cobrança ao longo de seu governo, quanto Lula, Ciro Gomes e Simone Tebet se dizem a favor da tributação da distribuição de lucros pelas empresas a seus investidores, inclusive para as pessoas físicas.
Apesar disso, cada um dos postulantes ao governo do Brasil enxerga diferentes modos de fazer essa tributação. Há quem defenda a cobrança do IR sobre dividendos apenas para quem ganha mais de R$ 400 mil por mês, por exemplo, enquanto o programa de outro candidato prevê uma “ampla reforma tributária e fiscal” a fim de financiar políticas públicas.
Para entender o que cada candidato propõe sobre o tema e como você deve se preparar para o futuro dos dividendos, clique aqui e acesse um material de qualidade preparado por jornalistas do Seu Dinheiro, um dos maiores portais jornalísticos do Brasil.
COMO FICARÃO MEUS DIVIDENDOS EM 2023? CONHEÇA AS PROPOSTAS DE CADA GOVERNO SOBRE A TAXAÇÃO
Tudo o que você precisa saber sobre a taxação de dividendos – e muito mais
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