Destaques da bolsa: CSN (CSNA3), Usiminas (USIM5) e Gerdau (GGBR4) sobem com minério em alta; Positivo (POSI3) e outras techs também avançam
Um novo pacote bilionário de incentivo à infraestrutura na China fez o minério de ferro subir forte — e, com isso, as mineradoras e siderúrgicas aparecem na ponta positiva do Ibovespa. IRB (IRBR3) e Hypera (HYPE3) caem

O Ibovespa tem uma sessão positiva nesta quinta-feira (02), recuperando o patamar dos 112 mil pontos. E dois setores em específico ajudam a impulsionar o principal índice da bolsa brasileira: o de siderurgia e mineração, com CSN (CSNA3), Usiminas (USIM5) e Gerdau (GGBR4) subindo forte, e o de tecnologia, com Positivo (POSI3) e Locaweb (LWSA3) também marcando presença entre as maiores altas do dia.
No caso das siderúrgicas e mineradoras, o catalisador veio do outro lado do mundo: a tonelada do minério de ferro negociado no porto chinês de Qingdao fechou o dia em alta de 3,86%, a US$ 141,15 — essa cotação é uma espécie de termômetro do mercado à vista dessa commodity. É o maior preço em quase um mês.
E minério de ferro em alta é sinônimo de aumento nas receitas das mineradoras; portanto, nada mais natural que companhias como Vale (VALE3) e CSN Mineração (CMIN3) reajam positivamente à notícia. Mas as siderúrgicas também se beneficiam desse quadro: com a commodity mais cara, o preço do aço também tende a subir.
CSN (CSNA3), Usiminas (USIM5) e Gerdau (GGBR4): o que explica?
E por que o minério de ferro voltou a níveis de preço que não eram vistos desde o começo de maio? Bem, a commodity já vem registrando uma recuperação em suas cotações nos últimos dias, em resposta à reabertura dos grandes centros urbanos da China — o país impôs lockdowns severos para conter novos surtos de Covid-19.
Hoje, especificamente, o mercado reagiu ao anúncio de um pacote de US$ 120 bilhões para reaquecer a atividade chinesa, com foco em obras de infraestrutura — o que deve elevar a demanda por minério de ferro e produtos siderúrgicos. O BC do país também lançou um programa para estabilizar o crescimento econômico e a inflação.
Veja abaixo a lista com as maiores altas do Ibovespa, por volta de 13h45:
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Empresa | Ação | Preço (R$) | Variação |
Positivo | POSI3 | 8,25 | +10,00% |
CSN Mineração | CMIN3 | 5,29 | +9,07% |
Embraer | EMBR3 | 13,71 | +6,78% |
Petz | PETZ3 | 12,83 | +6,47% |
Locaweb | LWSA3 | 6,89 | +5,51% |
Usiminas | USIM5 | 11,8 | +4,80% |
Dexco | DXCO3 | 11,67 | +4,66% |
CSN | CSNA3 | 23,21 | +4,64% |
Gerdau | GGBR4 | 30,33 | +4,26% |
Metalúrgica Gerdau | GOAU4 | 12,78 | +4,24% |
Positivo (POSI3) e Locaweb (LWSA3): recuperação tech
E as empresas de tecnologia? O que está por trás das fortes altas vistas nesta quinta-feira?
Mais uma vez, a resposta está no exterior, mas, dessa vez, nos Estados Unidos: por lá, o Nasdaq opera em alta de mais de 1,33%, sinalizando uma postura mais construtiva dos investidores em relação ao segmento tech. E esse bom humor também é sentido na B3.
Em linhas gerais, as ações de companhias de tecnologia têm sofrido bastante em 2022: a alta de juros é especialmente nociva para esse setor, dadas as incertezas maiores no curto prazo e o impacto nos fluxos de caixa num horizonte mais longo de tempo.
Mas, por mais que esse cenário de juros altos permaneça no horizonte, há sessões em que o mercado assume um viés não tão negativo — seja porque os dados econômicos são encorajadores, seja porque há uma percepção de desconto excessivo nesses papéis. E hoje, aparentemente, é um desses dias.
Sendo assim, Positivo (POSI3) dispara 10% e lidera a ponta positiva do Ibovespa, enquanto Locaweb (LWSA3) recupera parte do terreno perdido ao longo dos últimos meses — apesar da alta vista hoje, os papéis ainda acumulam perdas de mais de 47% desde o começo de 2022.
Embraer (EMBR3) é outra que se aproveita do embalo: a Eve, subsidiária voltada à fabricação de 'carros voadores' e que possui capital aberto nos EUA, é vista como uma empresa de tecnologia. Assim, como a empresa brasileira ainda é dona de 90% do negócio, a postura construtiva em relação ao segmento puxa seus papéis para cima.
Maiores quedas: IRB (IRBR3), Eneva (ENEV3), Hypera (HYPE3)
No lado negativo, não há grandes destaques: os papéis que operam no vermelho nesta quinta não têm grande peso na composição do Ibovespa e, assim, não representam um freio na tendência de alta do índice.
IRB (IRBR3) é o pior ativo da carteira nesta tarde, recuando mais de 2%; Eneva (ENEV3) e Hypera (HYPE3) vêm em sequência — esta última apresenta um movimento de realização de lucros após as altas da sessão anterior.
Vale lembrar que as ações HYPE3 avançaram 7,66% ontem, a R$ 41,76, e atingiram uma nova máxima histórica; o mercado comemorou o fechamento de um acordo de leniência com a Controladoria-Geral da União (CGU) para encerrar as investigações de pagamentos ilegais feitos por seus ex-funcionários a políticos entre 2013 e 2016.
Esse evento era visto por analistas como um enorme ponto de dúvida na tese de investimento de Hypera — havia dúvidas quanto ao montante a ser pago pela companhia e as eventuais punições a serem impostas. No entanto, o resultado foi considerado positivo e, com isso, as ações dispararam.
Veja as maiores quedas do índice hoje:
Empresa | Ação | Preço (R$) | Variação |
IRB | IRBR3 | 2,92 | -2,67% |
Eneva | ENEV3 | 14,94 | -2,48% |
Hypera | HYPE3 | 41,22 | -1,29% |
Localiza | RENT3 | 56,70 | -1,20% |
Unidas | LCAM3 | 25,21 | -1,02% |
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