Com a saída de Moro e Doria em xeque, mercado aposta últimas fichas em terceira via “aglutinada” nas eleições
Os ruídos em torno da corrida para ser o candidato alternativo não tiveram forças para mexer com a cabeça da Faria Lima, mas só se falou nisso e a eleição voltou a ser notícia

O dia começou agitado no front político com as notícias de que dois candidatos à presidente cotados como “esperança” para uma terceira via podem optar por sair da disputa – o ex-ministro da Justiça Sergio Moro e o atual governador de São Paulo, João Doria.
No caso de Moro, a desistência já é oficial. Segundo informações do jornal O Globo, o ex-ministro disputará a eleição para deputado federal, mas ainda resta definir se continuará no Podemos ou migrar para o União Brasil. Já Doria ainda não anunciou o seu destino, mas a imprensa se manteve confusa ao longo do dia sobre a permanência do governador na corrida.
Mas nada disso justifica o movimento instável do Ibovespa nesta quinta-feira (31). Para os analistas e economistas consultados pelo Seu Dinheiro, as atenções do mercado estão voltadas para os dois candidatos principais da disputa – o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o atual chefe do Planalto, Jair Bolsonaro.
Ou seja: os ruídos em torno da corrida para ser o candidato alternativo não tiveram forças para mexer com a cabeça da Faria Lima.
Para Camila Abdelmalack, economista-chefe da Veedha Investimentos, os olhos dos investidores ainda não se voltaram para o cenário de eleições e o pleito ainda não foi precificado pelos ativos. “O mercado local está com olhar voltado para a oportunidade de negócios que o conflito no leste europeu trouxe para as nossas ações e câmbio”.
O dia também foi marcado por dados inflacionários nos Estados Unidos e a preocupação com o rumo da política monetária global diante da continuidade da guerra na Ucrânia.
Leia Também
- MUDANÇAS NO IR 2022: baixe o guia gratuito sobre o Imposto de Renda deste ano e evite problemas com a Receita Federal; basta clicar aqui
Linhas alternativas se abrem
Os ruídos podem não ter feito preço na bolsa, já que o cenário-base segue sendo de polarização, mas abriram um leque de novas oportunidades e desfechos para os presidenciáveis e as chapas que podem ser montadas para rivalizar com Lula e Bolsonaro.
Com dois candidatos polarizando a disputa, uma terceira via só se torna ameaçadora se houver uma união de forças ao redor de um único candidato, é o que acredita Eduardo Cubas, sócio e head de alocação da Manchester Investimentos, e outros especialistas ouvidos nesta tarde. Por isso, eventuais desistências tendem a fortalecer a expectativa de que uma alternativa ganhe força e projeção nacional. Confira os demais nomes cotados para o comando do país:
- Lula (PT)
- Jair Bolsonaro (PL)
- Ciro Gomes (PDT)
- Eduardo Leite (PSDB)
- Simone Tebet (PMDB)
- André Janones (Avante)
- Felipe D'ávila (Novo)
- Leonardo Péricles (UP)
- Vera Lúcia (PSTU)
Se nos primeiros três meses do ano pouco se ouviu falar sobre a disputa política nos corredores do mercado, essa não deve ser a realidade do segundo trimestre do ano. Bruno Madruga, head de renda variável da Monte Bravo Investimentos, acredita que a discussão deve voltar a ganhar corpo e presença no mercado a partir do mês de abril, mesmo que uma terceira via com tração siga fora do radar.
Caso as desistências se confirmem, Nicolas Borsoi, economista-chefe da Nova Futura Investimentos, acredita que existem chances do mercado se “empolgar” com as maiores chances de um candidato de centro ser eleito, refletindo nos preços dos ativos.
Eduardo Leite: uma nova esperança?
Não foram apenas Sergio Moro e João Doria que dominaram as manchetes hoje. Com a potencial desistência de dois candidatos fortemente cotados para uma potencial terceira via, o ex-governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, ganhou mais fôlego entre o mercado e renovou a expectativa de que uma alternativa forte possa nascer.
Em novembro do ano passado, Doria derrotou Leite nas prévias que decidiram o candidato à presidência pelo PSDB. A disputa foi marcada por tensão e disputas internas dentro do partido.
Para Marcel Andrade, head de renda variável da Vitreo, o nome de Leite surge como uma alternativa que agrada o mercado e que poderia repercutir bem nos ativos domésticos. "Ele pegaria todos os votos do Moro, do Doria e até mesmo dos dois principais candidatos. Passaria facilmente o Ciro e poderia deixar o Bolsonaro fora do segundo turno".
Outro gestor lembra, no entanto, que para o mercado, as eleições para o Congresso podem ser ainda mais importantes do que a corrida para o Planalto. “Independente de quem ganhar, é o Centrão que vai governar e o presidente vai precisar do apoio desse bloco. Tem muita água para rolar, mas vai ser favorito quem tiver o melhor manejo e articulação”.
CEO da Embraer (EMBR3): tarifas de Trump não intimidam planos de US$ 10 bilhões em receita até 2030; empresa também quer listar BDRs da Eve na B3
A projeção da Embraer é atingir uma receita líquida média de US$ 7,3 bilhões em 2025 — sem considerar a performance da subsidiária Eve
Não foi só a queda do preço do petróleo que fez a Petrobras (PETR4) tombar ontem na bolsa; saiba o que mais pode ter contribuído
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, teria pedido à estatal para rever novamente o preço do diesel, segundo notícias que circularam nesta segunda-feira (7)
Prazo de validade: Ibovespa tenta acompanhar correção das bolsas internacionais, mas ainda há um Trump no meio do caminho
Bolsas recuperam-se parcialmente das perdas dos últimos dias, mas ameaça de Trump à China coloca em risco a continuidade desse movimento
Sem medo do efeito Trump: Warren Buffett é o único entre os 10 maiores bilionários do mundo a ganhar dinheiro em 2025
O bilionário engordou seu patrimônio em US$ 12,7 bilhões neste ano, na contramão do desempenho das fortunas dos homens mais ricos do planeta
Sem aversão ao risco? Luiz Barsi aumenta aposta em ação de companhia em recuperação judicial — e papéis sobem forte na B3
Desde o início do ano, essa empresa praticamente dobrou de valor na bolsa, com uma valorização acumulada de 97% no período. Veja qual é o papel
Ibovespa chega a tombar 2% com pressão de Petrobras (PETR4), enquanto dólar sobe a R$ 5,91, seguindo tendência global
O principal motivo da queda generalizada das bolsas de valores mundiais é a retaliação da China ao tarifaço imposto por Donald Trump na semana passada
Disputa aquecida na Mobly (MBLY3): Fundadores da Tok&Stok propõem injetar R$ 100 milhões se OPA avançar, mas empresa não está lá animada
Os acionistas Régis, Ghislaine e Paul Dubrule, fundadores da Tok&Stok, se comprometeram a injetar R$ 100 milhões na Mobly, caso a OPA seja bem-sucedida
Mark Zuckerberg e Elon Musk no vermelho: Os bilionários que mais perdem com as novas tarifas de Trump
Só no último pregão, os 10 homens mais ricos do mundo perderam, juntos, em torno de US$ 74,1 bilhões em patrimônio, de acordo com a Bloomberg
China não deixa barato: Xi Jinping interrompe feriado para anunciar retaliação a tarifas de Trump — e mercados derretem em resposta
O Ministério das Finanças da China disse nesta sexta-feira (4) que irá impor uma tarifa de 34% sobre todos os produtos importados dos EUA
Um café e um pão na chapa na bolsa: Ibovespa tenta continuar escapando de Trump em dia de payroll e Powell
Mercados internacionais continuam reagindo negativamente a Trump; Ibovespa passou incólume ontem
Brava (BRAV3) despenca 10% em meio à guerra comercial de Trump e Goldman Sachs rebaixa as ações — mas não é a única a perder o brilho na visão do bancão
Ações das petroleiras caem em bloco nesta quinta-feira (3) com impacto do tarifaço de Donald Trump. Goldman Sachs também muda recomendação de outra empresa do segmento e indica que é hora de proteção
Embraer (EMBR3) tem começo de ano lento, mas analistas seguem animados com a ação em 2025 — mesmo com as tarifas de Trump
A fabricante de aeronaves entregou 30 aviões no primeiro trimestre de 2025. O resultado foi 20% superior ao registrado no mesmo período do ano passado
Oportunidades em meio ao caos: XP revela 6 ações brasileiras para lucrar com as novas tarifas de Trump
A recomendação para a carteira é aumentar o foco em empresas com produção nos EUA, com proteção contra a inflação e exportadoras; veja os papéis escolhidos pelos analistas
Trump Day: Mesmo com Brasil ‘poupado’ na guerra comercial, Ibovespa fica a reboque em sangria das bolsas internacionais
Mercados internacionais reagem em forte queda ao tarifaço amplo, geral e irrestrito imposto por Trump aos parceiros comerciais dos EUA
Vale (VALE3) garante R$ 1 bilhão em acordo de joint venture na Aliança Energia e aumenta expectativa de dividendos polpudos
Com a transação, a mineradora receberá cerca de US$ 1 bilhão e terá 30% da nova empresa, enquanto a GIP ficará com 70%
Michael Klein de volta ao conselho da Casas Bahia (BHIA3): Empresário quer assumir o comando do colegiado da varejista; ações sobem forte na B3
Além de sua volta ao conselho, Klein também propõe a destituição de dois membros atuais do colegiado da varejista
Ex-CEO da Americanas (AMER3) na mira do MPF: Procuradoria denuncia 13 antigos executivos da varejista após fraude multibilionária
Miguel Gutierrez é descrito como o principal responsável pelo rombo na varejista, denunciado por crimes como insider trading, manipulação e organização criminosa
Em busca de proteção: Ibovespa tenta aproveitar melhora das bolsas internacionais na véspera do ‘Dia D’ de Donald Trump
Depois de terminar março entre os melhores investimentos do mês, Ibovespa se prepara para nova rodada da guerra comercial de Trump
Mais valor ao acionista: Oncoclínicas (ONCO3) dispara quase 20% na B3 em meio a recompra de ações
O programa de aquisição de papéis ONCO3 foi anunciado dias após um balanço aquém das expectativas no quarto trimestre de 2024
Ainda dá para ganhar com as ações do Banco do Brasil (BBAS3) e BTG Pactual (BPAC11)? Não o suficiente para animar o JP Morgan
O banco norte-americano rebaixou a recomendação para os papéis BBAS3 e BPAC11, de “outperform” (equivalente à compra) para a atual classificação neutra