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Renan Sousa
Renan Sousa
É repórter do Seu Dinheiro. Formado em jornalismo na Universidade de São Paulo (ECA-USP) e já passou pela Editora Globo e SpaceMoney.
Larissa Vitória
Larissa Vitória
É repórter do Seu Dinheiro. Formada em jornalismo na Universidade de São Paulo (ECA-USP), já passou pelo portal SpaceMoney e pelo departamento de imprensa do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT).
mercados hoje

Ibovespa recua 1,5% com fraqueza das commodities, rumores de greve dos caminhoneiros e adiamento das negociações entre Rússia e Ucrânia; dólar vai a R$ 5,13

Os investidores aproveitam a ‘maré verde’ antes da decisão de política monetária dos Bancos Centrais daqui e dos EUA

Renan SousaLarissa Vitória
14 de março de 2022
10:22 - atualizado às 16:01
Arte mostrando um homem segurando um cartão com uma bandeira do Brasil; no primeiro plano, um gráfico em queda, simbolizando o mau desempenho da bolsa e dos ativos brasileiros nos mercados internacionais, como o EWZ
Saiba o que movimenta Ibovespa, bolsas e o dólar hoje (14). Imagem: Shutterstock

Por mais um dia seguido, a guerra entre Rússia e Ucrânia é a força maior que movimenta o mercado. As negociações de cessar-fogo começaram nesta segunda-feira (14) e foram adiadas para amanhã. Mesmo com informações desencontradas, os investidores aguardam uma solução pacífica do conflito, o que sustentou o bom desempenho das bolsas internacionais pela manhã.

Nesse cenário, o Ibovespa abriu a sessão de hoje em alta, mas perdeu força durante a manhã e passou a cair 1,58%, aos 109.954 por volta das 16h. Enquanto isso, o dólar à vista iniciou o dia em alta e avança 1,55%%, negociado a R$ 5,132.

Na sessão da última sexta, o principal índice da B3 encerrou as negociações em baixa de mais de 2%, aos 111.331 pontos, enquanto a moeda norte-americana avançou para os R$ 5,05.

Confira como opera o mercado de juros futuros hoje:

AtivoNomeUltFech
DI1F23DI jan/2313,18%13,17%
DI1F25DI Jan/2512,58%12,48%
DI1F26DI Jan/2612,39%12,29%
DI1F27DI Jan/2712,36%12,25%

E um lembrete: a bolsa brasileira passa a fecha às 17h a partir de hoje. Entenda o porquê da mudança de horário.

Dia de commodities em foco na bolsa

Com as maiores empresas da bolsa relacionadas às matérias primas, o foco do dia vai para a fraqueza do petróleo e do minério de ferro.

O barril do Brent, utilizado como referência internacional e para a Petrobras (PETR4) opera em queda de 5,94%, negociado a US$ 105,98. Vale lembrar que a queda ocorre pouco menos de uma semana depois que o petróleo atingiu os US$ 130 por barril. 

A estatal brasileira fica em foco por mais um dia devido aos debates em torno dos combustíveis. Mesmo que o governo busque alternativas, como o abatimento de impostos e subsídios para gasolina e óleo diesel, os debates envolvendo a política de preços vão e voltam, o que influencia diretamente no desempenho dos papéis PTR3 e PETR4

Minério de ferro em queda livre

Além do petróleo, o minério de ferro também caiu para os US$ 143,70 a tonelada, o que representa uma queda de 7,33% no porto de Qingdao, na China. 

O gigante asiárico colocou a região de Shenzhen inteira em lockdown para tentar conter um surto de covid-19 na região.

A província com 17,5 milhões de habitantes também é a sede da Huawei e da Tencent, o que também afetou o desempenho do setor de tecnologia durante a madrugada no Brasil.

Sendo assim, as siderúrgicas da bolsa brasileira devem sofrer hoje, mesmo com o bom humor internacional.

Ameaças de greve dos caminhoneiros

Permanece no radar do mercado uma possível greve dos caminhoneiros em virtude alta do preço dos combustíveis. Mesmo com as tentativas do governo, o diesel deve subir cerca e R$ 0,60.

Durante o final de semana, algumas paralisações pontuais de poucos caminhoneiros chegaram a gerar preocupações, mas foram ativamente desfeitas pelos próprios profissionais.

De acordo com o líder da greve anterior, Wallace Landim “Chorão”, presidente da Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores (Abrava), não há um consenso na categoria para uma paralisação.

Bolsas à espera da 'Super Quarta'

A digestão do conflito entre Rússia e Ucrânia deve perder espaço no noticiário nos próximos dias. A "Super Quarta", como é chamado o dia em que tanto o Federal Reserve quanto o Banco Central do Brasil divulgam suas decisões de política monetária acontece nesta semana.

Nos Estados Unidos, além da pandemia e da alta da inflação, ainda existe a questão da guerra na Ucrânia, que pode fazer com que o presidente do Fed, Jerome Powell, seja mais brando no aperto econômico do que o necessário.

O que esperar do Federal Reserve

É preciso lembrar que a inflação nos EUA vem renovando máximas e já é a maior em 40 anos. Dessa forma, os analistas internacionais esperam que o Fed suba os juros em 0,25 pontos-base de acordo com o consenso do mercado. 

O que esperar do Banco Central do Brasil

Já em terras brasileiras o cenário é um pouco diferente. A alta do petróleo combustíveis, a inflação — que registrou novo recorde em fevereiro deste ano — e a perspectiva de uma eleição turbulenta em outubro formam o terreno perfeito para que a decisão do Copom seja mais pesada do que o esperado. 

É verdade que o BC tem exercido sua autonomia, elevando os juros sempre que necessário. Contudo, nunca de maneira a surpreender o mercado. 

Mas vale lembrar que sempre existe uma perspectiva de que a Selic suba além do consenso. Para esta reunião, os juros básicos devem sair de 10,75% para 11,75%, uma alta de 1 ponto-base — uma redução em relação às elevações anteriores.

Sobe e desde da bolsa

Confira as maiores altas do dia:

ATIVONomeUltVar
JHSF3JHSF ONR$ 5,095,82%
SANB11SANTANDER BR UNITR$ 33,613,96%
EZTC3EZTEC ONR$ 16,281,88%
ITUB4ITAU UNIBANCO PNR$ 25,231,57%
ABEV3AMBEV ONR$ 13,251,29%

Confira as maiores quedas do dia:

ATIVONomeUltVar
CSNA3SID NACIONAL ONR$ 24,23-6,38%
CMIN3CSN MINERAÇÃO ONR$ 26,06-5,90%
PRIO3PETRORIO ONR$ 23,41-6,02%
VALE3VALE ON R$ 91,80-5,16%
USIM5USIMINAS PNAR$ 14,02-4,88%

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