Banco do Brasil (BBAS3) está ‘ridiculamente barato’, diz Sara Delfim, da Dahlia
Analista e sócia-fundadora da Dahlia Capital, Sara Delfim retorna ao Market Makers ao lado de Ciro Aliperti, da SFA Investimentos, para detalhar suas teses de investimento
Se você acompanha o noticiário, já sabe que o Banco do Brasil (BBAS3) vem se destacando no setor bancário brasileiro neste ano.
Inclusive, o BB saiu da segunda temporada de balanços com honrarias, cumprindo a promessa de se equiparar a bancos privados em rentabilidade.
Desde o início do ano, a ação acumula alta acima de 40% na B3, mas será que os investidores estão surfando essa onda?
Bem, a Sara Delfim, da Dahlia Capital, sim, mas o Ciro Aliperti, da SFA Investimentos, já vendeu os papéis.
Os dois tiveram a oportunidade de voltar ao episódio #09 do Market Makers para expor suas principais teses de investimento. Eles já haviam participado do episódio #04, quando falaram principalmente de Sinqia (SQIA3) e Totvs (TOTS3).
O curioso é que o Banco do Brasil só foi mencionado por insistência do apresentador Thiago Salomão, que questionou os convidados sobre a atratividade do papel após os ótimos resultados. Para Sara, a ação do BB está “ridiculamente barata”.
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Abaixo, no texto, você pode conferir alguns detalhes do bate-papo. Se preferir, a íntegra da entrevista também está disponível no Spotify:
Banco do Brasil = qualidade
“A gente tem Banco do Brasil, mas tinha evitado falar porque fica essa chatice de ‘ah, mas é estatal, e a eleição e blá-blá-blá’. Mas a gente pegou essa alta do BB, que tá ridiculamente barato”, explicou Sara.
A analista e sócia-fundadora da Dahlia reforça o coro dos que veem uma oportunidade de investir no banco estatal. Nesta semana, o Itaú BBA, inclusive, revisou o preço-alvo da ação para cima e reiterou a recomendação de compra.
Sara ressaltou no Market Makers a qualidade da carteira do BB e disse que não havia motivo para o banco público estar sendo negociado abaixo da média dos privados só porque é estatal.
“A gente não está indo de uma democracia para uma ditadura”, disse, referindo-se às eleições. “Tem coisas que você tem que deixar de lado a emoção, o barulho, a eleição e ir para o que, de fato, está acontecendo”.
Aliperti concordou com Sara, mas disse que vendeu a posição que tinha em Banco do Brasil após a publicação dos resultados do segundo trimestre.
Além do BB
Além do Banco do Brasil (BBAS3), os convidados também explicaram suas teses para Bradesco (BBDC4), Itaú (ITUB4) e BTG Pactual (BPAC11).
Aliperti tem uma predileção pelo Itaú, motivada pela transformação digital do banco. Ele explica que o Itaú sempre operou com um ‘prêmio’ em relação ao Bradesco na bolsa e o gestor acredita que esse prêmio fique ainda maior nos próximos 10 anos.
“O Itaú sempre foi mais vanguardista, enquanto o Bradesco sempre se sentiu confortável de fazer o passo depois”, analisou o gestor. “Ele está num movimento estratégico de digitalização e passa por uma mudança cultural muito forte”.
Sara, por sua vez, prefere o Bradesco devido a uma tese macro da casa de que o consumo das famílias e o Produto Interno Bruto (PIB) tendem a melhorar. E o Bradesco, por ter uma carteira de crédito ao consumidor relevante, estaria bem posicionado para aproveitar esse ciclo.
Ela também vê BTG Pactual com bons olhos, já que, num futuro próximo no qual a inflação perde ímpeto, os juros devem cair e tornar o ambiente de negócios mais amigável ao mercado de capitais. Assim, o BTG, sendo o principal coordenador de ofertas públicas iniciais (IPO), deve se beneficiar.
Diversificação de setores
Mas se você acha que o episódio #09 do Market Makers só falou de bancos, está enganado. Ciro Aliperti explicou detalhadamente uma outra posição que hoje é responsável por 15% da sua carteira: a Porto Seguro (PSSA3).
Além disso, Sara esmiuçou a tese de investimento em Lojas Renner (LREN3), cuja ação foi muito “amassada” na pandemia.
Para saber mais sobre as carteiras de investimento dos convidados, confira o episódio na íntegra. Você também pode assistir ao episódio #09 do Market Makers no YouTube:
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