Depois de sustentar alta de mais de 1% ao longo de toda a sessão, o Ibovespa encerrou a sessão com avanço de 0,98%, aos 113.406 pontos.
Bolsa hoje: Ibovespa desacelera alta e dólar cai abaixo dos R$ 5,10; Magazine Luiza (MGLU3) lidera ganhos
RESUMO DO DIA: As bolsas internacionais operam em alta nesta segunda-feira (12), sem negociações na China em razão de feriado local. Os investidores aguardam o índice de preços ao consumidos (CPI) nos EUA, que será divulgado amanhã. Com a agenda cheia no cenário doméstico, o Ibovespa deve reagir à deflação da primeira prévia do IGP-M em setembro.
Acompanhe por aqui o que mexe com a bolsa, o dólar e os demais mercados hoje, além das principais notícias do dia.
O dólar à vista encerrou o dia em queda de 0,98%, a R$ 5,0974
O barril do Brent encerrou a sessão em alta de 1,25%, a US$ 94.
“Um mal necessário”: é assim que os analistas avaliam a notícia que a Iguatemi (IGTI11) fará um follow-on de até R$ 825 milhões para que a companhia seja a única dona do shopping JK Iguatemi.
Sobre o negócio em si, há poucos questionamentos. A empresa concordou em pagar R$ 667 milhões por uma fatia adicional de 36% do shopping. Após a conclusão da transação, a Iguatemi passará a deter 100% do ativo.
Antes da divulgação de dados de inflação dos Estados Unidos, os investidores aproveitam para renovar as máximas das últimas duas semanas. Os principais destaques são os setores de energia, que pega carona com a alta do petróleo, e o de tecnologia, que acompanha a queda dos rendimentos dos títulos do Tesouro americano. Confira:
- Nasdaq: +1,07%
- S&P 500: +0,96%
- Dow Jones: +0,61%
O apetite por risco que toma conta do mercado beneficia principalmente as ações do Magazine Luiz (MGLU3). Os papéis da varejistas lideram os ganhos do Ibovespa, de olho nos indicadores de inflação que serão divulgados nos próximos dias. Acompanhe:
CÓDIGO | NOME | ULT | VAR |
MGLU3 | Magazine Luiza ON | R$ 4,76 | 8,68% |
ECOR3 | Ecorodovias ON | R$ 6,60 | 7,84% |
LWSA3 | Locaweb ON | R$ 9,79 | 5,61% |
WEGE3 | Weg ON | R$ 32,10 | 5,42% |
POSI3 | Positivo Tecnologia ON | R$ 12,26 | 4,70% |
Após a forte queda da semana passada, o mercado de juros volta a apresentar tendência de alta. Apesar da queda do IGP-M, os investidores repercutem uma piora nas projeções para a inflação oficial, o IPCA, no relatório Focus que foi divulgado nesta segunda-feira (12).
CÓDIGO | NOME | ULT | FEC |
DI1F23 | DI jan/23 | 13,74% | 13,73% |
DI1F24 | DI jan/24 | 13,02% | 12,94% |
DI1F25 | DI Jan/25 | 11,75% | 11,67% |
DI1F26 | DI Jan/26 | 11,45% | 11,38% |
DI1F27 | DI Jan/27 | 11,35% | 11,30% |
Fora do Ibovespa, as ações da Gradiente (IGBR3) disparam quase 40%.
O controlador da IGB/Gradiente (IGBR3) quer fazer uma OPA para fechar o capital da empresa, podendo pagar um prêmio de até 55% nos papéis.
De um lado, a chance de realizar lucros relevantes com o eventual fechamento de capital da companhia; do outro, a possibilidade de um ganho ainda maior caso a Gradiente vença um processo contra a Apple que envolve o uso da marca iPhone.
- Frankfurt: +2,39%
- Londres +1,69%
- Paris: +1,95%
- Stoxx-600: +1,72%
A Ecorodovias está entre as maiores altas do dia, com ganhos acima dos 7% , repetindo o bom desempenho da semana passada — de +6,38%.
Por volta das 12h30, os papéis ECOR3 operam em alta de 6,21%, negociados a R$ 6,49.
A movimentação ainda é uma reação dos investidores aos dados operacionais de agosto, divulgados na última quinta-feira (8). O volume de tráfego de veículos pesados e leves nas rodovias sob concessão da companhia aumentou 4,1% no mês comparado ao mesmo período do ano anterior.
No ano, a quantidade de veículos que passaram pelas rodovias da concessionária aumentou 6,3% em comparação com 2021.
Apesar disso, os papéis da ECOR3 acumulam perdas de 8,70% no ano.
O Bank of America (BofA) retomou a cobertura das ações do setor de transportes e recomenda compra para a Ecorodovias, com preço-alvo de R$ 11,10 — uma valorização de cerca de 55% em relação ao fechamento do dia anterior.
A compra da totalidade do shopping JK Iguatemi e o anúncio do follow on que irá financiar a transação mexe com os papéis do Iguatemi (IGTI11) nesta segunda-feira. A intenção foi anunciada pela empresa na última sexta-feira.
As units da administradora de shoppings recua 0,80%, a R$ 19,80.
O apetite do Mubadala é muito maior do que os analistas acreditavam. O fundo soberano dos Emirados Árabes Unidos acaba de aumentar sua oferta pelas operações da Zamp (BKBR3), dona do Burger King no Brasil.
Provando que seu apetite pelo negócio é alto, o Mubadala aumentou em 10,1% o preço por ação em uma nova proposta.
SAIBA POR QUANTO DEVE SAIR CADA AÇÃO
A deflação do IGP-M na primeira prévia em setembro, o maior apetite por risco no exterior e melhores projeções para o IPCA e PIB do mercado, segundo o boletim Focus, impulsionam os setores mais sensíveis ao juros na bolsa brasileira.
Entre eles, o setor de varejo. A Magazine Luiza (MGLU3) lidera os ganhos do Ibovespa nesta segunda-feira (12).
CÓDIGO | NOME | ULT | VAR |
MGLU3 | Magazine Luiza ON | R$ 4,64 | 5,94% |
ECOR3 | Ecorodovias ON | R$ 6,47 | 5,72% |
ALPA4 | Alpargatas PN | R$ 23,03 | 4,82% |
VIIA3 | Via ON | R$ 3,40 | 4,29% |
POSI3 | Positivo Tecnologia ON | R$ 12,20 | 4,18% |
A Vamos (VAMO3) anunciou há pouco que pretende captar até R$ 1,050 bilhão com uma oferta de ações.
Uma das poucas “sobreviventes” da última safra de IPOs na B3, a Vamos pretende usar os recursos da oferta para ampliar a frota.
A empresa do grupo de logística Simpar (SIMH3) reina absoluta nesse mercado com 35 mil unidades, o equivalente a 85% do mercado.
As bolsas americanas começaram a operar em alta, acompanhando os índices futuros no pré-mercado.
Com apetite maior por risco, os investidores estão de olho nos dados de inflação (CPI, na sigla em inglês), que serão divulgados amanhã (13). A expectativa é que o CPI aponte uma deflação.
- Dow Jones: +0,41%;
- S&P 500: +0,59%;
- Nasdaq: +0,64%.
A deflação do IGP-M na primeira prévia de setembro, que em linhas gerais indica um alívio nos juros, impulsiona a alta no Ibovespa acima do 1% nesta segunda-feira.
O bom desempenho é alavancado pelos setores de consumo, que são os mais sensíveis aos juros.
Além disso, a valorização do petróleo no cenário internacional se reflete nas ações das petroleiras.
Confira as maiores altas:
CÓDIGO | NOME | ULT | VAR |
ECOR3 | Ecorodovias ON | R$ 6,41 | 4,74% |
QUAL3 | Qualicorp ON | R$ 9,71 | 3,85% |
VIIA3 | Via ON | R$ 3,38 | 3,68% |
POSI3 | Positivo Tecnologia ON | R$ 12,11 | 3,42% |
NTCO3 | Natura ON | R$ 16,68 | 3,22% |
E as maiores quedas do dia:
CÓDIGO | NOME | ULT | VAR |
CCRO3 | CCR ON | R$ 14,24 | -1,11% |
VIVT3 | Telefônica Brasil ON | R$ 42,42 | -0,86% |
RAIL3 | Rumo ON | R$ 20,58 | -0,72% |
ABEV3 | Ambev ON | R$ 15,65 | -0,45% |
RADL3 | Raia Drogasil ON | R$ 22,65 | -0,44% |
A bolsa brasileira inicia a semana em alta e acompanha o exterior, que está de olho na inflação e na política monetária dos bancos centrais.
Contudo, o destaque do dia é o cenário doméstico. Mais cedo, a FGV divulgou a primeira prévia do Índice Geral de Preços (IGP-M) de setembro. O IGP-M recuou 0,80%, ante 0,88% na mesma prévia em agosto.
No cenário internacional, os investidores mantêm o apetite por risco, à espera do Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) nos EUA, que será divulgado nesta terça-feira (13).
O dado é um dos mais relevantes para a decisão de nova alta na taxa de juros pelo Federal Reserve (Fed), já dada como certa pelo presidente do Fed, Jerome Powell.
A expectativa do mercado é de que o CPI dos EUA indique uma deflação, na ordem de 0,1%.
Vale ressaltar que, nesta segunda-feira, o petróleo tipo Brent valoriza a 2,12%, negociado a US$ 94,81.
O Ibovespa começa o pregão em tom positivo com alta de 1,25%, aos 113.708 pontos. O bom desempenho acompanha o ritmo do exterior, que também opera em alta.
No mesmo horário, o dólar à vista recua 0,29%, negociado a R$ 5,1322.
Após elevar 0,75 ponto percentual na última quinta-feira (8), o Banco Central Europeu (BCE) deve continuar o ritmo de altas na tentativa de conter a inflação.
Mais cedo, a dirigente do BCE, Isabel Schnabel, disse que a autoridade monetária pode “aumentar ainda mais as taxas de juros que assegurem o regresso da inflação à meta de médio prazo de 2%”.
O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) na Zona do Euro atingiu a taxa anual de 9,1% em agosto.
O Ibovespa futuro abre em alta de 0,43%, aos 114.050 ponto após a primeira prévia do IGP-M de setembro mantém o ritmo de deflação, iniciada no mês anterior.
No mesmo horário, o dólar à vista abriu em queda de 0,43%, cotado a R$ 5,1250.
O Índice Geral de Preços (IGP-M) recuou 0,80% na primeira prévia de setembro. O dado foi divulgado mais nesta manhã pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).
A deflação deste mês acompanha o IGP-M do mês anterior, que, em linhas gerais, seguem no mesmo patamar. Em agosto, o índice registrou queda de 0,88% na mesma prévia.
Por fim, o recuo representa o alívio nos juros do país.
Confira o Boletim Focus desta segunda-feira (12) com as projeções do mercado para indicadores da economia local:
Inflação
- IPCA para 2022: de 6,61% para 6,40% (↓)
- IPCA para 2023: de 5,27% para 5,17%(↓)
Atividade econômica
- PIB para 2022: de 2,26% para 2,39% (↑)
- PIB para 2023: de 0,47% para 0,50% (↑)
Dólar
- Câmbio para 2022: permanece em R$ 5,20 (=)
- Câmbio para 2023: permanece em R$ 5,20 (=)
Juros
- Selic/22: permanece em 13,75% (=)
- Selic/23: permanece em 11,25% (=)
- Dow Jones futuro: +0,24%;
- S&P 500 futuro: +0,46%;
- Nasdaq futuro: +0,52%
- Euro Stoxx 50: -2,24%
- Xangai (China): Não abre (feriado local);
- Nikkei (Japão): +1,16% (fechado)
- Petróleo Brent: US$ 93,55 (+0,76%)
- Minério de ferro (Dalian, China): Não abre (feriado local).
Bom dia! A esperança é a última que morre. O ditado popular dispensa gracejos infames e cai como uma luva sobre o ânimo dos investidores neste início de semana.
Afinal, é a esperança dos investidores de que os sinais de desaceleração da alta dos preços possam amolecer o coração dos diretores do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) que impulsiona as bolsas nesta segunda-feira (12).
Na verdade, os ativos de risco de modo geral se beneficiam desse alívio momentâneo: as criptomoedas também sobem nesta manhã, com o bitcoin (BTC) recobrando o patamar de US$ 22 mil e o ethereum (ETH) na casa dos US$ 1.700.
Já no mercado tradicional, as bolsas de valores da Europa abriram em forte alta e os índices futuros de Nova York sinalizam a continuidade do rali observado na reta final da semana passada.
Até o euro, que anda sofrendo nos últimos meses, voltou a abrir uma margem relativamente confortável acima da paridade com o dólar.
Tudo por causa de algo que nem vai acontecer hoje. Os investidores preparam-se para a divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) norte-americano em agosto.
Mas o anúncio está previsto apenas para amanhã.
A expectativa é de que o CPI continue mostrando desaceleração da alta dos preços nos Estados Unidos.
Os números de agosto são os últimos dados do quebra-cabeças inflacionário a ser levado em consideração pelos diretores do Fed na reunião de política monetária, que vai acontecer apenas no meio da semana que vem.
Mesmo que a desaceleração se confirme, ela não deve alterar a projeção de mais uma alta de 0,75 ponto porcentual na taxa básica de juro nos EUA na semana que vem.
Entretanto, tal leitura servirá como um estímulo à esperança dos investidores de que o Fed possa sinalizar uma postura mais branda em relação aos próximos passos da política monetária norte-americana.
Os investidores temem que o agressivo aperto monetário promovido pelo Fed nos últimos meses acabe por transformar a desaceleração da economia norte-americana em recessão.
De qualquer modo, não vai ser fácil antecipar o que se passa na cabeça dos diretores do Fed.
Eles já estão no chamado “período de silêncio” e não devem oferecer pistas muito claras antes da reunião da semana que vem.
Por aqui, os destaques dos próximos dias incluem a prévia do PIB, medida pelo IBC-Br, e a proximidade do primeiro turno das eleições — com o acirramento da disputa política.
No pregão da última sexta-feira (09) o Ibovespa encerrou a sessão com ganhos de 2,17%, aos 112.300 pontos, um avanço de 1,30% na semana.
E depois de alcançar as máximas de mais de 20 anos frente a uma cesta de moedas fortes, os últimos dias foram de depreciação para o dólar à vista.
Naquele mesmo dia, a divisa teve queda de 1,13%, a R$ 5,1476 — o recuo foi de 0,72% nos últimos pregões.