Ibovespa fechou o dia em alta de 1,46%, aos 110.235 pontos
Bolsa hoje: Ibovespa segue otimismo do exterior após inflação dos EUA e opera em alta de 1%; juros cai e dólar acelera perdas
RESUMO DO DIA: Um otimismo cauteloso prevalece nas bolsas norte-americanas antes da divulgação dos dados da inflação de julho nos Estados Unidos, enquanto Ibovespa acompanha os números do varejo brasileiro
Acompanhe por aqui o que mexe com a bolsa, o dólar e os demais mercados hoje, além das principais notícias do dia.
Dólar à vista encerrou o dia em queda de 0,87%, a R$ 5,0850.
Enquanto boa parte das ações das novatas amarga perdas pesadas, gestores e analistas avaliam que é possível separar o joio do trigo e encontrar ativos de qualidade por um preço baixo; confira as principais apostas
Um dos maiores vilões dos últimos meses parece estar perdendo força — pelo menos de acordo com os indicadores de julho.
Ontem, no Brasil, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou a maior deflação mensal desde o início da série histórica, surpreendendo o mercado. Hoje, foi a vez do indicador de preços americano surpreender — o CPI (índice de preços ao consumidor, na sigla em inglês) ficou estável de junho para julho, contra previsão de alta de 0,2% na base mensal, segundo dados do Departamento de Trabalho dos EUA
Para os investidores, o sinal de que o dragão da inflação perde força injeta otimismo nos mercados. Isso porque as taxas de juros na terra do Tio Sam podem não subir tanto quanto o mercado já estava projetando.
Apesar de alguns analistas indicarem que ainda é cedo para cravar que a alta dos preços já passou do seu pior momento, hoje o dia é de apetite por risco, antecipando os próximos passos do Federal Reserve.
Na B3, temos quase que um espelho de Wall Street. Vale lembrar que ontem, além do IPCA melhor do que o esperado, também tivemos a divulgação da ata da última reunião do Copom, com sinais mais claros de que o fim de aperto monetário no Brasil realmente chegou ao fim.
Com projeções mais otimistas para a Selic e também para a taxa de juros americana, os principais contratos de DI operam em forte queda — e contribuem para que alguns setores descontados da bolsa de valores apresentem ganhos acima da média dos últimos dias.
É o caso de empresas como a Yduqs (YDUQ3), Totvs (TOTS3) e IRB (IRBR3), beneficiadas pela desinclinação na curva de juros, a forte alta do setor de tecnologia em Wall Street e o maior apetite por risco. Já no caso da JHSF (JHSF3), os papéis repercutem os bons números apresentados pela Cury (CURY3) no segundo trimestre. Confira:
CÓDIGO | NOME | ULT | VAR |
YDUQ3 | Yduqs ON | R$ 16,62 | 10,43% |
TOTS3 | Totvs ON | R$ 30,84 | 9,75% |
IRBR3 | IRB ON | R$ 2,42 | 8,04% |
JHSF3 | JHSF ON | R$ 6,38 | 8,14% |
SOMA3 | Grupo Soma | R$ 11,99 | 8,31% |
O Nubank conseguiu autorização para criar uma instituição financeira na Colômbia, a Nu Colômbia.
Desta forma, poderá oferecer no país vizinho — e terra natal do cofundador do Nubank, David Vélez — uma série de produtos financeiros, incluindo contas de depósito.
Além do balanço da Cury (CURY3) ter agradado, o apetite pelos papéis de outras construtoras é alimentado pelo arrefecimento da inflação em julho e pelas perspectivas do fim da alta da taxa Selic. principalmente após a inflação americana também dar sinais de melhora.
No Ibovespa, o principal destaque é a JHSF (JHSF3), que sobe mais de 10%
A inflação abaixo do esperado nos Estados Unidos e a perspectiva de um aperto monetário mais suave por parte do Federal Reserve também reflete na curva de juros brasileira.
Confira:
CÓDIGO | NOME | ULT | FEC |
DI1F23 | DI jan/23 | 13,70% | 13,72% |
DI1F25 | DI Jan/25 | 11,72% | 11,90% |
DI1F26 | DI Jan/26 | 11,48% | 11,69% |
DI1F27 | DI Jan/27 | 11,52% | 11,72% |
- Frankfurt: +1,31%
- Londres: +0,41%
- Paris: +0,71%
- Stoxx-600: +0,82%
O bilionário Elon Musk desovou recentemente 7,92 milhões de ações da Tesla, empresa da qual é CEO. O valor da operação? US$ 6,88 bilhões. O motivo? Elon Musk quer se precaver para a possibilidade de ser forçado a cobrir sua oferta pelo Twitter.
O TC (TRAD3) — antigo Traders Club — anunciou nesta quarta-feira (10) a compra dos fundos e de todas as marcas da Pandhora Investimentos por R$ 15 milhões.
O negócio ainda depende de algumas aprovações para sair do papel e esse valor também pode ser revisto de acordo com metas a serem alcançadas, com possibilidade de pagamento em dinheiro ou ações ordinárias do TC (TRAD3).
Confira as maiores altas do dia:
CÓDIGO | NOME | ULT | VAR |
HAPV3 | Hapvida ON | R$ 6,99 | 7,87% |
PETZ3 | Petz ON | R$ 11,66 | 7,17% |
SOMA3 | Grupo Soma | R$ 11,82 | 6,78% |
LWSA3 | Locaweb ON | R$ 9,37 | 6,48% |
IRBR3 | IRB ON | R$ 2,38 | 6,25% |
Confira também as maiores quedas:
CÓDIGO | NOME | ULT | VAR |
CPLE6 | Copel PN | R$ 7,13 | -2,46% |
PETR4 | Petrobras PN | R$ 36,64 | -1,58% |
PETR3 | Petrobras ON | R$ 39,29 | -1,41% |
SUZB3 | Suzano ON | R$ 48,70 | -0,75% |
KLBN11 | Klabin units | R$ 19,71 | -0,35% |
A inflação melhor do que o esperado nos Estados Unidos embala as bolsas americanas e leva os principais índices a ter ganhos na casa dos 2%.
A XP Investimentos, no entanto, não tem a mesma sorte. As ações caem mais de 6% após a divulgação do balanço do segundo trimestre, realizado ontem.
A receita líquida da XP no segundo trimestre somou R$ 3,4 bilhões, o que representa uma alta de 14% na comparação anual e de 10% em relação ao primeiro trimestre, mas ativos sob custódia e captação voltaram a cair
O otimismo reinou nos mercados globais depois que o Departamento de Trabalho dos EUA surpreendeu positivamente com os novos dados de inflação.
As bolsas no exterior, que estavam tomadas por um bom humor cauteloso pela manhã, decidiram curtir o CPI melhor que o esperado e intensificar os ganhos esta quarta-feira.
Por volta das 10h10, o Dow Jones subia 1,25%, acompanhado pelo S&P 500, com avanço de 1,64%, o Nasdaq, que registra alta de 2,28%, e até mesmo pelo Euro Stoxx 50, que avançava 0,76%.
Até mesmo os contratos futuros do petróleo foram contagiados pela euforia das bolsas e diminuíram a queda acentuada que registravam pela manhã. O Brent para outubro opera leve baixa de 0,01%, cotado a US$ 96,30 o barril.
Animado pelo apetite por risco internacional, o Ibovespa encerrou os leilões de abertura com alta de 0,38%, aos 109.060 pontos.
No mesmo horário, o dólar à vista era negociado em desvalorização de 1,36%, cotado a R$ 5,0538.
Com apetite por risco renovado, o Ibovespa futuro acelerou os ganhos após os dados de inflação nos Estados Unidos.
Por volta das 09h40, o índice avançava 1,36%, aos 110.605 pontos.
Por sua vez, o dólar à vista acentuou a queda para 1,12%, negociado a R$ 5,0664.
A inflação nos Estados Unidos ficou estável de junho para julho, contra previsão de alta de 0,2% na base mensal, segundo dados do Departamento de Trabalho dos EUA.
O CPI, como é chamado o índice de preços ao consumidor norte-americano, subiu 8,5% em julho em relação ao mesmo período do ano passado.
O número veio levemente abaixo do esperado pelos analistas, que projetavam que a inflação desacelerasse a 8,7% na comparação ano a ano.
“Apesar de o CPI não balizar as decisões de política monetária do Fed, ele é um grande antecedente do PCE, então esse resultado foi importante para segurar as expectativas”, disse André Coelho, analista da Ativa.
O analista explica que os novos dados de inflação na terra do Tio Sam ajudam a diminuir as chances de o banco central norte-americano elevar os juros em 75 bps na próxima reunião, em setembro.
As vendas do varejo brasileiro caíram 1,4% de maio para junho, na segunda retração consecutiva do setor, de acordo com dados do IBGE divulgados hoje.
Na comparação com junho do ano passado, as vendas recuaram 0,3%.
Segundo o levantamento, sete das oito atividades do setor recuaram na comparação mensal, com destaque para o segmento de tecidos, vestuário e calçados, com queda de 5,4%.
A única atividade que avançou de maio para junho foi a de artigos farmacêuticos, que subiu 1,3%, puxada pelos altos preços dos medicamentos.
O Ibovespa futuro abriu a sessão desta quarta-feira perto da estabilidade, com leve queda de 0,09%, aos 109.025 pontos.
Minutos depois, o índice passou a registrar ganhos moderados, com alta de 0,24% por volta das 09h06, aos 109.385 pontos.
Por sua vez, o dólar à vista começou o dia em baixa de 0,22% no mesmo horário, cotado a R$ 5,1124.
O nosso colunista Nilson Marcelo identificou uma oportunidade de swing trade na B3 hoje para lucrar 5%: compra dos papéis da Iochpe-Maxion (MYPK3).
Os índices futuros de Nova York operam em leve alta diante da expectativa de que o CPI, como é chamado o índice de preços ao consumidor norte-americano, tenha desacelerado em julho.
Na Europa, as bolsas de valores operam sem uma direção clara, com os investidores também à espera dos números da inflação nos Estados Unidos.
Quem não teve um bom fechamento nesta quarta-feira (10) foram as bolsas da Ásia e Pacífico, que fecharam em queda devido à inflação da China, publicada na noite de ontem.
Confira aqui:
- Dow Jones futuro: +0,20%
- S&P 500 futuro: +0,23%
- Nasdaq futuro: +0,28%
- Euro Stoxx 50: -0,09%
- Xangai (China): -0,54% (fechado)
- Nikkei (Japão): -0,65% (fechado)
- Petróleo Brent: US$ 94,61 (-1,77%)
- Minério de ferro (Dalian, China): US$ 131,95 (-1,70%)
Bom dia!
Um otimismo cauteloso prevalece nas bolsas norte-americanas antes da divulgação dos dados da inflação de julho nos Estados Unidos.
Uma eventual queda de preços por lá atenua — ainda que de maneira provisória —os temores de uma recessão em um momento no qual o mercado de trabalho dos EUA continua aquecido.
Em junho, a inflação norte-americana atingiu 9,1%. A expectativa dos analistas é de que a alta dos preços desacelere a 8,7% em julho.
Caso isso se confirme, o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) ganha espaço para manter uma postura mais agressiva de política monetária — o que não deve trazer bons ventos para as bolsas pelo mundo.
Com o foco do exterior no CPI dos Estados Unidos hoje, o investidor local acompanha os números do varejo brasileiro, divulgados a partir das 9h.
Confira o que movimenta o dia das bolsas, do dólar e do Ibovespa hoje.