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Renan Sousa
Renan Sousa
É repórter do Seu Dinheiro. Formado em jornalismo na Universidade de São Paulo (ECA-USP) e já passou pela Editora Globo e SpaceMoney.
Larissa Vitória
Larissa Vitória
É repórter do Seu Dinheiro. Formada em jornalismo na Universidade de São Paulo (ECA-USP), já passou pelo portal SpaceMoney e pelo departamento de imprensa do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT).
MERCADOS AO VIVO

Bolsa hoje: Ibovespa recua 2% e dólar desce a R$ 5,22 com sinalização do fim do aperto na Selic; Méliuz (CASH3) e Magalu (MGLU3) lideram altas do índice

Renan SousaLarissa Vitória
4 de agosto de 2022
9:04 - atualizado às 17:54

RESUMO DO DIA: As bolsas internacionais reagem à decisão de juros do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês). A autoridade monetária elevou os juros em 50 pontos-base e os dirigentes do BC por lá projetarem recessão. Nos Estados Unidos, o clima é propício para recolher os cacos após a visita de Nancy Pelosi a Taiwan. Por aqui, o Ibovespa reage à decisão do nosso Banco Central sobre os juros.

Acompanhe por aqui o que mexe com a bolsa, o dólar e os demais mercados hoje, além das principais notícias do dia.

FECHAMENTO DO DIA

Se existisse uma Rádio Ibovespa, ela tocaria apenas uma música nesta quinta-feira (4). “Tu vens, tu vens. Eu já escuto os teus sinais” — os famosos versos da canção de Alceu Valença seriam ouvidos durante todo o pregão.

A voz do Banco Central sussurrou ontem no ouvido do mercado indicando que, depois de 12 elevações consecutivas, o ciclo de alta da Selic finalmente está chegando ao fim. E a anunciação provocou um otimismo generalizado no mercado hoje.

Veja tudo o que movimentou os mercados nesta quinta-feira, incluindo os principais destaques do noticiário corporativo e as ações com o melhor e o pior desempenho do Ibovespa.

IBOVESPA NAS ALTURAS

Mesmo com a aproximação do fim do pregão, o Ibovespa não dá sinais de que irá desacelerar nesta quinta-feira (4).

Por volta das 16h25, o índice avançava 2,30%, a 106.158 pontos. O dólar à vista, por sua vez, recuava 1,16%, a R$ 5,2167.

PETRÓLEO EM QUEDA

Com os temores de recessão global renovados, o preço do petróleo caiu nesta quinta-feira (4).

O contrato WTI para setembro registrou queda de 2,34%, a US$ 88,54 o barril.

Já o petróleo Brent para outubro recuou 2,75%, a US$ 94,12 o barril

SOBE E DESCE DO IBOVESPA

Em dia de otimismo generalizado, as techs, as varejistas, as áreas e as construtoras são os principais destaques do Ibovespa.

Confira as maiores altas do índice:

CÓDIGO NOME ULT VAR
CASH3 Meliuz ON R$ 1,30 15,04%
MGLU3 Magazine Luiza ON R$ 3,35 14,33%
MRVE3 MRV ON R$ 11,41 14,33%
QUAL3 Qualicorp ON R$ 11,81 13,89%
GOLL4 Gol PN R$ 9,90 13,66%

Veja também as maiores quedas do Ibovespa:

CÓDIGO NOME ULT VAR
BRFS3 BRF ON R$ 16,67 -2,11%
JBSS3 JBS ON R$ 31,17 -1,67%
PRIO3 PetroRio ON R$ 23,38 -1,60%
BEEF3 Minerva ON R$ 12,66 -1,56%
MRFG3 Marfrig ON R$ 13,10 -1,06%
NOVA MÁXIMA — DE NOVO

O Ibovespa acelerou a alta no início da tarde de hoje e tocou o patamar de 106 mil pontos, aos 106.038 — um avanço de 2,18%.

RENOVANDO A MÁXIMA

Perto das 14h20, o Ibovespa renovou as máximas do dia. Com altas expressivas em diversos setores, como o varejo, techs, aéreas e construtoras, o índice avançava 2,05%, a 105.901 pontos.

O dólar à vista caminha na direção oposta. No mesmo horário, a moeda norte-americana recuava 1,35%, a R$ 5,2081.

 

VOANDO MAIS ALTO

Os resultados da Embraer (EMBR3) referentes ao segundo trimestre deste ano empolgam os investidores no pregão de hoje, que enxergam um céu cada vez mais limpo para a fabricante de aeronaves após o baque causado pela pandemia no setor.

Por volta das 14h, as ações subiam 5,8%, cotadas a R$ R$ 13,32.

SAIBA MAIS AQUI
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FECHAMENTO DA EUROPA

Impulsionado pelo bom desempenho das varejistas, o Ibovespa inicia a tarde desta quinta-feira (4) em alta.

Por volta das 13h20, o índice avançava 1,48%, aos 105.312
pontos. O dólar à vista, por outro lado, recuava 1,35%, a R$ 5,2075.

Confira também o fechamento das bolsas da Europa:

  • Frankfurt: +0,55%
  • Londres: +0,03%
  • Paris: +0,64%
  • Stoxx-600: +013%
AÉREAS EM ALTA

As companhias aéreas aparecem entre os destaques positivos do Ibovespa nesta quinta (4): a Gol (GOLL4) avança 10%, enquanto a Azul (AZUL4) sobe mais de 7%; a CVC (CVCB3) pega carona no movimento e têm ganhos de 8%.

O bom desempenho das aéreas se deve, em grande parte, ao alívio visto no dólar e no petróleo: a moeda americana cai 1% no mercado à vista, ao patamar de R$ 5,22, enquanto o barril do Brent recua 3%, no nível de US$ 93.

Tanto o dólar quanto o petróleo são importantes para a linha de custos das companhias, uma vez que a precificação do combustível de aviação (QAV) depende dessas duas variáveis — outros gastos, como os de manutenção e leasing de aeronaves, também são denominados na moeda americana.

Por fim, o dólar baixo também traz um desdobramento benéfico sobre a dinâmica do endividamento, uma vez que as aéreas têm grande parte de sua dívida em divisas estrangeiras. Sendo assim, a combinação de dólar em queda e petróleo mais barato dá fôlego aos papéis do setor.

COMBUSTÍVEIS

Petrobras (PETR4) anunciou a redução de R$ 0,20 por litro do preço do diesel para as distribuidoras.

A redução acompanha a evolução dos preços de referência, que se estabilizaram em patamar inferior para o diesel, de acordo com a Petrobras.

VEJA AQUI O NOVO VALOR

DESTAQUES DO DIA

sinalização do Copom de que o ciclo de alta da taxa Selic está próximo do fim garante mais um dia de ganhos para o varejo,as techs e o segmento de construção civil — alguns dos setores mais afetados pelo aperto no juros — nesta quinta-feira (4).

E as ações do Magazine Luiza (MGLU3), mais uma vez, estão entre os destaques positivos do Ibovespa.

Por volta das 12h15, os papéis do Magalu saltavam 12,97%, a R$ 3,31, e lideravam a ponta positiva do índice. A Via (VIIA3), outra varejista, também aproveita o otimismo renovado para anotar ganhos de 8,78%, a R$ 2,85.

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BOLSAS SEM DIREÇÃO

Os mercados financeiros internacionais operam sem uma direção definida na manhã desta quinta-feira.

O dólar sente fraqueza na divisa com o real após sinais de que o Federal Reserve deve diminuir o ritmo do aperto monetário. Indicadores como a redução da inflação e medo de uma recessão global pesam na decisão do maior Banco Central do planeta.

Por falar em BCs por aí, o Bank of England (BoE) elevou os juros em 50 pontos-base, o que não acontecia desde 1995.

Aqui no Brasil o nosso BC também subiu os juros e a Selic atingiu os 13,75% ao ano. O mercado se ajusta ao novo aperto e agora espera novas pistas sobre um possível fim do ciclo de altas.

Confira como operam as bolsas agora:

  • Dow Jones: -0,11%
  • S&P 500: -0,02%
  • Nasdaq: +0,42%
  • Euro Stoxx 50: +0,77%
  • Xangai (China): +0,80% (fechado)
  • Nikkei (Japão): +0,69% (fechado)

O Ibovespa abriu em alta de 0,68%, aos 104.485 pontos.

No mesmo horário, o dólar à vista renovava as mínimas do dia, em R$ 5,2462, uma queda de 0,60%.

JUROS EM ALTA... NA INGLATERRA

O Banco Central da Inglaterra (BoE) elevou a taxa de juros do país em 0,5 ponto, a 1,75% ao ano, numa decisão em linha com o projetado pelo mercado — a inflação britânica está no maior patamar em quatro décadas.

Esta foi a sexta alta consecutiva de juros por lá; o BC inglês ainda afirmou que a economia local entrará em recessão a partir do quarto trimestre deste ano, devendo persistir até o começo de 2024.

JUROS SE AJUSTAM AO COPOM

As curvas de juros passam por um processo de acomodação nesta quinta-feira (4), reagindo às sinalizações emitidas pelo Copom quanto ao futuro do ciclo de aperto monetário.

A autoridade monetária elevou a Selic em mais meio ponto, a 13,75% ao ano, e deixou em aberto a possibilidade de uma nova alta “de menor magnitude” na próxima reunião.

Mas, ao menos por enquanto, o mercado dá a entender que não vê novos ajustes na taxa básica de juros: os DIs com vencimento em janeiro de 2023 — e que, portanto, refletem as apostas na Selic ao fim deste ano — operam praticamente estáveis, a exatos 13,75%.

Veja como estão os principais vencimentos nesta manhã:

– jan/23: de 13,74% para 13,75%;
– jan/24: de 13,13% para 13,125%;
– jan/25: de 12,34% para 12,275%.

O comportamento dos DIs é respaldado pela visão de alguns dos principais bancos quanto à postura do BC.

O Bank of America, por exemplo, disse esperar que a Selic permaneça nos 13,75% daqui para frente, sem uma nova alta de 0,25 ponto em setembro — a Órama trabalha com um cenário semelhante.

O UBS BB não cravou uma aposta, mas disse que o Copom “deixou somente a janela aberta [para mais uma alta], e não a porta”.

PUXOU DA TOMADA?

O aplicativo do C6 Bank está fora do ar na manhã desta quinta-feira (4), com reclamações constantes dos usuários nas redes sociais.

Desde o início da manhã, a maioria deles reclama da impossibilidade de realizar PIX e pagamentos, inclusive boletos.

Em algumas mensagens postadas no Twitter, a conta oficial do C6 se limita a responder que está trabalhando para que o acesso retorne e que o usuário tente novamente mais tarde.

Leia mais sobre o apagão do banco digital aqui. 

5G CHEGA COM TUDO — E DEVE ACELERAR RECEITAS

5G chega a São Paulo hoje e pode multiplicar receitas de Tim, Vivo e Claro.

A tecnologia promete uma velocidade até 100 vezes maior que a geração anterior e trará vantagens como:

  • conexão de centenas dispositivos em uma única rede com estabilidade de sinal;
  • alta velocidade de transmissão de dados;
  • e uma experiência de uso sem atraso entre o envio e o recebimento de comandos via internet.

Entenda como ela pode impulsionar o resultado das empresas aqui. 

O Ibovespa futuro abreiu em queda de 0,10%, aos 104.300 pontos.

No mesmo horário, o dólar à vista registra alta de 0,19%, cotado a R$ 5,2878.

BOLSAS PELO MUNDO

Confira aqui:

  • Dow Jones futuro: +0,11%
  • S&P 500 futuro: +0,17%
  • Nasdaq futuro: +0,28%
  • Euro Stoxx 50: +0,99%
  • Xangai (China): +0,80% (fechado)
  • Nikkei (Japão): +0,69% (fechado)
  • Petróleo Brent: US$ 96,59 (-0,09%)
  • Minério de ferro (Dalian, China): US$ 111,99 (-4,78%)
OPORTUNIDADE DE SWING TRADE NA BOLSA

O nosso colunista, Nilson Marcelo, identificou uma oportunidade na bolsa hoje: ganhos acima de 11% em swing trade com o Grupo Soma (SOMA3).

Leia a recomendação completa do analista aqui.

ESQUENTA DOS MERCADOS

Bom dia! Nada como um pouco de previsibilidade. Ainda mais em tempos nos quais parece difícil prever o minuto seguinte.

Essa sensação tem tudo para dar o tom na abertura do Ibovespa depois de o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) ter elevado a taxa Selic em 50 pontos-base, para 13,75% ao ano.

Preocupado com o impacto fiscal — e também com o potencial inflacionário — dos benefícios concedidos pelo governo às vésperas da eleição, o BC deixou a porta aberta para uma alta residual da Selic mais adiante, levando-a em algum momento a 14,00% ao ano.

Mas isso também já estava no radar dos analistas e não deve ocorrer necessariamente na reunião de setembro.

A depender da situação nos próximos meses, há quem acredite que nem venha a acontecer.

O que importa para os investidores no momento é a percepção de que o agressivo ciclo de aperto monetário iniciado em março do ano passado finalmente está chegando ao fim — e isso deve aliviar o índice local. 

Foi o que fez, por exemplo, as ações de empresas do setor varejista dispararem ontem mesmo diante da perspectiva de elevação da taxa básica de juro, anunciada quando a bolsa já estava fechada.

Já o Ibovespa fechou em alta de 0,4% na quarta-feira.

O mercado financeiro local acompanhou à distância a recuperação das bolsas norte-americanas depois de a presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, ter encerrado uma visita-relâmpago — vale ressaltar, com direito a raios e trovões — a Taiwan.

Por falar no exterior, as bolsas da Europa e os futuros dos Estados Unidos sobem com força limitada, ainda de olho no que a China continental pode fazer à pequena ilha.

Confira o que movimenta as bolsas, o dólar e o Ibovespa nesta quinta-feira (04). 

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