Bom dia! Nada como um pouco de previsibilidade. Ainda mais em tempos nos quais parece difícil prever o minuto seguinte.
Essa sensação tem tudo para dar o tom na abertura do Ibovespa depois de o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) ter elevado a taxa Selic em 50 pontos-base, para 13,75% ao ano.
Preocupado com o impacto fiscal — e também com o potencial inflacionário — dos benefícios concedidos pelo governo às vésperas da eleição, o BC deixou a porta aberta para uma alta residual da Selic mais adiante, levando-a em algum momento a 14,00% ao ano.
Mas isso também já estava no radar dos analistas e não deve ocorrer necessariamente na reunião de setembro.
A depender da situação nos próximos meses, há quem acredite que nem venha a acontecer.
O que importa para os investidores no momento é a percepção de que o agressivo ciclo de aperto monetário iniciado em março do ano passado finalmente está chegando ao fim — e isso deve aliviar o índice local.
Foi o que fez, por exemplo, as ações de empresas do setor varejista dispararem ontem mesmo diante da perspectiva de elevação da taxa básica de juro, anunciada quando a bolsa já estava fechada.
Já o Ibovespa fechou em alta de 0,4% na quarta-feira.
O mercado financeiro local acompanhou à distância a recuperação das bolsas norte-americanas depois de a presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, ter encerrado uma visita-relâmpago — vale ressaltar, com direito a raios e trovões — a Taiwan.
Por falar no exterior, as bolsas da Europa e os futuros dos Estados Unidos sobem com força limitada, ainda de olho no que a China continental pode fazer à pequena ilha.
Confira o que movimenta as bolsas, o dólar e o Ibovespa nesta quinta-feira (04).