Não curtiu 👎: Meta, controladora do Facebook e do Instagram, vê a receita encolher no trimestre — e as ações caem 📉
A Meta, controladora do Facebook e do Instagram, ficou aquém das projeções de receita e lucro por ação; veja os detalhes do balanço
O mercado não andava muito otimista com a Meta, a holding que controla o Facebook e o Instagram. Com o cenário turbulento para as empresas que dependem de anúncios on-line — e um balanço trágico do Snapchat na semana passada —, os investidores não esperavam grandes coisas da empresa de Mark Zuckerberg.
Ainda assim, os números reportados há pouco ficaram ligeiramente abaixo das projeções, seguindo a tendência mostrada ontem pela Microsoft. A receita líquida da Meta no segundo trimestre, por exemplo, chegou a US$ 28,8 bilhões — a média das estimativas da FactSet apontava para US$ 28,9 bilhões.
E, talvez a constatação mais chocante: a receita líquida encolheu 1% em relação ao segundo trimestre de 2021 — é a primeira vez na história que a Meta passa por uma contração de receita, na base anual.
Além disso, o lucro por ação (EPS) ficou em US$ 2,46, inferior aos US$ 2,56 previsto pelo mercado. O front operacional ao menos trouxe algum alento: o período de abril a junho teve 1,97 bilhão de usuários ativos no Facebook, acima do 1,95 bilhão projetado pelos analistas.
"Foi bom ver uma trajetória positiva em nossas tendências de engajamento neste trimestre em produtos como o Reels (do Instagram) e nossos investimentos em inteligência artificial", disse Mark Zuckerberg, fundador e CEO da Meta, em mensagem aos acionistas.
A mensagem otimista do bilionário, no entanto, não contagiou o mercado: no after market de Nova York, as ações da Meta chegaram a cair mais de 3% logo após a divulgação do balanço — por volta de 17h40 (horário de Brasília), recuavam 1,42%, a US$ 167,18. Os papéis fecharam o pregão regular em alta de 6,55%, a US$ 169,58.
Leia Também
Meta: Facebook e Instagram foram bem ou mal?
Em linhas gerais, as atividades da Meta estão divididas em duas grandes operações: há a divisão de aplicativos — que concentra Facebook, Instagram, WhatsApp, Messenger e outros serviços — e a unidade de realidade aumentada, responsável pelos investimentos associados ao metaverso.
E, em termos financeiros, a dinâmica da companhia continua mais ou menos a mesma: a parte dos aplicativos é responsável por gerar quase toda a receita e o lucro da Meta; os esforços em realidade aumentada, por outro lado, consomem recursos — é como se uma área financiasse a outra.
Dito isso, a divisão de aplicativos teve receita de US$ 28,37 bilhões no segundo trimestre, gerando um lucro operacional de US$ 11,16 bilhões; já a unidade de realidade aumentada reportou receita de 'apenas' US$ 452 milhões, com prejuízo operacional de US$ 2,8 bilhões.
Quem olha esses números pode achar que o mau desempenho do segmento de realidade aumentada foi responsável pela decepção no balanço da Meta. Mas a verdade é que o cenário é o oposto: o lucro operacional dos aplicativos foi menor que o esperado, enquanto os empreendimentos do metaverso deram menos prejuízo que o previsto.
No caso dos apps, as previsões da FactSet apontavam para um lucro operacional da ordem de US$ 12,3 bilhões no trimestre — o resultado oficial, assim, ficou 10% abaixo do previsto. E esse desempenho só comprova o ambiente difícil para a publicidade online, com recursos cada vez mais escassos nesse front.
Com a economia global desacelerando e muitas empresas sendo mais cautelosas com seus caixas, o volume de recursos destinados às propagandas que são exibidas no Facebook, Instagram e outras redes sociais é muito menor. Assim, as receitas obtidas com publicidade também estão minguando.
Em paralelo, há duas questões cruciais para a Meta: a nova política de segurança da Apple, que dificulta a entrega de propagandas aos usuários do iPhone, e o crescimento rápido do TikTok, que tem tirado anunciantes e usuários dos aplicativos da companhia.
Mais dificuldades para Zuckerberg
A Meta também forneceu suas próprias projeções para o terceiro trimestre de 2022 — e elas deixam claro que o ambiente deve continuar difícil para o setor de advertisement.
Segundo a companhia de Mark Zuckerberg, a receita líquida a ser obtida entre julho e setembro deste ano deve ficar na faixa de US$ 26 bilhões a US$ 28,5 bilhões, desacelerando em relação ao segundo trimestre. Além de todas as questões operacionais, a valorização do dólar também afeta o desempenho financeiro da companhia.
"Essa projeção reflete a continuidade da fraqueza no ambiente de publicidade que enfrentamos no segundo trimestre, que acreditamos ser causada pela ampla incerteza macroeconômica", diz a empresa. "Também antecipamos que a receita da área de realidade virtual será menor que a vista no segundo trimestre".
Em termos do efeito cambial, a Meta diz esperar que a valorização do dólar gere um impacto de cerca de 6% no crescimento das receitas no terceiro trimestre, tendo como base a atual cotação das moedas.
Para combater esse contexto menos favorável, a companhia também anunciou um corte em sua projeção de gastos totais no ano: agora, a Meta vê custos de US$ 85 bilhões a US$ 88 bilhões; anteriormente, a faixa prevista era de US$ 87 bilhões a US$ 92 bilhões.
Vale lembrar que a Meta e Mark Zuckerberg já sinalizaram que as contratações foram reduzidas e que demissões provavelmente serão feitas ao longo do ano, de modo a adaptar a estrutura da empresa aos tempos mais duros.
Vale (VALE3) é a nova queridinha dos dividendos: mineradora supera Petrobras (PETR4) e se torna a maior vaca leiteira do Brasil no 3T24 — mas está longe do pódio mundial
A mineradora brasileira depositou mais de R$ 10 bilhões para os acionistas entre julho e setembro deste ano, de acordo com o relatório da gestora Janus Henderson
‘O rali ainda não acabou’: as ações desta construtora já saltam 35% no ano e podem subir ainda mais antes que 2024 termine, diz Itaú BBA
A performance bate de longe a do Ibovespa, que recua cerca de 4% no acumulado anual, e também supera o desempenho de outras construtoras que atuam no mesmo segmento
Rede D’Or (RDOR3), Odontoprev (ODPV3) ou Blau Farmacêutica (BLAU3)? Após resultados “sem brilho” do setor de saúde no 3T24, BTG elege a ação favorita
Embora as operadoras tenham apresentado resultados fracos ou em linha com as expectativas, as três empresas se destacaram no terceiro trimestre, segundo o banco
“Minha promessa foi de transformar o banco, mas não disse quando”, diz CEO do Bradesco (BBDC4) — e revela o desafio que tem nas mãos daqui para frente
Na agenda de Marcelo Noronha está um objetivo principal: fazer o ROE do bancão voltar a ultrapassar o custo de capital
A arma mais poderosa de Putin (até agora): Rússia cruza linha vermelha contra a Ucrânia e lança míssil com capacidade nuclear
No início da semana, Kiev recebeu autorização dos EUA para o uso de mísseis supersônicos; agora foi a vez de Moscou dar uma resposta
O Google vai ser obrigado a vender o Chrome? Itaú BBA explica por que medida seria difícil — mas ações caem 5% na bolsa mesmo assim
Essa seria a segunda investida contra monopólios ilegais nos EUA, desde a tentativa fracassada de desmembrar a Microsoft, há 20 anos
Nvidia (NVDC34) vê lucro mais que dobrar no ano — então, por que as ações caem 5% hoje? Entenda o que investidores viram de ruim no balanço
Ainda que as receitas tenham chegado perto dos 100% de crescimento, este foi o primeiro trimestre com ganhos percentuais abaixo de três dígitos na comparação anual
Com dólar acima de R$ 5,80, Banco Central se diz preparado para atuar no câmbio, mas defende políticas para o equilíbrio fiscal
Ainda segundo o Relatório de Estabilidade Financeira do primeiro semestre, entidades do sistema podem ter de elevar provisões para perdas em 2025
Do pouso forçado às piruetas: Ibovespa volta do feriado com bolsas internacionais em modo de aversão ao risco e expectativa com pacote
Investidores locais aguardam mais detalhes do pacote fiscal agora que a contribuição do Ministério da Defesa para o ajuste é dada como certa
Que crise? Weg (WEGE3) quer investir US$ 62 milhões na China para aumentar capacidade de fábrica
O investimento será realizado nos próximos anos e envolve um plano que inclui a construção de um prédio de 30 mil m², com capacidade para fabricação de motores de alta tensão
Como a Embraer (EMBR3) passou de ameaçada pela Boeing a rival de peso — e o que esperar das ações daqui para frente
Mesmo com a disparada dos papéis em 2024, a perspectiva majoritária do mercado ainda é positiva para a Embraer, diante das avenidas potenciais de crescimento de margens e rentabilidade
Quais os planos da BRF com a compra da fábrica de alimentos na China por US$ 43 milhões
Empresa deve investir outros US$ 36 milhões para dobrar a capacidade da nova unidade, que abre caminho para expansão de oferta
É hora de colocar na carteira um novo papel: Irani (RANI3) pode saltar 45% na B3 — e aqui estão os 3 motivos para comprar a ação, segundo o Itaú BBA
O banco iniciou a cobertura das ações RANI3 com recomendação “outperform”, equivalente a compra, e com preço-alvo de R$ 10,00 para o fim de 2025
Em busca de dividendos? Curadoria seleciona os melhores FIIs e ações da bolsa para os ‘amantes’ de proventos (PETR4, BBAS3 e MXRF11 estão fora)
Money Times, portal parceiro do Seu Dinheiro, liberou acesso gratuito à carteira Double Income, que reúne os melhores FIIs, ações e títulos de renda fixa para quem busca “viver de renda”
R$ 4,1 bilhões em concessões renovadas: Copel (CPLE6) garante energia para o Paraná até 2054 — e esse banco explica por que você deve comprar as ações
Companhia paranaense fechou o contrato de 30 anos referente a concessão de geração das usinas hidrelétricas Foz do Areia, Segredo e Salto Caxias
Ações da Embraer (EMBR3) chegam a cair mais de 4% e lideram perdas do Ibovespa. UBS BB diz que é hora de desembarcar e Santander segue no voo
O banco suíço rebaixou a recomendação para os papéis da Embraer de neutro para venda, enquanto o banco de origem espanhola seguiu com a indicação de compra; entenda por que cada um pegou uma rota diferente
Equatorial (EQTL3) tem retorno de inflação +20% ao ano desde 2010 – a gigante de energia pode gerar mais frutos após o 3T24?
Ações da Equatorial saltaram na bolsa após resultados fortes do 3º tri; analistas do BTG calculam se papel pode subir mais após disparada nos últimos anos
‘Mãe de todos os ralis’ vem aí para a bolsa brasileira? Veja 3 razões para acreditar na disparada das ações, segundo analista
Analista vê três fatores que podem “mudar o jogo” para o Ibovespa e a bolsa como um todo após um ano negativo até aqui; saiba mais
A B3 vai abrir no dia da Consciência Negra? Confira o funcionamento da bolsa, bancos e Correios na estreia do novo feriado nacional
É a primeira vez que o Dia da Consciência Negra consta no calendário dos feriados nacionais. Como de costume, as comemorações devem alterar o funcionamento dos principais serviços públicos
Grupo Mateus: Santander estabelece novo preço-alvo para GMAT3 e prevê valorização de 33% para as ações em 2025; saiba se é hora de comprar
O banco reduziu o preço-alvo para os papéis da varejista de alimentos em relação à 2024, mas mantém otimismo com crescimento e parceria estratégica