Quer ganhar quase 6% ao ano mais inflação todo mês sem IR? Este fundo de renda fixa agora oferece isso para qualquer investidor
A partir desta semana, o Kinea Infra (KDIF11) deixou de ser restrito a investidores qualificados e abriu para todos os investidores. E sua rentabilidade está bem atraente.

Que tal uma rentabilidade de quase 6% ao ano, corrigida pela inflação oficial, isenta de imposto de renda e paga mensalmente por uma aplicação de renda fixa? Parece bom, não? E é.
A boa notícia é que, na última quarta-feira (17), o Kinea Infra (KDIF11), fundo de investimento que vem oferecendo este retorno, deixou de ser restrito a investidores qualificados - aqueles que têm no mínimo R$ 1 milhão em aplicações financeiras - e tornou-se acessível a todos os investidores.
Agora, qualquer pessoa pode investir no fundo de debêntures incentivadas da Kinea, gestora ligada ao Itaú Unibanco. O Kinea Infra foi o primeiro fundo desse tipo a ter suas cotas negociadas em bolsa, como se fossem ações, algo que aumenta muito a transparência do fundo para o investidor.
Atualmente, o KDIF11, código de negociação do Kinea Infra na B3, é negociado a cerca de R$ 132 por cota, abaixo do seu valor patrimonial, que é de R$ 135,29. Ou seja, ele está sendo negociado com desconto.
Também na última quarta-feira, a distribuição de rendimentos do KDIF11 deixou de ser semestral e passou a ser mensal, o que significa que agora os cotistas passarão a receber rendimentos sempre no quinto dia útil de cada mês.
Atualmente, os rendimentos distribuídos correspondem a uma rentabilidade anual de 5,33% + IPCA em relação ao valor patrimonial da cota (R$ 135,29). Mas quem consegue adquirir cotas a um preço menor obtém um retorno ainda maior. Se considerado o preço de fechamento de quinta (18), que foi de R$ 130,97, o retorno equivale a 5,84% ao ano + IPCA.
Leia Também
Lembre-se de que esta é a rentabilidade já líquida de IR, pois o Kinea Infra é isento de imposto para a pessoa física. A título de comparação, os títulos públicos atrelados à inflação (Tesouro IPCA+, também chamados de NTN-B), negociados via Tesouro Direto, estão remunerando entre 5,14% e 5,30% ao ano + IPCA, para prazos que variam de cinco a 34 anos - isso antes do desconto de IR, pois títulos públicos são sempre tributados.
O objetivo do KDIF11 é justamente tentar pagar um retorno equivalente ao IMA-B, índice que reúne uma cesta de NTN-B de diferentes vencimentos, mais um prêmio de 0,5% a 1,0%.
O Kinea Infra foi um dos investimentos recomendados na nossa reportagem sobre onde investir no segundo semestre de 2021, por um preço de até R$ 134,50 por cota, na ocasião.
A renda fixa onde o KDIF11 investe
O Kinea Infra não é um fundo de títulos públicos, mas de outro tipo de renda fixa: as debêntures incentivadas. Debêntures são títulos de dívida de empresas, que permitem ao investidor emprestar dinheiro para companhias abertas investirem nas suas atividades.
Debêntures incentivadas, por sua vez, são um tipo específico de debênture utilizado para captar recursos para investimentos em infraestrutura, algo que o governo tem interesse em incentivar no país. Por essa razão, elas são isentas de imposto de renda para a pessoa física, assim como os rendimentos dos fundos que nelas investem, como o KDIF11.
Outra característica das debêntures de infraestrutura é a forma de remuneração: elas costumam pagar uma taxa de juros prefixada mais a variação de um índice de inflação, como o IPCA ou o IGP-M, protegendo o poder de compra do investidor.
Como são títulos privados, debêntures têm mais risco de calote que os títulos do governo. Mas esse nível de risco pode variar bastante, pois algumas empresas são excelentes pagadoras, enquanto outras, nem tanto.
A estratégia do Kinea Infra
No caso do KDIF11, o gestor opta por debêntures de baixo risco de crédito. A estratégia do fundo é bastante conservadora, buscando investir em emissões de papéis que possam ser adquiridos na sua totalidade, o que confere à gestora, a Kinea, alto poder de barganha em caso de calote.
O risco de calote, entretanto, é bem baixo, uma vez que o fundo dá preferência aos chamados ativos high grade (com grau de investimento), que são aqueles papéis de renda fixa de menor risco, com boas classificações de crédito.
Embora possa em tese investir em debêntures incentivadas com ratings acima de BBB-, o Kinea Infra prioriza ativos de risco ainda menor, com classificação acima de A+.
Quase metade da carteira do fundo é composta por títulos emitidos por empresas do segmento de transmissão de energia, um dos ativos de menor risco de crédito, por conta da previsibilidade de receita desse tipo de negócio.
Outros 32% dos recursos estão alocados em papéis de geradoras de energia (solar, eólica, térmica e hidrelétrica), enquanto os 20% restantes estão em títulos de concessionárias de rodovias, saneamento básico ou no caixa do fundo.
Assim, embora não seja tão conservador quanto um título público, o KDIF11 pode ser considerado um investimento de risco moderado para baixo, pelo menos do ponto de vista do risco de crédito da carteira.
Além disso, por se tratar de um fundo, o investimento é naturalmente bastante diversificado, o que minimiza ainda mais os riscos que poderiam impactar negativamente o retorno do investimento.
Risco de mercado: o preço das cotas sobe e desce!
Apesar de ser um fundo de renda fixa, o KDIF11 tem risco de mercado, assim como os títulos públicos e debêntures prefixados e indexados à inflação. Suas cotas podem oscilar para cima ou para baixo dependendo das projeções do mercado para juros e inflação.
Ou seja, ao acompanhar a marcação a mercado das cotas do fundo, o investidor pode observar valorizações ou desvalorizações. Ao se desfazer das suas cotas, se a venda ocorrer por um preço inferior ao da compra, o investidor perderá dinheiro.
O fato de distribuir dividendos regularmente diminui muito o risco do investimento, permitindo que ele se pague em forma de renda, e que o investidor tenha acesso ao seu dinheiro mensalmente, sem precisar se desfazer das cotas para reaver o principal.
A volatilidade do Kinea Infra também pode ser considerada um tanto alta, uma vez que as debêntures do fundo têm uma duration média - prazo médio de retorno dos investimentos - superior a cinco anos. E quanto maior a duration, mais o preço do ativo oscila.
Como investir no Kinea Infra (KDIF11)
Como o KDIF11 tem cotas negociadas em bolsa, para investir no fundo é preciso abrir conta em uma corretora de valores e ter acesso ao seu home broker.
Lá, o investidor pode dar uma ordem de compra da mesma forma que faria com ações ou fundos imobiliários, ficando sujeito às taxas de negociação da corretora (corretagem e custódia, se houver) e da B3 (emolumentos).
A taxa de administração e custódia do fundo é de 1,13% ao ano, e o investimento mínimo corresponde a uma cota, atualmente cotada em R$ 132,70.
O e-commerce das brasileiras começou a fraquejar? Mercado Livre ofusca rivais no 4T24, enquanto Americanas, Magazine Luiza e Casas Bahia apanham no digital
O setor de varejo doméstico divulgou resultados mistos no trimestre, com players brasileiros deixando a desejar quando o assunto são as vendas online
Nova York em queda livre: o dado que provoca estrago nas bolsas e faz o dólar valer mais antes das temidas tarifas de Trump
Por aqui, o Ibovespa operou com queda superior a 1% no início da tarde desta sexta-feira (28), enquanto o dólar teve valorização moderada em relação ao real
Nem tudo é verdade: Ibovespa reage a balanços e dados de emprego em dia de PCE nos EUA
O PCE, como é conhecido o índice de gastos com consumo pessoal nos EUA, é o dado de inflação preferido do Fed para pautar sua política monetária
110% do CDI e liquidez imediata — Nubank lança nova Caixinha Turbo para todos os clientes, mas com algumas condições; veja quais
Nubank lança novo investimento acessível a todos os usuários e notificará clientes gradualmente sobre a novidade
CEO da Americanas vê mais 5 trimestres de transformação e e-commerce menor, mas sem ‘anabolizantes’; ação AMER3 desaba 25% após balanço
Ao Seu Dinheiro, Leonardo Coelho revelou os planos para tirar a empresa da recuperação e reverter os números do quarto trimestre
Esporte radical na bolsa: Ibovespa sobe em dia de IPCA-15, relatório do Banco Central e coletiva de Galípolo
Galípolo concederá entrevista coletiva no fim da manhã, depois da apresentação do Relatório de Política Monetária do BC
Um café e a conta: o que abertura do Blue Box Café da Tiffany em São Paulo diz sobre o novo mercado de luxo
O café pop-up abre hoje (27) e fica até o dia 30 de abril; joalheria segue tendência mundial de outras companhias de luxo
Debêntures incentivadas captam R$ 26 bilhões até fevereiro e já superam o primeiro trimestre de 2024, com mercado sedento por renda fixa
Somente em fevereiro, a captação recorde chegou a R$ 12,8 bilhões, mais que dobrando o valor do mesmo período do ano passado
Sem sinal de leniência: Copom de Galípolo mantém tom duro na ata, anima a bolsa e enfraquece o dólar
Copom reitera compromisso com a convergência da inflação para a meta e adverte que os juros podem ficar mais altos por mais tempo
Cuidado com a cabeça: Ibovespa tenta recuperação enquanto investidores repercutem ata do Copom
Ibovespa caiu 0,77% na segunda-feira, mas acumula alta de quase 7% no que vai de março diante das perspectivas para os juros
Inocentes ou culpados? Governo gasta e Banco Central corre atrás enquanto o mercado olha para o (fim da alta dos juros e trade eleitoral no) horizonte
Iminência do fim do ciclo de alta dos juros e fluxo global favorecem, posicionamento técnico ajuda, mas ruídos fiscais e políticos impõem teto a qualquer eventual rali
Felipe Miranda: Dedo no gatilho
Não dá pra saber exatamente quando vai se dar o movimento. O que temos de informação neste momento é que há uma enorme demanda reprimida por Brasil. E essa talvez seja uma informação suficiente.
Eles perderam a fofura? Ibovespa luta contra agenda movimentada para continuar renovando as máximas do ano
Ata do Copom, balanços e prévia da inflação disputam espaço com números sobre a economia dos EUA nos próximos dias
Agenda econômica: Ata do Copom, IPCA-15 e PIB nos EUA e Reino Unido dividem espaço com reta final da temporada de balanços no Brasil
Semana pós-Super Quarta mantém investidores em alerta com indicadores-chave, como a Reunião do CMN, o Relatório Trimestral de Inflação do BC e o IGP-M de março
Juros nas alturas têm data para acabar, prevê economista-chefe do BMG. O que esperar do fim do ciclo de alta da Selic?
Para Flávio Serrano, o Banco Central deve absorver informações que gerarão confiança em relação à desaceleração da atividade, que deve resultar em um arrefecimento da inflação nos próximos meses
Não fique aí esperando: Agenda fraca deixa Ibovespa a reboque do exterior e da temporada de balanços
Ibovespa interrompeu na quinta-feira uma sequência de seis pregões em alta; movimento é visto como correção
Após semanas de short squeeze em Casas Bahia, até onde o mercado terá espaço para continuar “apertando” as ações BHIA3?
A principal justificativa citada para a performance de BHIA3 é o desenrolar de um short squeeze, mas há quem veja fundamentos por trás da valorização. Saiba o que esperar das ações
Warren Buffett enriquece US$ 22,5 bilhões em 2025 e ultrapassa Bill Gates — estratégia conservadora se prova vencedora
Momento de incerteza favorece ativos priorizados pela Berkshire Hathaway, levando a um crescimento acima da média da fortuna de Buffett, segundo a Bloomberg
Dormir bem virou trend no TikTok — mas será que o sleepmaxxing, a ‘rotina de sono perfeita’, realmente funciona?
Especialistas dizem que a criação de uma rotina noturna pode trazer benefícios para a qualidade de vida, mas é preciso ter cuidado com os exageros
Ainda sobe antes de cair: Ibovespa tenta emplacar mais uma alta após decisões do Fed e do Copom
Copom elevou os juros por aqui e Fed manteve a taxa básica inalterada nos EUA durante a Super Quarta dos bancos centrais