🔴 GANHOS DE ATÉ R$ 1.000 POR HORA? ESTE MÉTODO PODE GERAR RENDA DE 7 DÍGITOS POR MÊS – CONHEÇA

O segundo tempo do governo Bolsonaro começou mal. O que esperar daqui para frente?

As perspectivas para a reeleição de Jair Bolsonaro em outubro de 2022 não são muito boas, embora no momento lidere todas as pesquisas de intenção de voto

20 de janeiro de 2021
5:41 - atualizado às 10:29
O presidente Jair Bolsonaro durante o jogo beneficente Natal Sem Fome
O presidente Jair Bolsonaro durante o jogo beneficente Natal Sem Fome - Imagem: Marcos Corrêa/PR

O tema da crônica deste mês é o segundo tempo do governo Jair Bolsonaro e o que imagino que possa acontecer ao longo desse período.

Reparem: não escrevi “segundo mandato” mas sim “segundo tempo”, o que significa a segunda parte do mandato para o qual o capitão foi eleito em outubro de 2017, tendo tomado posse em 1º de janeiro de 2018.

O segundo tempo, aliás, já começou. Muito mal.

Em meu modo de entender (e isso é apenas um palpite, não baseado em pesquisas), Bolsonaro teve três tipos de eleitores:

  • gente indignada com os 14 anos de governo petista;
  • entusiastas do liberalismo econômico;
  • fiéis seguidores do capitão e adeptos fanáticos do “olavismo”, um ex-astrólogo desbocado que mora na Virgínia (Estados Unidos) e se autopromoveu a filósofo.

Os antipetistas já começaram a se esquecer dos desmandos de Lula e Dilma. Agora estão enfurecidos com os de Bolsonaro, dando razão àqueles que dizem que “nada é tão ruim que não possa piorar”.

Já os verdadeiros liberais, adeptos da direita econômica e do centro ideológico, simplesmente se decepcionaram com a quase total ausência de reformas necessárias e exaustivamente prometidas durante a campanha eleitoral.

Leia Também

Os bolsonaristas de carteirinha permanecerão bolsonaristas, tal como acontecerá nos Estados Unidos, onde os trumpistas continuarão fazendo o que seu mestre mandar, por mais insensata e antidemocrática que seja a ordem.

Com relação ao presidente Jair Bolsonaro, ele conseguiu nova categoria de adeptos – que não existia na época da eleição − ao distribuir dinheiro para a população economicamente afetada pela pandemia do coronavírus.

Resumo da ópera: Bolsonaro perdeu os liberalistas mas obteve ganhos expressivos nas classes C e D.

Só que esse apoio irá diminuir à medida em que as quantias recebidas mensalmente retroajam aos tempos do bolsa-família. Fora o emagrecimento dos valores e a diminuição do número de beneficiários do programa.

Efeito covid

Se Bolsonaro conseguir eleger os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, e seja bem-sucedido na aprovação de um segundo período de calamidade pública, é possível que retenha boa parte de seu apoio.

Só que, em algum momento, a Covid-19, que ainda não chegou ao seu pior momento, cobrará seu preço.

Duvido que as pessoas que perderam parentes próximos estrebuchando num leito de enfermaria, ou até mesmo no chão do corredor, de um hospital público em Manaus, como se fosse um peixe fora d'água, votarão em Jair Bolsonaro.

E quem pode garantir que Manaus não é apenas a primeira de uma série de cidades brasileiras que enfrentarão o mesmo tormento?

O irônico é que se, aos primeiros indícios da pandemia, Bolsonaro tivesse lançado todas as suas divisões na prevenção e no combate à pandemia, visitando hospitais, usando máscaras, comprando vacinas, seringas, agulhas, algodão e outros insumos, ele poderia ser hoje o ídolo do povão.

Independentemente do número de contaminados ou de óbitos.

Pelo menos ele cumpriu seu papel de presidente”, diriam as pessoas.

Donald Trump foi ainda mais ingênuo. Apesar de comprar, ainda no escuro, centenas de milhões de doses de vacinas, e até de financiar pesquisas para desenvolvê-las e fabricá-las, preferiu se manter no negacionismo.

Sem usar máscara, aglomerou multidões em torno de si, pôs no colo e beijou bebês. Só não parou numa barraca de pastel e caldo de cana porque isso não existe por lá.

Pagou o preço na hora dos americanos votarem. O Colégio Eleitoral devolveu-lhe o mesmo placar que infligira a Hillary Clinton quatro anos antes: 306 x 232.

Como burrice não tem limites, incentivou uma turba de “supremacistas” (só rindo) bárbaros fantasiados a invadir o Capitólio, prometendo ir junto.

Dito isso, se escafedeu para dentro da Casa Banca. Foi assistir a invasão pela TV.

A maior parte dos invasores deverá passar os próximos anos, ou décadas, ou até mesmo permanecer, para sempre, na cadeia.

Um oficial agente da lei foi morto durante o ataque e o judiciário americano não costuma perdoar tal tipo de delito.

Duvido que Trump saia impune. Provavelmente será o primeiro ex-presidente americano que veremos algemado pelas costas e vestindo uma “farda” cor de laranja.

Mas nosso assunto é Jair Bolsonaro e seu futuro político.

Digamos que ele consiga prorrogar os auxílios em dinheiro à população até o final de 2021.

Nesse momento, o Tesouro brasileiro estará quebrado e faltarão ainda dez meses para as eleições presidenciais.

Como se tal desdita não bastasse, o capitão, seu filho Eduardo e o ministro das Relações Exteriores vivem vilipendiando a China, que é nosso maior parceiro comercial.

Na próxima quarta-feira, dia 20, o segundo parceiro cairá em “mãos erradas”.

Para dramatizar ainda mais o quadro, o parceiro número três, Argentina, acaba de nos levar a Ford. Vai fabricar picapes e SUVs lá, com mão de obra portenha, pra gente comprar aqui.

Não quero dar uma de adivinho, muito menos pretender ser o dono da verdade, mas as perspectivas para a reeleição de Jair Bolsonaro em outubro de 2022 não são muito boas, embora no momento lidere todas as pesquisas de intenção de voto.

Ah, tal como seu parça, Donald Trump, o capitão é adepto de teorias conspiratórias.

Trump disse que os democratas roubaram as eleições, encaixando votos nas urnas durante a calada da noite.

Quatro anos antes, mesmo tendo vencido, alegou que tivera mais votos populares do que Hillary Clinton, se não tivesse sido garfado.

Acho que Jair Bolsonaro e Donald Trump se valem de um contato telepático. Pois estão sempre dizendo as mesmas coisas.

Bolsonaro garante que, em 2018, venceu ainda no primeiro turno, não fosse a votação eletrônica programada para roubar.

Agora quer voto impresso. Vejam que despropósito, sob qualquer ângulo que se examine a ideia.

Se no papelucho cuspido pela impressora constar o nome do candidato escolhido, o voto deixa de ser secreto.

Imaginemos o chefe da milícia que comanda uma favela carioca, dizendo aos eleitores de sua “jurisdição”:

Todo mundo vai votar no cabo Zé Pedro. Tragam os comprovantes para que eu possa conferir!”

Além disso, não é possível ter certeza que o nome que veio no documento entregue ao eleitor seja o mesmo que o sistema enviou para a central de apurações, em Brasília.

­Caso não conste o candidato escolhido pelo eleitor, voto impresso não significa absolutamente nada. Será como é atualmente, quando a gente recebe aquele cupom, provando que votou.

E a bolsa, como fica?

Bem, este texto já está avançado e não falei no que mais interessa: qual será a influência da aproximação e do resultado das eleições no comportamento do mercado de ações?

Acho que nenhuma.

Explico:

Independentemente se até aqui a administração Jair Bolsonaro foi boa ou não, o certo é que, ao final da metade de seu mandato, a B3 bateu seu recorde histórico.

Suponhamos que Lula tenha seu julgamento anulado pelo Supremo, volte a ser ficha limpa, se candidate à Presidência e ganhe as eleições.

Não podemos nos esquecer que foi no primeiro mandato Lula que a bolsa experimentou um bull market no qual o Ibovespa subiu 600%, graças a alta das commodities puxada por compras da China.

Claro que programas políticos e econômicos são importantes, mas existem outros fundamentos que movem os mercados.

No momento, as bolsas de valores em todo o mundo estão sendo influenciadas por taxas de juros reais (e até absolutas) negativas.

Jerome Powell, chairman do Fed, vem proclamando a continuação dessa política. O mesmo acontece com Roberto Campos Neto, do BC brasileiro.

Os governos estão inundando os mercados de dinheiro.

Num pronunciamento em 14 de janeiro, o presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou um pacote de quase 2 trilhões de dólares de estímulo à economia do país.

Por essas razões, e apenas por essas razões, acredito que 2021 será um bom ano para as bolsas de valores, tal como acabou acontecendo em 2020.

Não porque as economias brasileira e internacional prometam um grande crescimento. Mas sim porque as ações são cotadas em moedas e estas estão cada vez valendo menos.

Mais conteúdos Premium:

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Do pouso forçado às piruetas: Ibovespa volta do feriado com bolsas internacionais em modo de aversão ao risco e expectativa com pacote

21 de novembro de 2024 - 8:23

Investidores locais aguardam mais detalhes do pacote fiscal agora que a contribuição do Ministério da Defesa para o ajuste é dada como certa

EM ROTA DE COLISÃO?

Ações da Embraer (EMBR3) chegam a cair mais de 4% e lideram perdas do Ibovespa. UBS BB diz que é hora de desembarcar e Santander segue no voo

19 de novembro de 2024 - 14:28

O banco suíço rebaixou a recomendação para os papéis da Embraer de neutro para venda, enquanto o banco de origem espanhola seguiu com a indicação de compra; entenda por que cada um pegou uma rota diferente

ANOTE NO CALENDÁRIO

A B3 vai abrir no dia da Consciência Negra? Confira o funcionamento da bolsa, bancos e Correios na estreia do novo feriado nacional

19 de novembro de 2024 - 7:02

É a primeira vez que o Dia da Consciência Negra consta no calendário dos feriados nacionais. Como de costume, as comemorações devem alterar o funcionamento dos principais serviços públicos

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

O fim da temporada — ou quase: balanço da Nvidia ainda movimenta semana, que conta com novo feriado no Brasil

18 de novembro de 2024 - 8:07

Enquanto isso, as bolsas internacionais operam sem um sinal único, sofrendo ajustes após o rali do Trump Trade dos últimos dias

NÃO TEVE B3, MAS OS GRINGOS OPERARAM

Nova York naufragou: ações que navegavam na vitória de Trump afundam e bolsas terminam com fortes perdas — Tesla (TSLA34) se salva

15 de novembro de 2024 - 18:10

Europa também fechou a sexta-feira (15) com perdas, enquanto as bolsas na Ásia terminaram a última sessão da semana sem uma direção comum, com dados da China e do Japão no radar dos investidores

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

A arte de negociar: Ação desta microcap pode subir na B3 após balanço forte no 3T24 — e a maior parte dos investidores não tem ela na mira

15 de novembro de 2024 - 9:32

Há uma empresa fora do radar do mercado com potencial de proporcionar uma boa valorização para as ações

SEXTOU COM O RUY

Na lista dos melhores ativos: a estratégia ganha-ganha desta empresa fora do radar que pode trazer boa valorização para as ações

15 de novembro de 2024 - 8:00

Neste momento, o papel negocia por apenas 4x valor da firma/Ebitda esperado para 2025, o que abre um bom espaço para reprecificação quando o humor voltar a melhorar

DESAGRADOU (?)

“A bandeira amarela ficou laranja”: Balanço do Banco do Brasil (BBAS3) faz ações caírem mais de 2% na bolsa hoje; entenda o motivo

14 de novembro de 2024 - 15:51

Os analistas destacaram que o aumento das provisões chamou a atenção, ainda que os resultados tenham sido majoritariamente positivos

DESTAQUES DA BOLSA

A surpresa de um dividendo bilionário: ações da Marfrig (MRFG3) chegam a saltar 8% após lucro acompanhado de distribuição farta ao acionista. Vale a compra?

14 de novembro de 2024 - 13:13

Os papéis lideram a ponta positiva do Ibovespa nesta quinta-feira (14), mas tem bancão cauteloso com o desempenho financeiro da companhia; entenda os motivos

QUEM ESTÁ COM A RAZÃO?

Menin diz que resultado do grupo MRV no 3T24 deve ser comemorado, mas ações liberam baixas do Ibovespa. Por que MRVE3 cai após o balanço?

14 de novembro de 2024 - 11:41

Os ativos já chegaram a recuar mais de 7% na manhã desta quinta-feira (14); entenda os motivos e saiba o que fazer com os papéis agora

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Um passeio no Hotel California: Ibovespa tenta escapar do pesadelo após notícia sobre tamanho do pacote fiscal de Haddad

14 de novembro de 2024 - 8:19

Mercado repercute pacote fiscal maior que o esperado enquanto mundo político reage a atentado suicida em Brasília

ANOTE NO CALENDÁRIO

A B3 vai abrir nos dias da Proclamação da República e da Consciência Negra? Confira o funcionamento da bolsa, bancos e Correios durante os feriados

14 de novembro de 2024 - 7:11

Os feriados nacionais de novembro são as primeiras folgas em cinco meses que caem em dias úteis. O Seu Dinheiro foi atrás do que abre e fecha durante as comemorações

“SUCH A LOVELY PLACE…”

A China presa no “Hotel California”: o que Xi Jinping precisa fazer para tirar o país da armadilha — e como fica a bolsa até lá

14 de novembro de 2024 - 6:02

Em carta aos investidores, à qual o Seu Dinheiro teve acesso em primeira mão, a gestora Kinea diz o que esperar da segunda maior economia do mundo

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: Abrindo a janela de Druckenmiller para deixar o sol entrar

13 de novembro de 2024 - 20:00

Neste exato momento, enxergo a fresta de sol nascente para o próximo grande bull market no Brasil, intimamente correlacionado com os ciclos eleitorais

COMPRAR OU VENDER

O IRB Re ainda vale a pena? Ações IRBR3 surgem entre as maiores quedas do Ibovespa após balanço, mas tem bancão dizendo que o melhor está por vir

13 de novembro de 2024 - 13:01

Apesar do desempenho acima do esperado entre julho e setembro, os papéis da resseguradora inverteram o sinal positivo da abertura e passaram a operar no vermelho

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Você precisa fazer alguma coisa? Ibovespa acumula queda de 1,5% em novembro enquanto mercado aguarda números da inflação nos EUA

13 de novembro de 2024 - 8:09

Enquanto Ibovespa tenta sair do vermelho, Banco Central programa leilão de linha para segurar a alta do dólar

MERCADO DE ARTE

Arte de milionária: primeira pintura feita por robô humanoide é vendida por mais de US$ 1 milhão

12 de novembro de 2024 - 17:30

A obra em homenagem ao matemático Alan Turing tem valor próximo ao do quadro “Navio Negreiro”, de Cândido Portinari, que foi leiloado em 2012 por US$ 1,14 milhão e é considerado um dos mais caros entre artistas brasileiros até então

TO THE MOON

Bitcoin (BTC) se aproxima dos US$ 90 mil, mas ainda é possível chegar aos US$ 100 mil? Veja o que dizem especialistas

12 de novembro de 2024 - 11:47

A maior criptomoeda do mundo voltou a registrar alta de mais de três dígitos no acumulado de 2024 — com as profecias do meio do ano se realizando uma a uma

INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

Pacote fiscal do governo vira novela mexicana e ameaça provocar um efeito colateral indesejado

12 de novembro de 2024 - 7:01

Uma alta ainda maior dos juros seria um efeito colateral da demora para a divulgação dos detalhes do pacote fiscal pelo governo

UMA PECHINCHA NO DIA DO SOLTEIRO?

Compre China na baixa: a recomendação controversa de um dos principais especialistas na segunda maior economia do mundo

11 de novembro de 2024 - 13:45

A frustração do mercado com o pacote trilionário da semana passada abre uma janela e oportunidade para o investidor que sabe esperar, segundo a Gavekal Research

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar