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Caio Nascimento
Caio Nascimento
É repórter do Seu Dinheiro. Jornalista formado pela Universidade de São Paulo (USP) e com passagens pelo Estadão e Jornal da USP.
Conteúdo Empiricus

‘Investir em urânio pode até triplicar seu patrimônio’, diz analista que vê metal como ‘commodity do futuro’; veja como

Para João Piccioni, avanço de carros elétricos e até satélites em Marte dão fôlego a tecnologias baseadas em urânio, que já entregou retorno de 110% em um ano

Caio Nascimento
Caio Nascimento
11 de março de 2021
11:47 - atualizado às 11:51

Se você ainda enxerga a energia nuclear como algo limitado, ultrapassado e perigoso - ou algo que não possa quebrar o tal “monopólio do petróleo”, como diz o clichê - saiba que precisa se atualizar.

Afinal, pessoas antenadas ao atual ciclo de transição da economia do combustível fóssil para a de baixo carbono já mais que dobraram o patrimônio nos últimos 12 meses investindo em urânio, com lucros de 110%. E o melhor de tudo isso é que ele pode subir ainda mais...

“O petróleo é uma commodity em desuso no sentido de que cada vez mais os governos globais, alinhados com o acordo de Paris, como os Estados Unidos e a China, estão forçando o abandono do uso de iniciativas que consomem muito carbono”, explica o analista especializado em investimentos internacionais da Empiricus João Piccioni.

Ele já entregou lucros de 100% a 1000% nos últimos três anos com suas recomendações de investimento. Uma de suas mais recentes apostas é no potencial do urânio como uma commodity  do futuro. Ele é uma das mentes por trás da criação do fundo de investimentos em Urânio da Vitreo, um caminho fácil para investir nesta tendência.

Em entrevista exclusiva ao Seu Dinheiro, Piccioni avalia que a tecnologia do urânio nunca esteve tão desenvolvida como agora. Segundo ele, enquanto no passado a energia nuclear era sinônimo de medo, hoje ela se destaca entre governos e grandes players do mercado financeiro devido ao seu baixo custo de manutenção e alta produtividade.

Tanto é que ela representa 10% da energia do mundo, sendo resistente a qualquer clima e capaz de abastecer cidades e satélites por até 10 anos. Só nos Estados Unidos, por exemplo, foram 809,4 bilhões kWh produzidos em 2019.

Alguns grandes nomes do mundo dos negócios como Bill Gates e Elon Musk e alguns gestores de hedge funds já notaram isso e vêm investindo no minério. “Hoje temos a questão da eletrificação das frotas ao redor do mundo, diminuição do carbono e muitas pesquisas tecnológicas aprimorando a segurança da energia nuclear”, afirma Piccioni.

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“A gente vai ver nesse segmento retornos superiores à média das demais energias tradicionais. As energias verdes mesmo que vão crescer bastante nas próximas décadas”, afirma Piccioni.

O fundo de Urânio da Vitreo é a alternativa que investidores brasileiros têm para se posicionar nesse investimento em reais, com apenas R$ 1 mil de aporte mínimo. Para mais informações basta clicar aqui, mas antes sugiro que leia abaixo a entrevista completa com João Piccioni.

O analista João Piccioni, com mais de 10 anos de mercado e mestre em Finanças pela Fundação Getúlio Vargas (FGV)

Com ela, você vai entender o potencial de multiplicação que o esse minério pode representar para os seus investimentos daqui para frente.

1) Quais são as vantagens para a carteira ao se investir no urânio hoje?

Uma boa carteira diversificada deve ter commodities como um dos principais vetores, incluindo o urânio. Isso porque, diferente do que diz o senso comum, a energia nuclear não é mais como na década de 1950. Ela se tornou mais segura, produtiva e econômica. Com alguns reatores você consegue abastecer cidades por ano, e a demanda por essa energia limpa está crescendo bastante.

As empresas estão estudando a segurança e a produtividade da energia nuclear, como a TerraPower, empresa de Bill Gates com objetivo de melhorar a segurança e produção dos reatores utilizados nas usinas nucleares. Além disso, vem se destacando nesse segmento os minirreatores, estruturas com capacidade de abastecer as redes de satélite e até as bases em Marte durante 10 anos, algo importante para o avanço da corrida espacial.

Ou seja, a busca por energia nuclear, e consequentemente por urânio, vai aumentar bastante nesta década. As inovações vão fazer com que a energia nuclear entre numa nova rede de abastecimento de energia, de forma que consiga sustentar toda essa demanda de novos produtos que vem por aí.

2) Há quem diga que hora ou outra essas ‘energias do futuro’ vão sofrer taxações, sanções estatais e cair em desuso ou desvalorização por bater de frente com o ‘monopólio do petróleo’ e outras energias mais tradicionais. Faz sentido?

Quem pensa assim está errado. O petróleo é uma commodity em desuso no sentido de que cada vez mais os governos globais, alinhados com o acordo de Paris, estão forçando o abandono do uso de iniciativas que consomem muito carbono. Então o consumo do carbono vai ficar para trás e ser substituída pelas novas linhas de tecnologia.

Aliás, com o combustível fóssil, a sociedade não consegue ir além da eficiência técnica que já existe. E é aí que esse mundo farto de recursos começa a ficar atrativo: diante de um um modelo limitado, torna-se benéfico para as empresas explorar novas energias alternativas limpas e sustentáveis.

Só vai deixar de ter estímulo à energia limpa nos países que não têm capacidade produtiva de se enveredar nesse segmento.

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3) Além da questão de Marte e do abastecimento de energia nas cidades, em quais outros fatos você sustenta sua tese de investimento no urânio?

As duas maiores potências globais, China e Estados Unidos, já delinearam que vão rumar para a estratégia de energia limpa. No gigante asiático, por exemplo, não se vende mais carro a combustão. Só carro elétrico. Lá, para comprar um carro a combustão tem que entrar numa longa fila; já o elétrico é no dia seguinte.

Na Europa já impuseram regras muito restritivas a motores a combustão, o que está forçando as próprias empresas de petróleo a irem abrindo mão de focar no petróleo. Esse é o caso da British Petroleum (BP), que deixou de ser uma petroleira clássica para se tornar uma empresa em busca de novas energias, como a geotérmica, eólica, solar, nuclear.

Uma das coisas que estão no plano da BP é montar a rede de abastecimento de veículos elétricos. Ela vai fazer investimento de bilhões de dólares nesses novos postos, que vão substituir os de gasolina. Então quem fala que os governos querem perpetuar a economia do carbono, prejudicando quem bate de frente com o petróleo, não está acompanhando o que está acontecendo no exterior.

O mundo está percebendo que essa transição para o urânio e outras fontes de energia é sem volta (acesse aqui o fundo que te posiciona nessa transformação).

4) Elon Musk, dono da montadora de carros elétricos Tesla, e Bill Gates são alguns dos gigantes que acreditam na tese do urânio. Os investidores institucionais já estão olhando o urânio com outros olhos?

Elon Musk defende essa necessidade de geração de energia contínua do urânio porque ele enxerga o aumento da frota de carros elétricos, que realmente vai crescer muito, visto tudo que eu já disse. E para isso é necessário a geração de energia duradoura e menos sujeita a intempéries. No caso da eólica, por exemplo, as pás não giraram durante o inverno no Texas e desabasteceram a região. Com a nuclear isso não aconteceria nunca.

Sem contar que é uma fonte contínua de energia com custos de manutenção relativamente baixos.

Então acho que ele e Bill Gates estão vendo que as coisas devem continuar numa dinâmica positiva nos próximos anos. Investidores institucionais, como hedge funds, já estão olhando para o case das energias limpas, e o urânio é um dos vetores que vai ajudar esse segmento. O URA [Global X Uranium ETF], por exemplo, está saindo só agora da inércia, com mais de 100% de alta em 12 meses.

5) No último bull market do urânio, de 2003 a 2007, vimos lucros exponenciais com ações desse mercado que subiram quase 90.000%. Comparando o passado com o presente e o que pode acontecer no futuro, lucros exponenciais ainda são possíveis?

Com certeza, mas temos que tomar cuidado ao olhar esses cenários. O que teve naquela época foi uma bolha, com as ações subindo sem fundamentos e depois derretendo. Além disso, a tecnologia não estava tão desenvolvida como agora. Enquanto no passado pairava o medo, hoje temos a questão da eletrificação das frotas ao redor do mundo, diminuição do carbono, mais segurança e mais pesquisas tecnológicas.

Então agora existe uma dinâmica mais inteligente, na qual investidores estão aplicando no urânio embasados no lançamento de empresas, em decorrência do maior uso dessa fonte de energia. Por conta disso, não faz sentido um crescimento sem explicação acontecer de novo: o que é possível é o urânio dobrar ou até triplicar o valor investido no longo prazo.

A gente vai ver nesse segmento retornos superiores à média das demais energias tradicionais. As energias verdes vão crescer bastante nas próximas décadas

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6) O fundo de Urânio da Vitreo é inédito no Brasil e inspirado na sua série Money Rider, que já entregou lucros de 100% a 1000% em ações internacionais. Além da sua expertise em ativos do exterior, por que você recomenda investir pelo fundo na tese do urânio?

O urânio vai ter um incremento de demanda muito importante e o fundo da Vitreo chega num momento interessante, no qual começamos a capturar essa arrancada. Ele vai conseguir captar tudo isso que eu disse de uma forma muito fácil via mercado futuro de urânio, com operações de swaps para captar o preço da commodity no mercado internacional, ETFs das mineradoras e empresas que a utilizam na produção de outros materiais.

Ou seja, para o investidor interessado em abraçar o desenvolvimento dessa indústria nos próximos anos, a melhor alternativa é o Vitreo Urânio (conheça-o clicando neste link ou na frase abaixo).

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