Debêntures participativas da Vale (CVRDA6): conheça um outro jeito de aproveitar o superciclo das commodities
Esses papéis, mais acessíveis aos investidores do varejo, pagam rendimentos semestrais baseados na receita em dólar da gigante da mineração. E já é possível investir na Vitreo, a partir de R$ 15 mil.
O mundo parece estar entrando em um superciclo das commodities, um período prolongado de elevados preços das matérias-primas. Esse movimento será impulsionado principalmente pela forte demanda da China e dos Estados Unidos, duas potências que devem liderar a recuperação da economia global pós-crise da pandemia do coronavírus.
Assim, a Vale, uma das maiores mineradoras do mundo - que registrou um grande salto no seu resultado referente ao primeiro trimestre de 2021 – conta com um cenário à frente bastante promissor.
Os metais industriais estão em uma tendência de valorização. Recentemente, o minério de ferro com teor 62% vem sendo negociado acima de US$ 200 a tonelada, batendo recordes. No ano, a valorização é de 44%.
Não é à toa que as ações da Vale estão sendo tão recomendadas por analistas e procuradas pelos investidores.
Mas, existe uma maneira diferente, ainda pouco conhecida, de investir na companhia, que é através das debêntures participativas perpétuas da Vale (CVRDA6).
São títulos de crédito privado que pagam prêmios (rendimentos semestrais), quando as receitas da empresa atingem certos limites, o que será detalhado mais adiante.
Afinal, o que são essas debêntures?
Você já tinha ouvido falar nesse ativo? Provavelmente, não. Então, segue uma breve explicação.
Esses títulos foram emitidos pela Vale no final dos anos 90, antes da sua privatização. Na época, a empresa emitiu e distribuiu a todos os seus acionistas 388,6 milhões de debêntures – uma para cada participação acionária.
A maior parte ficou com a União e com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), 55% do total em circulação. A intenção do governo federal era participar dos ganhos da produção da mineradora, mesmo depois da companhia passar para o controle privado, sem incorrer nos riscos e na volatilidade associados às suas atividades.
Ao longo de mais de 20 anos, poucos deram atenção a esses papéis, com preços estagnados e poucas negociações no mercado secundário, ou seja, vigorou a baixa liquidez.
Agora, essas debêntures voltaram aos holofotes. Isso porque, no início de abril deste ano, a União e o BNDES venderam todos os papéis que detinham, dentro de uma série de medidas com o objetivo de aliviar as contas públicas e reduzir o déficit fiscal.
Então, esse enorme suprimento de debêntures aumentou a liquidez e abriu oportunidades para novos investidores, bem no momento de aproveitar o novo ciclo de alta das commodities.
CVRDA6: fique por dentro das características da debênture participativa perpétua
À primeira vista, pode parecer que é algo complexo, mas a dinâmica desse título pode ser explicada de uma maneira clara e simples.
Essa debênture da Vale é participativa, pois seus titulares têm participação em resultados específicos da empresa.
Além disso, é perpétua, pois trata-se de um título sem prazo de vencimento.
Esse título têm cotação diária no mercado. Atualmente, o seu preço está em algo entre R$ 50 e R$ 60, depois de quase ter dobrado nos últimos 12 meses, segundo dados da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais).
A grande vantagem dessa debênture é que ela paga prêmios semestrais (também costumam ser chamados de cupons ou rendimentos por agentes de mercado). Esses pagamentos são variáveis - não há uma taxa específica. O motivo disso é que esses prêmios estão vinculados às receitas de algumas minas – o Sistema Norte, em Carajás, no Pará, e o Sistema Sudeste.
Conforme a escritura da debênture, ou seja, seu documento oficial, equivalem a 1,8% da receita líquida de minério de ferro, 1,25% da receita líquida de cobre, ouro e subprodutos e 1% dos demais minerais.
Um ponto relevante é que as receitas são em dólares e, depois, convertidas em reais para a distribuição dos prêmios/cupons.
Como a Vale exporta grande parte da produção, tem sua receita quase 100% dolarizada. Como o dólar segue valorizado frente ao real, isso se configura em benefício adicional para a companhia - e para seus investidores.
Portanto, essa é uma oportunidade de ter renda extra, dinheiro pingando na sua conta a cada seis meses. Significa ainda ter uma moeda forte na carteira.
A Empiricus, com base em dados da Vale, bancos e assets, projetou os prêmios semestrais atrelados às receitas, que podem ser pagos nos próximos anos.
De acordo com estimativas de analistas da Empiricus, a debênture da Vale (CVRDA6) pode oferecer um yield nominal (rentabilidade do prêmio) entre 7% e 10% para os próximos 12 meses em dólares, dependendo de cenários – do pessimista ao otimista.
Como investir nas debêntures participativas da Vale? É muito fácil...
Agora, as debêntures participativas Vale (CVRDA6) estão mais acessíveis.
Na plataforma da Vitreo, é possível fazer esse investimento a partir de R$15 mil, no horário de funcionamento do mercado.
Esse tíquete é muito menor do que o de outros bancos e corretoras, onde temos visto um valor inicial mínimo de investimento acima de R$ 100 mil.
Outra vantagem é que, na Vitreo, a taxa é zero para qualquer operação relacionada às debêntures participativas da Vale.
Em relação à tributação, as debêntures seguem a regra comum dos ativos de renda fixa. As alíquotas de Imposto de Renda (IR) observam a tabela regressiva, conforme o tempo da aplicação. A alíquota começa em 22,5% para investimentos até seis meses, chegando a 15%, quando o período for superior a dois anos. Neste caso, o IR incide nos ganhos de capital auferidos no momento da venda dos títulos, assim como nos pagamentos dos prêmios semestrais.
Agora você já sabe tudo sobre as debêntures participativas da Vale (CVRDA6), pode aproveitar mais essa oportunidade para lucrar com o novo superciclo das commodities e receber uma renda extra semestral.