Escolhas acertadas da vida adulta, intercâmbio e empreendedorismo no Brasil; veja como foi o episódio #36 do Puro Malte
Os sócios da Empiricus conversaram sobre as decisões que tomaram no início da vida adulta que formaram as pessoas que são hoje e deram suas opiniões sobre o ato de empreender no Brasil
Já parou para pensar no impacto das decisões que você tomou quando tinha 18 anos e acabava de começar a vida adulta? Esse foi o assunto central do Puro Malte de hoje, podcast que reúne os sócios da Empiricus, Felipe Miranda, Rodolfo Amstalden e Beatriz Nantes, e o diretor de comunicação, Ricardo Mioto, para uma “conversa de bar” às sextas-feiras.
Se você ainda não conhece o Puro Malte, deixo aqui o meu conselho para que passe a ouvi-lo. É o programa ideal para quem quer ficar atualizado sobre o mundo dos investimentos, ao mesmo tempo em que se diverte com os comentários descontraídos e reflexivos dos sócios da casa de análise financeira.
A seguir, quero te contar como foi o episódio #36 do podcast e te dar o caminho para que você possa ouvir o programa na íntegra:
Você é uma pessoa ‘feijão com arroz’?
Felipe Miranda disse que se considera uma pessoa “feijão com arroz”. Apesar de transpassar confiança, o estrategista-chefe da Empiricus disse que, na verdade, julga-se inseguro e até mesmo medroso. Ele chegou à essa conclusão após os sócios levarem uma longa conversa sobre as escolhas que fizeram logo no início da vida adulta.
Bia Nantes lembrou que está com a mesma pessoa desde a época de faculdade, há 12 anos. Mas recorda que, em um dado momento da vida, eles tiveram que se separar por terem feito escolhas diferentes. Seu companheiro quis fazer intercâmbio e ela ficou no Brasil, continuou a faculdade e foi trabalhar.
Ela recorda que também gostaria de ter feito intercâmbio, mas infelizmente não teve a oportunidade. Viu as amigas e o namorado saírem do país, e foi em busca de colocação no mercado de trabalho. Olhando para trás, considera que fez escolhas acertadas para a sua vida. Por causa disso, acabou sendo contratada no InfoMoney, onde Felipe Miranda trabalhava, e foi convidada para fundar a Empiricus.
Hoje, Bia considera que há decisões que tomamos ainda novos e que ditam o rumo do resto de nossas vidas. Para ela, uma delas foi ficar no Brasil e decidir ir trabalhar na Empiricus. E a segunda foi decidir ter seu filho, Matheus.
Para o Felipe, nunca foi uma alternativa morar fora… Ele nunca quis ir fazer intercâmbio por medo. Mas hoje gostaria que seu filho seguisse passos diferentes dos seus. “Espero que ele seja mais aberto para o mundo do que eu. Eu sou muito “feijão com arroz”, disse.
Já Rodolfo tem uma opinião diferente sobre o desejo de fazer intercâmbio: “morar fora pra mim é algo superestimado”. Ele estudou na Universidade de São Paulo e, para ele, é a mesma coisa do que estudar em qualquer outra universidade do mundo. No entanto, ressalta que a experiência de sair da “zona de conforto” para um lugar diferente é sim muito rica. E isso independe da idade e pode ser em qualquer lugar, até mesmo no Brasil.
Bia e Rodolfo gostam muito de ter uma rotina. Por isso, acham que é essencial encontrar uma forma de “escapar” dela de vez em quando. Hoje, a Diretora de Operações da Empiricus gostaria de poder morar ao menos um ano em outro lugar, como na Espanha, por exemplo. Para ela, seria uma forma de se desprender das amarras que ainda tem com seus pais.
É difícil empreender no Brasil?
Em um segundo momento do podcast, um ouvinte perguntou aos sócios se é difícil empreender no Brasil. Felipe logo respondeu que se considera um liberal, tanto nos costumes quanto na economia. Por isso, acredita que o Estado não deve atrapalhar, mas também não tem a obrigação de dar incentivo.
Na Empiricus, os sócios nunca pediram nenhum incentivo ou ajuda do governo, esse é o princípio liberal. “Se você não quer pagar mais imposto, então não peça por incentivo. Essa conta não fecha”, afirmou o estrategista. Como exemplo, lembrou-se dos entraves que a casa de análise teve com os governos Lula e Dilma (PT).
Ambos os governos tentaram processar a Empiricus. Mas, ironicamente, Felipe revela que isso foi de grande ajuda. Só dessa forma eles adquiriram a notoriedade que têm hoje. “Informação é algo antifrágil, por isso o governo acabou ajudando”, brincou.
Já Rodolfo, que atua diretamente na área financeira da Empiricus, afirma que nunca viu um empresário quebrar por causa de impostos. Ele acredita que um negócio pode dar muito certo ou errado a depender da ideia do empreendedor. “O imposto não faz diferença, é uma questão de pouca relevância para abrir um negócio no Brasil”.
Por fim, Felipe, Rodolfo, Bia e Mioto deram algumas recomendações culturais de coisas que estão assistindo e lendo no momento. A seguir, listei todas as indicações que foram dadas no Puro Malte episódio #36:
- “Os Sete de Chicago”, filme de Aaron Sorkin disponível na Netflix;
- “12 Homens e uma Sentença”, um filme de 1957 recomendado por Rodolfo;
- “Klara e o Sol”, livro de Kazuo Ishiguro;
- “Cachorro Velho”, livro de Teresa Cárdenas recomendado por Bia Nantes.
Esse foi o “resumão” dos melhores momentos do episódio 36 do Puro Malte. Se quiser saber como foi a conversa completa, recomendo que escute o podcast na íntegra. É só apertar o “play” aqui em baixo. E fique ligado, toda sexta-feira tem um episódio novo.