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João Escovar
Jornalista especializado em Finanças
CONTEÚDO VITREO

Cristiano Ronaldo chutou errado? Lucro da Coca-Cola explode no 2º trimestre e mostra solidez das ações americanas

Empresa de alimentos e bebidas tem excelentes resultados e reforça as vantagens de investir no exterior

João Escovar
22 de julho de 2021
11:17
Imagem: Andrei Morais/Shutterstock/Divulgação

Ele é considerado um dos melhores jogadores de futebol da história, tem cinco “bolas de ouro”, conquista títulos e recordes e ainda é dono do perfil com mais seguidores no Instagram (316 milhões). Nada disso foi suficiente para Cristiano Ronaldo desbancar os excelentes resultados da empresa que também é mundialmente conhecida e recordista em seu segmento: a Coca-Cola.

Se você não bebe refrigerante, não sabe explicar a regra do impedimento ou simplesmente esteve alheio à história, explico. Entre junho e julho deste ano, aconteceu a Eurocopa, torneio entre seleções europeias que só perde em importância na hierarquia do futebol para a Copa do Mundo. Naturalmente, o maior craque de Portugal estava lá. E a Coca-Cola, tradicional patrocinadora de eventos esportivos, também.

Pois bem, durante uma coletiva de imprensa do torneio, o craque português se posicionou para conceder uma entrevista em uma bancada que continha garrafas do refrigerante. Conhecido por sua rigidez em termos de dieta, o jogador retirou o produto da mesa e colocou uma garrafa de água, inclusive sugerindo que as pessoas deveriam consumi-la - e não a bebida industrializada.

Após o episódio, uma oscilação das ações da Coca-Cola criou toda uma narrativa de embate entre a empresa e CR7. Se isso para você fazia algum sentido até hoje, já caiu por água abaixo. O lucro da companhia americana subiu quase 50% neste segundo trimestre, conforme balanço divulgado nesta quarta-feira.

CR7 puxou a ação para baixo?

Logo após o ato do português, as ações da Coca-Cola chegaram a cair cerca de 1%, o que representava uma perda de valor de mercado da ordem de US$ 4 bilhões. Pronto, bastou a balançada para que a história fosse comprada: “CR7 derrubou os papéis da gigante americana!”

Nos dias posteriores, outros jogadores fizeram o mesmo, a ponto de a Uefa (entidade que organiza a Eurocopa) se manifestar publicamente contra o boicote, alegando que ele compromete o financiamento e a realização do evento esportivo. Muitos resgataram inclusive propagandas antigas do craque, para redes de fast-food e inclusive para a própria Coca-Cola.

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Claro que a narrativa de um astro global fazendo campanha contra uma das marcas mais consolidadas da economia mundial, somada a pitadas de análises sobre a mudança de padrões de consumo e busca por um estilo de vida mais saudável, bombaram na internet. E a ação seguiu caindo por mais alguns dias, mais precisamente por duas semanas, conforme este gráfico:

Gráfico do comparador Real Valor mostra a queda do BDR da Coca-Cola após o episódio com Cristiano Ronaldo.

Cada coisa no seu lugar...

Apesar dos movimentos de queda, é preciso entender o que houve. No pregão do dia 15 de junho, quando Cristiano demonstrou sua falta de apreço pela Coca, apesar da queda brusca em um primeiro momento, a ação fechou com baixa de apenas 0,25%, algo absolutamente recorrente no mercado financeiro, o que não indica nenhuma anormalidade ou fator influenciador.

Por outro lado, analisando o desempenho do BDR de Coca até esta quarta-feira, já é possível perceber que o ativo não só recuperou como ganhou valor. COCA34, por exemplo, era negociada na faixa de R$ 46 e agora é vendida por R$ 49. A ação na bolsa americana, que não considera a variação cambial, também já está acima dos patamares de junho.

Após a virada do mês de julho, ação da Coca-Cola voltou a se recuperar. Fonte: Google.

Essa rápida recuperação demonstra que, basicamente:

  • Por mais influente que seja, a opinião de Cristiano Ronaldo pouco impactou na Coca-Cola;
  • As oscilações podem ser naturais do mercado ou apenas refletir o comportamento de investidores desesperados;
  • É muito difícil um fator externo derrubar uma empresa americana consolidada, diversificada e globalmente atuante, como Coca-Cola, Amazon, Apple, entre outras.

Os números não mentem: lucros da Coca-Cola explodem no 2º trimestre

Conforme divulgado no balanço oficial da empresa relativo ao 2º trimestre de 2021, a receita líquida chegou a US$ 10,1 bilhões, uma alta de 42% na base anualizada. O movimento se repetiu por todo o balanço: o lucro líquido avançou 48% e chegou a R$ 2,6 bilhões, o que implicou em um resultado de US$ 0,68 por ação, mais de 20% acima da projeção de mercado, que era de US$ 0,56.

“Nossos resultados no segundo trimestre mostram como nosso negócio está se recuperando mais rápido do que a economia como um todo, puxado por nosso acelerado projeto de transformação”, comentou James Quincey, CEO e chairman da Coca-Cola.

O aumento da receita foi resultado tanto de uma ampliação das vendas como de alteração no preço e no mix de produtos comercializados. As vendas aumentaram em todas as macrorregiões globais, sendo que na América Latina a alta de 41% foi liderada por Brasil e México.

O segredo da Coca é o mesmo do mercado americano

Mas como a influência da personalidade mais seguida no Instagram, além de toda uma discussão sobre as mudanças de hábitos pouco afetou a Coca-Cola? Bem, a empresa conta com três importantes características que, de maneira geral, também estão presentes nas principais ações negociadas no mercado americano:

1 - Solidez

A Coca-Cola é uma empresa centenária, presente nos principais índices de ações e que apresenta bons resultados ao longo de décadas. Da mesma maneira, o S&P 500, balizador da bolsa americana, mostra crescimento constante, multiplicando o capital dos investidores em sete vezes nos últimos 20 anos, fruto de uma estabilidade institucional e de um mercado maduro e propício ao desenvolvimento.

2 - Alta capilaridade

O carro chefe da Coca-Cola é seu refrigerante homônimo, o mais vendido no planeta. A consciência de marca do produto é uma das construídas com maior êxito em toda a história da publicidade e, em alguns mercados, seu consumo já se tornou algo cultural. É vendida em praticamente todo o canto do mundo. O mesmo acontece com outras importantes empresas americanas: quase todo mundo utiliza o Google para fazer buscas, tem conta em alguma rede do Facebook, utiliza o Windows ou assiste conteúdos da Netflix. Essa globalização das empresas é mais um fator que garante segurança às ações americanas.

3 - Diversificação e inovação

Não se prender ao que deu certo é algo recorrente da economia estadunidense. Apesar do êxito em seu refrigerante mais famoso, a Coca-Cola investe na diversificação de seu portfólio, dando um espaço cada vez maior para energéticos, sucos, cafés, chás e, pasmem, até para a água colocada pelo Cristiano em sua mesa. 

Mesmo ancorada em produtos tradicionais, a empresa vislumbra e busca atender aos novos hábitos de consumo. As companhias americanas fazem o mesmo: as big techs, por exemplo, estão sempre antevendo o futuro e criando novas soluções. Outro caso interessante é a das farmacêuticas Pfizer, Moderna e J&J, que desenvolveram em pouco tempo vacinas de excelente qualidade contra a Covid-19.

Investir no exterior: a melhor maneira de proteger seu dinheiro

O mercado norte-americano é, indiscutivelmente, aquele que apresenta mais estabilidade para o investidor. Imagine o que aconteceria se o Cristiano Ronaldo tivesse comprado briga com uma empresa brasileira, muitas vezes com pouca inovação e diversificação, além de padrões menos consolidados de mercado? O resultado poderia ser diferente.

O fato é que, além de ter uma moeda forte, gerando valor no mundo, os Estados Unidos têm uma segurança institucional que deixa a economia funcionar. Por lá, é mais difícil que um escândalo ou picuinha política culmine numa queda generalizada da bolsa.

Por outro lado, as empresas americanas estão sempre inovando. Isso possibilitou que gigantes da tecnologia, como a Amazon, crescessem 805.000% desde a década de 1990. Isso mesmo: quem colocou US$ 1 mil na empresa de Jeff Bezos, o mesmo que foi para o espaço nesta semana, hoje tem mais de US$ 8 milhões.

Para os próximos anos, as ações mais promissoras no mercado americano estão em dois principais segmentos, segundo João Piccioni, analista especializado em ações estrangeiras. O primeiro é a tecnologia, com destaque para a implantação das redes de 5G em todo o mundo. O segundo é o setor de energia, que deve dar suporte à retomada da atividade pós-pandemia.

Analista João Piccioni, especialista em ações estrangeiras. Crédito: Divulgação/Empiricus.

João é responsável pela assinatura Melhores Ações do Mundo, da Empiricus, que conta com uma lista de ativos capazes de multiplicar o dinheiro do investidor, sem exposição a riscos cambiais ou intrínsecos a economias em desenvolvimento, como o Brasil.

O analista é reconhecido por recomendações de ganhos certeiras com ações da AMD, empresa de microchips que subiu 928% desde janeiro de 2018, e da gigante Apple, que rendeu 460% desde agosto de 2017. Agora, ele prepara uma nova tacada capaz de proteger o patrimônio dos investidores que não querem deixar seu dinheiro exposto às oscilações do Brasil.

Investir no exterior ficou mais fácil… sem dólar nem inglês

Muita gente ainda não investe ou nem ao menos procura se informar sobre ações no exterior porque acredita ser algo muito complicado, restrito a investidores grandes e profissionais. Embora hoje já seja possível investir em BDRs ou operar no exterior com corretoras brasileiras, muita gente fica insegura. A questão é que o Brasil representa apenas 2% da economia global - e não faz sentido ficar preso apenas ao nosso país.

Mas, calma, pra tudo sempre há uma solução. Pensando no investidor que quer aplicar nos Estados Unidos sem grandes burocracias e que não tem tempo de ficar acompanhando ações na gringa, a Vitreo lançou o fundo MAM, que se inspira nas recomendações de João Piccioni. 

Através desse produto, que pode ser acessado como qualquer outro fundo de qualquer corretora, é possível investir em empresas sólidas, com bons fundamentos e histórico de crescimento perene. Veja só algumas características do Vitreo MAM:

  • Alocação mista: ações sólidas para segurar e oportunidades de ganho pontuais;
  • Gestão ativa da Vitreo: você não precisa fazer nada, apenas colocar e tirar seu dinheiro;
  • Investimento a partir de R$ 100;
  • Taxa de administração de apenas 0,9% ao ano, ou seja, para cada R$ 100, você paga só R$ 0,90 para contar com o trabalho de especialistas de alto nível;
  • Taxa de performance: 20% sobre o que exceder o S&P500 (principal índice de ações dos EUA); esta taxa, contudo, é aquela que você paga com gosto, pois só é cobrada se você bater os lucros do principal mercado do planeta.

São condições realmente difíceis de se encontrar no mercado. A Vitreo, para quem não conhece, é uma plataforma de investimentos que surgiu com o objetivo de democratizar produtos mais sofisticados, tornando-os acessíveis para o investidor comum. É justamente o caso do fundo MAM (saiba mais aqui), que permite a aplicação em ações de gigantes como Apple, Microsoft e Amazon em poucos cliques.

O sucesso vem sendo tão grande que a Vitreo já tem mais de R$ 11 bilhões sob custódia - e a entrada de novos investidores e aportes não para.

Segundo João Piccioni, o momento de recuperação econômica da economia americana é capaz de multiplicar o dinheiro dos investidores por sete em apenas dois anos.

Portanto, não perca tempo: clique no botão abaixo para saber mais sobre o Vitreo MAM, que permite que você proteja seu patrimônio com as empresas mais sólidas do mundo, sem grandes complicações.

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