Onde investir com o 13º? As melhores escolhas para 2022 de acordo com seu perfil
Renda extra no final do ano é uma grata surpresa, mas nem sempre é tão bem aproveitada quanto poderia ser
No controle financeiro das grandes empresas, o pagamento do 13º salário aos seus funcionários é provisionado durante o ano todo e distribuído mês a mês, afinal, é um gasto embutido na contratação daquele trabalhador.
Entretanto, é raro o empregado que já distribui essa renda extra como parte do seu orçamento ao longo do ano. A maioria “esquece” desse dinheiro a partir de janeiro e, quando chega o fim do ano, tem uma grata surpresa: um salário a mais, disponível para gastar ou investir, sem comprometer as contas.
Todo mundo sempre quer um pouco mais de dinheiro na conta e a pergunta “o que fazer com o 13º?” parece estranha, mas a verdade é que muita gente chega no fim do ano sem planos definidos para esse dinheiro – e muitas vezes acaba torrando tudo em compras e festas.
Contudo, isso acaba sendo um desperdício de uma oportunidade de recolocar a vida financeira nos eixos e plantar algumas sementes pensando no futuro, o que nem sempre dá para fazer todos os meses.
Pensando nisso, separamos algumas ideias que podem ser bons destinos para seu 13o. salário. Confira:
1 – Pensar nos gastos de início de ano
Se o dinheiro a mais no fim do ano anima, a alegria não costuma durar muito para quem não se planeja. São muitos os gastos que se concentram no início de ano, como IPVA, IPTU, além de matrícula e materiais escolares – e é interessante que, se não houve um planejamento com reservas para essas despesas, que o 13º entre nessa conta.
Afinal, os tributos muitas vezes trazem descontos relevantes para quem paga à vista e, além disso, não é interessante já começar o ano se enrolando com esse tipo de despesa.
2 – Quitar dívidas
Antes de pensar em qualquer tipo de investimento, o mais interessante é usar o dinheiro extra do 13º para quitar dívidas, como pendências com o cartão de crédito ou com o cheque especial. Afinal de contas, as dívidas acabam atuando como um investimento ao contrário: ao invés de você emprestar dinheiro e “cobrar” por isso, está tomando emprestado e sendo cobrado.
A balança, contudo, é bem desequilibrada: normalmente os juros que você paga em uma dívida são bem superiores aos que você recebe por fazer um investimento ou aplicação. A prioridade, portanto, na maioria das vezes, deve ser quitá-las.
3 – Investir
Se não há nenhuma dívida a ser quitada ou amortizada e os gastos para o início do ano estão sob controle, pode ser o momento ideal para você começar a investir ou então dar um passo maior rumo à sua jornada da independência financeira.
Além da renda extra disponível, o fim do ano é um momento propício para planejar e organizar as finanças, pensando em metas e objetivos, corte de gastos e novas formas de obter renda.
O BTG Pactual, o maior banco de investimentos da América Latina, tem em sua prateleira inúmeros ativos e produtos para a diversificação do portfólio, além de oferecer conteúdos gratuitos - artigos, vídeos, podcasts e ebooks, que ajudam investidores como você a organizar o orçamento; planejar a alocação do portfólio de investimentos e entender mais sobre o mercado e os ativos financeiros.
Eis aqui os principais pontos para você fazer o planejamento da sua carteira, aproveitando o 13o:
Os segmentos mais promissores para você investir em 2022
Todos esperavam que 2021 seria um ano de recuperação plena da economia pós-Covid, com a vacinação em massa e a retomada da atividade, mas não foi bem assim que as coisas se desenrolaram.
A inflação medida pelo IPCA em doze meses já é de 10,74% e, na tentativa de controlar a alta de preços, o Banco Central vem promovendo uma escalada na taxa de juros. A Selic, que abriu o ano em 2% a.a., já está em 9,25% a.a., com previsões de alta para a próxima reunião, o que deve levar os juros a dois dígitos.
Segundo o boletim Focus, que mede as expectativas de importantes instituições do mercado, o IPCA em 2022, deve ficar acima das expectativas do mercado, em 5,02%, e os juros fechando o ano na casa dos 11,5% a.a.
Tudo isso sem contar a derrapada das ações na bolsa: O Ibovespa, após ter batido recordes acima dos 130 mil pontos, despencou e vem operando abaixo dos 110 mil, tendo roçado os 100 mil.
Diante desse cenário, quais tipos de investimentos seriam interessantes para posicionar seu 13º? Separamos uma lista com opções interessantes em que você pode diversificar, distribuindo seu risco e aumentando as chances de ter uma boa rentabilidade; confira:
Formar uma reserva de emergência
A primeira coisa a se pensar em busca de independência financeira é formar uma reserva para gastos que possam surgir em casos de imprevistos. Para isso, é necessário procurar produtos que tenham liquidez imediata, ou seja, que você possa resgatar a qualquer hora ou em um intervalo curto de tempo.
Isso é importante porque, embora esses investimentos costumem apresentar rentabilidades inferiores aos que exigem que você “trave” seu dinheiro por mais tempo, você pode resgatá-los ou transformá-los rapidamente em dinheiro em caso de necessidade, sem ter que recorrer a dívidas.
Além disso, são investimentos que precisam ter baixo risco, já que serão o seu porto seguro para eventualidades. Veja algumas boas opções:
- Fundos de Renda Fixa: Esses fundos aplicam seus recursos em títulos públicos ou privados com rendimento previsível. Ao optar por essa modalidade, o ideal é contratar produtos com taxa zero ou muito baixa – e ficar atento à liquidez. Para reserva de emergência, os mais procurados são os fundos DI, que tendem a seguir a rentabilidade da taxa Selic.
- Tesouro Selic: A compra direta de títulos públicos também pode ser uma boa opção para a reserva de emergência. Além de ganhar com a alta de juros, esses papéis não sofrem tanto com as oscilações da “marcação a mercado” e possuem elevada liquidez.
- CDB com liquidez diária: o CDB é um título de renda fixa oferecido por bancos para captar dinheiro dos clientes e financiar suas operações. São seguros e garantidos pelo Fundo Garantidor de Crédito até R$ 250 mil. Neste caso, é essencial que ele tenha liquidez, pois alguns exigem que o resgate seja feito apenas no vencimento do título.
Aproveitar o bom momento da renda fixa
Com os juros subindo e a expectativa de novas altas no futuro, os investimentos em renda fixa começam a ficar muito atrativos, já que, normalmente, eles incorrem em um retorno mais previsível e de menor risco.
Para esse tipo de investimento, é importante analisar todas as condições: prazo, liquidez, impostos e especialmente o tipo de emissor, para medir o risco. Títulos do Tesouro ou CDBs de até R$ 250 mil por CPF, são de baixíssimo risco, já que estão vinculados ao governo ou garantido pelo FGC.
Bolsa está muito barata – e uma exposição pode trazer bons resultados
Com a queda recente do Ibovespa, o índice está muito barato se comparado ao lucro entregue pelas empresas. Para obter R$ 1 de lucro, por exemplo, hoje o investidor precisa aportar cerca de R$ 6,95. No início do ano, esse valor chegou a ficar na cada dos R$ 20.
Portanto, num cenário de estabilização – ou ao menos um resfriamento – das tensões políticas e fiscais do país, as ações podem se valorizar.
Claro que ainda existem muitas incertezas e não é o ideal expor grande parte do patrimônio, ainda mais com o bom momento da renda fixa, mas uma alocação leve pode turbinar a rentabilidade de carteira.
Tenha sempre em mente que o stock picking é essencial, ou seja, é preciso escolher as ações com com critério, observando se as empresas têm bons fundamentos e com potencial de crescimento. Isso porque existe um grupo seleto de companhias que podem performar muito acima do Ibovespa, principal índice de referência da Bolsa.
E você pode consultar um advisor, caso não esteja por dentro da realidade das companhias listadas. Recorrer ao auxílio de um profissional de investimentos pode ser interessante para que você tenha boas indicações tanto de ações diretamente quanto de fundos de ações.
Criptomoedas caindo no gosto dos brasileiros
Cerca de metade dos brasileiros que investem em criptomoedas começaram em 2021. O número mostra a expansão do mercado de ativos digitais no país, beneficiado pelo recorde de valorização do bitcoin (que depois sofreu uma forte queda), além da popularização de segmentos antes mais abstratos de criptoativos como NFTs, De-Fi, entre outros.
Para quem deseja uma pimentinha na carteira ou até mesmo conhecer esse universo, vale começar, mas com muita cautela. Outra boa opção são os fundos de criptomoedas, em que você investe como faz com um fundo comum.
Os fundos são uma forma prática e descomplicada de diversificar e mergulhar no potencial dos criptoativos, sem a necessidade de ter wallets e, o melhor, com a gestão de especialistas que acompanham o mercado de perto, selecionando as melhores oportunidades.
Por que não investir com foco no futuro e ainda fugir do Imposto de Renda?
Uma boa oportunidade, especialmente neste finalzinho de 2021, é pensar em investimentos na previdência privada, que tem grandes benefícios fiscais para quem pensa no longo prazo. Além de alíquotas mais baixas para quem deixa o dinheiro por 10 anos, por exemplo, quem faz aportes do regime PGBL pode deduzir até 12% de sua renda tributável.
Em outras palavras: os aportes feitos até o dia 31 de dezembro podem ser deduzidos na declaração do Imposto de Renda do ano que vem e ainda engordar a restituição no ano que vem. E seu dinheiro segue rendendo no fundo escolhido.