Mercados hoje: novos balanços, desdobramentos em Brasília e inflação dos EUA
Com a PEC do voto impresso derrotada na noite de ontem (10), o mercado retorna atenção na Câmara na expectativa da votação do novo Imposto de Renda. Lá fora, o destaque é para inflação norte-americana
Bom dia, pessoal!
Depois de ser norteado ontem (10) pela aprovação bipartidária do pacote de infraestrutura, o mercado internacional volta a atentar aos EUA, com investidores aguardando que a taxa de inflação americana, a ser divulgada hoje, cresça a um ritmo mais lento em julho em relação ao ano anterior; isto é, ligeiramente inferior aos 5,4% de junho. Uma leitura mais alta do que o esperado pode sugerir que a inflação é mais persistente e aumentar o risco de um cronograma de aperto monetário mais estreito do Fed.
Também há preocupação com a propagação da variante delta na Ásia, o que resultou em nova imposição de restrições de viagens na China – partes do Japão, incluindo Tóquio, a capital, permanecem em estado de emergência. O Brasil, por sua vez, corre o risco de seguir sua própria dinâmica, com muito fator político de Brasília a ser digerido ao longo do pregão.
A ver...
Back to basics: o temor fiscal volta a assombrar
Depois de rejeitar a PEC do voto impresso por 79 votos – foram 229 votos a favor versus 218 contrários (houve 65 ausências), mas para PEC é necessário 2/3 de apoio –, voltamos a prestar atenção na Câmara, com a expectativa de votação nesta quarta-feira (11) do projeto do Imposto de Renda, que teve um novo parecer apresentado na noite de ontem pelo relator Celso Sabino (PSDB-PA). O mercado deverá ler com cautela adicional o texto a ser aprovado, enquanto também aguarda pela votação da reforma política, na quinta-feira (12), e da reforma administrativa, esperada para o final de agosto.
Há uma renovação de desconforto por parte do mercado frente às incertezas que rodeiam a PEC dos Precatórios – pelo que temos, ficou soando um pouco como pedalada, o que gera aversão ao risco por parte dos agentes. Para ilustrar, ontem à noite, o Ministério da Economia assumiu que alterou a regra de ouro, que veda que os ingressos financeiros oriundos do endividamento (operações de crédito) sejam superiores às despesas de capital (investimentos, inversões financeiras e amortização da dívida), para ter maior agilidade na disponibilização dos recursos públicos. Tais manobras devem ser absorvidas negativamente pelo mercado.
Leia Também
Mais sobre o tema do ano: inflação
Lá fora, o principal evento de hoje será a divulgação dos números da inflação para julho dos EUA. Na verdade, não se trata do número em si, mas o que ele pode significar para os planos do Federal Reserve (Fed) de começar a endurecer sua política monetária. Nos últimos 12 meses, a inflação dos EUA tem corrido em seu ritmo mais rápido em décadas, em meio a gargalos e escassez da cadeia de suprimentos à medida que a economia reabre. Mas as autoridades permaneceram focadas nas expectativas de inflação de longo prazo, que não mudaram tanto, indicando que a alta recente é de cunho temporário.
Projeta-se uma alta de 5,3% na comparação anual, após ganho de 5,4% em junho – junho foi a maior alta desde julho de 2008, com o IPC em seu nível mais elevado em 30 anos. O núcleo do IPC, que exclui os preços voláteis de alimentos e energia, deverá aumentar 4,3%, em comparação com 4,5% anteriormente. Vale pontuar que, se avaliarmos as minúcias do número, notaremos que uma quantidade muito pequena de itens tem variações de preço muito grandes. Tais distorções são o que leva o Fed a entender este momento inflacionário como transitório.
Finalmente, aprovado!
O Senado dos EUA finalmente aprovou o projeto de redistribuição fiscal de infraestrutura de cerca de US$ 1 trilhão com apoio bipartidário – a votação foi de 69 a favor e 30 contrários –, partindo agora para a Câmara. Agora, os democratas já trabalham no próximo passo, naquele projeto que se entende como de “infraestrutura humana”, de US$ 3,5 trilhões, que não deve ter sua redação finalizada antes do início de setembro.
O próximo plano inclui gastos com a expansão do Medicare (programa para a saúde dos americanos), financiamento de creches, faculdade comunitária gratuita, projetos de habitação pública e medidas relacionadas ao clima. A proposta também deverá elevar os impostos sobre empresas e indivíduos com alta renda para compensar alguns dos gastos, de modo a financiar os gastos adicionais. Espere ouvir muito sobre isso nas próximas semanas.
Anote aí!
O Brasil conta com a continuidade de sua temporada de resultados, ficando no aguardo de nomes como NotreDame Intermédica, Eletrobras, Equatorial Energia, JBS, Suzano, Ultrapar e Via (antiga Via Varejo). Na agenda de dados, o IBGE divulga vendas no varejo, que possuem como expectativa em seu número restrito uma alta de 0,70% em junho – no varejo ampliado, a mediana das expectativas repousa em queda de 1,60%.
Ainda no Brasil, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulga o Índice de Confiança do Empresário Industrial de agosto, enquanto investidores prestam atenção na fala do ministro da Economia, Paulo Guedes, que participa às 17 horas de evento do Goldman Sachs.
Lá fora, o grande destaque fica por conta da inflação americana, mas outras coisas podem chamar atenção, como a divulgação pelo Departamento do Tesouro dos EUA do demonstrativo de orçamento mensal para julho de amanhã (12) – o déficit estimado é de US$ 267 bilhões para o mês e US$ 3 trilhões para o ano fiscal de 2021, que termina em setembro e ganha contornos mais relevantes após a aprovação do pacote de infraestrutura.
Muda o que na minha vida?
O segundo reforço (ou terceira dose) parece inevitável. Israel se tornou o primeiro país a lançar um programa de injeção de reforço contra a Covid-19 no início desta semana, enquanto a Alemanha e o Reino Unido devem começar a oferecer terceiras doses no início do próximo mês. Nos EUA, por sua vez, a Food and Drug Administration (FDA) espera revelar sua estratégia de reforço dentro de semanas. Mas o mercado parece estar calculando esse preço.
Por outro lado, as doses de reforço para o outono certamente garantirão que as vendas da vacina contra a Covid-19, para empresas como Pfizer e Moderna, continuem crescendo – bom para as ações das companhias. Os países parecem estar favorecendo as vacinas de mRNA em seus planos de reforço, uma vantagem para Moderna e Pfizer, mas entende-se que em breve todos passaremos por isso, inclusive no Brasil.
Contanto que o reforço mais ajude do que atrapalhe, o mercado deve lê-lo como positivo e uma forma de nos vermos livres da variante delta mais rapidamente.
Fique de olho!
Desde que a carteira Oportunidades de Uma Vida foi criada, em dezembro de 2015, ela já rendeu mais de 560% até 30 de julho de 2021.
Isso quer dizer que, em pouco menos de seis anos, ela multiplicou o patrimônio de quem investiu lá no começo e seguiu todas as indicações por 6,6 vezes.
O Ibovespa, por sua vez, no mesmo período, rendeu 157,1%.
Já o fundo da Vitreo que é inspirado na carteira rendeu 8,2 vezes mais do que o Ibovespa em 2021 até a cota do dia 4 de agosto de 2021.
Lembrando sempre que rentabilidade passada não garante lucro futuro, é uma verdadeira SURRA NO IBOVESPA.
Para comemorar esses resultados massivos, resolvemos te dar um presente. Um presente com a nossa cara: foco no cliente, ganha-ganha na veia.
O nosso head de Renda Variável, Marcel Andrade, gravou um vídeo para explicar como vai funcionar esse presente. E, fique tranquilo (a), não tem pegadinha.
Estamos chamando essa ação de “A Oportunidade Ganha-Ganha da Sua Vida”.
Temos motivo para comemorar: aplicar uma surra dessas no índice, resistente ao teste do tempo, não é pra qualquer um.
Queremos que você também ganhe com ela. Clique abaixo, assista ao vídeo e valide seu presente.
- Não deixe de ler o regulamento do fundo e seus fatores de risco antes de investir.
- Retornos passados não garantem retornos futuros.
- Não há nenhuma garantia de retorno.
- As rentabilidades apresentadas nas comunicações da Vitreo não são líquidas de impostos.
- A aplicação em fundos de investimento não conta com a garantia do FGC, de qualquer mecanismo de seguros ou dos prestadores de serviço do fundo.
Um abraço,
Jojo Wachsmann
No quadro Ações Para Ficar de Olho desta semana, o Victor Aguiar preparou uma análise completa de empresas promissoras; confira no vídeo abaixo:
Brasil vai estourar a meta de inflação? Projeções sobem em 2024, 2025 e 2026, mas renda fixa que paga até IPCA +10% pode ‘surfar’ cenário
Incertezas econômicas ainda rondam o mercado e estimativas do IPCA nos próximos anos se afastam da meta de inflação – como buscar lucros com a renda fixa agora?
Regulação do mercado de carbono avança no Brasil, mas deixa de lado um dos setores que mais emite gases estufa no país
Projeto de Lei agora só precisa da sanção presidencial para começar a valer; entenda como vai funcionar
‘O rali ainda não acabou’: as ações desta construtora já saltam 35% no ano e podem subir ainda mais antes que 2024 termine, diz Itaú BBA
A performance bate de longe a do Ibovespa, que recua cerca de 4% no acumulado anual, e também supera o desempenho de outras construtoras que atuam no mesmo segmento
“Minha promessa foi de transformar o banco, mas não disse quando”, diz CEO do Bradesco (BBDC4) — e revela o desafio que tem nas mãos daqui para frente
Na agenda de Marcelo Noronha está um objetivo principal: fazer o ROE do bancão voltar a ultrapassar o custo de capital
A arma mais poderosa de Putin (até agora): Rússia cruza linha vermelha contra a Ucrânia e lança míssil com capacidade nuclear
No início da semana, Kiev recebeu autorização dos EUA para o uso de mísseis supersônicos; agora foi a vez de Moscou dar uma resposta
O Google vai ser obrigado a vender o Chrome? Itaú BBA explica por que medida seria difícil — mas ações caem 5% na bolsa mesmo assim
Essa seria a segunda investida contra monopólios ilegais nos EUA, desde a tentativa fracassada de desmembrar a Microsoft, há 20 anos
Nvidia (NVDC34) vê lucro mais que dobrar no ano — então, por que as ações caem 5% hoje? Entenda o que investidores viram de ruim no balanço
Ainda que as receitas tenham chegado perto dos 100% de crescimento, este foi o primeiro trimestre com ganhos percentuais abaixo de três dígitos na comparação anual
Com dólar acima de R$ 5,80, Banco Central se diz preparado para atuar no câmbio, mas defende políticas para o equilíbrio fiscal
Ainda segundo o Relatório de Estabilidade Financeira do primeiro semestre, entidades do sistema podem ter de elevar provisões para perdas em 2025
Do pouso forçado às piruetas: Ibovespa volta do feriado com bolsas internacionais em modo de aversão ao risco e expectativa com pacote
Investidores locais aguardam mais detalhes do pacote fiscal agora que a contribuição do Ministério da Defesa para o ajuste é dada como certa
Que crise? Weg (WEGE3) quer investir US$ 62 milhões na China para aumentar capacidade de fábrica
O investimento será realizado nos próximos anos e envolve um plano que inclui a construção de um prédio de 30 mil m², com capacidade para fabricação de motores de alta tensão
Como a Embraer (EMBR3) passou de ameaçada pela Boeing a rival de peso — e o que esperar das ações daqui para frente
Mesmo com a disparada dos papéis em 2024, a perspectiva majoritária do mercado ainda é positiva para a Embraer, diante das avenidas potenciais de crescimento de margens e rentabilidade
É hora de colocar na carteira um novo papel: Irani (RANI3) pode saltar 45% na B3 — e aqui estão os 3 motivos para comprar a ação, segundo o Itaú BBA
O banco iniciou a cobertura das ações RANI3 com recomendação “outperform”, equivalente a compra, e com preço-alvo de R$ 10,00 para o fim de 2025
Em busca de dividendos? Curadoria seleciona os melhores FIIs e ações da bolsa para os ‘amantes’ de proventos (PETR4, BBAS3 e MXRF11 estão fora)
Money Times, portal parceiro do Seu Dinheiro, liberou acesso gratuito à carteira Double Income, que reúne os melhores FIIs, ações e títulos de renda fixa para quem busca “viver de renda”
R$ 4,1 bilhões em concessões renovadas: Copel (CPLE6) garante energia para o Paraná até 2054 — e esse banco explica por que você deve comprar as ações
Companhia paranaense fechou o contrato de 30 anos referente a concessão de geração das usinas hidrelétricas Foz do Areia, Segredo e Salto Caxias
Ações da Embraer (EMBR3) chegam a cair mais de 4% e lideram perdas do Ibovespa. UBS BB diz que é hora de desembarcar e Santander segue no voo
O banco suíço rebaixou a recomendação para os papéis da Embraer de neutro para venda, enquanto o banco de origem espanhola seguiu com a indicação de compra; entenda por que cada um pegou uma rota diferente
Equatorial (EQTL3) tem retorno de inflação +20% ao ano desde 2010 – a gigante de energia pode gerar mais frutos após o 3T24?
Ações da Equatorial saltaram na bolsa após resultados fortes do 3º tri; analistas do BTG calculam se papel pode subir mais após disparada nos últimos anos
‘Mãe de todos os ralis’ vem aí para a bolsa brasileira? Veja 3 razões para acreditar na disparada das ações, segundo analista
Analista vê três fatores que podem “mudar o jogo” para o Ibovespa e a bolsa como um todo após um ano negativo até aqui; saiba mais
A B3 vai abrir no dia da Consciência Negra? Confira o funcionamento da bolsa, bancos e Correios na estreia do novo feriado nacional
É a primeira vez que o Dia da Consciência Negra consta no calendário dos feriados nacionais. Como de costume, as comemorações devem alterar o funcionamento dos principais serviços públicos
Felipe Miranda: O Brasil (ainda não) voltou — mas isso vai acontecer
Depois de anos alijados do interesse da comunidade internacional, voltamos a ser destaque na imprensa especializada. Para o lado negativo, claro
Grupo Mateus: Santander estabelece novo preço-alvo para GMAT3 e prevê valorização de 33% para as ações em 2025; saiba se é hora de comprar
O banco reduziu o preço-alvo para os papéis da varejista de alimentos em relação à 2024, mas mantém otimismo com crescimento e parceria estratégica