XP revisa recomendações do varejo e coloca Americanas em destaque
Nessa briga de gigantes, Via Varejo e Magazine Luiza têm recomendação neutra enquanto Americanas e B2W têm de compra
A XP Investimentos revisou suas perspectivas para ações de empresas de varejo e e-commerce nesta terça-feira (09). No comunicado, a corretora se diz “cautelosamente otimista com o setor de e-commerce brasileiro”, que cresceu significativamente durante a pandemia e tem previsão de ir ainda mais longe em 2021.
Mas a briga é de cachorro grande. Entre as empresas estão Magazine Luiza, B2W e Via Varejo, com especial destaque para Lojas Americanas, que vem desenvolvendo bem um ambiente digital e físico, com uma vasta modalidade de formas de pagamento, além de logística para clientes e parceiros.
Preço-alvo e recomendações
A XP deixou a recomendação de compra para sua queridinha Americanas (LAME4), com preço alvo em R$ 36,00, abaixo da previsão anterior de R$ 44,00, e para a B2W (BTOW3), valendo R$ 121,00, abaixo dos R$ 135,00 do último relatório, até o final de 2021.
Já a recomendação neutra ficou com Magazine Luiza (MGLU3), com preço alvo de R$ 27 (acima dos R$ 20 da previsão anterior) e Via Varejo (VVAR3), aos R$ 20,00 (abaixo dos R$ 28,00 da última previsão) no final do mesmo período.
Perspectivas para o mercado
O forte desempenho de 2020 não deve desanimar o avanço do e-commerce, que deve crescer mais 32% este ano. Isso porque o isolamento social não tem uma perspectiva de acabar tão cedo, o que fortaleceria ainda mais o comércio digital. Na comparação anual, de 2019 até o ano passado, esse tipo de serviço cresceu 41%, atingindo os R$ 87 bilhões.
A perspectiva de expansão se dá pelo fato de o Brasil ainda não ter um público sólido de e-commerce. Estima-se que esse tipo de serviço corresponda de 6% a 9% nas vendas. O número é quase quatro vezes menor do que o da China, em que a penetração do comércio digital é de 35%.
Leia Também
Quando a análise é feita por categoria (moda, brinquedos, farmácia, eletroeletrônicos etc.), é perceptível que o Brasil ainda pode crescer muito nesse segmento. Mas essas empresas terão que ficar de olho nas gigantes de fora que querem tomar o mercado.
Leia mais no "Raio X" no fim da matéria.
Concorrência
O Brasil é o maior mercado eletrônico da América Latina e o décimo lugar no mundo. Mas os primeiros lugares (China e EUA, respectivamente) têm uma particularidade: uma única empresa domina boa parte do setor de comércio digital. A Alibaba tem 56% do mercado chinês; já a Amazon rouba uma fatia de 38%, enquanto 52% são divididos entre outras companhias.
Por aqui, a maior fatia fica com o Mercado Livre em 23%, enquanto B2W fica com 22%, Magalu com 13% e Via Varejo com 9%. O restante (33%) está pulverizado em outras pequenas empresas. A Alibaba não tem exercido uma pressão tão grande no mercado brasileiro, mas a Amazon já reforçou seu programa de logística e fornecimento e quer entrar de cabeça no e-commerce do Brasil.
Peguem suas armas
Para esse duelo, quem trouxe o melhor equipamento foi a Americanas. A relação entre sua dívida líquida e seu EBITDA (“Earnings before interest, taxes, depreciation and amortization”, ou, em português, “Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização”) revelou que o “Universo Americanas” tem mais de R$ 8 bilhões de “poder de fogo”, que pode ser usado em investimentos na plataforma e/ou aquisições.
Além disso, todas as empresas listadas já contam com alguma forma de cashback ou meio de pagamento com vantagens, além, é claro, de diversificar as formas de pagamento para atrair os clientes.
A cereja do bolo à brasileira
Você sabia que os consumidores na faixa de 14 a 24 anos (a chamada Geração Z) gostam de lojas físicas? De acordo com uma pesquisa da AT Kearney, 81% dos entrevistados disseram que gostam de comprar nas lojas pessoalmente e 73% preferem descobrir novos produtos visitando estabelecimentos.
Não apenas por valorizar a experiência em loja (como a Apple ou Samsung fazem para atrair clientes com seus vidros chamativos e luzes brancas ofuscantes), mas porque elas se tornam pontos facilitadores para o cliente.
Por exemplo, é possível pagar pela internet e retirar na loja ou fazer uma compra com entrega rápida. Os donos desses estabelecimentos costumam usar as tecnologias que melhoram a experiência do cliente presencialmente, como reduzir o tempo de filas (com agendamento do horário para o pagamento no caixa), facilidade de encontrar um produto na loja ou mesmo aprender sobre novos produtos com um atendente.
Por isso, das empresas listadas pela XP, diversas delas não apenas mantiveram como transformaram suas lojas físicas em verdadeiros centros de distribuição. Conhecendo o mercado brasileiro, elas estarão prontas para a chegada de gigantes do setor.
Raio X: uma a uma
Magazine Luiza (MGLU3): Para a XP, a Magazine Luiza segue um bom caminho de captação de clientes e experiência de compra. Entretanto, os planos para 2020 já entraram em ação e já afetaram o preço das ações. O mercado mais competitivo exigirá um movimento maior da empresa em diversos canais.
Lojas Americanas (LAME4): A Lojas Americanas é forte na parte de lojas físicas e tem apresentado bons planos para penetrar ainda mais no e-commerce. Como já foi dito, a empresa tem capital para isso e as ações estão sendo comercializadas com um bom preço, segundo a casa de investimentos.
B2W (BTOW3): A B2W também já está bem consolidada no mercado e conta com uma ampla rede de parceiros para seus negócios. Entretanto, os investimentos de alto risco e o crescimento terão um custo que recomenda cautela aos investidores.
Via Varejo (VVAR3): Apesar de boas perspectivas de crescimento, tanto no físico quanto no digital, a Via Varejo ainda têm um longo caminho até se igualar aos seus parceiros no varejo. No curto prazo, a empresa pode enfrentar dificuldades para entregar resultados nesse ambiente competitivo.
Com dólar acima de R$ 5,80, Banco Central se diz preparado para atuar no câmbio, mas defende políticas para o equilíbrio fiscal
Ainda segundo o Relatório de Estabilidade Financeira do primeiro semestre, entidades do sistema podem ter de elevar provisões para perdas em 2025
Do pouso forçado às piruetas: Ibovespa volta do feriado com bolsas internacionais em modo de aversão ao risco e expectativa com pacote
Investidores locais aguardam mais detalhes do pacote fiscal agora que a contribuição do Ministério da Defesa para o ajuste é dada como certa
Que crise? Weg (WEGE3) quer investir US$ 62 milhões na China para aumentar capacidade de fábrica
O investimento será realizado nos próximos anos e envolve um plano que inclui a construção de um prédio de 30 mil m², com capacidade para fabricação de motores de alta tensão
Como a Embraer (EMBR3) passou de ameaçada pela Boeing a rival de peso — e o que esperar das ações daqui para frente
Mesmo com a disparada dos papéis em 2024, a perspectiva majoritária do mercado ainda é positiva para a Embraer, diante das avenidas potenciais de crescimento de margens e rentabilidade
É hora de colocar na carteira um novo papel: Irani (RANI3) pode saltar 45% na B3 — e aqui estão os 3 motivos para comprar a ação, segundo o Itaú BBA
O banco iniciou a cobertura das ações RANI3 com recomendação “outperform”, equivalente a compra, e com preço-alvo de R$ 10,00 para o fim de 2025
Em busca de dividendos? Curadoria seleciona os melhores FIIs e ações da bolsa para os ‘amantes’ de proventos (PETR4, BBAS3 e MXRF11 estão fora)
Money Times, portal parceiro do Seu Dinheiro, liberou acesso gratuito à carteira Double Income, que reúne os melhores FIIs, ações e títulos de renda fixa para quem busca “viver de renda”
R$ 4,1 bilhões em concessões renovadas: Copel (CPLE6) garante energia para o Paraná até 2054 — e esse banco explica por que você deve comprar as ações
Companhia paranaense fechou o contrato de 30 anos referente a concessão de geração das usinas hidrelétricas Foz do Areia, Segredo e Salto Caxias
Ações da Embraer (EMBR3) chegam a cair mais de 4% e lideram perdas do Ibovespa. UBS BB diz que é hora de desembarcar e Santander segue no voo
O banco suíço rebaixou a recomendação para os papéis da Embraer de neutro para venda, enquanto o banco de origem espanhola seguiu com a indicação de compra; entenda por que cada um pegou uma rota diferente
Equatorial (EQTL3) tem retorno de inflação +20% ao ano desde 2010 – a gigante de energia pode gerar mais frutos após o 3T24?
Ações da Equatorial saltaram na bolsa após resultados fortes do 3º tri; analistas do BTG calculam se papel pode subir mais após disparada nos últimos anos
‘Mãe de todos os ralis’ vem aí para a bolsa brasileira? Veja 3 razões para acreditar na disparada das ações, segundo analista
Analista vê três fatores que podem “mudar o jogo” para o Ibovespa e a bolsa como um todo após um ano negativo até aqui; saiba mais
A B3 vai abrir no dia da Consciência Negra? Confira o funcionamento da bolsa, bancos e Correios na estreia do novo feriado nacional
É a primeira vez que o Dia da Consciência Negra consta no calendário dos feriados nacionais. Como de costume, as comemorações devem alterar o funcionamento dos principais serviços públicos
Grupo Mateus: Santander estabelece novo preço-alvo para GMAT3 e prevê valorização de 33% para as ações em 2025; saiba se é hora de comprar
O banco reduziu o preço-alvo para os papéis da varejista de alimentos em relação à 2024, mas mantém otimismo com crescimento e parceria estratégica
Localiza: após balanço mais forte que o esperado no 3T24, BTG Pactual eleva preço-alvo para RENT3 e agora vê potencial de alta de 52% para a ação
Além dos resultados trimestrais, o banco considerou as tendências recentes do mercado automotivo e novas projeções macroeconômicas; veja a nova estimativa
Ações da Oi (OIBR3) saltam mais de 100% e Americanas (AMER3) dispara 41% na bolsa; veja o que impulsiona os papéis das companhias em recuperação judicial
O desempenho robusto da Americanas vem na esteira de um balanço melhor que o esperado, enquanto a Oi recupera fortes perdas registradas na semana passada
Inscrições para o programa da XP e Copa Energia acabam hoje (18); confira essas e outras vagas para estágio e trainee com bolsa-auxílio de até R$ 7,6 mil
Os aprovados nos programas de estágio e trainee devem começar a atuar a partir do primeiro semestre de 2025; as inscrições ocorrem durante todo o ano
Cemig (CMIG4) e Copasa (CSMG3) voltam a ficar no radar das privatizações e analistas dizem qual das duas tem mais chance de brilhar
Ambas as empresas já possuem capital aberto na bolsa, mas o governo mineiro é quem detém o controle das empresas como acionista majoritário
O fim da temporada — ou quase: balanço da Nvidia ainda movimenta semana, que conta com novo feriado no Brasil
Enquanto isso, as bolsas internacionais operam sem um sinal único, sofrendo ajustes após o rali do Trump Trade dos últimos dias
Lucro dos bancos avança no 3T24, mas Selic alta traz desafios para os próximos resultados; veja quem brilhou e decepcionou na temporada de balanços
Itaú mais uma vez foi o destaque entre os resultados; Bradesco avança em reestruturação e Nubank ameaça desacelerar, segundo analistas
Bombou no SD: Um dos maiores prêmios da história da Mega-Sena, tombo da Oi (OIBR3) e salto da Americanas (AMER3) brilham entre os leitores do Seu Dinheiro
A Mega-Sena acaba de pagar o sexto maior prêmio da história das loterias no Brasil, mas não é o único assunto que interessa a nossos leitores
Nova York naufragou: ações que navegavam na vitória de Trump afundam e bolsas terminam com fortes perdas — Tesla (TSLA34) se salva
Europa também fechou a sexta-feira (15) com perdas, enquanto as bolsas na Ásia terminaram a última sessão da semana sem uma direção comum, com dados da China e do Japão no radar dos investidores