TC (TRAD3) perde membros do alto escalão em meio a resultados em xeque
Ação do TC acumula queda de mais de 30% em relação ao preço do IPO
Cerca de quatro meses após entrar na bolsa, o TC (TRAD3), ex-Traders Club, está enfrentando baixas no seu alto escalão. Nos últimos 30 dias, duas reuniões do Conselho de Administração informaram sobre pedidos de renúncia de pessoas que ocupavam cargos altamente estratégicos na companhia.
Nesta segunda-feira (15), a empresa informou que a executiva Vanessa Mizue Haba renunciou ao cargo que ocupava como membro do Comitê de Ética e Compliance da companhia.
Vanessa foi contratada poucos meses atrás, em abril de 2021, como nova diretora de RH. Suas passagens anteriores por empresas como Mandic, Inmetrics, iG e Banco Fator foram muito mais longevas, sendo a mais curta delas de mais de dois anos.
Em entrevista ao Mundo RH por ocasião de sua chegada ao TC, Vanessa se mostrava sensível às altas expectativas da empresa e do cargo: "O momento do TC é desafiador em termos de crescimento da operação e também pela necessidade de atrair cada vez mais talentos que tenham aderência à cultura da empresa e deem sustentação aos nossos negócios”.
No dia 25 de outubro, o Conselho aceitou o pedido de renúncia de Guillermo Andres Parra Bernal, um dos principais sócios da empresa, com participação de 4,64% à época do IPO.
Guillermo era também o executivo responsável pela criação da Mover que, segundo o site do TC, consiste na "maior central de inteligência do mercado financeiro, oferecendo ao investidor as principais notícias do Brasil e do mundo".
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Uma terceira baixa pode estar a caminho. O Seu Dinheiro apurou que o TC busca rescindir um contrato recém-firmado com Gabriel Rech, que previa uma combinação de luvas financeiras e pagamento em ações. O TC teria a intenção de rescindir o contrato e reaver os valores pagos.
Procurado para comentar a saída dos executivos, o TC disse, em nota, que “estes três movimentos não têm nenhuma relação entre eles e são naturais em uma empresa com o porte do TC” (veja ao final da reportagem o comunicado na íntegra).
Promessas no IPO e resultados financeiros em xeque
O TC captou cerca de R$ 600 milhões no seu IPO (oferta inicial de ações) no final de julho deste ano e chegou a bolsa avaliado em R$ 2,7 bilhões. A empresa foi à bolsa com a promessa de crescimento do negócio “em um ritmo acelerado e com custos baixos”.
No prospecto da oferta, o TC se apresentou como uma “plataforma completa para os investidores, com espaço para discussões e ideias de investimento, suportada por dados em tempo real, conteúdo educacional dedicado e ferramentas analíticas apropriadas.”
Ainda de acordo com o documento, sua estratégia é crescer com o chamado “efeito de rede”, que é fomentado pela chegada de novos investidores à bolsa, em um cenário macroeconômico de juros baixos, o que leva ao aumento da demanda por informações e serviços financeiros. Esse efeito está explicado na figura abaixo:
“Acreditamos que o “efeito de rede” (ou seja, à medida que mais pessoas usam nossa plataforma, maior é o valor percebido de nossos serviços) é o principal motor de crescimento de nossa plataforma e o core de nossas operações. Acreditamos que isso nos permite expandir materialmente nossa base de usuários em um ritmo acelerado com custos baixos”, disse o TC no documento aos investidores.
No mês passado, a empresa de análise Empiricus, concorrente do TC e do mesmo grupo empresarial do Seu Dinheiro, recomendou a venda das ações TRAD3. A justificativa é a dificuldade de entregar um crescimento acelerado sem queima de caixa substancial em um cenário macroeconômico de juros altos e piora do mercado de ações. No dia da divulgação do relatório, as ações do TC caíram cerca de 10%. O papel negocia atualmente a um valor mais de 30% abaixo do preço do IPO.
Como reação à crítica, o TC anunciou dois programas de recompra das próprias ações na bolsa com parte do dinheiro captado dos investidores no IPO.
Na divulgação dos resultados do terceiro trimestre de 2021 na última sexta-feira (12), os números reportados mostram uma base de usuários pagantes estagnada sobre o trimestre anterior, bem como a estagnação da receita recorrente em torno dos R$ 23,5 milhões.
Questionado sobre o número na teleconferência de resultados desta terça-feira (16), o CEO do TC, Pedro Albuquerque, disse que a estagnação é uma dinâmica sazonal. “O segundo trimestre tem a declaração do Imposto de Renda e a Sencon (plataforma adquirida recentemente que ajuda no cálculo do IR) tem um pico de usuários e assinaturas. Essa estagnação de assinantes veio por conta da Secon, no TC tivemos acréscimo de assinantes”, afirmou.
A empresa decidiu dobrar a quantidade de papéis que pode recomprar nesta semana, depois da publicação do balanço do terceiro trimestre.
Burburinho na Faria Lima
A queda nas ações, o crescimento fraco e até mesmo a cultura do TC vem ganhando atenção especial nas redes sociais e nos grupos de Whatsapp da Faria Lima.
Circulam também prints de avaliações críticas publicadas por funcionários e ex-funcionários na plataforma Glassdoor.
A empresa tem 35 avaliações divulgadas na plataforma e em pelo menos 12 delas aparecem questionamentos quanto à qualidade da gestão, da área de tecnologia e até mesmo críticas a preceitos de governança corporativa, como relatos de represálias no caso de denúncias e falta de diversidade na equipe. As avaliações estão disponíveis no site da Glassdoor.
Veja o comunicado do TC na íntegra:
“É fundamental esclarecer que estes três movimentos não têm nenhuma relação entre eles e são naturais em uma empresa com o porte do TC, que conta hoje com mais de 700 colaboradores, e que tem diversos acordos e parcerias comerciais.
Com relação aos profissionais mencionados, o TC esclarece que:
- Guillermo Parra-Bernal apresentou carta de renúncia do cargo de membro do Conselho de Administração do TC por razões pessoais. Bernal permanece como colaborador e acionista da companhia e vinculado ao acordo de acionistas;
- Vanessa Haba pediu demissão no início de Novembro e, consequentemente, não faz mais parte do Comitê de Ética do TC;
- Gabriel Rech nunca foi colaborador do TC. Recentemente a companhia firmou acordo com ele para o projeto “TC Hub”, que conta com contribuidores externos, em 11/10/2021. Rech teve seu contrato rescindido antes mesmo de iniciar a efetiva prestação de seus serviços como contribuidor do “TC Hub” por motivo de violação de cláusula contratual.”
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