Jive Investments aposta em agentes autônomos e educação para atingir varejo após aporte da XP
Sócio da gestora de investimentos alternativos, Guilherme Ferreira revela os motivos da preferência por operação privada ao invés de abrir capital
Renda fixa, ações, fundos imobiliários, criptomoedas. De maneira geral, no mercado atual, estas são as opções oferecidas para o pequeno investidor no Brasil. Mas a XP acaba de fazer uma aposta no apetite por produtos com maior nível de risco.
Para isso, o banco liderou uma rodada de aportes na Jive Investments, gestora de fundos que aplicam em ativos como crédito para empresas em recuperação judicial, imóveis com pendências jurídicas e precatórios.
Por enquanto, a Jive, que tem R$ 8 bilhões sob gestão e uma carteira de R$ 21 bilhões em ativos, atende cerca de 1.300 investidores com perfil mais profissional. Mas segundo Guilherme Ferreira, sócio da gestora, a chegada da XP como sócia minoritária vai ajudar a ampliar o alcance dos produtos.
“Poderemos contar com os agentes autônomos da XP para alcançar outro tipo de investidor”, explica Ferreira.
Ele afirma que para conseguir vencer uma possível barreira contra estes produtos mais arriscados, a Jive também fará investimentos em educação. “Temos que mostrar como é feita a gestão destes fundos alternativos, e a recuperação dos ativos que fazem parte deles. É uma das nossas prioridades”, diz o sócio da gestora.
A Jive tem três fundos em seu portfólio, um deles iniciado em setembro do ano passado e aberto para investimentos até 2023. Desde seu começo, o fundo Distressed Allocation III FIC FIM CP, acumula retorno de 7% até maio.
Leia Também
A gestora apresenta dois outros fundos, já fechados para investimentos. O primeiro, aberto em agosto de 2015 e fechado em janeiro de 2018, acumula rentabilidade de quase 189%. O segundo, aberto em março de 2018 e fechado no mesmo mês deste ano, tem alta de 60%.
Guilherme Ferreira destaca que a política da Jive sempre foi iniciar os fundos com dinheiro próprio, para depois oferecê-los a outros investidores. E esta estratégia vai continuar nos produtos que ainda serão lançados.
“No longo prazo, queremos ser uma plataforma completa de investimentos alternativos, com private equity, venture capital, fundos de infraestrutura, energia. São produtos menos complexos em relação aos que temos atualmente, então a montagem será mais fácil”, projeta o executivo.
O “quase IPO”
A história sobre o aporte da XP é curiosa. Ferreira conta que no ano passado, a Jive começou uma conversa com bancos para realizar a abertura do capital, e no meio do caminho, a ideia foi sendo transformada.
“Começamos uma conversa mais próxima com a XP, e chegamos à conclusão de que faria mais sentido receber recursos de forma privada, contando inclusive com os investidores que já têm recursos conosco”.
Ele não abre o valor dos investimentos feitos, somente que a XP foi responsável pelo maior volume. Ferreira não confirma nem desmente a informação, dada pelo Brazil Journal, de que o banco passou a deter 20% da Jive.
Com a operação, o IPO está fora dos planos neste momento. Mas Ferreira afirma que, se a abertura de capital acontecesse, seria realizada em Nova York.
“Acredito que teríamos uma melhor compreensão do nosso negócio por parte do investidor lá fora. Mas ainda não temos o tamanho necessário para isso. Não queremos entrar no mercado para negociar uma ação que não tem relevância e liquidez”.
Agora, segundo Ferreira, a Jive só chega à Bolsa se algum dos acionistas quiser vender sua participação. “Mas não me parece ser o caso, todos estão bem alinhados e acreditam no potencial da empresa”.
E pelas informações reveladas pelo sócio da Jive, esta perspectiva tem fundamentos. “Temos crescido entre 50% a 100% ao ano em todos os indicadores, desde ativos sob gestão até o lucro”.
XP e a diversificação
O aporte da Jive é mais um movimento da XP na direção de diversificar seus investimentos e até os produtos oferecidos aos seus clientes.
Duas semanas atrás, o banco anunciou a aquisição de uma participação minoritária na Capitânia Investimentos, gestora especializada em crédito privado, imobiliário e de infraestrutura, com R$ 11 bilhões sob gestão.
No início do mês, a XP fechou a aquisição de uma fatia da Giant Steps, esta mais voltada para fundos quantitativos, com R$ 7 bilhões em carteira. Estes produtos utilizam modelos matemáticos que analisam e programam estratégias por meio de Inteligência Artificial (IA).
Onde investir na renda fixa em novembro? XP recomenda CDB, LCI, LCA, um título público e ativos isentos de IR; confira
Rentabilidades dos títulos sugeridos superam os 6% ao ano mais IPCA nos ativos indexados à inflação, muitos dos quais sem tributação
Ranking dos investimentos: perto de R$ 5,80, dólar tem uma das maiores altas de outubro e divide pódio com ouro e bitcoin
Na lanterna, títulos públicos longos indexados à inflação caminham para se tornar os piores investimentos do ano
Quanto custa a ‘assessoria gratuita’? O que muda com a regra que obriga à divulgação da remuneração dos assessores de investimento
A norma da CVM obriga os assessores de investimentos e outros profissionais do mercado a divulgarem suas formas e valores de remuneração, além de enviarem um extrato trimestral aos clientes
O saldão da eleição: Passado o segundo turno, Ibovespa se prepara para balanços dos bancões
Bolsas internacionais repercutem alívio geopolítico, resultado eleitoral no Japão e expectativa com eleições nos Estados Unidos
Rodolfo Amstalden: Este é o tipo de conteúdo que não pode vazar
Onde exatamente começam os caprichos da Faria Lima e acabam as condições de sobrevivência?
A porta para mais dividendos foi aberta: Petrobras (PETR4) marca data para apresentar plano estratégico 2025-2029
O mercado vinha especulando sobre o momento da divulgação do plano, que pode escancarar as portas para o pagamento de proventos extraordinários — ou deixar só uma fresta
O retorno de 1% ao mês voltou ao Tesouro Direto: títulos públicos prefixados voltam a pagar mais de 12,7% ao ano com alta dos juros
Títulos indexados à inflação negociados no Tesouro Direto também estão pagando mais com avanço nos juros futuros
Quanto renderia na poupança e no Tesouro Direto o dinheiro que o brasileiro gasta todo mês nas bets
Gasto médio do apostador brasileiro nas casas de apostas virtuais é de R$ 263 mensais, segundo levantamento do Datafolha. Mas dados mais recentes do Banco Central mostram que, entre os mais velhos, a média é de R$ 3 mil por mês. Quanto seria possível ganhar se, em vez de jogar, o brasileiro aplicasse esse dinheiro?
Em busca de dividendos ou de ganho de capital? Monte uma carteira de investimentos personalizada para o seu perfil de investidor
O que é importante saber na hora de montar uma carteira de investimentos? BTG Pactual quer ajudar investidores a montar o portfólio ‘ideal’
É hora de comprar a ação da Hapvida? BB Investimentos inicia cobertura de HAPV3 e vê potencial de quase 40% de valorização até 2025; entenda os motivos
Entre as razões, BB-BI destacou a estratégia de verticalização da Hapvida, que se tornou a maior operadora de saúde do país após fusão com a NotreDame Intermédica
Efeito borboleta: Investidores monitoram ata do Fed, falas de dirigentes e IPCA de setembro para antecipar rumos do Ibovespa e dos juros
Participantes do mercado esperam aceleração da inflação oficial no Brasil em meio a temores de ciclo de alta de juros ainda maior
O ‘recado anti-cripto’ do governo dos EUA — e o que isso diz sobre como Kamala Harris lidaria com moeda
Às vésperas das eleições nos Estados Unidos, o mercado cada vez mais se debruça sobre os possíveis impactos de uma presidência de Kamala Harris ou Donald Trump. No mercado de criptomoedas isso não é diferente. Com o pleito se aproximando, os investidores querem saber: quem é o melhor candidato para o mundo dos criptoativos? No programa […]
Planejador financeiro certificado (CFP®): como o ‘personal do bolso’ pode te ajudar a organizar as finanças e investir melhor
A Dinheirista conversou com Ana Leoni, CEO da Planejar, associação responsável pela certificação de planejador financeiro no Brasil; entenda como trabalha este profissional
Dona do Ozempic vai investir mais de R$ 800 milhões no Brasil — mas não será para produção de ‘canetas do emagrecimento’
A farmacêutica dinamarquesa vai desembolsar R$ 864 milhões para a melhoria de processos na fábrica de Minas Gerais, responsável pela produção de insulina
Entre o petróleo e o payroll: Ibovespa busca recuperação com juros nos EUA e conflito no Oriente Médio como pano de fundo
Relatório mensal de emprego nos EUA deve dar o tom do dia nos negócios enquanto guerra continua pressionando o petróleo
Sob pressão: Bolsas internacionais amanhecem no vermelho, mas alta do petróleo continua e pode ajudar o Ibovespa
Vitória do governo no STF em relação a resíduos tributários do Programa Reintegra também pode repercutir no Ibovespa hoje
Dividendos e JCP: BTG Pactual lança opção de reinvestimento automático dos proventos; saiba como funciona
Os recursos serão reinvestidos de acordo com as recomendações do banco, sem custo para os clientes que possuem carteiras automatizadas
Em meio ao aumento da tensão no Oriente Médio, Ibovespa reage à alta do petróleo e à elevação do rating do Brasil
Agência Moody’s deixou o rating soberano do Brasil a apenas um degrau do cobiçado grau de investimento — e a perspectiva é positiva
Nvidia já vale quase quatro ‘Ibovespas’ — e ainda tem investidor de olhos fechados para o exterior, diz sócio do BTG
Segundo Marcelo Flora, a expansão no exterior é “inevitável”, mas ainda há obstáculos no caminho de uma verdadeira internacionalização da carteira dos brasileiros
Renner (LREN3) vai se beneficiar com a “taxação das blusinhas”? BB Investimentos revisa preço-alvo para as ações e diz se é hora de comprar os papéis da varejista
Segundo BB-BI, os papéis LREN3 vêm apresentando performance “bastante superior” à do Ibovespa desde o início do ano, mas a varejista ainda tem desafios