Governo da França sinaliza oposição à compra do Carrefour e ações chegaram a cair 8% lá fora
Ministro das Finanças diz que venda da varejista coloca em risco os empregos e a soberania alimentar do povo francês

Mal foi anunciada e a proposta de aquisição do Carrefour pela operadora canadense de lojas de conveniência Alimentation Couche-Tard já está causando controvérsias.
O governo da França está avaliando a possibilidade de bloquear a operação, para proteger empregos e a cadeia de abastecimento alimentar da França, disse o ministro das Finanças do país, Bruno Le Maire.
"O que está em jogo aqui é a soberania alimentar do povo francês", afirmou ele em entrevista à emissora "TV France 5" na noite desta quarta-feira (13). "A ideia de que o Carrefour possa ser comprado por um ator estrangeiro – em princípio, não sou a favor de tal movimento."
O Carrefour é o maior empregador do setor privado da França e, como outras grandes redes de supermercados, desempenha um papel importante na distribuição de alimentos, disse Le Maire.
A declaração pesou no desempenho das ações do Carrefour na Bolsa de Paris, que fecharam em queda de 2,51%, a 17,10 euros. Na mínima do dia, chegaram a recuar quase 8%. Ontem, haviam fechado em alta de 13,42%, aos 17,54 euros.
No Brasil, as ações do Carrefour (CFRB3) encerraram a quarta-feira com valorização de 1,04%, a R$ 20,36, depois de registrarem alta de 8% no meio do pregão. Apesar de também terem recuado no início do dia, os papéis viraram para alta e fecharam com ganho de 1,03%, a R$ 20,47.
Leia Também
A proposta
A Alimentation Couche-Tard confirmou ontem que apresentou uma proposta de aquisição para o Carrefour, oferecendo 20 euros por cada ação da varejista francesa, totalizando a proposta em cerca de 16 bilhões de euros. A notícia da transação foi antecipada pela agência de notícias “Bloomberg”.
O grupo canadense é dono de uma enorme rede de lojas de conveniências e está tentando diversificar a atuação da empresa com a proposta apresentada ao Carrefour, entrando para o ramo de supermercado, além de expandir sua presença na Europa e na América Latina.
A Couche-Tard possui uma rede de mais de 9 mil lojas de conveniência no Canadá e nos Estados Unidos, a maioria com serviço de posto de combustível. Ela tem ainda cerca de 2,7 mil unidades na Europa e 2,2 mil lojas espalhadas por países como México, Nova Zelândia e Vietnã.
Caso seja concretizada, a combinação resultará em uma das maiores empresas varejistas do mundo, com valor de mercado superior a US$ 50 bilhões, de acordo com o jornal “Financial Times”.
* Com informações da Estadão Conteúdo e Dow Jones Newswires
A compra do Banco Master pelo BRB é um bom negócio? Depois da Moody’s, S&P questiona a operação
De acordo com a S&P, pairam dúvidas sobre os aspectos da transação e a estrutura de capital do novo conglomerado, o que torna incerto o impacto que a compra terá para o banco público
Natura &Co é avaliada em mais de R$ 15 bilhões, em mais um passo no processo de reestruturação — ações caem 27% no ano
No processo de simplificação corporativa após massacre na bolsa, Natura &Co divulgou a avaliação do patrimônio líquido da empresa
Vale (VALE3) garante R$ 1 bilhão em acordo de joint venture na Aliança Energia e aumenta expectativa de dividendos polpudos
Com a transação, a mineradora receberá cerca de US$ 1 bilhão e terá 30% da nova empresa, enquanto a GIP ficará com 70%
Banco Master: Compra é ‘operação resgate’? CDBs serão honrados? BC vai barrar? CEO do BRB responde principais dúvidas do mercado
O CEO do BRB, Paulo Henrique Costa, nega pressão política pela compra do Master e endereça principais dúvidas do mercado
Como fica a garantia de R$ 250 mil dos CDBs de Banco Master e Will Bank caso a aquisição do grupo pelo BRB saia do papel?
Papéis passariam para o guarda-chuva do BRB caso compra do Banco Master pela instituição brasiliense seja aprovada
Banco Master: por que a aquisição pelo BRB é tão polêmica? Entenda por que a transação ganhou holofotes em toda a Faria Lima
A compra é vista como arriscada e pode ser barrada pelo Banco Central, dado o risco em relação aos “ativos problemáticos” do Banco Master
Impasse no setor bancário: Banco Central deve barrar compra do Banco Master pelo BRB
Negócio avaliado em R$ 2 bilhões é visto como ‘salvação’ do Banco Master. Ativos problemáticos, no entanto, são entraves para a venda.
Banco de Brasília (BRB) acerta a compra do Banco Master em negócio avaliado em R$ 2 bilhões
Se o valor for confirmado, essa é uma das maiores aquisições dos últimos tempos no Brasil; a compra deve ser formalizada nos próximos dias
Engie Brasil (EGIE3) anuncia compra usinas hidrelétricas da EDP por quase R$ 3 bilhões — e montante pode ser ainda maior; entenda
O acordo foi firmado com a EDP Brasil (ENBR3) e a China Three Gorges Energia, com um investimento total de R$ 2,95 bilhões
Vem divórcio? Azzas 2154 (AZZA3) recua forte na B3 com rumores de separação de Birman e Jatahy após menos de um ano desde a fusão
Após apenas oito meses desde a fusão, os dois empresários à frente dos negócios já avaliam alternativas para uma cisão de negócios, segundo a imprensa local
Mesmo mesmo com fim da exclusividade, Natura (NTCO3) negocia a venda da Avon Internacional com a IG4
A companhia segue avaliando alternativas para a divisão fora da América Latina, que podem incluir uma possível venda, parceria ou spinoff
Acionistas da Mobly (MBLY3) não querem vender sua parte para os fundadores da Tok&Stok — ao menos não pela metade do preço
Em fato relevante divulgado na madrugada desta quarta-feira (5), a Mobly disse que acionistas detentores de 40,6% do capital social da companhia não têm interesse em vender suas ações nos termos da proposta anunciada pela família Dubrule
Fundadores da Tok&Stok farão oferta pelo controle da Mobly (MBLY3) — mas querem um desconto pelas ações
A Mobly controla a Tok&Stok desde agosto de 2024, mas família fundadora da empresa adquirida ficou insatisfeita com o arranjo
Hidrovias do Brasil (HBSA3) ajusta a rota e vende negócio de cabotagem para reduzir peso da dívida
Com o negócio, a companhia se livra de R$ 521 milhões de saldo de dívida dessa operação, além de embolsar R$ 195 milhões
Totvs (TOTS3) desembarca da Linx, empresa de software da StoneCo
A expectativa é que a Stone receba propostas vinculantes pela unidade ainda este mês e que a operação de venda seja fechada neste primeiro semestre
Gol (GOLL4) avança na sua reestruturação e pede o cancelamento do registro de ações nos EUA
A decisão foi aprovada por unanimidade pelo conselho de administração durante assembleia no dia 17 de fevereiro
Alliança Saúde (AALR3) mira expansão em São Paulo e compra laboratórios da Cura; ações caem na B3
De acordo com a Alliança, o negócio deve aumentar em cerca de R$ 80 milhões a receita operacional bruta da empresa
PDG Realty (PDGR3) informa retirada de oferta da SHKP para aquisição da empresa e diz ter sido vítima de proposta ilegítima
A PDG Realty havia anunciado uma proposta feita pela Sun Hung Kai Properties Limited para a aquisição da empresa brasileira, porém a desenvolvedora de Hong Kong negou, e a operação caiu na mira da CVM
A xerife está de olho: CVM abre processo para investigar proposta supostamente falsa de aquisição da PDG Realty (PDGR3)
A PDG divulgou um fato relevante na noite de 19 de fevereiro comunicando que recebeu uma proposta não vinculante da SHKP
PDG (PDGR3) diz ter recebido proposta de aquisição não solicitada, mas alega ainda não ter conseguido contato com a suposta proponente
Negociada a 1 centavo desde setembro do ano passado, ação da construtora chegou a dobrar de valor após divulgação da proposta, o que não quer dizer muita coisa quando se trata de uma penny stock